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Congresso APAVT

“Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores”

A “Cidade APAVT” reúne-se para o 49.º congresso. Com diversos temas na agenda, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, diz que a associação vive “o momento mais alto do ponto de vista da capacidade de intervenção, da visibilidade e das portas que se abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos”.

Victor Jorge

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Congresso APAVT

“Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores”

A “Cidade APAVT” reúne-se para o 49.º congresso. Com diversos temas na agenda, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, diz que a associação vive “o momento mais alto do ponto de vista da capacidade de intervenção, da visibilidade e das portas que se abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos”.

Victor Jorge
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Na véspera do 49.º Congresso da APAVT, o jornal Publituris republica a entrevista feita a Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Com indicações de que o Orçamento de Estado para 2025 deverá ser aprovado, depois do líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, ter indicado que propõe a abstenção do documento apresentado pelo Governo de Luís Montenegro, o presidente da APAVT espero um Orçamento que seja “uma espécie de cópia daquilo que tem sido o turismo”.

Com o esperado aumento das viagens dos portugueses, o presidente da APAVT admite estar “pessimista” em relação ao novo aeroporto, salienta que é “importante que a TAP mantenha o ciclo de recuperação que tem evidenciado”, vê com “dificuldade” a APAVT regressar à BTL nos próximos anos e, finalmente, diz ser “premente combater uma certa comunicação anti-turismo, com uma mensagem una da ‘Cidade do Turismo’”.

O 49.º da APAVT tem como tema a “Cidade APAVT”. Que cidade é essa?
O que tentámos transmitir, fundamentalmente, foi um conceito de comunidade, em que existem interesses que litigam, mas que, nem por isso, deixam de ser legítimos. Existem opiniões diferentes, existem modelos de negócio que competem entre si, mas é sempre muito mais aquilo que os une do que aquilo que nos separa. Isto é verdade para o setor da distribuição e é verdade para o turismo e, eventualmente, será verdade, naturalmente, também para o país.

Mas é uma cidade mais forte, é uma cidade que tem vindo a crescer?
Ah, sim, completamente. E isso também é verdade para o setor do turismo. Atualizaremos os “Economics” do setor no próprio congresso e, sim, saímos da pandemia para o melhor ano de sempre em 2022. Tudo quanto pensamos relativamente ao que já aconteceu em 2023 permite-nos dizer que foi o melhor ano de sempre e provavelmente 2024 será semelhante a 2023, mas melhor. E, portanto, do ponto de vista do setor, maior do que nunca e, eventualmente, do ponto de vista da associação, também num momento muito feliz com uma boa relação com toda a gente, com uma capacidade de intervenção como nunca teve, com um modelo financeiro que está absolutamente sólido, com uma independência que é totalmente conhecida de quem se relaciona connosco e, portanto, é verdade para o setor, é verdade para o turismo, é verdade para a associação.

Vivemos [APAVT] o nosso momento mais alto do ponto de vista da nossa capacidade de intervenção, da nossa visibilidade e das portas que se nos abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos


Neste programa há um tema que se repete: a Inteligência Artificial (IA). Porquê essa repetição?
Porque a IA não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona e até uma maratona especial, porque ainda não se conhecem os percursos não percorridos. Todas as empresas, incluindo as pequenas e médias, introduzirem a IA de um modo estratégico nas empresas e, por isso mesmo, é um assunto que vamos acompanhar nos próximos anos. É um assunto em permanente evolução e é um assunto de grande importância.

Portanto, não pode ser um tema que aparece “one shot” num só congresso?
Sim, a IA já é completamente diferente do ano passado. Basta olhar para a intervenção de um dos oradores, Sérgio Ferreira, que nos disse que só pretendia preparar a sua intervenção com 15 dias ou uma semana de antecedência, porque, entretanto, pode surgir uma novidade qualquer. É neste universo que nos movemos atualmente.

A Natália Rosa, outra das oradoras vai falar de ferramentas que já utilizamos no dia-a-dia, mas que ainda nem existiam da última vez que ela abordou o tema no congresso do Porto.

E há adesão à IA por parte do setor?
É um tema que preocupa e o setor vai acompanhando e incorporando na operação, até porque muitas das ferramentas que se utiliza são quase universais e, portanto, já têm IA. Diria que, como sempre, as maiores empresas estão à frente, mas uma das ideias que queremos muito e desafiámos os oradores para isso, é explicar que a IA é uma jornada para todos, não é uma jornada apenas para os grandes.

Viajar para fora, sem perder o “cá dentro”
Deixando o congresso, e conhecidos que foram os dados do INE relativamente a agosto, os portugueses estão a viajar mais para fora?
Bem, estão a viajar mais para fora, mas acho que é mais do que isso, estão a viajar mais. Gosto pouco de comentar uma alteração de comportamento por uma situação conjuntural, gosto mais de olhar para uma série. Se olhamos para os últimos 20 anos, os últimos 15 anos, os últimos 10 anos ou para os últimos 5 anos, os portugueses estão a viajar mais, ponto. Mas estão a viajar mais para fora e mais para dentro.

Aliás, há uma pergunta da moda que é: Os portugueses estão a abandonar um pouco o turismo interno? Bem, não acho que isso seja verdade, primeiro, porque os portugueses continuam a ser o mercado emissor mais importante do inbound. Por outro lado, se olharmos para números recentes, durante a pandemia, que é muito recente, houve um momento extraordinário do mercado interno e esse momento lançou sementes e criou raízes. Mas sim, os portugueses estão a viajar, mas também seria expectável.

Houve uma explosão de viagens em 2022, aumentou em 2023 e está-se a consolidar em 2024. Se há alguma característica específica no comportamento do consumidor português relativamente às viagens, é que me parece absolutamente óbvio que as viagens passaram a ser uma primeira necessidade, não é igual à alimentação, mas é uma das primeiras necessidades.

Houve uma explosão de viagens em 2022, aumentou em 2023 e está-se a consolidar em 2024


Mas comparativamente com 2023, os números são melhores?
São ligeiramente melhores e construídos de uma forma muito díspar. Tivemos um primeiro trimestre com um aumento absolutamente brutal das reservas. Lembro-me, na altura, cerca de 20%. Isso significou uma grande antecipação das reservas. Por causa disso, tivemos uma travagem muito significativa em maio e junho. No verão, julgo que a operação decorreu ligeiramente acima do ano passado, mas temos de ter em consideração que havia mais oferta, e espera-se um quarto trimestre muito em cima do realizado no ano passado. No final, o mercado responde sempre de forma diversa, não é uno, depende do tipo de negócio, da dimensão da empresa, onde se posiciona em termos de mercados. Uns terão crescido 10%, outros terão crescido 15%, outros terão crescido 5%, outros terão igualado números de 2023. Mas no final, as agências de viagens vão vender mais e vão ganhar ligeiramente mais. Julgo que os operadores vão vender mais e vão ganhar menos. Porque as operações charter são um risco grande, não foram todas preenchidas, no verão houve alguma quebra de preço por last minute, ao contrário da antecipação onde foi feito bom preço no primeiro trimestre. Portanto, no final, creio que os operadores todos eles vão vender mais, mas quase todos eles, vão ganhar menos.

Essa antecipação registada no primeiro trimestre poderá ter incutido na mente do setor que o crescimento iria manter-se?
Não creio. Na altura nem conseguimos explicar um crescimento tão grande, face às condições de consumo dos portugueses, ao nível das taxas de juros, à dependência dos empréstimos bancários para habitação, à inflação. Julgo que o primeiro trimestre ainda terá sido um prolongamento da necessidade de viajar brutal que sucedeu à pandemia.

As chamadas viagens de vingança?
Exato. Talvez não durou um ano, durou um ano e três meses do ponto de vista das decisões dos portugueses. E depois acabaram por se ajustar ao efetivo poder de conta.

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E o perfil mudou?
O mercado é muito eclético e maduro. Se alguma tendência existe no mercado, diria que, cada vez mais, o mercado alarga a franja também às grandes viagens e às viagens de mais alto valor, de mais alto preço.

E as de mais baixo preço?
Não. Se pensarmos nos voos charter mais básicos, se pensarmos em Cabo Verde, nas Caraíbas, Marrocos, Tunísia, são todas operações que foram um êxito este ano. Portanto, as operações mais tradicionais mantêm-se em crescimento e vamos acrescentando à medida que os anos passam outras.

