Congresso APAVT

“Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores”

A “Cidade APAVT” reúne-se para o 49.º congresso. Com diversos temas na agenda, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, diz que a associação vive “o momento mais alto do ponto de vista da capacidade de intervenção, da visibilidade e das portas que se abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos”.

Victor Jorge
Congresso APAVT

“Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores”

A “Cidade APAVT” reúne-se para o 49.º congresso. Com diversos temas na agenda, Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, diz que a associação vive “o momento mais alto do ponto de vista da capacidade de intervenção, da visibilidade e das portas que se abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos”.

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Na véspera do 49.º Congresso da APAVT, o jornal Publituris republica a entrevista feita a Pedro Costa Ferreira, presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT). Com indicações de que o Orçamento de Estado para 2025 deverá ser aprovado, depois do líder do Partido Socialista (PS), Pedro Nuno Santos, ter indicado que propõe a abstenção do documento apresentado pelo Governo de Luís Montenegro, o presidente da APAVT espero um Orçamento que seja “uma espécie de cópia daquilo que tem sido o turismo”.

Com o esperado aumento das viagens dos portugueses, o presidente da APAVT admite estar “pessimista” em relação ao novo aeroporto, salienta que é “importante que a TAP mantenha o ciclo de recuperação que tem evidenciado”, vê com “dificuldade” a APAVT regressar à BTL nos próximos anos e, finalmente, diz ser “premente combater uma certa comunicação anti-turismo, com uma mensagem una da ‘Cidade do Turismo’”.

O 49.º da APAVT tem como tema a “Cidade APAVT”. Que cidade é essa?
O que tentámos transmitir, fundamentalmente, foi um conceito de comunidade, em que existem interesses que litigam, mas que, nem por isso, deixam de ser legítimos. Existem opiniões diferentes, existem modelos de negócio que competem entre si, mas é sempre muito mais aquilo que os une do que aquilo que nos separa. Isto é verdade para o setor da distribuição e é verdade para o turismo e, eventualmente, será verdade, naturalmente, também para o país.

Mas é uma cidade mais forte, é uma cidade que tem vindo a crescer?
Ah, sim, completamente. E isso também é verdade para o setor do turismo. Atualizaremos os “Economics” do setor no próprio congresso e, sim, saímos da pandemia para o melhor ano de sempre em 2022. Tudo quanto pensamos relativamente ao que já aconteceu em 2023 permite-nos dizer que foi o melhor ano de sempre e provavelmente 2024 será semelhante a 2023, mas melhor. E, portanto, do ponto de vista do setor, maior do que nunca e, eventualmente, do ponto de vista da associação, também num momento muito feliz com uma boa relação com toda a gente, com uma capacidade de intervenção como nunca teve, com um modelo financeiro que está absolutamente sólido, com uma independência que é totalmente conhecida de quem se relaciona connosco e, portanto, é verdade para o setor, é verdade para o turismo, é verdade para a associação.

Vivemos [APAVT] o nosso momento mais alto do ponto de vista da nossa capacidade de intervenção, da nossa visibilidade e das portas que se nos abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos


Neste programa há um tema que se repete: a Inteligência Artificial (IA). Porquê essa repetição?
Porque a IA não é uma corrida de 100 metros, é uma maratona e até uma maratona especial, porque ainda não se conhecem os percursos não percorridos. Todas as empresas, incluindo as pequenas e médias, introduzirem a IA de um modo estratégico nas empresas e, por isso mesmo, é um assunto que vamos acompanhar nos próximos anos. É um assunto em permanente evolução e é um assunto de grande importância.

Portanto, não pode ser um tema que aparece “one shot” num só congresso?
Sim, a IA já é completamente diferente do ano passado. Basta olhar para a intervenção de um dos oradores, Sérgio Ferreira, que nos disse que só pretendia preparar a sua intervenção com 15 dias ou uma semana de antecedência, porque, entretanto, pode surgir uma novidade qualquer. É neste universo que nos movemos atualmente.

A Natália Rosa, outra das oradoras vai falar de ferramentas que já utilizamos no dia-a-dia, mas que ainda nem existiam da última vez que ela abordou o tema no congresso do Porto.

E há adesão à IA por parte do setor?
É um tema que preocupa e o setor vai acompanhando e incorporando na operação, até porque muitas das ferramentas que se utiliza são quase universais e, portanto, já têm IA. Diria que, como sempre, as maiores empresas estão à frente, mas uma das ideias que queremos muito e desafiámos os oradores para isso, é explicar que a IA é uma jornada para todos, não é uma jornada apenas para os grandes.

Viajar para fora, sem perder o “cá dentro”
Deixando o congresso, e conhecidos que foram os dados do INE relativamente a agosto, os portugueses estão a viajar mais para fora?
Bem, estão a viajar mais para fora, mas acho que é mais do que isso, estão a viajar mais. Gosto pouco de comentar uma alteração de comportamento por uma situação conjuntural, gosto mais de olhar para uma série. Se olhamos para os últimos 20 anos, os últimos 15 anos, os últimos 10 anos ou para os últimos 5 anos, os portugueses estão a viajar mais, ponto. Mas estão a viajar mais para fora e mais para dentro.

Aliás, há uma pergunta da moda que é: Os portugueses estão a abandonar um pouco o turismo interno? Bem, não acho que isso seja verdade, primeiro, porque os portugueses continuam a ser o mercado emissor mais importante do inbound. Por outro lado, se olharmos para números recentes, durante a pandemia, que é muito recente, houve um momento extraordinário do mercado interno e esse momento lançou sementes e criou raízes. Mas sim, os portugueses estão a viajar, mas também seria expectável.

Houve uma explosão de viagens em 2022, aumentou em 2023 e está-se a consolidar em 2024. Se há alguma característica específica no comportamento do consumidor português relativamente às viagens, é que me parece absolutamente óbvio que as viagens passaram a ser uma primeira necessidade, não é igual à alimentação, mas é uma das primeiras necessidades.

Houve uma explosão de viagens em 2022, aumentou em 2023 e está-se a consolidar em 2024


Mas comparativamente com 2023, os números são melhores?
São ligeiramente melhores e construídos de uma forma muito díspar. Tivemos um primeiro trimestre com um aumento absolutamente brutal das reservas. Lembro-me, na altura, cerca de 20%. Isso significou uma grande antecipação das reservas. Por causa disso, tivemos uma travagem muito significativa em maio e junho. No verão, julgo que a operação decorreu ligeiramente acima do ano passado, mas temos de ter em consideração que havia mais oferta, e espera-se um quarto trimestre muito em cima do realizado no ano passado. No final, o mercado responde sempre de forma diversa, não é uno, depende do tipo de negócio, da dimensão da empresa, onde se posiciona em termos de mercados. Uns terão crescido 10%, outros terão crescido 15%, outros terão crescido 5%, outros terão igualado números de 2023. Mas no final, as agências de viagens vão vender mais e vão ganhar ligeiramente mais. Julgo que os operadores vão vender mais e vão ganhar menos. Porque as operações charter são um risco grande, não foram todas preenchidas, no verão houve alguma quebra de preço por last minute, ao contrário da antecipação onde foi feito bom preço no primeiro trimestre. Portanto, no final, creio que os operadores todos eles vão vender mais, mas quase todos eles, vão ganhar menos.

