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Congresso APAVT

“Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores”

A “Cidade APAVT” reúne-se para o 49.º congresso. Com diversos temas na agenda, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, diz que a associação vive “o momento mais alto do ponto de vista da capacidade de intervenção, da visibilidade e das portas que se abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos”.

Victor Jorge

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Congresso APAVT

“Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores”

A “Cidade APAVT” reúne-se para o 49.º congresso. Com diversos temas na agenda, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, diz que a associação vive “o momento mais alto do ponto de vista da capacidade de intervenção, da visibilidade e das portas que se abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos”.

Victor Jorge
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Na véspera do 49.º Congresso da APAVT, o jornal Publituris republica a entrevista feita a Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Com indicações de que o Orçamento de Estado para 2025 deverá ser aprovado, depois do líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, ter indicado que propõe a abstenção do documento apresentado pelo Governo de Luís Montenegro, o presidente da APAVT espero um Orçamento que seja “uma espécie de cópia daquilo que tem sido o turismo”.

Com o esperado aumento das viagens dos portugueses, o presidente da APAVT admite estar “pessimista” em relação ao novo aeroporto, salienta que é “importante que a TAP mantenha o ciclo de recuperação que tem evidenciado”, vê com “dificuldade” a APAVT regressar à BTL nos próximos anos e, finalmente, diz ser “premente combater uma certa comunicação anti-turismo, com uma mensagem una da ‘Cidade do Turismo’”.

O 49.º da APAVT tem como tema a “Cidade APAVT”. Que cidade é essa?
O que tentámos transmitir, fundamentalmente, foi um conceito de comunidade, em que existem interesses que litigam, mas que, nem por isso, deixam de ser legítimos. Existem opiniões diferentes, existem modelos de negócio que competem entre si, mas é sempre muito mais aquilo que os une do que aquilo que nos separa. Isto é verdade para o setor da distribuição e é verdade para o turismo e, eventualmente, será verdade, naturalmente, também para o país.

Mas é uma cidade mais forte, é uma cidade que tem vindo a crescer?
Ah, sim, completamente. E isso também é verdade para o setor do turismo. Atualizaremos os “Economics” do setor no próprio congresso e, sim, saímos da pandemia para o melhor ano de sempre em 2022. Tudo quanto pensamos relativamente ao que já aconteceu em 2023 permite-nos dizer que foi o melhor ano de sempre e provavelmente 2024 será semelhante a 2023, mas melhor. E, portanto, do ponto de vista do setor, maior do que nunca e, eventualmente, do ponto de vista da associação, também num momento muito feliz com uma boa relação com toda a gente, com uma capacidade de intervenção como nunca teve, com um modelo financeiro que está absolutamente sólido, com uma independência que é totalmente conhecida de quem se relaciona connosco e, portanto, é verdade para o setor, é verdade para o turismo, é verdade para a associação.

Vivemos [APAVT] o nosso momento mais alto do ponto de vista da nossa capacidade de intervenção, da nossa visibilidade e das portas que se nos abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos


Neste programa há um tema que se repete: a Inteligência Artificial (IA). Porquê essa repetição?
Porque a IA não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona e até uma maratona especial, porque ainda não se conhecem os percursos não percorridos. Todas as empresas, incluindo as pequenas e médias, introduzirem a IA de um modo estratégico nas empresas e, por isso mesmo, é um assunto que vamos acompanhar nos próximos anos. É um assunto em permanente evolução e é um assunto de grande importância.

Portanto, não pode ser um tema que aparece “one shot” num só congresso?
Sim, a IA já é completamente diferente do ano passado. Basta olhar para a intervenção de um dos oradores, Sérgio Ferreira, que nos disse que só pretendia preparar a sua intervenção com 15 dias ou uma semana de antecedência, porque, entretanto, pode surgir uma novidade qualquer. É neste universo que nos movemos atualmente.

A Natália Rosa, outra das oradoras vai falar de ferramentas que já utilizamos no dia-a-dia, mas que ainda nem existiam da última vez que ela abordou o tema no congresso do Porto.

E há adesão à IA por parte do setor?
É um tema que preocupa e o setor vai acompanhando e incorporando na operação, até porque muitas das ferramentas que se utiliza são quase universais e, portanto, já têm IA. Diria que, como sempre, as maiores empresas estão à frente, mas uma das ideias que queremos muito e desafiámos os oradores para isso, é explicar que a IA é uma jornada para todos, não é uma jornada apenas para os grandes.

Viajar para fora, sem perder o “cá dentro”
Deixando o congresso, e conhecidos que foram os dados do INE relativamente a agosto, os portugueses estão a viajar mais para fora?
Bem, estão a viajar mais para fora, mas acho que é mais do que isso, estão a viajar mais. Gosto pouco de comentar uma alteração de comportamento por uma situação conjuntural, gosto mais de olhar para uma série. Se olhamos para os últimos 20 anos, os últimos 15 anos, os últimos 10 anos ou para os últimos 5 anos, os portugueses estão a viajar mais, ponto. Mas estão a viajar mais para fora e mais para dentro.

Aliás, há uma pergunta da moda que é: Os portugueses estão a abandonar um pouco o turismo interno? Bem, não acho que isso seja verdade, primeiro, porque os portugueses continuam a ser o mercado emissor mais importante do inbound. Por outro lado, se olharmos para números recentes, durante a pandemia, que é muito recente, houve um momento extraordinário do mercado interno e esse momento lançou sementes e criou raízes. Mas sim, os portugueses estão a viajar, mas também seria expectável.

Houve uma explosão de viagens em 2022, aumentou em 2023 e está-se a consolidar em 2024. Se há alguma característica específica no comportamento do consumidor português relativamente às viagens, é que me parece absolutamente óbvio que as viagens passaram a ser uma primeira necessidade, não é igual à alimentação, mas é uma das primeiras necessidades.