O português olha para fora por causa do preço ou porque quer viajar mais?
As duas coisas. Acharia um mundo bonito e um Portugal bonito se houvesse mais turistas portugueses no estrangeiro e mais turistas estrangeiros em Portugal.

O que nos deve preocupar, a acontecer, é se houver menos turistas portugueses em Portugal e as taxas de ocupação baixarem muito. Não foi verdade este ano. Este ano os preços aumentaram muito, penso que, provavelmente, desajustados do serviço que está a ser prestado e que terá de sofrer algum ajuste. Toda a gente está de acordo com isso, inclusivamente os hoteleiros. Mas a grande verdade é que, mesmo com o agravamento de que tanto se fala, as taxas de ocupação satisfazem muito os hoteleiros e os preços satisfazem ainda mais. Desse ponto de vista, se houve mais ou menos portugueses, não é preocupante. Seria preocupante se não houvesse turistas portuguese e se não houvesse turistas estrangeiros ou haver mais turistas estrangeiros e os portugueses não conseguissem viajar. Não aconteceu nenhuma nem outra.

Contas (re)quilibradas
Em relação ao balanço das empresas, já estão equilibrados?
O mercado, uma vez mais, tem uma resposta que é um caleidoscópio, não é monocromática. Mas, em primeiro lugar, equilibrar os balanços, significa voltar a 2019. Em 2020 e 2021 perdemos seis vezes e meio o resultado de 2019. Portanto, mantendo-se os ritmos de 2019, o que seria excelente, os balanços demorariam seis anos a chegar a 2019.

Vamos no terceiro. Sendo certo que muitos balanços se equilibraram em 2023, algo impensável, muitos vão equilibrar em 2024 e eventualmente haverá também alguns que se equilibrarão mais tarde, dependendo das empresas, uma vez mais, do tipo de negócio, etc.. Mas o que é assinalável é que o setor sai da pandemia muito mais forte do ponto de vista do ritmo de negócio do que entra na pandemia e recupera muito mais rápido do que era previsível. Agora, os balanços ainda têm cicatrizes, têm e vão ter durante alguns anos, basta pensar no lazer, nas empresas que contraíram dívidas para pagamento dos vales.

A dívida é um problema, porque as taxas de juros subiram e os custos do serviço da dívida aumentaram de forma muito visível. Agora, o volume de negócios também aumentou, os ganhos também, portanto, diria que, neste momento, não sinto que haja incobrabilidade, que haja qualquer momento de rutura. Há um bom momento, os balanços estão a cicatrizar, mas a questão está longe de estar resolvida.

Esperava uma maior consolidação do mercado, face às dificuldades que foram vividas, principalmente naqueles dois anos a seguir à pandemia em que as empresas, como se costuma dizer, tinham na incerteza a maior certeza?
Sim e não. O mercado está preparado para uma maior consolidação pela sua composição, isso é óbvio. E o mercado, se víssemos isto a preto e branco, diria que são quase só microempresas, muito poucas grandes e até poucas médias.

Logo a seguir à pandemia, julgo que tínhamos um problema acrescido, que não costuma aparecer, é que mesmo as mais fortes estavam muito fragilizadas e havia muita incerteza, porque não saímos da pandemia com a certeza que o assunto estava resolvido. Fomos saindo na dúvida de que ele podia reaparecer. Desse ponto de vista, deixou de haver um gargalo para a concentração, mas eu acho que há dois tipos de razões que têm atrasado a concentração. Em primeiro lugar é que não temos só micro e pequenas empresas. Temos sobretudo micro e pequenas empresas familiares. E culturalmente, uma empresa familiar, prefere continuar com o controlo de um pequeno negócio, que não cresce, do que participar, mas não controlando um negócio maior que cresce. E, portanto, há aqui uma raiz cultural que pode impedir a venda. Por outro lado, o mercado, talvez até por a raiz ser familiar e não querer que existam concentrações de capital, arranjou modos de acrescentar dimensão económica ou capacidade de intervenção sem necessidade de integração de capital. No lazer, os franchising, os grupos que de gestão, são muito importantes no mercado português, no corporate os ACE, e até a figura em crescendo da consolidação aérea, faz com que os clientes, agências de viagens, tenham capacidade de preços e condições que só a dimensão consegue, sendo muito pequeninos.

É assinalável é que o setor sai da pandemia muito mais forte do ponto de vista do ritmo de negócio do que entra na pandemia


Abordou a questão preço. Viajar está mais caro?
Porque os hotéis aumentaram muitíssimo os preços, porque a aviação aumentou muitíssimo os preços e porque houve aumentos salariais e dos custos extra das empresas também muito significativos depois da pandemia. Portanto, está mais caro porque os custos são mais caros.

Mas em relação ao aumento de preço que se verificou em 2023 e também em 2024, acha que vai abrandar?
Sim, porque não vejo grande espaço para se manter aumentos de preços. Aliás, a pressão sobre os hotéis é muito contrária e não apenas em Portugal. Lemos as notícias em Espanha e, no verão, os preços estão acima.

Relações agradáveis
No que diz respeito à “Cidade APAVT”, a associação tem mantido várias reuniões com diferentes stakeholders. Falo da TAP, ANAC, ANA, SATA, entre outros. Esta relação e este diálogo que a APAVT tem mantido com os diversos stakeholders está mais fácil, está mais difícil, mantém-se igual, está num momento de viragem?
Não, está num momento muito bom, muito agradável. Do ponto de vista da APAVT, julgo que já referi isso, sentimos que, provavelmente, vivemos o nosso momento mais alto do ponto de vista da nossa capacidade de intervenção, da nossa visibilidade e das portas que se nos abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos. Depois, é evidente que as agendas são muito difíceis, porque o facto de os interesses litigarem, e litigam claramente em vários dos exemplos que referiu, não deixam de ser legítimos e, portanto, não deixam de poder existir e temos é de dialogar entre interesses divergentes. A agenda é certamente difícil, sobretudo no que se relaciona com as companhias aéreas. Mas o diálogo é fácil no sentido em que há muita abertura para o diálogo.

Está mais fácil do que era?
Está progressivamente mais fácil, porque há disponibilidade para o diálogo, há diálogo frequente e há muita confiança de parte a parte com todos os organismos em questão. E a confiança de parte a parte vai-se formando, vai-se desenvolvendo e vai-se fortalecendo.

Agora, a agenda é tremendamente delicada, nomeadamente nas relações com as companhias e aéreas e tendo em conta a introdução do NDC, sobretudo no corporate, irá, certamente, significar mais custos administrativos, certamente mais trabalho administrativo e, muito provavelmente, menor remuneração.

Mas acrescenta também mais incerteza?
Não acrescenta mais incerteza, acrescenta dificuldades no curto prazo. A médio e longo prazo, o setor tem revelado tanta capacidade de encontrar soluções que julgo que ainda é cedo para dizer que o NDC é um mau caminho.

Já vivi, infelizmente, porque significa que já não sou tão novo, uma relação com as companhias aéreas em que tínhamos uma comissão base de 9%, mais rappel. Se juntarmos os dois, tínhamos uma comissão base, ou uma comissão de relacionamento, que superava os 20%. Nessa altura, as agências de viagens ganhavam menos dinheiro do que ganham agora, em que têm uma relação com base em 0,5%. Portanto, o ajustamento e o aumento da produtividade, a modernização do setor, foi abissal nas últimas décadas. Por isso, vamos ter esperança que continuaremos a encontrar as soluções.

Mas esta nova dinâmica assusta o setor?
Não, temos reunido o capítulo aéreo, que é um dos corações da APAVT, que é uma dinâmica muito jovem e muito importante para o negócio e, portanto, preocupa e entra naquilo que têm de ser os planeamentos estratégicos e a gestão anual. Mas não é algo que faça o setor entrar em pânico. Eu diria que, quem resolver os problemas, e há muitas maneiras de os resolver, provavelmente ficará num posicionamento superior antes do aparecimento do NDC, como tem acontecido em toda a história do relacionamento entre as agências de viagens e as companhias de aviação.