Essa antecipação registada no primeiro trimestre poderá ter incutido na mente do setor que o crescimento iria manter-se?
Não creio. Na altura nem conseguimos explicar um crescimento tão grande, face às condições de consumo dos portugueses, ao nível das taxas de juros, à dependência dos empréstimos bancários para habitação, à inflação. Julgo que o primeiro trimestre ainda terá sido um prolongamento da necessidade de viajar brutal que sucedeu à pandemia.

As chamadas viagens de vingança?
Exato. Talvez não durou um ano, durou um ano e três meses do ponto de vista das decisões dos portugueses. E depois acabaram por se ajustar ao efetivo poder de conta.

Foto: Frame It

E o perfil mudou?
O mercado é muito eclético e maduro. Se alguma tendência existe no mercado, diria que, cada vez mais, o mercado alarga a franja também às grandes viagens e às viagens de mais alto valor, de mais alto preço.

E as de mais baixo preço?
Não. Se pensarmos nos voos charter mais básicos, se pensarmos em Cabo Verde, nas Caraíbas, Marrocos, Tunísia, são todas operações que foram um êxito este ano. Portanto, as operações mais tradicionais mantêm-se em crescimento e vamos acrescentando à medida que os anos passam outras.

O português olha para fora por causa do preço ou porque quer viajar mais?
As duas coisas. Acharia um mundo bonito e um Portugal bonito se houvesse mais turistas portugueses no estrangeiro e mais turistas estrangeiros em Portugal.

O que nos deve preocupar, a acontecer, é se houver menos turistas portugueses em Portugal e as taxas de ocupação baixarem muito. Não foi verdade este ano. Este ano os preços aumentaram muito, penso que, provavelmente, desajustados do serviço que está a ser prestado e que terá de sofrer algum ajuste. Toda a gente está de acordo com isso, inclusivamente os hoteleiros. Mas a grande verdade é que, mesmo com o agravamento de que tanto se fala, as taxas de ocupação satisfazem muito os hoteleiros e os preços satisfazem ainda mais. Desse ponto de vista, se houve mais ou menos portugueses, não é preocupante. Seria preocupante se não houvesse turistas portuguese e se não houvesse turistas estrangeiros ou haver mais turistas estrangeiros e os portugueses não conseguissem viajar. Não aconteceu nenhuma nem outra.

Contas (re)quilibradas
Em relação ao balanço das empresas, já estão equilibrados?
O mercado, uma vez mais, tem uma resposta que é um caleidoscópio, não é monocromática. Mas, em primeiro lugar, equilibrar os balanços, significa voltar a 2019. Em 2020 e 2021 perdemos seis vezes e meio o resultado de 2019. Portanto, mantendo-se os ritmos de 2019, o que seria excelente, os balanços demorariam seis anos a chegar a 2019.

Vamos no terceiro. Sendo certo que muitos balanços se equilibraram em 2023, algo impensável, muitos vão equilibrar em 2024 e eventualmente haverá também alguns que se equilibrarão mais tarde, dependendo das empresas, uma vez mais, do tipo de negócio, etc.. Mas o que é assinalável é que o setor sai da pandemia muito mais forte do ponto de vista do ritmo de negócio do que entra na pandemia e recupera muito mais rápido do que era previsível. Agora, os balanços ainda têm cicatrizes, têm e vão ter durante alguns anos, basta pensar no lazer, nas empresas que contraíram dívidas para pagamento dos vales.

A dívida é um problema, porque as taxas de juros subiram e os custos do serviço da dívida aumentaram de forma muito visível. Agora, o volume de negócios também aumentou, os ganhos também, portanto, diria que, neste momento, não sinto que haja incobrabilidade, que haja qualquer momento de rutura. Há um bom momento, os balanços estão a cicatrizar, mas a questão está longe de estar resolvida.

Esperava uma maior consolidação do mercado, face às dificuldades que foram vividas, principalmente naqueles dois anos a seguir à pandemia em que as empresas, como se costuma dizer, tinham na incerteza a maior certeza?
Sim e não. O mercado está preparado para uma maior consolidação pela sua composição, isso é óbvio. E o mercado, se víssemos isto a preto e branco, diria que são quase só microempresas, muito poucas grandes e até poucas médias.

Logo a seguir à pandemia, julgo que tínhamos um problema acrescido, que não costuma aparecer, é que mesmo as mais fortes estavam muito fragilizadas e havia muita incerteza, porque não saímos da pandemia com a certeza que o assunto estava resolvido. Fomos saindo na dúvida de que ele podia reaparecer. Desse ponto de vista, deixou de haver um gargalo para a concentração, mas eu acho que há dois tipos de razões que têm atrasado a concentração. Em primeiro lugar é que não temos só micro e pequenas empresas. Temos sobretudo micro e pequenas empresas familiares. E culturalmente, uma empresa familiar, prefere continuar com o controlo de um pequeno negócio, que não cresce, do que participar, mas não controlando um negócio maior que cresce. E, portanto, há aqui uma raiz cultural que pode impedir a venda. Por outro lado, o mercado, talvez até por a raiz ser familiar e não querer que existam concentrações de capital, arranjou modos de acrescentar dimensão económica ou capacidade de intervenção sem necessidade de integração de capital. No lazer, os franchising, os grupos que de gestão, são muito importantes no mercado português, no corporate os ACE, e até a figura em crescendo da consolidação aérea, faz com que os clientes, agências de viagens, tenham capacidade de preços e condições que só a dimensão consegue, sendo muito pequeninos.

É assinalável é que o setor sai da pandemia muito mais forte do ponto de vista do ritmo de negócio do que entra na pandemia


Abordou a questão preço. Viajar está mais caro?
Porque os hotéis aumentaram muitíssimo os preços, porque a aviação aumentou muitíssimo os preços e porque houve aumentos salariais e dos custos extra das empresas também muito significativos depois da pandemia. Portanto, está mais caro porque os custos são mais caros.

Mas em relação ao aumento de preço que se verificou em 2023 e também em 2024, acha que vai abrandar?
Sim, porque não vejo grande espaço para se manter aumentos de preços. Aliás, a pressão sobre os hotéis é muito contrária e não apenas em Portugal. Lemos as notícias em Espanha e, no verão, os preços estão acima.

Relações agradáveis
No que diz respeito à “Cidade APAVT”, a associação tem mantido várias reuniões com diferentes stakeholders. Falo da TAP, ANAC, ANA, SATA, entre outros. Esta relação e este diálogo que a APAVT tem mantido com os diversos stakeholders está mais fácil, está mais difícil, mantém-se igual, está num momento de viragem?
Não, está num momento muito bom, muito agradável. Do ponto de vista da APAVT, julgo que já referi isso, sentimos que, provavelmente, vivemos o nosso momento mais alto do ponto de vista da nossa capacidade de intervenção, da nossa visibilidade e das portas que se nos abrem quando se pretende resolver problemas que são de todos. Depois, é evidente que as agendas são muito difíceis, porque o facto de os interesses litigarem, e litigam claramente em vários dos exemplos que referiu, não deixam de ser legítimos e, portanto, não deixam de poder existir e temos é de dialogar entre interesses divergentes. A agenda é certamente difícil, sobretudo no que se relaciona com as companhias aéreas. Mas o diálogo é fácil no sentido em que há muita abertura para o diálogo.