Houve uma explosão de viagens em 2022, aumentou em 2023 e está-se a consolidar em 2024


Mas comparativamente com 2023, os números são melhores?
São ligeiramente melhores e construídos de uma forma muito díspar. Tivemos um primeiro trimestre com um aumento absolutamente brutal das reservas. Lembro-me, na altura, cerca de 20%. Isso significou uma grande antecipação das reservas. Por causa disso, tivemos uma travagem muito significativa em maio e junho. No verão, julgo que a operação decorreu ligeiramente acima do ano passado, mas temos de ter em consideração que havia mais oferta, e espera-se um quarto trimestre muito em cima do realizado no ano passado. No final, o mercado responde sempre de forma diversa, não é uno, depende do tipo de negócio, da dimensão da empresa, onde se posiciona em termos de mercados. Uns terão crescido 10%, outros terão crescido 15%, outros terão crescido 5%, outros terão igualado números de 2023. Mas no final, as agências de viagens vão vender mais e vão ganhar ligeiramente mais. Julgo que os operadores vão vender mais e vão ganhar menos. Porque as operações charter são um risco grande, não foram todas preenchidas, no verão houve alguma quebra de preço por last minute, ao contrário da antecipação onde foi feito bom preço no primeiro trimestre. Portanto, no final, creio que os operadores todos eles vão vender mais, mas quase todos eles, vão ganhar menos.

Essa antecipação registada no primeiro trimestre poderá ter incutido na mente do setor que o crescimento iria manter-se?
Não creio. Na altura nem conseguimos explicar um crescimento tão grande, face às condições de consumo dos portugueses, ao nível das taxas de juros, à dependência dos empréstimos bancários para habitação, à inflação. Julgo que o primeiro trimestre ainda terá sido um prolongamento da necessidade de viajar brutal que sucedeu à pandemia.

As chamadas viagens de vingança?
Exato. Talvez não durou um ano, durou um ano e três meses do ponto de vista das decisões dos portugueses. E depois acabaram por se ajustar ao efetivo poder de conta.

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E o perfil mudou?
O mercado é muito eclético e maduro. Se alguma tendência existe no mercado, diria que, cada vez mais, o mercado alarga a franja também às grandes viagens e às viagens de mais alto valor, de mais alto preço.

E as de mais baixo preço?
Não. Se pensarmos nos voos charter mais básicos, se pensarmos em Cabo Verde, nas Caraíbas, Marrocos, Tunísia, são todas operações que foram um êxito este ano. Portanto, as operações mais tradicionais mantêm-se em crescimento e vamos acrescentando à medida que os anos passam outras.

O português olha para fora por causa do preço ou porque quer viajar mais?
As duas coisas. Acharia um mundo bonito e um Portugal bonito se houvesse mais turistas portugueses no estrangeiro e mais turistas estrangeiros em Portugal.

O que nos deve preocupar, a acontecer, é se houver menos turistas portugueses em Portugal e as taxas de ocupação baixarem muito. Não foi verdade este ano. Este ano os preços aumentaram muito, penso que, provavelmente, desajustados do serviço que está a ser prestado e que terá de sofrer algum ajuste. Toda a gente está de acordo com isso, inclusivamente os hoteleiros. Mas a grande verdade é que, mesmo com o agravamento de que tanto se fala, as taxas de ocupação satisfazem muito os hoteleiros e os preços satisfazem ainda mais. Desse ponto de vista, se houve mais ou menos portugueses, não é preocupante. Seria preocupante se não houvesse turistas portuguese e se não houvesse turistas estrangeiros ou haver mais turistas estrangeiros e os portugueses não conseguissem viajar. Não aconteceu nenhuma nem outra.

Contas (re)quilibradas
Em relação ao balanço das empresas, já estão equilibrados?
O mercado, uma vez mais, tem uma resposta que é um caleidoscópio, não é monocromática. Mas, em primeiro lugar, equilibrar os balanços, significa voltar a 2019. Em 2020 e 2021 perdemos seis vezes e meio o resultado de 2019. Portanto, mantendo-se os ritmos de 2019, o que seria excelente, os balanços demorariam seis anos a chegar a 2019.

Vamos no terceiro. Sendo certo que muitos balanços se equilibraram em 2023, algo impensável, muitos vão equilibrar em 2024 e eventualmente haverá também alguns que se equilibrarão mais tarde, dependendo das empresas, uma vez mais, do tipo de negócio, etc.. Mas o que é assinalável é que o setor sai da pandemia muito mais forte do ponto de vista do ritmo de negócio do que entra na pandemia e recupera muito mais rápido do que era previsível. Agora, os balanços ainda têm cicatrizes, têm e vão ter durante alguns anos, basta pensar no lazer, nas empresas que contraíram dívidas para pagamento dos vales.

A dívida é um problema, porque as taxas de juros subiram e os custos do serviço da dívida aumentaram de forma muito visível. Agora, o volume de negócios também aumentou, os ganhos também, portanto, diria que, neste momento, não sinto que haja incobrabilidade, que haja qualquer momento de rutura. Há um bom momento, os balanços estão a cicatrizar, mas a questão está longe de estar resolvida.

Esperava uma maior consolidação do mercado, face às dificuldades que foram vividas, principalmente naqueles dois anos a seguir à pandemia em que as empresas, como se costuma dizer, tinham na incerteza a maior certeza?
Sim e não. O mercado está preparado para uma maior consolidação pela sua composição, isso é óbvio. E o mercado, se víssemos isto a preto e branco, diria que são quase só microempresas, muito poucas grandes e até poucas médias.

Logo a seguir à pandemia, julgo que tínhamos um problema acrescido, que não costuma aparecer, é que mesmo as mais fortes estavam muito fragilizadas e havia muita incerteza, porque não saímos da pandemia com a certeza que o assunto estava resolvido. Fomos saindo na dúvida de que ele podia reaparecer. Desse ponto de vista, deixou de haver um gargalo para a concentração, mas eu acho que há dois tipos de razões que têm atrasado a concentração. Em primeiro lugar é que não temos só micro e pequenas empresas. Temos sobretudo micro e pequenas empresas familiares. E culturalmente, uma empresa familiar, prefere continuar com o controlo de um pequeno negócio, que não cresce, do que participar, mas não controlando um negócio maior que cresce. E, portanto, há aqui uma raiz cultural que pode impedir a venda. Por outro lado, o mercado, talvez até por a raiz ser familiar e não querer que existam concentrações de capital, arranjou modos de acrescentar dimensão económica ou capacidade de intervenção sem necessidade de integração de capital. No lazer, os franchising, os grupos que de gestão, são muito importantes no mercado português, no corporate os ACE, e até a figura em crescendo da consolidação aérea, faz com que os clientes, agências de viagens, tenham capacidade de preços e condições que só a dimensão consegue, sendo muito pequeninos.