A médio e longo prazo, o setor tem revelado tanta capacidade de encontrar soluções que julgo que ainda é cedo para dizer que o NDC é um mau caminho


De que forma é que o setor se tem de reorganizar face a esta nova dinâmica?
O problema aqui é, sobretudo, tecnológico. Há muita tecnologia incluída. Há uma disrupção face à norma anterior, já que essa era de uma tecnologia disseminada por todo o mercado e, portanto, era fácil de normalizar os comportamentos de gestão e o trabalho do dia-a-dia.

Esta disrupção fez com que, neste momento e a curto prazo, haja mais trabalho na busca, por exemplo, de reservas, na emissão, nas reemissões, nas relações entre companhias que são de diferentes grupos globais. Mas, como há estes problemas, há uma série de desenvolvimentos tecnológicos que lhe estão a fazer face. Estamos num momento de ondulação mais alta, estamos num momento do temporal e, portanto, é, obviamente, o que preocupa e que dá mais desgaste e mais trabalho, mas os ciclos económicos também pertencem a este tipo de relações e temos a certeza que vai haver uma estabilização quer da tecnologia existente, quer até da sua harmonização pelos diferentes players. Nessa altura, estaremos num degrau superior.

Mas isso também cria novas oportunidades?
Não tenho nenhuma dúvida. Teremos um mercado mais eficiente, com maior produtividade, como temos relativamente ao momento em que ganhávamos 20% de comissão. E teremos ou os mesmos ou outros players, mas o mercado em si, enquanto um todo, será certamente mais capaz e, provavelmente, com tanta utilidade ou mais para o negócio das companhias aéreas. É assim que tem sido.

Um “olhar” político
Lembro-me da última entrevista que deu ao Publitúris, antes do 48.º Congresso da APAVT, estávamos em plena crise política …
Mas já saímos?

Este Governo tem seis meses: tem correspondido às expectativas?

É uma resposta difícil, porque tem pouco tempo e tem pouca margem de manobra face ao desenho da Assembleia da República. Acho que tem um aspeto muito positivo, já que tentou colocar na agenda política a ideia de quanto urgente é crescermos. Outra coisa é saber se consegue desenvolver uma estratégia em volta dessa ideia. Vai depender, provavelmente, de poucos dias depois do nosso congresso na APAVT, se o orçamento é ou não é aprovado e em que condições é que é ou não é aprovado.

Por isso, diria que existe um bom sentimento relativamente àquilo que foi apresentado pelo Governo, nomeadamente o conjunto das medidas que visam exatamente acelerar a economia, por outro lado, algumas dúvidas sobre a capacidade do Governo em desenvolvê-las e aí sim, muito pessimismo relativamente ao ambiente político. Para quem é empresário este diálogo entre políticos em redor do orçamento é surreal, completamente afastado dos problemas da vida pública.

Mas surpreendeu a rapidez, por exemplo, relativamente à decisão do novo aeroporto?
Não, e não liguei muito a isso. Eu já assisti a outras decisões. Ligaria se existisse rapidez em começar as obras, situação que ainda não aconteceu. Aliás, em relação ao novo aeroporto estou mesmo pessimista. Primeiro com a obtenção de um documento de impacto ambiental, que não sei se vão conseguir, depois com o diálogo com associações credíveis que defendem interesses legítimos, nomeadamente as ecologistas, e, finalmente, ainda com um diálogo com associações pouco credíveis que fingem que defendem interesses legítimos como, por exemplo, os ecologistas, mas cujo único objetivo é a tentativa de boicotar a democracia liberal. Portanto, são vários debates seguidos que me fazem ficar com bastante pessimismo.

Mas está pessimista relativamente à localização ou à execução do projeto?
A localização está indicada. Acho que a execução não é nada óbvia que corra bem. Não é óbvio que dure menos do que 10 anos e preocupa muito não ter havido uma solução intermédia.

E faz falta o tal cronograma para saber, de facto, o que vai e quando vai ser feito?
É verdade, mas quem é que consegue construir um cronograma com tantas dependências. Esse é o ponto. Por exemplo, relativamente, às obras da Portela, que sei que já arrancaram, ainda há alguns aspetos da negociação entre a ANA e o Governo que têm de ficar resolvidos antes de continuarem. Sei que são obras que podem demorar cerca de três anos. E porque não há uma solução intermédia, julgo que são, neste momento, aquilo que mais me preocuparia e aquilo pelo qual mais lutaria.

E em função disso, deveria existir uma maior aposta, por exemplo, nos outros aeroportos nacionais, tipo Porto e Faro?
Até mais talvez o Porto. Há alguns aspetos de desenvolvimento na área do aeroporto da Portela, depois as companhias aéreas estão a escolher ou têm vindo a escolher, aeronaves maiores para com o mesmo número de slots e o mesmo número de movimentos, movimentarem mais gente, mas isso também tem um limite. Depois, toda a gente sabe que teremos mais alguma aberta do ponto de vista do crescimento quando passarmos para uma nova gestão do espaço aéreo.

Acho que, sobretudo, no long haul, outros aeroportos podem ser utilizados. Estamos a falar do mercado norte-americano, brasileiro, em que o Porto fará mais sentido, porque são mercados que não pedem tanta praia, são mercados que não pedem tanta sazonalidade e que vão permitir distribuir a procura ao longo do território.

A ferrovia aí ajudava imenso?
Ajudava o mercado interno, o mercado alargado de Espanha, ajudava a curta distância porque há muitas barreiras já do ponto de vista legal ou pelo menos a construção de muitas barreiras relativamente a voos de curto curso, libertava-se slots para os tais voos de long haul.

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Objetivo: crescer
Falou em crescimento económico. O “Programa Acelerar a Economia” foi apresentado pelo Governo. Das 60 medidas, 17 são do turismo. No âmbito da APAVT, como é que olha para estas medidas? São suficientes, deviam existir mais, deviam existir menos?
Penso que não devemos olhar para as 60 nem para as 17 como as únicas que estão em cima da mesa e que fazem parte da atuação do Governo. Foram um exemplo e foram retiradas até de um certo contexto, quiçá e bem, para dar aquela ideia de que há uma ideia estratégica no Governo que é urgente crescer. Portanto, as medidas são medidas de crescimento e, desse ponto de vista, felizes. Felizes também porque se percebeu o dinamismo do turismo. Às vezes diz-se que há turismo a mais. Não há turismo a mais. Há a competitividade internacional do turismo e há condições de competitividade que são muito maiores do que em outros setores. E numa economia aberta e com relações internacionais, crescem os que têm maiores valências competitivas.

Este dinamismo das medidas escolhidas para o turismo demonstra exatamente esta capacidade competitiva. Depois temos de pensar sempre no momento da sua apresentação e no momento da sua execução. E aí também acho que temos de dar tempo ao tempo e, sobretudo, temos de dar tempo ao tempo havendo condições políticas, uma vez mais.

Há, contudo, uma medida que escolho e que envergonha que esteja no Governo e que tenho enormes dúvidas que seja implementada, o Estado pagar a 30 dias. Só o facto de constar já é uma coisa absolutamente extraordinária.

Se disser que as agências de viagens pagam às companhias aéreas num tempo médio de 18 dias e meio e vão passar a pagar em menos tempo ainda, a partir de 2025, acho que está tudo dito. Tenho pena que a medida esteja lá, porque já lá não devia estar. Fico contente por estar lá, porque alguém, apesar de tudo, aponta para si próprio e diz que não paga em condições,

[Relativamente ao Orçamento de Estado, a pergunta ao presidente da APAVT foi feita antes de se saber a decisão do PS e a proposta de abstenção indicada pelo secretário-geral, Pedro Nuno Santos]
Quanto ao Orçamento de Estado para 2025, o que espera ou gostaria que acontecesse?
Um orçamento aprovado. Desejo um orçamento aprovado e desejo um orçamento que fale de gestão dos custos do Estado, que diminua a carga fiscal das pessoas e das empresas e que coloque em ponto de mira o crescimento da economia.

O grande problema de Portugal é só discutirmos questões de distribuição quando há cada vez menos para distribuir. E, portanto, temos é de falar em competitividade internacional e em crescimento.