Está mais fácil do que era?
Está progressivamente mais fácil, porque há disponibilidade para o diálogo, há diálogo frequente e há muita confiança de parte a parte com todos os organismos em questão. E a confiança de parte a parte vai-se formando, vai-se desenvolvendo e vai-se fortalecendo.

Agora, a agenda é tremendamente delicada, nomeadamente nas relações com as companhias e aéreas e tendo em conta a introdução do NDC, sobretudo no corporate, irá, certamente, significar mais custos administrativos, certamente mais trabalho administrativo e, muito provavelmente, menor remuneração.

Mas acrescenta também mais incerteza?
Não acrescenta mais incerteza, acrescenta dificuldades no curto prazo. A médio e longo prazo, o setor tem revelado tanta capacidade de encontrar soluções que julgo que ainda é cedo para dizer que o NDC é um mau caminho.

Já vivi, infelizmente, porque significa que já não sou tão novo, uma relação com as companhias aéreas em que tínhamos uma comissão base de 9%, mais rappel. Se juntarmos os dois, tínhamos uma comissão base, ou uma comissão de relacionamento, que superava os 20%. Nessa altura, as agências de viagens ganhavam menos dinheiro do que ganham agora, em que têm uma relação com base em 0,5%. Portanto, o ajustamento e o aumento da produtividade, a modernização do setor, foi abissal nas últimas décadas. Por isso, vamos ter esperança que continuaremos a encontrar as soluções.

Mas esta nova dinâmica assusta o setor?
Não, temos reunido o capítulo aéreo, que é um dos corações da APAVT, que é uma dinâmica muito jovem e muito importante para o negócio e, portanto, preocupa e entra naquilo que têm de ser os planeamentos estratégicos e a gestão anual. Mas não é algo que faça o setor entrar em pânico. Eu diria que, quem resolver os problemas, e há muitas maneiras de os resolver, provavelmente ficará num posicionamento superior antes do aparecimento do NDC, como tem acontecido em toda a história do relacionamento entre as agências de viagens e as companhias de aviação.

A médio e longo prazo, o setor tem revelado tanta capacidade de encontrar soluções que julgo que ainda é cedo para dizer que o NDC é um mau caminho


De que forma é que o setor se tem de reorganizar face a esta nova dinâmica?
O problema aqui é, sobretudo, tecnológico. Há muita tecnologia incluída. Há uma disrupção face à norma anterior, já que essa era de uma tecnologia disseminada por todo o mercado e, portanto, era fácil de normalizar os comportamentos de gestão e o trabalho do dia-a-dia.

Esta disrupção fez com que, neste momento e a curto prazo, haja mais trabalho na busca, por exemplo, de reservas, na emissão, nas reemissões, nas relações entre companhias que são de diferentes grupos globais. Mas, como há estes problemas, há uma série de desenvolvimentos tecnológicos que lhe estão a fazer face. Estamos num momento de ondulação mais alta, estamos num momento do temporal e, portanto, é, obviamente, o que preocupa e que dá mais desgaste e mais trabalho, mas os ciclos económicos também pertencem a este tipo de relações e temos a certeza que vai haver uma estabilização quer da tecnologia existente, quer até da sua harmonização pelos diferentes players. Nessa altura, estaremos num degrau superior.

Mas isso também cria novas oportunidades?
Não tenho nenhuma dúvida. Teremos um mercado mais eficiente, com maior produtividade, como temos relativamente ao momento em que ganhávamos 20% de comissão. E teremos ou os mesmos ou outros players, mas o mercado em si, enquanto um todo, será certamente mais capaz e, provavelmente, com tanta utilidade ou mais para o negócio das companhias aéreas. É assim que tem sido.

Um “olhar” político
Lembro-me da última entrevista que deu ao Publitúris, antes do 48.º Congresso da APAVT, estávamos em plena crise política …
Mas já saímos?

Este Governo tem seis meses: tem correspondido às expectativas?

É uma resposta difícil, porque tem pouco tempo e tem pouca margem de manobra face ao desenho da Assembleia da República. Acho que tem um aspeto muito positivo, já que tentou colocar na agenda política a ideia de quanto urgente é crescermos. Outra coisa é saber se consegue desenvolver uma estratégia em volta dessa ideia. Vai depender, provavelmente, de poucos dias depois do nosso congresso na APAVT, se o orçamento é ou não é aprovado e em que condições é que é ou não é aprovado.

Por isso, diria que existe um bom sentimento relativamente àquilo que foi apresentado pelo Governo, nomeadamente o conjunto das medidas que visam exatamente acelerar a economia, por outro lado, algumas dúvidas sobre a capacidade do Governo em desenvolvê-las e aí sim, muito pessimismo relativamente ao ambiente político. Para quem é empresário este diálogo entre políticos em redor do orçamento é surreal, completamente afastado dos problemas da vida pública.

Mas surpreendeu a rapidez, por exemplo, relativamente à decisão do novo aeroporto?
Não, e não liguei muito a isso. Eu já assisti a outras decisões. Ligaria se existisse rapidez em começar as obras, situação que ainda não aconteceu. Aliás, em relação ao novo aeroporto estou mesmo pessimista. Primeiro com a obtenção de um documento de impacto ambiental, que não sei se vão conseguir, depois com o diálogo com associações credíveis que defendem interesses legítimos, nomeadamente as ecologistas, e, finalmente, ainda com um diálogo com associações pouco credíveis que fingem que defendem interesses legítimos como, por exemplo, os ecologistas, mas cujo único objetivo é a tentativa de boicotar a democracia liberal. Portanto, são vários debates seguidos que me fazem ficar com bastante pessimismo.

Mas está pessimista relativamente à localização ou à execução do projeto?
A localização está indicada. Acho que a execução não é nada óbvia que corra bem. Não é óbvio que dure menos do que 10 anos e preocupa muito não ter havido uma solução intermédia.

E faz falta o tal cronograma para saber, de facto, o que vai e quando vai ser feito?
É verdade, mas quem é que consegue construir um cronograma com tantas dependências. Esse é o ponto. Por exemplo, relativamente, às obras da Portela, que sei que já arrancaram, ainda há alguns aspetos da negociação entre a ANA e o Governo que têm de ficar resolvidos antes de continuarem. Sei que são obras que podem demorar cerca de três anos. E porque não há uma solução intermédia, julgo que são, neste momento, aquilo que mais me preocuparia e aquilo pelo qual mais lutaria.