É assinalável é que o setor sai da pandemia muito mais forte do ponto de vista do ritmo de negócio do que entra na pandemia


Abordou a questão preço. Viajar está mais caro?
Porque os hotéis aumentaram muitíssimo os preços, porque a aviação aumentou muitíssimo os preços e porque houve aumentos salariais e dos custos extra das empresas também muito significativos depois da pandemia. Portanto, está mais caro porque os custos são mais caros.

Mas em relação ao aumento de preço que se verificou em 2023 e também em 2024, acha que vai abrandar?
Sim, porque não vejo grande espaço para se manter aumentos de preços. Aliás, a pressão sobre os hotéis é muito contrária e não apenas em Portugal. Lemos as notícias em Espanha e, no verão, os preços estão acima.

Relações agradáveis
No que diz respeito à “Cidade APAVT”, a associação tem mantido várias reuniões com diferentes stakeholders. Falo da TAP, ANAC, ANA, SATA, entre outros. Esta relação e este diálogo que a APAVT tem mantido com os diversos stakeholders está mais fácil, está mais difícil, mantém-se igual, está num momento de viragem?
Não, está num momento muito bom, muito agradável. Do ponto de vista da APAVT, julgo que já referi isso, sentimos que, provavelmente, vivemos o nosso momento mais alto do ponto de vista da nossa capacidade de intervenção, da nossa visibilidade e das portas que se nos abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos. Depois, é evidente que as agendas são muito difíceis, porque o facto de os interesses litigarem, e litigam claramente em vários dos exemplos que referiu, não deixam de ser legítimos e, portanto, não deixam de poder existir e temos é de dialogar entre interesses divergentes. A agenda é certamente difícil, sobretudo no que se relaciona com as companhias aéreas. Mas o diálogo é fácil no sentido em que há muita abertura para o diálogo.

Está mais fácil do que era?
Está progressivamente mais fácil, porque há disponibilidade para o diálogo, há diálogo frequente e há muita confiança de parte a parte com todos os organismos em questão. E a confiança de parte a parte vai-se formando, vai-se desenvolvendo e vai-se fortalecendo.

Agora, a agenda é tremendamente delicada, nomeadamente nas relações com as companhias e aéreas e tendo em conta a introdução do NDC, sobretudo no corporate, irá, certamente, significar mais custos administrativos, certamente mais trabalho administrativo e, muito provavelmente, menor remuneração.

Mas acrescenta também mais incerteza?
Não acrescenta mais incerteza, acrescenta dificuldades no curto prazo. A médio e longo prazo, o setor tem revelado tanta capacidade de encontrar soluções que julgo que ainda é cedo para dizer que o NDC é um mau caminho.

Já vivi, infelizmente, porque significa que já não sou tão novo, uma relação com as companhias aéreas em que tínhamos uma comissão base de 9%, mais rappel. Se juntarmos os dois, tínhamos uma comissão base, ou uma comissão de relacionamento, que superava os 20%. Nessa altura, as agências de viagens ganhavam menos dinheiro do que ganham agora, em que têm uma relação com base em 0,5%. Portanto, o ajustamento e o aumento da produtividade, a modernização do setor, foi abissal nas últimas décadas. Por isso, vamos ter esperança que continuaremos a encontrar as soluções.

Mas esta nova dinâmica assusta o setor?
Não, temos reunido o capítulo aéreo, que é um dos corações da APAVT, que é uma dinâmica muito jovem e muito importante para o negócio e, portanto, preocupa e entra naquilo que têm de ser os planeamentos estratégicos e a gestão anual. Mas não é algo que faça o setor entrar em pânico. Eu diria que, quem resolver os problemas, e há muitas maneiras de os resolver, provavelmente ficará num posicionamento superior antes do aparecimento do NDC, como tem acontecido em toda a história do relacionamento entre as agências de viagens e as companhias de aviação.

A médio e longo prazo, o setor tem revelado tanta capacidade de encontrar soluções que julgo que ainda é cedo para dizer que o NDC é um mau caminho


De que forma é que o setor se tem de reorganizar face a esta nova dinâmica?
O problema aqui é, sobretudo, tecnológico. Há muita tecnologia incluída. Há uma disrupção face à norma anterior, já que essa era de uma tecnologia disseminada por todo o mercado e, portanto, era fácil de normalizar os comportamentos de gestão e o trabalho do dia-a-dia.

Esta disrupção fez com que, neste momento e a curto prazo, haja mais trabalho na busca, por exemplo, de reservas, na emissão, nas reemissões, nas relações entre companhias que são de diferentes grupos globais. Mas, como há estes problemas, há uma série de desenvolvimentos tecnológicos que lhe estão a fazer face. Estamos num momento de ondulação mais alta, estamos num momento do temporal e, portanto, é, obviamente, o que preocupa e que dá mais desgaste e mais trabalho, mas os ciclos económicos também pertencem a este tipo de relações e temos a certeza que vai haver uma estabilização quer da tecnologia existente, quer até da sua harmonização pelos diferentes players. Nessa altura, estaremos num degrau superior.

Mas isso também cria novas oportunidades?
Não tenho nenhuma dúvida. Teremos um mercado mais eficiente, com maior produtividade, como temos relativamente ao momento em que ganhávamos 20% de comissão. E teremos ou os mesmos ou outros players, mas o mercado em si, enquanto um todo, será certamente mais capaz e, provavelmente, com tanta utilidade ou mais para o negócio das companhias aéreas. É assim que tem sido.

Um “olhar” político
Lembro-me da última entrevista que deu ao Publitúris, antes do 48.º Congresso da APAVT, estávamos em plena crise política …
Mas já saímos?