No fundo, espero um orçamento que seja uma espécie de cópia daquilo que tem sido o turismo, que tem conseguido ser cada vez mais competitivo, do ponto de vista internacional, que tem crescido, que tem evoluído, que se tem modernizado. É tudo isso que falta na economia.

Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores. Porque se resolvermos um problema específico de demasiado turismo, atacando o turismo, vamos ter um problema mais geral de pobreza que será pior para todos.

Acredita que as pessoas de facto têm a noção quando falam que há turismo a mais?
Na opinião pública sim, e às vezes essas opiniões podem mudar o mindset de toda uma população. Acho que devemos lutar contra isso. Mas tocou no coração da coisa. A pergunta não pode ser nunca se há turismo a mais ou turismo a menos. Porque nunca pode haver turismo a mais. O turismo em Portugal permitiu que Portugal crescesse. Sem turismo Portugal não tinha crescido e não tinha recuperado da pandemia.

Se não fosse o turismo, não havia equilíbrio das contas externas. Permitiu a taxa de desemprego mais reduzida da história recente.

Mais, com um aspeto qualitativo importante, com tantos problemas com a imigração, foi o turismo que soube acumular, da melhor maneira, uma série muito significativa de imigrantes. É o turismo que promove a cultura e a história. É o turismo que recuperou as cidades. Portanto, não podemos nunca perguntar se há turismo a mais.

Agora, há pontos específicos de pressão, de pegada turística, que têm de ser geridos, não afastando turistas, mas gerindo fluxos turísticos e requalificando ou qualificando a oferta.

A grande verdade é que se continua a dizer que não se consegue viver nos centros das cidades, que os turistas tiraram de lá as pessoas. O que aconteceu foi que o turismo recuperou económica, paisagisticamente, do ponto de vista da organização da cidade, o urbanismo, foi o turismo que recuperou isto tudo. Estar contra o turismo não faz qualquer sentido. Confesso que, neste momento, será premente combater uma certa comunicação anti-turismo, com uma mensagem una da “Cidade do Turismo”.

A APAVT saiu da BTL porque a BTL, entre outros aspetos, nos fez exigências financeiras que não eram comportáveis. E, portanto, a APAVT teve de sair


E relativamente à privatização da TAP. Tivemos cá IAG, a Air France KPLM, a Lufthansa? Percebe alguma definição?
Temos como tradição não comentar a composição do capital social da TAP. Eventualmente a TAP teve bons momentos com composição do capital público, teve bons momentos com composição de capital privado e teve maus momentos com os dois. Agora, há uma certeza que temos. A TAP é muito importante para o presente do turismo português e para o futuro do turismo português.

Cerca de 95% dos turistas entram por via aérea e a TAP tem o maior market share desse número e, portanto, por razões quantitativas, mas, sobretudo, por razões qualitativas, a questão do hub e da ligação estratégica ao mercado brasileiro e ao mercado norte-americano não podemos continuar a crescer gerindo a pegada turística se não desenvolvermos o long-haul. É o long-haul que nos traz menos sazonalidade, mais receita por turista, mais território turístico, mais diversidade de produto.

Sendo muito importante, ninguém sobrevive na indústria aérea se não crescer de uma forma relativamente contínua. A TAP precisa de uma estratégia de crescimento e essa precisa de capital. E, provavelmente, não sou especialista, mas a TAP vai precisar de capital. Até lá, é bom não esquecer, que é importante que a TAP mantenha o ciclo de recuperação que tem evidenciado, porque se não o fizer, na altura em que for necessária uma privatização, poderá não haver ninguém interessado.

Voltando às palavras do primeiro-ministro, tranquiliza-o, novamente, o facto de o mesmo ter dito que a TAP não é vendida ao desbarato e, se for preciso, o Estado mantém a TAP até conseguir privatizá-la em condições?
Penso que é de bom senso, quer político, quer económico. Estou de acordo que a TAP não deve ser vendida ao desbarato e estou de acordo que se ela não puder ser vendida, de alguma maneira, o Estado tem de tomar conta da ocorrência.

Agora, atenção, uma vez mais, se pensarmos que a estratégia de crescimento tem de ser executada, podemos é discutir a capacidade que o Estado pode ter em executá-la, nomeadamente, a capacidade que pode ter em disponibilizar capital, até do ponto de vista legal, para essa estratégia de crescimento.

BTL sem APAVT
A APAVT, comunicou a não presença na BTL. Porquê?
Sobre a BTL, que fique claro uma coisa, vamos falar mais do que vamos falar agora. Vamos falar na altura que decidirmos e vamos falar no local em que quisermos e que acharmos mais apropriado. Agora, não vou deixar de responder. Porquê? Porque achamos que os nossos associados e o setor do turismo, em geral, merecem ser esclarecidos relativamente à saída da APAVT, o que, desde logo, sublinho a importância da presença da APAVT.

A APAVT saiu da BTL porque a BTL, entre outros aspetos, nos fez exigências financeiras que não eram comportáveis. E, portanto, a APAVT teve de sair.

Os associados da APAVT compreenderam essa posição?
Mais do que compreenderam, a decisão do abandono não é uma decisão nem do presidente, nem da direção. É uma decisão do conjunto de cerca de 100 empresas que interagiam no maior stand privado da feira. E, portanto, foram essas 100 empresas que perceberam que eram incomportáveis as exigências de curto prazo, as exigências financeiras, não apenas as exigências, como também o curto prazo que tínhamos para as cumprir.

Mas há espaço para negociações?
Não. Como sabe, não há espaço para voltarmos e vejo com dificuldade nos próximos anos. A APAVT tinha uma posição, era o maior stand privado da feira e foi expulso da feira.

Estamos a falar da importância da iniciativa privada, julgo que um redireccionamento da BTL para mais dependência de dinheiros públicos não ajuda ninguém e, sobretudo, não ajuda o turismo.

Mas, uma vez mais, falarei mais tarde.

Estamos atualmente a viver tempos conturbados a nível internacional. Instabilidade no Reino Unido, em França, na Alemanha, em Espanha, eleições nos EUA, guerra na Ucrânia, agora o conflito no Médio Oriente. Que impacto poderá ter todo este cenário no fluxo turístico que Portugal tem ganho. Voltamos novamente à incerteza?
Sim, muito. E mais, referiu Espanha e França com crise política, Reino Unido com choque fiscal, Alemanha à beira da depressão, Estados Unidos com eleições. Ora, apontou “somente” os cinco maiores mercados emissores por Portugal. É só disto que estamos a falar. O que é que se pode dizer? Acho que há um momento em que a gestão tem de ter redobrada prudência e é um momento em que a “Cidade APAVT” e a “Cidade do Turismo” têm de ter as portas escancaradas para o diálogo e para a cooperação entre players relativamente aos quais é muito mais aquilo que os une do que aquilo que os separa.

Já disse que não vai voltar a concorrer à presidência da APAPVT …
Disse e não menti. Mantenho o que disse pela primeira e única vez na tomada de posse que estava de saída. Correu um ano, a APAVT para o próximo ano faz 75 anos, vai ser um momento muito importante. A PAVT está financeiramente mais sólida do que nunca. A APAVT tem com relações institucionais, talvez, as melhores de sempre.

Há relativamente pouco tempo o presidente da CTP, Francisco Calheiros, voltou a referir, também, que este é o último mandato à frente da CTP. Uma posição na CTP não está dentro dos horizontes?
De todo. E se estivesse, teria, em primeiro lugar, dialogar com os meus colegas da CTP e todos eles sabem que não há um único diálogo. Por outro lado, o meu próprio plano de vida pessoal, a própria idade, faz com que saiba que não vou ser o próximo candidato a presidente da CTP.

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Victor Jorge

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Museu do Grande Prémio de Macau e empresas de turismo e lazer integrado oferecem série de actividades temáticas para potenciar atracção do “turismo + desporto” no mês do GPM
Promover a economia comunitária: DST apoia actividades em Novembro com gastronomia, cultura e Grande Prémio para mostrar dinamismo de “turismo +” de Macau
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Airbnb aplaude as novas regras do AL em Portugal e está disponível para trabalhar com as autoridades

A Airbnb oferece ao governo português e às cidades o seu apoio para promover um turismo sustentável e preservar as comunidades locais, congratulando-se com o novo decreto-lei sobre o turismo em Portugal, que põe fim às medidas, que considerou desproporcionais, do programa Mais Habitação, lançado em 2023.