E em função disso, deveria existir uma maior aposta, por exemplo, nos outros aeroportos nacionais, tipo Porto e Faro?
Até mais talvez o Porto. Há alguns aspetos de desenvolvimento na área do aeroporto da Portela, depois as companhias aéreas estão a escolher ou têm vindo a escolher, aeronaves maiores para com o mesmo número de slots e o mesmo número de movimentos, movimentarem mais gente, mas isso também tem um limite. Depois, toda a gente sabe que teremos mais alguma aberta do ponto de vista do crescimento quando passarmos para uma nova gestão do espaço aéreo.

Acho que, sobretudo, no long haul, outros aeroportos podem ser utilizados. Estamos a falar do mercado norte-americano, brasileiro, em que o Porto fará mais sentido, porque são mercados que não pedem tanta praia, são mercados que não pedem tanta sazonalidade e que vão permitir distribuir a procura ao longo do território.

A ferrovia aí ajudava imenso?
Ajudava o mercado interno, o mercado alargado de Espanha, ajudava a curta distância porque há muitas barreiras já do ponto de vista legal ou pelo menos a construção de muitas barreiras relativamente a voos de curto curso, libertava-se slots para os tais voos de long haul.

Foto: Frame It

Objetivo: crescer
Falou em crescimento económico. O “Programa Acelerar a Economia” foi apresentado pelo Governo. Das 60 medidas, 17 são do turismo. No âmbito da APAVT, como é que olha para estas medidas? São suficientes, deviam existir mais, deviam existir menos?
Penso que não devemos olhar para as 60 nem para as 17 como as únicas que estão em cima da mesa e que fazem parte da atuação do Governo. Foram um exemplo e foram retiradas até de um certo contexto, quiçá e bem, para dar aquela ideia de que há uma ideia estratégica no Governo que é urgente crescer. Portanto, as medidas são medidas de crescimento e, desse ponto de vista, felizes. Felizes também porque se percebeu o dinamismo do turismo. Às vezes diz-se que há turismo a mais. Não há turismo a mais. Há a competitividade internacional do turismo e há condições de competitividade que são muito maiores do que em outros setores. E numa economia aberta e com relações internacionais, crescem os que têm maiores valências competitivas.

Este dinamismo das medidas escolhidas para o turismo demonstra exatamente esta capacidade competitiva. Depois temos de pensar sempre no momento da sua apresentação e no momento da sua execução. E aí também acho que temos de dar tempo ao tempo e, sobretudo, temos de dar tempo ao tempo havendo condições políticas, uma vez mais.

Há, contudo, uma medida que escolho e que envergonha que esteja no Governo e que tenho enormes dúvidas que seja implementada, o Estado pagar a 30 dias. Só o facto de constar já é uma coisa absolutamente extraordinária.

Se disser que as agências de viagens pagam às companhias aéreas num tempo médio de 18 dias e meio e vão passar a pagar em menos tempo ainda, a partir de 2025, acho que está tudo dito. Tenho pena que a medida esteja lá, porque já lá não devia estar. Fico contente por estar lá, porque alguém, apesar de tudo, aponta para si próprio e diz que não paga em condições,

[Relativamente ao Orçamento de Estado, a pergunta ao presidente da APAVT foi feita antes de se saber a decisão do PS e a proposta de abstenção indicada pelo secretário-geral, Pedro Nuno Santos]
Quanto ao Orçamento de Estado para 2025, o que espera ou gostaria que acontecesse?
Um orçamento aprovado. Desejo um orçamento aprovado e desejo um orçamento que fale de gestão dos custos do Estado, que diminua a carga fiscal das pessoas e das empresas e que coloque em ponto de mira o crescimento da economia.

O grande problema de Portugal é só discutirmos questões de distribuição quando há cada vez menos para distribuir. E, portanto, temos é de falar em competitividade internacional e em crescimento.

No fundo, espero um orçamento que seja uma espécie de cópia daquilo que tem sido o turismo, que tem conseguido ser cada vez mais competitivo, do ponto de vista internacional, que tem crescido, que tem evoluído, que se tem modernizado. É tudo isso que falta na economia.

Os problemas não se resolvem diminuindo o turismo, resolvem-se aumentando os outros setores. Porque se resolvermos um problema específico de demasiado turismo, atacando o turismo, vamos ter um problema mais geral de pobreza que será pior para todos.

Acredita que as pessoas de facto têm a noção quando falam que há turismo a mais?
Na opinião pública sim, e às vezes essas opiniões podem mudar o mindset de toda uma população. Acho que devemos lutar contra isso. Mas tocou no coração da coisa. A pergunta não pode ser nunca se há turismo a mais ou turismo a menos. Porque nunca pode haver turismo a mais. O turismo em Portugal permitiu que Portugal crescesse. Sem turismo Portugal não tinha crescido e não tinha recuperado da pandemia.

Se não fosse o turismo, não havia equilíbrio das contas externas. Permitiu a taxa de desemprego mais reduzida da história recente.

Mais, com um aspeto qualitativo importante, com tantos problemas com a imigração, foi o turismo que soube acumular, da melhor maneira, uma série muito significativa de imigrantes. É o turismo que promove a cultura e a história. É o turismo que recuperou as cidades. Portanto, não podemos nunca perguntar se há turismo a mais.

Agora, há pontos específicos de pressão, de pegada turística, que têm de ser geridos, não afastando turistas, mas gerindo fluxos turísticos e requalificando ou qualificando a oferta.

A grande verdade é que se continua a dizer que não se consegue viver nos centros das cidades, que os turistas tiraram de lá as pessoas. O que aconteceu foi que o turismo recuperou económica, paisagisticamente, do ponto de vista da organização da cidade, o urbanismo, foi o turismo que recuperou isto tudo. Estar contra o turismo não faz qualquer sentido. Confesso que, neste momento, será premente combater uma certa comunicação anti-turismo, com uma mensagem una da “Cidade do Turismo”.

A APAVT saiu da BTL porque a BTL, entre outros aspetos, nos fez exigências financeiras que não eram comportáveis. E, portanto, a APAVT teve de sair


E relativamente à privatização da TAP. Tivemos cá IAG, a Air France KPLM, a Lufthansa? Percebe alguma definição?
Temos como tradição não comentar a composição do capital social da TAP. Eventualmente a TAP teve bons momentos com composição do capital público, teve bons momentos com composição de capital privado e teve maus momentos com os dois. Agora, há uma certeza que temos. A TAP é muito importante para o presente do turismo português e para o futuro do turismo português.

Cerca de 95% dos turistas entram por via aérea e a TAP tem o maior market share desse número e, portanto, por razões quantitativas, mas, sobretudo, por razões qualitativas, a questão do hub e da ligação estratégica ao mercado brasileiro e ao mercado norte-americano não podemos continuar a crescer gerindo a pegada turística se não desenvolvermos o long-haul. É o long-haul que nos traz menos sazonalidade, mais receita por turista, mais território turístico, mais diversidade de produto.