Este Governo tem seis meses: tem correspondido às expectativas?

É uma resposta difícil, porque tem pouco tempo e tem pouca margem de manobra face ao desenho da Assembleia da República. Acho que tem um aspeto muito positivo, já que tentou colocar na agenda política a ideia de quanto urgente é crescermos. Outra coisa é saber se consegue desenvolver uma estratégia em volta dessa ideia. Vai depender, provavelmente, de poucos dias depois do nosso congresso na APAVT, se o orçamento é ou não é aprovado e em que condições é que é ou não é aprovado.

Por isso, diria que existe um bom sentimento relativamente àquilo que foi apresentado pelo Governo, nomeadamente o conjunto das medidas que visam exatamente acelerar a economia, por outro lado, algumas dúvidas sobre a capacidade do Governo em desenvolvê-las e aí sim, muito pessimismo relativamente ao ambiente político. Para quem é empresário este diálogo entre políticos em redor do orçamento é surreal, completamente afastado dos problemas da vida pública.

Mas surpreendeu a rapidez, por exemplo, relativamente à decisão do novo aeroporto?
Não, e não liguei muito a isso. Eu já assisti a outras decisões. Ligaria se existisse rapidez em começar as obras, situação que ainda não aconteceu. Aliás, em relação ao novo aeroporto estou mesmo pessimista. Primeiro com a obtenção de um documento de impacto ambiental, que não sei se vão conseguir, depois com o diálogo com associações credíveis que defendem interesses legítimos, nomeadamente as ecologistas, e, finalmente, ainda com um diálogo com associações pouco credíveis que fingem que defendem interesses legítimos como, por exemplo, os ecologistas, mas cujo único objetivo é a tentativa de boicotar a democracia liberal. Portanto, são vários debates seguidos que me fazem ficar com bastante pessimismo.

Mas está pessimista relativamente à localização ou à execução do projeto?
A localização está indicada. Acho que a execução não é nada óbvia que corra bem. Não é óbvio que dure menos do que 10 anos e preocupa muito não ter havido uma solução intermédia.

E faz falta o tal cronograma para saber, de facto, o que vai e quando vai ser feito?
É verdade, mas quem é que consegue construir um cronograma com tantas dependências. Esse é o ponto. Por exemplo, relativamente, às obras da Portela, que sei que já arrancaram, ainda há alguns aspetos da negociação entre a ANA e o Governo que têm de ficar resolvidos antes de continuarem. Sei que são obras que podem demorar cerca de três anos. E porque não há uma solução intermédia, julgo que são, neste momento, aquilo que mais me preocuparia e aquilo pelo qual mais lutaria.

E em função disso, deveria existir uma maior aposta, por exemplo, nos outros aeroportos nacionais, tipo Porto e Faro?
Até mais talvez o Porto. Há alguns aspetos de desenvolvimento na área do aeroporto da Portela, depois as companhias aéreas estão a escolher ou têm vindo a escolher, aeronaves maiores para com o mesmo número de slots e o mesmo número de movimentos, movimentarem mais gente, mas isso também tem um limite. Depois, toda a gente sabe que teremos mais alguma aberta do ponto de vista do crescimento quando passarmos para uma nova gestão do espaço aéreo.

Acho que, sobretudo, no long haul, outros aeroportos podem ser utilizados. Estamos a falar do mercado norte-americano, brasileiro, em que o Porto fará mais sentido, porque são mercados que não pedem tanta praia, são mercados que não pedem tanta sazonalidade e que vão permitir distribuir a procura ao longo do território.

A ferrovia aí ajudava imenso?
Ajudava o mercado interno, o mercado alargado de Espanha, ajudava a curta distância porque há muitas barreiras já do ponto de vista legal ou pelo menos a construção de muitas barreiras relativamente a voos de curto curso, libertava-se slots para os tais voos de long haul.

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Objetivo: crescer
Falou em crescimento económico. O “Programa Acelerar a Economia” foi apresentado pelo Governo. Das 60 medidas, 17 são do turismo. No âmbito da APAVT, como é que olha para estas medidas? São suficientes, deviam existir mais, deviam existir menos?
Penso que não devemos olhar para as 60 nem para as 17 como as únicas que estão em cima da mesa e que fazem parte da atuação do Governo. Foram um exemplo e foram retiradas até de um certo contexto, quiçá e bem, para dar aquela ideia de que há uma ideia estratégica no Governo que é urgente crescer. Portanto, as medidas são medidas de crescimento e, desse ponto de vista, felizes. Felizes também porque se percebeu o dinamismo do turismo. Às vezes diz-se que há turismo a mais. Não há turismo a mais. Há a competitividade internacional do turismo e há condições de competitividade que são muito maiores do que em outros setores. E numa economia aberta e com relações internacionais, crescem os que têm maiores valências competitivas.

Este dinamismo das medidas escolhidas para o turismo demonstra exatamente esta capacidade competitiva. Depois temos de pensar sempre no momento da sua apresentação e no momento da sua execução. E aí também acho que temos de dar tempo ao tempo e, sobretudo, temos de dar tempo ao tempo havendo condições políticas, uma vez mais.

Há, contudo, uma medida que escolho e que envergonha que esteja no Governo e que tenho enormes dúvidas que seja implementada, o Estado pagar a 30 dias. Só o facto de constar já é uma coisa absolutamente extraordinária.

Se disser que as agências de viagens pagam às companhias aéreas num tempo médio de 18 dias e meio e vão passar a pagar em menos tempo ainda, a partir de 2025, acho que está tudo dito. Tenho pena que a medida esteja lá, porque já lá não devia estar. Fico contente por estar lá, porque alguém, apesar de tudo, aponta para si próprio e diz que não paga em condições,

[Relativamente ao Orçamento de Estado, a pergunta ao presidente da APAVT foi feita antes de se saber a decisão do PS e a proposta de abstenção indicada pelo secretário-geral, Pedro Nuno Santos]
Quanto ao Orçamento de Estado para 2025, o que espera ou gostaria que acontecesse?
Um orçamento aprovado. Desejo um orçamento aprovado e desejo um orçamento que fale de gestão dos custos do Estado, que diminua a carga fiscal das pessoas e das empresas e que coloque em ponto de mira o crescimento da economia.