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Refira-se que este novo enquadramento legal reforça os poderes dos municípios e permite que as famílias e diversas cidades em Portugal continuem a beneficiar do turismo, oferecendo aos hóspedes uma opção de alojamento acessível para viajar.

Assim, a plataforma apresenta-se disponível para trabalhar com as autoridades locais na criação de regras proporcionais e graduais que tenham em conta as necessidades de cada município – ou até mesmo de cada bairro. Ao mesmo tempo, também ofereceu a Lisboa e ao Porto a sua colaboração para elaborar novas regras que protejam os anfitriões ocasionais e preservem as comunidades locais, evitando soluções genéricas e atendendo às necessidades de cada freguesia ou bairro, isto porque acredita que as cidades disponham de dados necessários para desincentivar a especulação imobiliária e assegurar que os alojamentos dedicados não concorram com a habitação de longa duração.

A Airbnb está determinada em oferecer às cidades soluções que promovam um turismo sustentável, que passam por de: Impulsionar uma colaboração eficaz com os governos, através da partilha de dados no âmbito das novas regras da EU; Proteção do alojamento ocasional que permite às famílias locais beneficiarem do turismo, na medida em que a regulamentação deve ser proporcional ao nível de intensidade da atividade, protegendo os direitos dos portugueses de alugarem a sua habitação ocasionalmente, seja na totalidade ou apenas numa parte do ano; Trabalhar em conjunto com as Agências de Promoção Turísticas a nível nacional e regional, bem como com as Entidades Regionais de Turismo, para incentivar a dispersão geográfica para além dos locais e épocas mais populares.

Segundo dados da empresa, em Lisboa, apenas seis das 24 freguesias têm uma densidade de anúncios ativos na Airbnb superior a 3%. No Porto, sete das nove freguesias registam um rácio de alojamento local em relação ao total de habitações abaixo dos 3%. Em ambas as cidades, quase sete em cada 10 dos anfitriões na plataforma Airbnb anunciam uma única habitação. Além disso, os alojamentos dedicados na Airbnb – habitações que são partilhadas mais do que o anúncio típico – correspondem a menos de 2% do total de unidades de alojamento formal em Lisboa e apenas 2,2% no Porto.

A plataforma realça ainda que Portugal, bem como os casos recentes de Nova Iorque e Escócia, demonstraram que legislações sobre alojamento local que não consideram a realidade local, ou que pretendem ser soluções universais para desequilíbrios no mercado habitacional, revelaram-se ineficazes na resolução desses problemas, afetando negativamente a economia local, destacando que o impacto económico do alojamento local em Portugal é significativo, contribuindo para o crescimento de regiões e municípios despovoados, para a revitalização de muitos centros urbanos, para o apoio ao património local e para a sustentabilidade financeira das famílias.

A mesma fonte dá ainda conta que, em 2023, os hóspedes da plataforma em Portugal gastaram em média 116 euros por dia, gerando 2,4 mil milhões de euros em receitas e 1,1 mil milhões de euros em impostos, e que as viagens através da Airbnb apoiaram aproximadamente 55.000 empregos no nosso país, em setores como a restauração, o comércio local, o entretenimento e os eventos.

Por outro lado, desde 2018, a Airbnb recolheu e remeteu 63,3 milhões de euros em taxas turísticas no Porto e em Lisboa.

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Museu do Grande Prémio de Macau recebe “Wynn Special Chocolate F1” para mostrar atracção do “turismo+desporto” no mês do GPM

Wynn Special Chocolate F1

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O Museu do Grande Prémio de Macau, sob a tutela da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), lança, em Novembro, em conjunto com várias empresas de turismo e lazer integrado, uma série de actividades subordinadas ao tema do Grande Prémio de Macau (GPM), em sintonia com a 71.a edição do evento, que se realizará em breve. As actividades incluem a exposição “Wynn Special Chocolate F1”, co-organizada pelo Museu do Grande Prémio de Macau e pela Wynn Resorts (Macau) S.A., que foi inaugurada hoje (dia 8). O governo uniu mais uma vez esforços com as operadoras para mostrar a atracção do “turismo + desporto”, enriquecer as ofertas de Macau enquanto centro mundial de turismo e lazer e destacar o “cartão de visita dourado” como metrópole internacional.

Elaborado por mestre da arte gourmet

Um super doce modelo de “F1 em Chocolate” foi criado pelas mãos de Bob Tay, vencedor de vários prémios internacionais de arte culinária. Tay usou chocolate para cobertura, para modelar uma superfície macio em forma de carro. Uma obra concluída após 360 horas de refinamento, em que devido ao alto teor de manteiga de cacau no chocolate para cobertura, é necessário controlar rigorosamente a temperatura durante o processo de produção.

“Wynn Special Chocolate F1” fusão entre gastronomia e criatividade

Com um comprimento de 2,5 metros e um peso total de 100 quilos, a mostra do modelo de “F1 em Chocolate” apresenta uma lenda do desporto motorizado que combina a cultura do automobilismo com a arte do chocolate.

Até ao dia 20 de Janeiro de 2025, a exposição “Wynn Special Chocolate F1” está patente ao público no 1.° andar do Museu do Grande Prémio de Macau – área do GPM de Fórmula 3. Através da inovação e enriquecimento das mostras, a fim de aumentar a experiência dos visitantes e desenvolver um efeito sinérgico de promoção da cultura do GPM e de Macau como Cidade Criativa de Gastronomia.

Série de actividades temáticas para transmitir a cultura do Grande Prémio

Em cooperação com várias empresas de turismo e lazer integrado, a DST organiza, em Novembro, no Museu do Grande Prémio de Macau (MGPM), uma série de actividades alusivas ao tema do GPM. A mostra “A Racing Legacy – Drivers’ Collection Exhibition” e actividades relacionadas foram inauguradas no dia 6 de Novembro. Após a exposição “Wynn Special Chocolate F1”, que teve início hoje (dia 8), a série de actividades temáticas em torno do Grande Prémio inclui ainda o lançamento de um novo livro sobre a história do karting, sessões de partilha de pilotos e equipas, novos dispositivos interactivos de realidade virtual, entre outros, para passar o legado da cultura do Grande Prémio e promover o desenvolvimento integrado intersectorial do “turismo + desporto”.

A DST tem-se esforçado por promover e divulgar a cultura do Grande Prémio de Macau. Após a conclusão das obras de ampliação em 2021, o Museu do Grande Prémio de Macau reabriu com uma nova fisionomia, tendo continuado a aumentar os itens de exposição interactiva multimédia, as instalações de exibição de cenários do Grande Prémio, os carros de corrida e os objectos relacionados, bem como as instalações sem barreiras, entre outros, com vista a proporcionar aos residentes e visitantes de Macau uma experiência de “educação e diversão”, mostrando a diversidade do “turismo +” e contribuindo para elevar a atractividade turística de Macau.

O MGPM está aberto das 10h00 às 18h00, encerrando às terças-feiras. Para detalhes sobre a compra de bilhetes, consultar a página oficial do museu: mgpm.macaotourism.gov.mo/pt.

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Museu do Grande Prémio de Macau e empresas de turismo e lazer integrado oferecem série de actividades temáticas para potenciar atracção do “turismo + desporto” no mês do GPM

Racing Legacy – Drivers

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O Museu do Grande Prémio de Macau, sob a tutela da Direcção dos Serviços de Turismo (DST), irá organizar, em Novembro, em conjunto com várias empresas de turismo e lazer integrado, uma série de actividades subordinadas ao tema do Grande Prémio de Macau (GPM), em sintonia com a 71.a edição do evento, que se realizará em breve. A série de actividades inclui: exposição de colecções valiosas de pilotos, desafio de velocidade nos postos de reparação, lançamento de novo livro sobre a história do karting, exposição de carro de corrida de chocolate, sessões de partilha de experiências entre pilotos e equipas, entre outras, para reforçar o dinamismo e diversidade de programas no mês em que se realiza o GPM. O Governo e as empresas de turismo e lazer integrado irão unir esforços para mostrar, em conjunto, o apelo do “turismo + desporto”, enriquecendo as ofertas enquanto centro mundial de turismo e lazer e realçando o “cartão de visita dourado” como metrópole internacional de Macau.