Sendo muito importante, ninguém sobrevive na indústria aérea se não crescer de uma forma relativamente contínua. A TAP precisa de uma estratégia de crescimento e essa precisa de capital. E, provavelmente, não sou especialista, mas a TAP vai precisar de capital. Até lá, é bom não esquecer, que é importante que a TAP mantenha o ciclo de recuperação que tem evidenciado, porque se não o fizer, na altura em que for necessária uma privatização, poderá não haver ninguém interessado.

Voltando às palavras do primeiro-ministro, tranquiliza-o, novamente, o facto de o mesmo ter dito que a TAP não é vendida ao desbarato e, se for preciso, o Estado mantém a TAP até conseguir privatizá-la em condições?
Penso que é de bom senso, quer político, quer económico. Estou de acordo que a TAP não deve ser vendida ao desbarato e estou de acordo que se ela não puder ser vendida, de alguma maneira, o Estado tem de tomar conta da ocorrência.

Agora, atenção, uma vez mais, se pensarmos que a estratégia de crescimento tem de ser executada, podemos é discutir a capacidade que o Estado pode ter em executá-la, nomeadamente, a capacidade que pode ter em disponibilizar capital, até do ponto de vista legal, para essa estratégia de crescimento.

BTL sem APAVT
A APAVT, comunicou a não presença na BTL. Porquê?
Sobre a BTL, que fique claro uma coisa, vamos falar mais do que vamos falar agora. Vamos falar na altura que decidirmos e vamos falar no local em que quisermos e que acharmos mais apropriado. Agora, não vou deixar de responder. Porquê? Porque achamos que os nossos associados e o setor do turismo, em geral, merecem ser esclarecidos relativamente à saída da APAVT, o que, desde logo, sublinho a importância da presença da APAVT.

A APAVT saiu da BTL porque a BTL, entre outros aspetos, nos fez exigências financeiras que não eram comportáveis. E, portanto, a APAVT teve de sair.

Os associados da APAVT compreenderam essa posição?
Mais do que compreenderam, a decisão do abandono não é uma decisão nem do presidente, nem da direção. É uma decisão do conjunto de cerca de 100 empresas que interagiam no maior stand privado da feira. E, portanto, foram essas 100 empresas que perceberam que eram incomportáveis as exigências de curto prazo, as exigências financeiras, não apenas as exigências, como também o curto prazo que tínhamos para as cumprir.

Mas há espaço para negociações?
Não. Como sabe, não há espaço para voltarmos e vejo com dificuldade nos próximos anos. A APAVT tinha uma posição, era o maior stand privado da feira e foi expulso da feira.

Estamos a falar da importância da iniciativa privada, julgo que um redireccionamento da BTL para mais dependência de dinheiros públicos não ajuda ninguém e, sobretudo, não ajuda o turismo.

Mas, uma vez mais, falarei mais tarde.

Estamos atualmente a viver tempos conturbados a nível internacional. Instabilidade no Reino Unido, em França, na Alemanha, em Espanha, eleições nos EUA, guerra na Ucrânia, agora o conflito no Médio Oriente. Que impacto poderá ter todo este cenário no fluxo turístico que Portugal tem ganho. Voltamos novamente à incerteza?
Sim, muito. E mais, referiu Espanha e França com crise política, Reino Unido com choque fiscal, Alemanha à beira da depressão, Estados Unidos com eleições. Ora, apontou “somente” os cinco maiores mercados emissores por Portugal. É só disto que estamos a falar. O que é que se pode dizer? Acho que há um momento em que a gestão tem de ter redobrada prudência e é um momento em que a “Cidade APAVT” e a “Cidade do Turismo” têm de ter as portas escancaradas para o diálogo e para a cooperação entre players relativamente aos quais é muito mais aquilo que os une do que aquilo que os separa.

Já disse que não vai voltar a concorrer à presidência da APAPVT …
Disse e não menti. Mantenho o que disse pela primeira e única vez na tomada de posse que estava de saída. Correu um ano, a APAVT para o próximo ano faz 75 anos, vai ser um momento muito importante. A PAVT está financeiramente mais sólida do que nunca. A APAVT tem com relações institucionais, talvez, as melhores de sempre.

Há relativamente pouco tempo o presidente da CTP, Francisco Calheiros, voltou a referir, também, que este é o último mandato à frente da CTP. Uma posição na CTP não está dentro dos horizontes?
De todo. E se estivesse, teria, em primeiro lugar, dialogar com os meus colegas da CTP e todos eles sabem que não há um único diálogo. Por outro lado, o meu próprio plano de vida pessoal, a própria idade, faz com que saiba que não vou ser o próximo candidato a presidente da CTP.

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Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show
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ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova
Enoturismo
Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território
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Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado
Aviação
V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva
Distribuição
easyJet assina acordo com ATOBA e World Fuel para fornecimento de SAF
Aviação
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Picos de Aventura reorganiza estrutura interna

A Picos de Aventura, empresa de animação turística do Grupo Newtour, sediada nos Açores, acaba de proceder a uma reorganização estratégica na sua estrutura interna, com vista a fortalecer a integração entre os departamentos e garantir a excelência operacional.

Nesta restruturação da equipa de coordenação da Picos de Aventura, Leandro Silva é nomeado coordenador de Operações, enquanto Pedro Tadeu passa a exercer as funções de coordenador das Atividades de Mar.

Leandro Silva iniciou o seu percurso na Picos de Aventura em outubro de 2017, como assistente de vendas, dividindo o seu tempo entre o departamento de vendas e o de terra, onde adquiriu conhecimentos práticos sobre a operação. No final de 2018, assumiu maior responsabilidade pelo departamento de reservas e durante este período, o profissional começou a trabalhar com grupos e incentivos, desempenhando não só funções de planeamento e orçamentação, mas também de execução no terreno. N m passado mais recente, acumulou novas responsabilidades, tendo assumido a coordenação comercial.  Agora, em 2025, Leandro Silva assume oficialmente a coordenação Operacional da Picos de Aventura, acumulando esta função com a de coordenador Comercial.

Por sua vez, Pedro Tadeu regressa à empresa onde esteve entre 2008 e 2018 como skipper e guia turístico. Com mais de 15 anos de experiência no setor, este profissional traz consigo uma sólida formação em Relações Públicas e Comunicação, complementada por um Minor em Gestão pela Universidade dos Açores. Além disso, a sua experiência como gestor de projetos na Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade consolidou o seu perfil como um profissional versátil e orientado para resultados.

Na sua nova função, Pedro Tadeu será responsável pela gestão da equipa, organização logística e supervisão das operações marítimas. A sua visão estratégica e competências práticas serão determinantes, segundo a Pico de Aventura, para garantir a excelência na entrega de serviços e criar experiências memoráveis aos clientes.

Adicionalmente, Luís Botelho mantém-se como coordenador das Atividades de Terra, função que desempenha desde janeiro de 2024.

Carlos Baptista e João Rodrigues, administradores da Picos de Aventura, referem que a empresa de animação turística inicia agora uma nova fase organizacional e não poderiam estar mais satisfeitos com a atual equipa de coordenação, para sublinhar que destacar que “asseguramos as condições necessárias para continuar a inovar com responsabilidade, mantendo a qualidade de serviço que nos caracteriza.”