O grande problema de Portugal é só discutirmos questões de distribuição quando há cada vez menos para distribuir. E, portanto, temos é de falar em competitividade internacional e em crescimento.

No fundo, espero um orçamento que seja uma espécie de cópia daquilo que tem sido o turismo, que tem conseguido ser cada vez mais competitivo, do ponto de vista internacional, que tem crescido, que tem evoluído, que se tem modernizado. É tudo isso que falta na economia.

Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores. Porque se resolvermos um problema específico de demasiado turismo, atacando o turismo, vamos ter um problema mais geral de pobreza que será pior para todos.

Acredita que as pessoas de facto têm a noção quando falam que há turismo a mais?
Na opinião pública sim, e às vezes essas opiniões podem mudar o mindset de toda uma população. Acho que devemos lutar contra isso. Mas tocou no coração da coisa. A pergunta não pode ser nunca se há turismo a mais ou turismo a menos. Porque nunca pode haver turismo a mais. O turismo em Portugal permitiu que Portugal crescesse. Sem turismo Portugal não tinha crescido e não tinha recuperado da pandemia.

Se não fosse o turismo, não havia equilíbrio das contas externas. Permitiu a taxa de desemprego mais reduzida da história recente.

Mais, com um aspeto qualitativo importante, com tantos problemas com a imigração, foi o turismo que soube acumular, da melhor maneira, uma série muito significativa de imigrantes. É o turismo que promove a cultura e a história. É o turismo que recuperou as cidades. Portanto, não podemos nunca perguntar se há turismo a mais.

Agora, há pontos específicos de pressão, de pegada turística, que têm de ser geridos, não afastando turistas, mas gerindo fluxos turísticos e requalificando ou qualificando a oferta.

A grande verdade é que se continua a dizer que não se consegue viver nos centros das cidades, que os turistas tiraram de lá as pessoas. O que aconteceu foi que o turismo recuperou económica, paisagisticamente, do ponto de vista da organização da cidade, o urbanismo, foi o turismo que recuperou isto tudo. Estar contra o turismo não faz qualquer sentido. Confesso que, neste momento, será premente combater uma certa comunicação anti-turismo, com uma mensagem una da “Cidade do Turismo”.

A APAVT saiu da BTL porque a BTL, entre outros aspetos, nos fez exigências financeiras que não eram comportáveis. E, portanto, a APAVT teve de sair


E relativamente à privatização da TAP. Tivemos cá IAG, a Air France KPLM, a Lufthansa? Percebe alguma definição?
Temos como tradição não comentar a composição do capital social da TAP. Eventualmente a TAP teve bons momentos com composição do capital público, teve bons momentos com composição de capital privado e teve maus momentos com os dois. Agora, há uma certeza que temos. A TAP é muito importante para o presente do turismo português e para o futuro do turismo português.

Cerca de 95% dos turistas entram por via aérea e a TAP tem o maior market share desse número e, portanto, por razões quantitativas, mas, sobretudo, por razões qualitativas, a questão do hub e da ligação estratégica ao mercado brasileiro e ao mercado norte-americano não podemos continuar a crescer gerindo a pegada turística se não desenvolvermos o long-haul. É o long-haul que nos traz menos sazonalidade, mais receita por turista, mais território turístico, mais diversidade de produto.

Sendo muito importante, ninguém sobrevive na indústria aérea se não crescer de uma forma relativamente contínua. A TAP precisa de uma estratégia de crescimento e essa precisa de capital. E, provavelmente, não sou especialista, mas a TAP vai precisar de capital. Até lá, é bom não esquecer, que é importante que a TAP mantenha o ciclo de recuperação que tem evidenciado, porque se não o fizer, na altura em que for necessária uma privatização, poderá não haver ninguém interessado.

Voltando às palavras do primeiro-ministro, tranquiliza-o, novamente, o facto de o mesmo ter dito que a TAP não é vendida ao desbarato e, se for preciso, o Estado mantém a TAP até conseguir privatizá-la em condições?
Penso que é de bom senso, quer político, quer económico. Estou de acordo que a TAP não deve ser vendida ao desbarato e estou de acordo que se ela não puder ser vendida, de alguma maneira, o Estado tem de tomar conta da ocorrência.

Agora, atenção, uma vez mais, se pensarmos que a estratégia de crescimento tem de ser executada, podemos é discutir a capacidade que o Estado pode ter em executá-la, nomeadamente, a capacidade que pode ter em disponibilizar capital, até do ponto de vista legal, para essa estratégia de crescimento.

BTL sem APAVT
A APAVT, comunicou a não presença na BTL. Porquê?
Sobre a BTL, que fique claro uma coisa, vamos falar mais do que vamos falar agora. Vamos falar na altura que decidirmos e vamos falar no local em que quisermos e que acharmos mais apropriado. Agora, não vou deixar de responder. Porquê? Porque achamos que os nossos associados e o setor do turismo, em geral, merecem ser esclarecidos relativamente à saída da APAVT, o que, desde logo, sublinho a importância da presença da APAVT.

A APAVT saiu da BTL porque a BTL, entre outros aspetos, nos fez exigências financeiras que não eram comportáveis. E, portanto, a APAVT teve de sair.

Os associados da APAVT compreenderam essa posição?
Mais do que compreenderam, a decisão do abandono não é uma decisão nem do presidente, nem da direção. É uma decisão do conjunto de cerca de 100 empresas que interagiam no maior stand privado da feira. E, portanto, foram essas 100 empresas que perceberam que eram incomportáveis as exigências de curto prazo, as exigências financeiras, não apenas as exigências, como também o curto prazo que tínhamos para as cumprir.

Mas há espaço para negociações?
Não. Como sabe, não há espaço para voltarmos e vejo com dificuldade nos próximos anos. A APAVT tinha uma posição, era o maior stand privado da feira e foi expulso da feira.

