“Não vislumbro que alguém ganhe com essa precipitação da não aprovação do OE”
Numa altura em que decorrem “reuniões secretas” para uns e “encontros com discrição” para outros, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, acredita que a “razoabilidade” irá imperar na altura da decisão relativamente ao Orçamento de Estado para 2025.

Victor Jorge
Mercado das Viagens cresceu quase 20% em faturação e 8% em rentabilidade o ano passado
LATAM Airlines abre nova rota sazonal entre Lisboa e Fortaleza
Vinhos do Dão impulsionam enoturismo com formação
Sulforma já formou 8 mil pessoas em 1.100 cursos em 13 anos
Enóphilo Wine Fest regressa ao Algarve a 8 de março
FLY – Feira das Viagens no Porto promete encontro com o universo de destinos
Aeroporto de Lisboa tem novo recorde e soma mais de 35M de passageiros em 2024
Mercado das Viagens faz balanço positivo da sua VI Convenção
Norwegian programa 344 rotas para mais de 120 destinos no verão
Escola de Hotelaria e Turismo de Setúbal leciona formação à medida para 14 projetos turísticos
Numa semana em que foram conhecidas algumas reuniões – secretas ou com discrição – entre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e os líderes do Chega, André Ventura, e do Iniciativa Liberal, Rui Rocha, e agendada que está, precisamente para o Dia Mundial do Turismo (27 de setembro), um encontro com o secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros admite que, a não aprovação do Orçamento de Estado para 2025, “independentemente se vamos para eleições antecipadas ou para a gestão em duodécimos, é péssima”.
Em entrevista ao Publituris – a publicar na íntegra na próxima edição do jornal, a 27 de setembro – Francisco Calheiros afirma que a não aprovação do OE pode, efetivamente, “afastar investimento e investidores externos”. “Somos animais racionais e olhando para quem possa aprovar ou não o OE – PS, PSD/AD, Chega – não vislumbro que alguém ganhe com essa precipitação da não aprovação”. Por isso, frisa, “embora haja alguma crispação neste discurso, acho que, no fim do dia, a razoabilidade vai imperar e o Orçamento passará”.
Nesta mesma entrevista, Francisco Calheiros revelou que, depois de conhecido o “Programa Acelerar Economia”, no qual o Governo avançou com 60 medidas para dinamizar a economia nacional, das quais 17 estão diretamente ligadas ao turismo, “depois do Orçamento, dependendo das folgas que existirem, vamos voltar a uma segunda ronda, e para o ano que vem vamos voltar a uma terceira ronda”.
A entrevista ao presidente da CTP abordou ainda temas como a TAP, aeroporto, a taxa turística, a “turistificaçáo” e a imigração sobre a qual Francisco Calheiros foi claro: “Um em cada três trabalhadores no turismo é imigrante. Há três setores onde a imigração é vital: construção, agricultura e turismo”.
Quanto ao tema da VII Cimeira do Turismo Português– “Turismo é Valor” – Francisco Calheiros destacou que, “o que temos feito é estar a aumentar a criação desse mesmo valor do turismo”, concluindo que “o turismo é uma atividade muito diferente das outras. É provavelmente a atividade mais transversal que temos. O turismo põe tudo a mexer”.