 

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Disney anuncia sétimo parque temático em Abu Dhabi

A The Walt Disney Company e a Miral anunciaram ter chegado a acordo para a construção do sétimo parque temático Disney em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), mais concretamente, na ilha de Yas.

Depois de Orlando, Califórnia, Paris, Tóquio, Hong Kong e Xangai, a The Walt Disney Company anunciou o sétimo parque temático a ser construído em Abu Dhabi, tornando-se no primeiro complexo de parques temáticos da empresa no Oriente Médio.

Sem divulgar quando ficará pronto e nem qual o seu nome oficial, sabe-se que o futuro parque Disney ficará localizado na ilha de Yas onde já figuram o Ferrari World, o Waterworld, o Warner Bros. World e o Sea World.

Certo é que a construção do parque ficará sob responsabilidade da Miral, o principal criador de destinos e experiências imersivas em Abu Dhabi, destacando Robert A. Iger, Chief Executive Officer da The Walt Disney Company, e Mohamed Khalifa Al Mubarak, Chairman da Miral, que “os Emirados Árabes Unidos estão localizados a apenas quatro horas de voo de um terço da população mundial, o que os torna um importante ponto de entrada para o turismo”.

Já Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences, refere no site da Disney que “o nosso resort em Abu Dhabi será o destino mais avançado e interativo do nosso portefólio. A localização do nosso parque é verdadeiramente única – situado junto a uma deslumbrante zona ribeirinha – o que nos permitirá contar as nossas histórias de formas totalmente novas. Este projeto irá chegar a um público completamente novo, acolhendo mais famílias do que nunca para viverem a magia da Disney. No fundo, será uma celebração do que é possível quando a criatividade e o progresso se unem.”

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2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro

Para este ano, está prevista a inauguração e respetiva entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiros, que contam com características ainda mais inovadoras, prometendo revolucionar este setor.

Este ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar.

Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026.

“O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um itinerário de 7 noites com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina e Valletta.

Eduardo Cabrita explica que, seguindo os passos do seu navio-irmão, “o MSC World Asia terá sete distritos a bordo, cada um com a sua própria atmosfera, instalações e experiências, concebidos para melhorar a experiência de cruzeiro, permitindo que cada passageiro crie umas férias únicas e exclusivas e maximize o seu ste ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar. Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026. “O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um tempo a bordo”.

O navio distingue-se também para sustentabilidade, já que o MSC World Asia será “movido a gás natural liquefeito, um combustível que permite uma transição direta para o gás natural liquefeito bio e sintético renovável”. Além disso, o navio “estará equipado com a ligação de energia em terra, o que permite que os motores do navio sejam desligados, enquanto estão no porto, eliminando as emissões locais e reduzindo o impacto na qualidade do ar local”, explica Eduardo Cabrita.

Mas o MSC World Asia está longe de ser o único navio com inauguração prevista para os próximos tempos. Nos últimos dias, a MSC Cruzeiros inaugurou também o MSC World America, navio que é o segundo da World Class da MSC Cruzeiros e que será o primeiro a contar com sete distritos a bordo, combinando o estilo europeu com o conforto americano.

Mas, além das MSC Cruzeiros, há várias outras companhias de cruzeiros que contam inaugurar novos navios nos próximos tempos, a exemplo da Royal Caribbean International, que vai receber, em breve, dois novos navios de cruzeiro da classe Icon. “Na Royal Caribbean teremos dois novos navios, e ambos da classe Icon”, indica Francisco Teixeira, explicando que o Star of the Seas vai contar com uma “base em Port Canaveral a partir de agosto de 2025, com cruzeiros pelas Caraíbas”, enquanto o Legend of the Seas entra em funcionamento a partir de agosto de 2026, com cruzeiros de Barcelona pelo Mediterrâneo.

“Estes navios dispõem de uma grande diversidade de atividades, espetáculos e restaurantes incluídos para todos os grupos etários. Consideramos um cruzeiro nestes navios como as melhores férias em família”, afirma Francisco Teixeira.

Já a Celebrity Cruises vai ter o lançamento de mais um navio da série Edge, o Celebrity Xcel, que segundo Francisco Teixeira conta “com o novo The Bazar onde serão retratados espetáculos culturais dos destinos que visita”. “Os navios desta série são elegantes, com um design dos interiores desenvolvidos por famosos arquitetos, e onde a gastronomia e o serviço são destaques”, explica o responsável.

Já a Costa Cruzeiros adianta ao Publituris que, por enquanto, não tem planos para a inauguração de novos navios, já que os atuais “foram recentemente renovados, portanto, no momento, não há previsão para a chegada de novas embarcações para a Costa Cruzeiros”.

Várias companhias com inaugurações previstas para os próximos anos
Em breve, esperam-se também novidades na Virgin Voyages e na Princess Cruises, companhias de cruzeiros que contam, ambas, com a chegada de novas embarcações. No caso da Princess Cruises, 2025 vai trazer, no terceiro trimestre do ano, a inauguração do Star Princess, navio que é irmão gémeo do Sun Princess e que, tal como Brilliant Lady, da Virgin Voyages, começa a operar no terceiro trimestre deste ano, contando ambos “já com um bom avanço nas vendas para 2026”, segundo António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros.

Já Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, lembra que 2025 vai ficar marcado pela inauguração do terceiro navio Ritz-Carlton, o LUMINARA ALLURA, navio que pertence à classe Vista e que tem chegada prevista para julho.

Já a Windstar recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025, sendo ainda de assinalar que a Disney vai dar “as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro”.

É caso para dizer que, os próximos anos, vão ficar marcados pela chegada de vários navios de cruzeiros, num aumento de oferta e qualidade que promete impulsionar as vendas destes segmentos.

Novos navios que chegam nos próximos anos

MSC Cruzeiros: MSC World America em abril de 2025 e MSC World Asia em 2026;
Royal Caribbean International: Star of the Seas e Legend of the Seas em 2025 e 2026, respetivamente;
Celebrity Cruises: Celebrity Xcel em novembro de 2025;
Princess Cruises: Inaugura o Star Princess no terceiro trimestre;
Virgin Voyages: Brilliant Lady vai ser inaugurado no terceiro trimestre de 2025;
Ritz-Carlton: Inaugura em julho o terceiro navio, o LUMINARA ALLURA;
Windstar: Recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025;
Disney Cruises: Dá as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro.

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Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

Fotos: Depositphotos.com
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Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show

A Marina de Vilamoura volta a ser o palco privilegiado para a apresentação das principais novidades do setor náutico. A 28ª edição do International Boat Show terá lugar entre os dias 7 e 15 de junho de 2025, das 11h00 às 21h00, com entrada livre.

Esta edição, organizada conjuntamente pela Marina de Vilamoura e FIL – Feira Internacional de Lisboa aposta nos novos lançamentos das principais marcas, inovações tecnológicas e experiências exclusivas, reunindo os principais protagonistas da indústria náutica nacional e internacional.