Estamos a falar da importância da iniciativa privada, julgo que um redireccionamento da BTL para mais dependência de dinheiros públicos não ajuda ninguém e, sobretudo, não ajuda o turismo.

Mas, uma vez mais, falarei mais tarde.

Estamos atualmente a viver tempos conturbados a nível internacional. Instabilidade no Reino Unido, em França, na Alemanha, em Espanha, eleições nos EUA, guerra na Ucrânia, agora o conflito no Médio Oriente. Que impacto poderá ter todo este cenário no fluxo turístico que Portugal tem ganho. Voltamos novamente à incerteza?
Sim, muito. E mais, referiu Espanha e França com crise política, Reino Unido com choque fiscal, Alemanha à beira da depressão, Estados Unidos com eleições. Ora, apontou “somente” os cinco maiores mercados emissores por Portugal. É só disto que estamos a falar. O que é que se pode dizer? Acho que há um momento em que a gestão tem de ter redobrada prudência e é um momento em que a “Cidade APAVT” e a “Cidade do Turismo” têm de ter as portas escancaradas para o diálogo e para a cooperação entre players relativamente aos quais é muito mais aquilo que os une do que aquilo que os separa.

Já disse que não vai voltar a concorrer à presidência da APAPVT …
Disse e não menti. Mantenho o que disse pela primeira e única vez na tomada de posse que estava de saída. Correu um ano, a APAVT para o próximo ano faz 75 anos, vai ser um momento muito importante. A PAVT está financeiramente mais sólida do que nunca. A APAVT tem com relações institucionais, talvez, as melhores de sempre.

Há relativamente pouco tempo o presidente da CTP, Francisco Calheiros, voltou a referir, também, que este é o último mandato à frente da CTP. Uma posição na CTP não está dentro dos horizontes?
De todo. E se estivesse, teria, em primeiro lugar, dialogar com os meus colegas da CTP e todos eles sabem que não há um único diálogo. Por outro lado, o meu próprio plano de vida pessoal, a própria idade, faz com que saiba que não vou ser o próximo candidato a presidente da CTP.

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Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Emprego e Formação
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Distribuição
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Destinos
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Destinos
Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga
Agenda
Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia
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easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025

A easyJet anunciou a abertura, a partir de 31 de março de 2025, de uma nova rota entre o Reino Unido e o Sal, em Cabo Verde, assim como o início das ligações entre Londres-Luton e a Madeira, que arrancam a 2 de junho do próximo ano.

A easyJet anunciou que, a partir de 31 de março de 2025, vai passar a ligar diretamente o Reino Unido a Cabo Verde, numa rota entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e a ilha do Sal, em Cabo Verde, que vai contar com três voos por semana.

A rota para o Sal desde Gatwick, sublinha a easyJet num comunicado enviado à imprensa, surge depois do arranque dos voos da companhia aérea para o destino com partida de Lisboa e Porto, que arrancaram a 29 e 30 de outubro, respetivamente.

Os voos da easyJet entre o Aeroporto de Gatwick e o Sal vão acontecer três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

“A abertura de novas rotas é sempre um passo significativo e reflexivo do nosso compromisso com a acessibilidade e a ampliação das opções de viagem mais acessíveis e convenientes para os nossos passageiros”, refere José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal.

A par da nova rota desde o Reino Unido para o Sal, a easyJet anunciou também, a partir de 2 de junho de 2025, uma nova rota entre Londres-Luton e a Madeira, numa operação que vai contar com dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras.

“Estamos entusiasmados por oferecer conexões diretas que refletem o crescimento da procura por viagens internacionais e permitem a ligação entre Portugal e mais destinos atrativos”, acrescenta José Lopes.

Mais informações e reservas disponíveis através do website da companhia aérea, que está disponível aqui.

 

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

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Análise

Do “Green Washing” ao “Green Hushing”

A poucos dias do final da COP29, a DoGood People alerta para o facto de haver cada vez mais empresas a optarem por não comunicar as suas práticas de sustentabilidade, o que pode prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders.

Um novo fenómeno global – “Green Hushing” – parece estar a surgir no mundo empresarial, alerta a DoGood People, salientando que são cada vez mais as empresas que optam por manter em silêncio as suas práticas sustentáveis, visto terem receio do escrutínio público e de serem acusadas de praticar “Green Washing”.

Enquanto o “Green Washing” é uma ação deliberada para influenciar os consumidores, levando-os a pensar que uma determinada empresa é sustentável através da comunicação de uma narrativa falsa ou incoerente, o “Green Hushing” é uma “escolha intencional” de não comunicar verdadeiras práticas responsáveis, com o objetivo de evitar acusações de “Green Washing”.

Com a grande maioria das empresas a considerar que a comunicação de objetivos sustentáveis é relevante para o sucesso comercial, a solução corporativa de ESG que visa otimizar o envolvimento e impacto dos colaboradores na estratégia das suas empresas, alerta que, ainda assim, “muitas empresas estão a considerar manter estrategicamente o silêncio sobre as suas ações e outros progressos em questões de sustentabilidade”.

De acordo com o “Net Zero Report 2024”, um estudo da South Poul, o fenómeno é cada vez mais comum, sendo que 44% das empresas afirmam que a comunicação sobre ações de sustentabilidade é cada vez “mais desafiante”. Por consequência, 58% dessas empresas revela a intenção de reduzir a comunicação sobre esta temática.

Embora seja um fenómeno discreto, esta estratégia pode “prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders, enfraquecendo o impacto positivo que a comunicação de práticas sustentáveis poderia gerar”, admite a DoGood People. Além disso, dificulta a criação de benchmarks e a partilha de boas práticas entre setores, essencial para a evolução sustentável global.

Para responder a este desafio, “há que dar importância à construção de uma estratégia de sustentabilidade ao mais alto nível das empresas, integrada nos seus planos de crescimento e não apenas iniciativas levadas a cabo por um departamento isolado”, frisa a consultora.

Assim, quando a narrativa de sustentabilidade de uma empresa está ligada à sua estratégia de negócio, princípios e valores corporativos, ela torna-se transversal a toda a organização e aos seus stakeholders. “Tudo isto contribui para o aumento da confiança interna, mas também externa, o que reduz a vulnerabilidade a acusações de ‘Greenwashing’”, conclui a DoGood People.