SJM inicia série de actividades com promoção multidimensional do GPM

A série de actividades temáticas terão todas lugar no Museu do Grande Prémio de Macau (MGPM). A DST e a SJM organizam três em conjunto: a mostra “A Racing Legacy – Drivers’ Collection Exhibition”, e as sessões de partilha “A Racing Legacy – Where Local Drivers’ Dreams Take Flight” e “A Racing Legacy – Where Theodore Racing’s Performance Reached its Peak”. Entre as quais, a “A Racing Legacy – Drivers’ Collection Exhibition” foi inaugurada hoje (dia 6) e logo a seguir realizou-se “A Racing Legacy – Where Local Drivers’ Dreams Take Flight”.

Exibição de colecções valiosas de pilotos vencedores

“A Racing Legacy – Drivers’ Collection Exhibition” tem lugar até 3 de Fevereiro de 2025, na cave do Museu do Grande Prémio de Macau. Com o objectivo de divulgar a história do Grande Prémio de Macau, a mostra exibe o valioso espólio de pilotos patrocinados pela SJM, incluindo capacetes, luvas, fatos de corrida e roupas de equipa. Entre as peças expostas estão capacetes autografados e luvas dos antigos vencedores do GPM, Alex Lynn e Felix Rosenqvist, e de actuais pilotos de Fórmula 1 e de Fórmula 2.

Jogo interactivo dá oportunidade de ganhar prémios

A exposição também inclui jogo de perguntas e respostas para aumentar a interacção e interesse dos visitantes. Os participantes que responderem correctamente às perguntas terão oportunidade de ganhar cupões para alojamento em hotéis, compras e refeições, ou lembranças da mascote da SJM “Sam the Rooster”.

Formar jovens pilotos de Macau para entrarem no circuito internacional

O Grande Prémio de Macau é um local para os pilotos mostrarem a sua técnica e coragem, e uma vitrine para o mundo. Após a cerimónia de abertura da exposição, realizou-se a sessão de partilha “A Racing Legacy – Where Local Drivers’ Dreams Take Flight”, para abordar a formação de futuros talentos locais em desportos motorizados a nível internacional, tendo convidado o piloto Charles Leong, nascido e criado em Macau, com 22 anos de idade, para partilhar com um grupo de alunos do ensino secundário de Macau o seu percurso desde o contacto com o karting até se tornar num excelente piloto profissional. Após a partilha, o museu organizou uma visita guiada para os estudantes aprofundarem os seus conhecimentos sobre a história e o desenvolvimento do Grande Prémio de Macau, transmitindo a cultura do evento de forma divertida.

“A Racing Legacy – Where Theodore Racing’s Performance Reached its Peak” realiza-se em meados deste mês

No dia 12 de Novembro terá lugar nova sessão de partilha, “A Racing Legacy – Where Theodore Racing’s Performance Reached its Peak”, na qual a equipa irá partilhar o trabalho desenvolvido pelos diferentes papéis desempenhados pelos membros, bem como a precisão do funcionamento da equipa e o seu entusiasmo pelos desportos motorizados.

A DST tem-se esforçado por promover e divulgar a cultura do Grande Prémio de Macau. Após a conclusão das obras de ampliação em 2021, o Museu do Grande Prémio de Macau reabriu com uma nova fisionomia, tendo continuado a aumentar os itens de exposição interactiva multimédia, as instalações de exibição de cenários do Grande Prémio, os carros de corrida e os objectos relacionados, bem como as instalações sem barreiras, entre outros, com vista a proporcionar aos residentes e visitantes de Macau uma experiência de “educação e diversão”, mostrando a diversidade do “turismo +” e contribuindo para elevar a atractividade turística de Macau.

O MGPM está aberto das 10h00 às 18h00, encerrando às terças-feiras. Para detalhes sobre a compra de bilhetes, consultar a página oficial do museu: mgpm.macaotourism.gov.mo/pt.

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Promover a economia comunitária: DST apoia actividades em Novembro com gastronomia, cultura e Grande Prémio para mostrar dinamismo de “turismo +” de Macau

Chill and Taste in Coloane

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Através do seu programa de apoio financeiro, a Direcção dos Serviços de Turismo (DST) continua a incentivar as associações locais a realizarem actividades ou projectos turísticos diversificados, com vista a impulsionar a economia comunitária. Com Macau a receber em Novembro grandes eventos anuais de desporto e gastronomia, a DST financiou actividades em sintonia organizadas por associações, incluindo o “Flash Train Tour Diary”, o “2024 Ferreira de Almeida Festival”, o 24.º Festival de Gastronomia de Macau e as “The Cities of Gastronomy (China) in Macao 2024”, entre outras, para enriquecer os programas de Outono e Inverno de Macau, permitindo aos residentes e visitantes experienciarem o rico e diversificado “turismo +” e divertirem-se. Por outro lado, a DST lançou recentemente dois vídeos promocionais para divulgar o turismo comunitário em Coloane.

Novos vídeos promocionais de Coloane “Chill” + “Fun”

A DST lançou recentemente dois novos vídeos promocionais, “Coloane Fun for Everyone” e “Chill and Taste in Coloane”, para promover os pontos turísticos culturais e os recursos hídricos costeiros, num convite a explorar o artesanato tradicional, lojas antigas, gastronomia chinesa e ocidental, e novas lojas com características intersectoriais escondidas nos bairros comunitários, mostrando a paisagem natural e as características da pequena e bela comunidade de Coloane.

“Coloane Fun For Everyone” leva os visitantes a explorar os pontos turísticos, a história, a cultura e as características humanas de Coloane, tendo convidado comerciantes e académicos a apresentar a vila a partir dos seus pontos de vista. O vídeo mostra a fisionomia da vila piscatória, a zona dos estaleiros navais, os pastéis de nata enraizados em Coloane há dezenas de anos e as actividades culturais e turísticas do “Desfile das Festividades de Tam Kung”, mostrando o sentimento da pequena e bela comunidade de Coloane.

“Chill and Taste in Coloane” foca-se em explorar a cultura oriental e ocidental, a gastronomia nova e antiga, os sentimentos e sabores antigos de Coloane. O vídeo apresenta uma loja antiga construída em palafitas que explora a gastronomia local, outra da geração mais jovem que se instalou na vila para abrir uma loja com características intersectoriais de fusão de café e música discográfica, restaurantes chineses e portugueses com vista para as praias de Coloane, bem como estabelecimentos de comidas e bebidas típicas da comunidade, entre outros. Coloane apresenta de forma maravilhosa o “turismo + gastronomia” de Macau.

Vídeos em exibição nas plataformas da DST para promoção do turismo comunitário

Os vídeos “Coloane Fun for Everyone” e “Chill and Taste in Coloane” estão a ser divulgados na página electrónica da DST, contas oficiais no Instagram, Facebook, WeChat, Weibo, Xiaohongshu e Douyin, entre outras plataformas, atraindo os visitantes a irem a Coloane, dinamizando a economia e o turismo comunitário.

“2024 Ferreira de Almeida Festival” apresenta 10 actividades incluindo elementos do Grande Prémio

O “2024 Ferreira de Almeida Festival”, realiza-se de 2 de Novembro a 1 de Dezembro, na freguesia de São Lázaro. Ao longo de um mês, o evento integra exposições, workshops, espectáculos, feiras, carnavais e exibições apresentadas por um conjunto de 10 actividades: Ferreira de Almeida Festival – Arts Festival, “Racing with You in Macao” Workshop, Loving Horta da Mitra Series – Golden Oldies Night, Loving Horta da Mitra Series – Neighbourhood Gathering, Grand Prix Mini-Car Races Fiesta, Open-air Cinema, Classic Car Show, Grand Prix Racing Car Photograph Exhibition, Liking Everything Happening Quietly – Three-line Poetry Painting Exhibition, e “Looking Back – Art and Culture 2024” Retrospective Exhibition on the Development of Art and culture in St. Lazarus Parish. O programa do evento permite aos participantes entrar na zona de São Lázaro e, além de experienciar actividades diversificadas, conhecer também a história e a cultura do bairro.