Desde 1997, este evento tem contribuído para afirmar Vilamoura como um destino de excelência na náutica de recreio, e este ano, a organização promete que não será exceção, já que a maior marina do país proporciona condições únicas para a exposição de embarcações na água, num formato que respeita os mais altos padrões internacionais

O Marina de Vilamoura International Boat Show atrai empresas líderes do setor, que aproveitam o evento para apresentar embarcações novas e seminovas (brokerage), assim como as últimas novidades em acessórios, equipamentos e serviços integrados. As reservas de espaço já começaram e a expectativa aponta para uma edição com participação recorde.

Todos os anos, o evento recebe compradores, investidores, media, reguladores, entusiastas da náutica e público em geral, tornando-se um verdadeiro ponto de encontro entre profissionais e apaixonados pelo mar.

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ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova

A 10.ª edição do ÉvoraWine vai reunir, nos dias 23 e 24 de maio, vai reunir 50 produtores que darão a provar cerca de 300 referências de vinhos alentejanos. A organização estima recorde de 10 mil visitantes.

Para além de se associarem a esta celebração simbólica, os produtores pretendem dar a conhecer os seus néctares a visitantes nacionais e internacionais que, ano após ano, enchem a Praça do Giraldo para participar naquele que é já considerado o maior evento vínico do Alentejo.

Com entrada livre e copo oficial de prova disponível a 15 euros, o ÉvoraWine espera receber cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dois dias.

O evento arranca na sexta-feira, 23 de maio, às 18h00, com a sessão de abertura e a entrega dos prémios “Por todo o Alentejo”, que reconhecem as personalidades que se destacam nas áreas do vinho, da gastronomia e da cultura.

Durante os dois dias, a Praça do Giraldo será palco de um ambiente vibrante que combina provas vínicas, gastronomia e música ao vivo.

Para fechar com chave de outro, outra das grandes novidades da edição comemorativa é a festa de encerramento “ÉvoraWine Party”, que acontece no sábado, 24 de maio, a partir das 22h30, na Horta das Laranjeiras.

À semelhança de edições anteriores, será também possível saborear pratos típicos alentejanos preparados por restaurantes parceiros, num convite à descoberta da gastronomia da região em plena harmonia com o vinho.

A 10ª edição deste evento, que tem como parceiros a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), a Câmara Municipal de Évora, a Confraria dos Enófilos do Alentejo e a Confraria da Gastronomia do Alentejo, reúne produtores, especialistas e entusiastas num ambiente de celebração e promoção da região. Criado há uma década, o evento tem desempenhado um papel fundamental na valorização do setor vitivinícola e no reforço da notoriedade do Alentejo como destino de enoturismo, considera a organização.

 

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Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território

O novo Plano Estratégico de Desenvolvimento e Marketing Turístico de Vila Real de Santo António (VRSA), é um documento orientador que estabelece a visão, os objetivos e as ações prioritárias para posicionar o concelho como um destino turístico mais competitivo, atrativo e sustentável. São 38 iniciativas para concretizar até 2030.

A sessão de apresentação do documento, que aconteceu em Monte Gordo, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Álvaro Araújo, do vice-presidente, Ricardo Cipriano, e do restante executivo, e reuniu dezenas de empresários e profissionais ligados ao setor do turismo e da restauração. A apresentação técnica esteve a cargo do IPDT – Turismo e Consultoria, parceiro na elaboração do plano.

O plano, de acordo com a autarquia, resulta de um processo participado, que envolveu a auscultação da comunidade local e dos agentes económicos do setor. O objetivo foi garantir que o documento final refletisse as necessidades reais do território e propõe respostas ajustadas à identidade de Vila Real de Santo António.

Segundo a estratégia traçada, o concelho deve afirmar-se como um destino turístico de excelência, capaz de gerar valor durante todo o ano, com base na valorização dos seus recursos naturais e culturais, na qualificação da oferta e na diversificação das experiências propostas aos visitantes.

A ação prevista está estruturada em quatro eixos estratégicos:  Governança e sustentabilidade; Qualificação e valorização territorial; Promoção e comunicação; e Inovação e empreendedorismo.

Estes eixos definem a linha de rumo para os próximos anos e enquadram um conjunto ambicioso de sete grandes objetivos estratégicos, entre os quais se destacam o reforço da notoriedade de Vila Real de Santo António enquanto destino turístico, a captação de investimento privado, a redução da sazonalidade da procura, a qualificação dos profissionais do setor, a promoção da transformação digital, a valorização do património identitário, e o equilíbrio entre crescimento económico e sustentabilidade ambiental.

Para dar corpo a esta estratégia, o plano define três grandes programas de ação, que se desdobram em 38 iniciativas estratégicas e que incluem, nomeadamente o reforço da promoção do destino em mercados prioritários, a criação de novas experiências turísticas, com enfoque em produtos náuticos, culturais e de natureza, a dinamização da marca turística do concelho, a valorização da Baía de Monte Gordo e do património do Guadiana e a estruturação de redes e parcerias estratégicas com operadores e entidades regionais.

O apoio ao empreendedorismo e à inovação nos setores relacionados com o turismo e o compromisso político com uma estratégia de longo prazo são outras matérias consideradas fundamentais pelo novo plano, cuja implementação será feita de forma faseada, com avaliações periódicas e espaço para adaptação à evolução do setor. O município compromete-se com uma ação coordenada, sustentável e em proximidade com a comunidade, apostando numa nova etapa para o turismo local.

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Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado

De acordo com os dados da ACI Europe, a movimentação de passageiros nos aeroportos europeus, no primeiro trimestre de 2025, continuou a registar uma evolução global, impulsionado pelos voos internacionais, com o tráfego doméstico a estagnar. O crescimento de 4,3% do primeiro trimestre de 2025 compara, no entanto, com a subida de 10,2% de igual período de 2024.

O mais recente relatório da ACI Europe, revela que o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia aumentou 4,3% durante o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Estes dados comparam com um crescimento de 10,2% no primeiro trimestre de 2024 face ao primeiro trimestre de 2023, enquanto relativamente aos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego de passageiros situou-se em +3,2%.

O crescimento no volume de passageiros no primeiro trimestre de 2025 foi inteiramente impulsionado pelo tráfego internacional (+5,7%), uma vez que o tráfego doméstico se manteve inalterado (0%) em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando com os níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego internacional de passageiros no primeiro trimestre de 2025 situou-se em +8,9%, enquanto o tráfego doméstico manteve-se negativo (‑12,8%).

O crescimento mensal homólogo abrandou ao longo do primeiro trimestre de 2025 — de +6,9% em janeiro para +3,4% em fevereiro e +3% em março, sendo que este último reflete o facto de a Páscoa ocorrer em abril do presente exercício.

Os aeroportos fora do mercado da União Europeia (UE) superaram a média europeia no primeiro trimestre de 2025, com o tráfego de passageiros a aumentar +5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela recuperação dos aeroportos em Israel (+60,4%), bem como pelos resultados nos mercados de rápido crescimento da Moldávia (+56%), Bósnia e Herzegovina (+41,7%), Kosovo (+15,6%), Uzbequistão (+15,5%), Albânia (+9,1%) e Geórgia (+8,5%). Entretanto, o tráfego de passageiros manteve-se estável na Turquia (0%) e continuou a diminuir na Rússia.