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Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede

A experiência do hóspede está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar

Garantir uma experiência memorável aos hóspedes é essencial para qualquer estabelecimento, seja um hotel, uma pousada ou um alojamento local. A satisfação dos visitantes não depende apenas de um bom atendimento, mas também de detalhes que fazem a diferença no conforto e bem-estar. A seguir, partilhamos algumas dicas práticas para elevar a experiência do hóspede e garantir que a estadia seja inesquecível.

1. Atenção ao detalhe na decoração

A primeira impressão é crucial. O ambiente que o hóspede encontra ao chegar ao quarto pode definir a sua opinião sobre o local. Uma decoração acolhedora, com atenção aos detalhes, pode criar uma atmosfera convidativa. Aposte em cores neutras ou suaves, que transmitam tranquilidade, e certifique-se de que o quarto esteja sempre impecavelmente limpo e organizado. Um detalhe que pode fazer a diferença é a utilização de iluminação indireta e suave, que ajuda a criar um ambiente relaxante, ideal para descansar após um longo dia.

2. Conforto acima de tudo

O conforto físico do hóspede deve ser uma prioridade. Certifique-se de que a cama é confortável e que há várias opções de almofadas para diferentes preferências. Um toque adicional que pode elevar a experiência é oferecer mantas macias e aconchegantes para as noites mais frescas. Esses pequenos detalhes não passam despercebidos e mostram que o alojamento está preocupado em proporcionar o melhor conforto possível.

3. Atenção personalizada

Um dos maiores diferenciais de um bom alojamento é a atenção personalizada. Tente antecipar as necessidades dos hóspedes e ofereça serviços adaptados às suas preferências. Um exemplo simples é deixar uma nota de boas-vindas com o nome do hóspede ou perguntar previamente sobre qualquer preferência alimentar, especialmente no caso de dietas restritivas. Pequenos gestos como estes fazem com que os hóspedes se sintam valorizados e bem tratados, aumentando as chances de retorno ou recomendação.

4. Experiências locais

Oferecer aos hóspedes experiências locais autênticas pode elevar significativamente a qualidade da estadia. Recomendar passeios, restaurantes típicos ou eventos culturais da região demonstra que o estabelecimento está bem conectado com a comunidade e deseja proporcionar uma imersão no destino. Alguns estabelecimentos até oferecem parcerias com guias turísticos ou empresas locais para garantir uma experiência personalizada e única. Além disso, ter guias turísticos, mapas ou brochuras disponíveis no quarto é um gesto simples, mas que pode facilitar muito a vida do hóspede.

5. Tecnologia como aliada

A tecnologia pode ser uma excelente aliada para proporcionar uma experiência moderna e conveniente. Oferecer Wi-Fi de alta velocidade gratuito é praticamente obrigatório nos dias de hoje, mas é possível ir além. Considere a possibilidade de incluir carregadores universais nos quartos, altifalantes Bluetooth ou até tablets com informações sobre o hotel e sugestões de atividades. A chave está em garantir que a tecnologia ofereça conveniência e não se torne uma complicação, sendo intuitiva e de fácil acesso.

6. Limpeza impecável

Não há nada mais desagradável do que chegar a um alojamento e encontrar vestígios de falta de limpeza. Garanta que a limpeza dos quartos, casas de banho e áreas comuns seja feita com rigor e regularidade. O cheiro agradável e a organização dos espaços contribuem para uma sensação de bem-estar. Além disso, certifique-se de que toalhas e roupa de cama estejam sempre impecavelmente limpas e em boas condições, substituindo-as sempre que necessário.

7. Pequenos mimos que fazem a diferença

Por fim, pequenos mimos podem fazer toda a diferença na percepção do hóspede sobre o local. Ofereça garrafas de água, chá ou café de cortesia no quarto, juntamente com snacks ou frutas frescas. Outra ideia é deixar um pequeno kit de cuidados pessoais, como produtos de higiene de qualidade ou um roupão confortável, para que o hóspede se sinta em casa. Esses detalhes inesperados mostram um cuidado adicional e são sempre bem-vindos.

 

A experiência do hóspede vai além do básico; está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar. Ao seguir estas dicas práticas, pode transformar uma estadia comum numa experiência memorável, criando uma impressão duradoura e positiva. O foco deve ser sempre o bem-estar do hóspede, proporcionando conforto, personalização e atenção ao detalhe, resultando em mais satisfação e fidelização.

 

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Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”

O novo programa gratuito “Business Analytics in Tourism”, lançado pelo Porto Business School e NOVA Information Management School – NOVA IMS, e que tem início a 9 de dezembro, capacita profissionais do setor em análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação.

O curso, que decorre entre 9 de dezembro de 2024 e 14 de março de 2025, e cujas as inscrições já estão abertas, desenvolvido para capacitar profissionais do turismo em competências avançadas de análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação neste setor

Integrado no projeto “Acelerar e Transformar o Turismo” (ATT) e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa visa preparar as organizações turísticas para enfrentar as exigências de um mercado em rápida mudança, promovendo a competitividade, sustentabilidade e inovação na experiência do turista.

Com um total de 68 horas de formação, distribuídas entre módulos online e presenciais, o programa oferece uma experiência prática e orientada para resultados tangíveis. Os participantes terão, assim, a oportunidade de aplicar ferramentas de análise de dados para antecipar tendências e otimizar a experiência turística, adquirir competências em Big Data e Inteligência Artificial (IA) para personalizar serviços e desenvolver estratégias que aumentem a competitividade e diferenciação das suas organizações. A formação será ministrada por especialistas internacionais e focada numa aplicação prática imediata.

Dirigido a profissionais e entidades do setor turístico, incluindo organizações públicas, privadas, startups e associações regionais, o programa é acessível a pessoas de diferentes backgrounds técnicos, promovendo uma experiência de aprendizagem abrangente e inclusiva. Além disso, o programa será certificado, conferindo aos participantes um reconhecimento formal das competências adquiridas.