“Flash Train Tour Diary” leva participantes ao metro ligeiro para ouvir história

Nos dias 2, 3, 9 e 10 de Novembro, o “Flash Train Tour Diary” levará os participantes desde a estação do Terminal Marítimo da Taipa até à do Pai Kok, apresentando durante o percurso os pontos turísticos característicos e a história da Taipa, para dar a conhecer como Macau se transformou de uma pequena vila piscatória na metrópole internacional de hoje. Haverá diferentes sessões explicativas em cantonense, mandarim e inglês.

24.º Festival de Gastronomia de Macau partilha sabores locais

O popular evento anual, 24.º Festival de Gastronomia de Macau, que decorrerá durante 18 dias consecutivos, de 15 de Novembro a 1 de Dezembro, na Praça do Lago Sai Van, congrega estabelecimentos de comidas e bebidas de Macau, com diferentes tipos de gastronomia típica, diversas actuações em palco e tendas de jogos, mostrando a vitalidade e o encanto de Macau enquanto Cidade Criativa de Gastronomia, enriquecendo as experiências gastronómicas dos residentes e visitantes. A edição deste ano do evento inclui o “Concurso de Trajes Tradicionais Chineses”, com o objectivo de dar a conhecer ao mundo a cultura tradicional chinesa através do Festival de Gastronomia de Macau.

“The Cities of Gastronomy (China) in Macao 2024”

Entre 26 de Novembro e 5 de Dezembro, realiza-se a série de actividades “The Cities of Gastronomy (China) in Macao 2024”, que conta com a participação de chefs de renome e líderes do sector culinário de Chengdu, Shunde, Yangzhou, Huai’an, Chaozhou e Macau, para promover o intercâmbio cultural entre as Cidades Criativas de Gastronomia. Através de ofertas culinárias, fórum de gastronomia e sessões de degustação de especialidades, entre outras actividades, os visitantes podem sentir o “sabor único” de Macau enquanto Cidade Criativa de Gastronomia.

Parte das actividades requerem pré-inscrição e pagamento para participar. Para mais informações, consultar o cartaz ou contactar as entidades organizadoras.

Desde 2024 até agora, foram aprovadas 41 actividades. Nos primeiros dez meses deste ano foram concluídos 27 destes projectos, incluindo visitas guiadas, feiras, oficinas artesanais, confecção gastronómica, passeios marítimos, entre outros, que atraíram a participação de mais de 580 mil pessoas, e o envolvimento directo de cerca de 1.200 estabelecimentos comerciais, atraindo, de forma eficaz, residentes e visitantes aos bairros comunitários, para promover o consumo e o desenvolvimento do turismo nestas zonas.

A DST continuará a promover o turismo e a estimular a economia dos bairros comunitários através da variedade de actividades trazidas pelo Programa de Apoio Financeiro de 2024 para o Turismo Comunitário “Viajar por Macau”, Promoção Gastronómica “Sabores de Macau” e Turismo Marítimo “Diversão na orla costeira”.

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Pedro Machado e Berta Cabral marcam presença na 20ª Convenção Airmet

A Airmet anunciou, esta quarta-feira, que o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, e a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, Berta Cabral, vão marcar presença na sua 20ª Convenção, que decorrerá entre 21 e 24 de novembro, em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira (Açores), com o tema “Gestão que transforma; Estratégia que direciona”.

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Ambas as entidades participarão em dois momentos importantes da 20ª Convenção Airmet: jantar de quinta-feira, dia 21 de novembro, no Azoris Angra Garden, e abertura oficial do evento, na sexta-feira, dia 22 de novembro, às 9h00, onde farão um discurso inaugural.

Miguel Quintas, Chairman da Airmet, considera que estas presenças são um gesto que “reforça o reconhecimento da importância das agências de viagens no setor e permite-nos, enquanto rede, alinharmo-nos com as prioridades estratégicas para o turismo em Portugal”. Neste sentido, realçou: “Estamos muito satisfeitos por contar com este apoio institucional, que reflete o papel essencial das agências de viagens no crescimento e fortalecimento do turismo nacional”.

O evento, que segundo a Airmet, reforça o compromisso da rede com a inovação e o desenvolvimento contínuo das agências de viagens em Portugal, irá contar ainda, com a presença de outras entidades relevantes na área, como representantes da Câmara Municipal e Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo e da VisitAzores.

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Verão 2025: Soltour volta a programar Samaná em voos diretos semanais de Lisboa

O operador turístico Soltour volta a operar Samaná (República Dominicana) no verão de 2025, à saída de Lisboa, com pacotes exclusivos “tudo incluído” para viajantes de Portugal, e aposta em experiências diferenciadas.

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Entre 27 de junho e 5 de setembro, os viajantes portugueses poderão descobrir as maravilhas desta península na República Dominicana através de ligações semanais às sextas-feiras, entre Lisboa e o Aeroporto Internacional El Catey (AZS), operadas pela Iberojet.

Luís Santos, diretor Comercial da Soltour para Portugal e Espanha, destaca a autenticidade de Samaná, e refere que “é um dos destinos mais autênticos e inexplorados da região, combinando praias paradisíacas, biodiversidade e uma rica cultura local”.

O responsável confirma que, nos últimos anos, “esta operação tem sido uma grande aposta da Soltour e temos recebido indicadores positivos do mercado português, o que nos levou a reforçar o nosso compromisso com o destino e incluí-lo na programação para o verão do próximo ano”.

O operador turístico oferece pacotes exclusivos “tudo incluído” de sete noites para os viajantes que partem de Lisboa, com alojamento em resorts de quatro e cinco estrelas.

A região, que tem permanecido inexplorada pelo turismo de massas, continua a atrair aqueles que procuram uma experiência mais autêntica e imersiva. Este ano, com o lançamento do filme “Amanece en Samaná”, o destino torna-se também uma referência cinematográfica internacional. Esta longa-metragem, de produção espanhola e dominicana, foi rodada na região e tem estreia europeia prevista para o fim do ano, esperando-se um impulso na visibilidade internacional e na atratividade turística da península.

A diversidade na oferta de alojamento, com opções pensadas para família ou adults only, permite receber turistas com diferentes propósitos de viagem, como casais, famílias ou grupos. Em Samaná, destaca-se a oferta hoteleira dos Bahia Principe Hotels & Resorts, cadeia de renome do Grupo Piñero.

 

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Ilha do Faial vai acolher 20ª Convenção da Bestravel no final de janeiro de 2025

A Bestravel vai realizar a sua XX Convenção de 30 de janeiro a 02 de fevereiro de 2025, nos Açores, nomeadamente na ilha do Faial, com visita à Ilha do Pico. A temática central do evento ainda não foi divulgado.

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Este evento promete ser, segundo a rede de agências de viagens em comunicado de imprensa, a ocasião perfeita para dar início ao ano de 2025, reunindo todas as agências da marca e seus parceiros, que avança que a convenção culminará com o tradicional jantar de gala e cerimónia de prémios. As atividades e visitas proporcionarão uma experiência única de conhecimento, networking e colaboração.

Carlos Baptista, administrador da rede refere que a XX Convenção “representa um marco significativo na nossa história, destacando-se pela sua localização estratégica na ilha do Faial”. Considera ainda que este evento não apenas simboliza a ousadia e inovação que caracterizam a Bestravel, mas também estabelece novos padrões no mercado nacional ao realizar, pela primeira vez, uma convenção nesta fantástica ilha açoriana”, decisão que “reforça novamente o nosso compromisso em inovar continuamente e transformar experiências no setor de turismo”.

Já Ricardo Teles, diretor de Operações da Bestravel, reforça que a convenção “é um momento crucial de preparação e trabalho para o ano de 2025. É estratégico reunir com a nossa rede para partilhar a visão para o ano, bem como dinamizar o networking com todos os players de negócio”. Além disso, acrescenta, “estimular a participação em momentos de partilha e de reflexão é vital para a construção do sucesso da nossa marca”.

Refira-se que, no ano passado, o evento contou com mais de 200 participantes inscritos e este ano promete uma forte presença da rede e dos seus parceiros de negócio, incluindo operadores turísticos, empresas de cruzeiros, companhias aéreas, centrais de reservas, seguros, entre outros.