Já o tráfego de passageiros cresceu 4,1% no mercado da UE, onde persistiram desvios significativos entre os desempenhos dos mercados nacionais. Os aeroportos da Eslováquia (+15,9%), Polónia (+15,4%), Hungria (+14,7%), Malta (+13,9%) e Lituânia (+13%) registaram os melhores resultados, juntamente com os da Croácia (+9,6%), Roménia (+9,2%) e Grécia (+8,8%).

Por outro lado, o tráfego de passageiros diminuiu na Islândia (‑2,5%), Suécia (‑2,2%) e Irlanda (‑0,5%) e manteve-se fraco na Alemanha e na Áustria (ambas com +1,1%), bem como na Suíça (+1,6%) e no Reino Unido (+1,7%).

Entre os outros grandes mercados UE+, Itália (+6,6%) destacou-se, seguida por Espanha (+4,5%) e França (+4,2%).

A análise da ACI Europe adiantam, também que se registaram diferenças significativas de desempenho no tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2025 entre os diversos segmentos da indústria aeroportuária, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Estas diferenças refletem uma pressão competitiva acrescida, resultante de alterações estruturais no mercado da aviação após a pandemia”, refere a entidade, salientando que esta realidade “é ainda evidenciada pelo facto de o tráfego de passageiros se manter abaixo dos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019) em 44% dos aeroportos europeus”.

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe, refere que os dados do primeiro trimestre “mostram que o boom das viagens pós-pandemia está a esmorecer, à medida que caminhamos para taxas de crescimento ‘normalizadas’ nos volumes de passageiros, com a procura a manter-se, em geral, resiliente até agora”.

Segundo Jankovec, isto reflete a “prioridade que os consumidores continuam a dar às experiências, apesar de um ambiente económico cada vez mais desafiante, bem como o dinamismo dos mercados de aviação nas regiões Leste e Sul do nosso continente e na Ásia Central.”

E o diretor-geral da ACI Europe conclui que, “embora a procura transatlântica esteja a enfraquecer, esperamos que a componente europeia se desloque para outros mercados e mantemos confiança na época de Verão. A grande incógnita é o que acontecerá a partir do próximo Inverno, face à incerteza macroeconómica sem precedentes que enfrentamos agora como resultado do ‘ataque’ da administração Trump ao sistema multilateral de comércio global. Isto significa que, para além da geopolítica e das atuais pressões na oferta — desde atrasos na entrega e manutenção de aeronaves até limitações de capacidade nas infraestruturas — e do foco das companhias aéreas na rentabilidade em vez da expansão da capacidade, poderemos assistir a uma pressão descendente sobre a procura a tornar-se uma realidade.”

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V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva

A V Convenção do Grupo DITGestión vai acontecer em Huelva, de 30 de outubro a 2 de novembro de 2025, cujo objetivo é reforçar a região da Andaluzia como um ponto estratégico para este encontro profissional de caráter bienal.

A escolha de Huelva não é aleatória, refere o grupo de gestão de agências de viagens, uma vez que já foi palco da edição de 2021. Também, o hotel Barceló Punta Umbría Beach Resort volta a acolher este encontro profissional. O complexo apresenta-se como o local ideal para receber os mais de mil participantes esperados este ano, oferecendo infraestruturas adequadas tanto para sessões de trabalho como para atividades lúdicas e de networking.

É de destacar a crescente presença das agências de viagens da DIT Portugal neste evento. Embora a delegação portuguesa do grupo organize a sua própria convenção, também de carater bienal, a participação das agências de viagens de Portugal tem vindo a aumentar a cada edição.

Refira-se que esta convenção irá abordar o crescimento do turismo português na Andaluzia, além, naturalmente, do turismo espanhol. Por este motivo, a organização reservou um espaço específico e de grande relevância para estas agências de viagens dentro do programa.

Tal como em 2023, quando a Convenção teve lugar em Cádis, o evento terá a duração de quatro dias, de quinta-feira a domingo. Esta extensão, implementada para permitir um programa mais completo e adaptado às necessidades dos participantes, revelou-se um sucesso e, por isso, o formato será repetido nesta nova edição.

Desde a sua primeira edição em Benalmádena (2017), seguida por Peñíscola (2019), Punta Umbría (2021) e Cádis (2023), a convenção da DITGestión tornou-se um evento de referência para as agências de viagens associadas ao grupo. Para além de oferecer um espaço de formação e atualização profissional, o evento representa uma oportunidade para reforçar a rede de contactos entre agentes de viagens, fornecedores e representantes do setor.

 

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easyJet assina acordo com ATOBA e World Fuel para fornecimento de SAF

O acordo assinado entre a easyJet, a ATOBA e a World Fuel Services (World Fuel) para o desenvolvimento a longo prazo de SAF tem por base as operações da companhia aérea na Europa e no Reino Unido.

A easyJet e a ATOBA Energy (ATOBA), em parceria com a World Fuel Services (World Fuel), anunciaram a assinatura de um Memorando de Entendimento para o desenvolvimento do fornecimento a longo prazo de Combustível de Aviação Sustentável (SAF) para as operações da easyJet na Europa e no Reino Unido.

O acordo apoia a estratégia de descarbonização da companhia aérea, esperando-se que desbloqueie a cadeia de valor do SAF através da combinação da agregação do SAF da ATOBA, permitindo a gestão dos preços e do risco de volatilidade do abastecimento para as companhias aéreas, reforçado ainda pela infraestrutura global de logística, mistura, armazenamento e distribuição de combustível para aviação da World Fuel.

Constituindo um fator para apoiar a jornada de descarbonização da easyJet, o acordo é, também, um passo importante para a expansão de tecnologias SAF avançadas, sabendo-se que o mercado de SAF está a enfrentar desafios para se expandir ao ritmo exigido pelas necessidades ambientais e pelos mandatos regulamentares.

“Enquanto os produtores necessitam de contratos de preços estáveis e a longo prazo para garantir o retorno dos seus investimentos, a easyJet procura preços de mercado competitivos para a SAF no contexto de uma indústria nascente com diversas tecnologias concorrentes”, refere a companhia aérea, em comunicado.

Com a ATOBA a facilitar o desenvolvimento da produção de SAF através da sua gestão de carteiras de compra de SAF a montante e a jusante, ao comprar a produtores diversificados que utilizam tecnologias de produção como o Alcohol to Jet, Gas-Fischer Tropsch ou Power to Liquids, a ATOBA atenua os riscos tecnológicos e de preços associados às várias vias de produção de SAF e facilita a celebração de acordos de compra a longo prazo entre companhias aéreas, distribuidores de jet-fuel, produtores de SAF e instituições financeiras, que são essenciais para a expansão da indústria.

Já a World Fuel tenciona gerir a logística, a mistura, o armazenamento e o cumprimento da regulamentação para os mandatos da UE e do Reino Unido.

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