 

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Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025

Em voos diretos do Porto, às quartas-feiras, de 11 de junho a 3 de setembro, o operador turístico do grupo Ávoris, Travelplan, já colocou no mercado as vendas para a Gâmbia, a sua novidade de verão de 2025.

Com preços desde 986 euros por pessoa, em alojamento duplo, o pacote de sete noites “Estadias da Gâmbia”, inclui, para além dos voos diretos em classe turística, transferes aeroporto-hotel-aeroporto em autocarro ou minibus, dependendo do número de pessoas, alojamento em hotel no regime selecionado, taxas aéreas e seguro de viagem.

Já o pacote, também de sete noites “Descobre Gâmbia”, tem valores desde 1.242 por pessoa em alojamento duplo, e engloba também uma série de visitas, como à primeira localidade do sul do país, ou à aldeia de Yuna para conhecer Uncle Johns, colecionadores de vinho de palma, ou à praia de Sanyang “a praia do paraíso” ou ainda ao Museu da Vila Tanje, um local único onde são apresentadas a história natural e a cultura tradicional da Gâmbia.

A proposta é ainda percorrer a rota dos escravos com visitas a Juffereh Albreda e ao mastro da bandeira da liberdade, para conhecer a história de como surgiu o que hoje é um dos monumentos nacionais da Gâmbia desde 1970, bem como à cidade natal do famoso Kunta Kinteh que inspirou Alex Haley no seu best-seller Roots, e ainda ao museu que retrata mais de 400 anos de tráfico de escravos, que contribuíram consideravelmente para o despovoamento do continente.

Haverá ainda tempo para uma viagem de natureza ao longo do rio Gâmbia em canoa moderna. Este percurso muito pitoresco permite desfrutar de algumas das muitas espécies de aves e da vida fluvial enquanto se absorva o ambiente calmo e relaxante que este cruzeiro oferece. Durante a viagem não é incomum ver golfinhos a nadar e a brincar ao lado do barco. Nadar, tomar sol ou pescar são ainda propostas para este dia de passeio.

De acordo com o operador turístico, descobrir a Gâmbia, este país pequeno país da África Ocidental, é uma aventura que permitirá mergulhar na sua rica cultura, história e beleza natural, e onde pode aprender com a sua história, vivenciar a cultura local e desfrutar da hospitalidade gambiana. “Sem dúvida, a Gâmbia tem muito a oferecer aos viajantes que procuram uma experiência autêntica e diversificada”.

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

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Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga, promove, no próximo dia 30 de novembro, um encontro sobre Turismo Arqueológico (ArqueoLoci).

O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa promove o ArqueoLoci – Encontro de Turismo Arqueológico, no próximo dia 30 de novembro, a partir da 9h30, contanto com o contributo de diversas entidades e especialistas na área do turismo, da arqueologia e do património cultural.

O encontro pretende debater os desafios que se colocam hoje ao Turismo Arqueológico, promovendo a troca de experiências e a criação de redes colaborativas.

Contando com a participação dos representantes das entidades responsáveis pela gestão e proteção do património arqueológico, e de um painel de especialistas em valorização e promoção do património cultural – entre os quais, Patrícia Machado (Município de Vila Pouca de Aguiar), Rui Parreira (Museu de Lagos), Pedro Sobral de Carvalho (EON Indústrias Criativas, Lda.) e Rui Pinto Lopes (Pinto Lopes Viagens) –, o encontro pretende ser um espaço de reflexão e troca de experiências, discutindo as múltiplas facetas do arqueoturismo, desde a gestão sustentável dos sítios arqueológicos até às estratégias que podem atrair visitantes.

Para além das conferências, que decorrerão durante a manhã, de tarde realiza-se uma Mesa Redonda sobre os “Desafios e oportunidades do turismo arqueológico em rede”, na qual será dada a conhecer o ArqueoLoci, um projeto colaborativo de Turismo Arqueológico que tem como principal objetivo a promoção, valorização e preservação do património arqueológico, através da criação de uma plataforma online para difundir os sítios arqueológicos visitáveis em Portugal.

 

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Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia

Com sete viagens previstas, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, o Comboio Histórico do Vouga, promete uma edição de Natal ainda mais inesquecível a miúdos e graúdos, naquela que é a única linha de via estreita em funcionamento em Portugal.

A bordo de um comboio repleto de história, os passageiros vão poder visitar o Museu Ferroviário – Núcleo de Macinhata do Vouga e a cidade de Águeda, com as suas famosas decorações e animação de rua, incluindo o Maior e o Menor Pai Natal do Mundo. Este é o primeiro ano em que o comboio circula decorado com iluminação exterior alusiva à quadra festiva.

O Comboio Histórico do Vouga, composto por uma locomotiva e carruagens históricas e vestido de luzes e enfeites de Natal, parte de Aveiro e realiza uma paragem em Macinhata do Vouga, para visita ao Museu Ferroviário local, com direito a uma feirinha de Natal e animação da época. Segue depois para Águeda, onde os passageiros terão cerca de três horas para visitar as múltiplas iniciativas de Natal espalhadas pela cidade, desde o Maior ao Menor Pai Natal do Mundo até às instalações e iluminações que evocam a magia do Natal.

Estão previstas sete circulações, aos sábados, entre novembro de 2024 e janeiro de 2025, sendo a primeira viagem realizada a 23 de novembro. Os bilhetes já estão à venda.

O Comboio Histórico do Vouga, com 206 lugares, será tracionado pela locomotiva diesel CP 9004, uma peça histórica construída no final da década de 50 do século passado, que marcou o fim da era dos comboios de via estreita na Linha de Guimarães. É composto por cinco carruagens que são verdadeiras joias da história dos caminhos de ferro: três carruagens de varandim (uma de origem belga de 1908, uma fabricada na Alemanha em 1925 e uma outra construída pelos então Caminhos de Ferro do Estado, nas oficinas do Porto, em 1913); uma carruagem portuguesa, construída no Barreiro em 1908 e que circulou na Linha do Corgo, entre Régua e Chaves; e uma carruagem mista de fabrico italiano.

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