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Rui Alberto é o novo diretor geral da Airmet

Rui Alberto foi anunciado, esta quarta-feira, como novo diretor geral da Airmet, sucedendo a Luís Henriques que liderou a rede durante quase cinco anos. Esta nomeação acontece poucos dias antes da realização, em Angra do Heroísmo (Terceira-Açores), da 20ª Convenção da Airmet, com o tema “Gestão que transforma, estratégia que direciona”.

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Rui Alberto é licenciado em Economia pela Universidade Católica Portuguesa e possui uma trajetória em diversas áreas de gestão e operações internacionais. Iniciou a sua carreira como auditor interno no Banco Nacional de Crédito e destacou-se posteriormente no Holmes Place em Portugal, onde integrou os quadros fundadores e permaneceu durante cerca de oito anos nas áreas comercial e gestão.

Após a sua experiência na multinacional britânica Holmes Place, o novo diretor geral da Airmet exerceu funções no Grupo Teixeira Duarte, onde liderou projetos na holding de hotelaria em diversos mercados, incluindo Portugal, Brasil, Moçambique e Angola. Nos últimos seis anos, desempenhou a função de Country Manager em Angola num projeto líder em Business Travel.

Rui Alberto considera que “identifico-me a 100% com os valores do projeto Airmet e espero poder dar continuidade ao excelente trabalho feito até ao momento, contribuindo para a entrega de um serviço de excelência às nossas agências parceiras, suportado na inovação e na procura constante de novas soluções.”

Já Miguel Quintas, Chairman da rede de gestão de agências de viagens sublinha que “a experiência do Rui Alberto e a sua visão estratégica são valências fundamentais para a continuidade do nosso sucesso e inovação”, realçando que, com esta entrada “reforçamos a nossa dedicação a um serviço de excelência e proximidade para com as agências de viagens e parceiros”, para avançar ainda que está confiante que “esta transição marca uma nova etapa de desenvolvimento na Airmet”. Assim, “continuaremos empenhados na nossa missão de apoiar as agências de viagens, contribuindo ativamente para a sua sustentabilidade e sucesso”, conclui.

Com mais de 490 agências de viagens em Portugal e 1100 em todo o mundo, o propósito da Airmet, conforme indica a nota de imprensa “é assegurar a sustentabilidade e a rentabilidade dos seus associados, garantindo as melhores condições comerciais, tecnologia e formação”, oferecendo às suas agências associadas uma intranet exclusiva onde tem acesso a sistemas de reservas de aviação e hotelaria, websites personalizados para venda aos seus clientes, comparador de hotéis, entre outras ferramentas inovadoras que as ajudam a rentabilizar o seu tempo e dinheiro. A dimensão desta rede permite disponibilizar as melhores condições comerciais do mercado, garantindo uma maior rentabilidade ao negócio dos seus associados e acesso a campanhas exclusivas durante o ano todo.

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Ocupação hoteleira sobe para o fim de ano no Algarve, mas “sem grande impacto no turismo”, diz AHETA

Os hoteleiros algarvios preveem uma ligeira subida na taxa de ocupação dos hotéis para o período da passagem de ano, comparativamente a 2023, “mas sem grande impacto no turismo”, estima o presidente da principal associação hoteleira regional.

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“Perspetivamos que a ocupação fique ligeiramente acima dos 80% registados no ano passado nas unidades que vão estar abertas para esse período”, revelou o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), à agência Lusa.

De acordo com Helder Martins, ao contrário do Natal, “uma festa vivida mais em casa e em família e sem impacto no alojamento turístico”, a passagem de ano “atrai mais pessoas à região, mas não é isso que vai alterar o mês”.

“Esta é a época mais baixa do ano, são meses com taxas de ocupação no alojamento de cerca de 30%, aumentando ligeiramente para a passagem do ano, mas só em uma ou duas noites, o que não é expressivo”, notou.

Contudo, adiantou, os hoteleiros perspetivam “para esse curto período, um ligeiro aumento em relação ao ano passado”.

Segundo o dirigente, os aumentos previstos refletem-se, sobretudo, nas unidades que oferecem pacotes de estadia e animação, bem como nos concelhos que promovem animação de rua.

“São ofertas que atraem as pessoas e que têm algum impacto no alojamento nas unidades que vão funcionar nesse período”, sublinhou o presidente da AHETA.

Helder Martins disse “desconhecer ainda a taxa de reservas” para a época festiva, adiantando que as mesmas “começam a ter procura quando as unidades anunciam o programa de animação e, depois, as de última hora”, ou seja, na semana anterior ao fim do ano.

“É um período mais procurado pelo mercado nacional, mas que se resume a uma estadia curta e, pela experiência que temos, sem grande impacto no turismo na região”, concluiu.

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Aeroportos nacionais movimentam mais de 54 milhões de passageiros até setembro

Em setembro de 2024, os aeroportos nacionais movimentaram 6,9 milhões de passageiros, correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023. No acumulado, o total ascende a 54,4 milhões de passageiros.

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Em setembro de 2024, movimentaram-se nos aeroportos nacionais 6,9 milhões de passageiros (embarques, desembarques e trânsitos diretos), correspondendo a +3,6% face a setembro de 2023, o que representa uma subida de 0,8 pontos percentuais face à subida de 3,1% registada no mês anterior (face a agosto de 2023), indicam os dados do Instituo Nacional de Estatística (INE).

No 9.º mês do ano, 81,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 2,8 milhões de passageiros (+4,1%), na maioria provenientes do continente europeu (67,1% do total), correspondendo a um aumento de 2,5% face a setembro de 2023. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 9,8% do total de passageiros desembarcados (+11,1%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 2,9 milhões de passageiros (+3,4%), tendo 68,6% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um crescimento de 2% face a setembro de 2023. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (9,2% do total; +8,9%).

Em setembro de 2024, registou-se o desembarque médio diário de 115,1 mil passageiros, valor superior em 3,8% ao registado em setembro de 2023 (110,9 mil), apesar do impacto do fecho por 24 horas do aeroporto do Porto, no dia 10 de setembro, para trabalhos de reabilitação da pista.

Já no que diz respeito à movimentação de aeronaves, no mês de setembro, aterraram nos aeroportos nacionais 23,7 mil aeronaves em voos comerciais, com o INE a indicar que “o movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e o sábado foi, no ano passado, o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”.

O aeroporto de Lisboa recebeu, em setembro, 3,280 milhões de passageiros, mais 140 mil que em igual período de 2023 (+4,3%), enquanto o Porto movimentou 1,514 milhões (+22 mil que em setembro de 2023, ou seja, +1,5%) e Faro 1,190 milhões (+28 mil que em igual período do ano passado, +2,4%).

Já entre janeiro e setembro de 2024, o número de passageiros movimentados aumentou 4,4% nos aeroportos nacionais, totalizando 54,440 milhões, ou seja, mais 2,278 milhões face ao acumulado de 2023, indicando o INE que durante este período “verificaram-se máximos históricos nos valores mensais de passageiros nos aeroportos nacionais”.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros nove meses de 2024, o Reino Unido foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados (+1,6%, num total de 3,824 milhões) e embarcados (+1,7%, no total de 3,783 milhões) face ao mesmo período de 2023. No sentido contrário, França registou decréscimos no número de passageiros desembarcados (-3,1%, total de 3,280 milhões) e embarcados (-3,6%, 3,260 milhões), e ocupou a 2.ª posição. Espanha, Alemanha e Itália ocuparam a 3.ª, 4.ª e 5.ª posições, respetivamente, (+3,4% para 2,816 milhões; +6% para 1,979 milhões; +3,5% para 1,248 milhões, nos passageiros desembarcados; +3,4% para 2,760 milhões; +6,3% para 1,975 milhões; +4,5% para 1,252 milhões, pela mesma ordem) como principais países de origem e de destino.

Nestes primeiros nove meses de 2024, o aeroporto de Lisboa movimentou 49,1% do total de passageiros (26,7 milhões; +4,4% comparando com o mesmo período de 2023). O aeroporto do Porto concentrou 22,5% do total de passageiros movimentados (12,3 milhões; +4,9%). O aeroporto de Faro registou um crescimento de 2,1% no movimento de passageiros, totalizando cerca de 8 milhões.

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