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INSIDER propõe uma Madeira “luxury”

A operar há dois anos na Madeira, a INSIDER oferece programas exclusivos e experiências únicas para clientes que procuram uma abordagem personalizada para explorar a verdadeira essência da ilha. Esta jovem DMC propõe, assim, uma Madeira mais “luxury”, fugindo dos tradicionais pacotes pré-formatados, para propostas “tailor made”, explicou ao Publituris o seu Managing Partner, Filipe Fraga.

Carolina Morgado
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INSIDER propõe uma Madeira “luxury”

A operar há dois anos na Madeira, a INSIDER oferece programas exclusivos e experiências únicas para clientes que procuram uma abordagem personalizada para explorar a verdadeira essência da ilha. Esta jovem DMC propõe, assim, uma Madeira mais “luxury”, fugindo dos tradicionais pacotes pré-formatados, para propostas “tailor made”, explicou ao Publituris o seu Managing Partner, Filipe Fraga.

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Baseada da Madeira, a INISIDER, que no início do ano havia comunicado a sua expansão para os Açores, decidiu não avançar com o negócio e, segundo revelou ao Publituris o seu Managing Partner, Filipe Fraga, vai manter, “para já” a sua operação na ilha sede. “Mantemos tudo como estava antes, operando na Madeira”, disse, acrescentando que “não vamos avançar, pelo menos este ano, tendo optado por um crescimento mais sustentado”.

Com dois anos de existência, esta DMC, que se identifica como uma agência boutique de pessoas para pessoas, diferencia-se de outros DMC que existem na região, propondo viagens autênticas e feitas à medida para viajantes exigentes que procuram experiências únicas na ilha da Madeira. “Como se sabe, a Madeira é uma região turística que sempre viveu da operação turística, daqueles modelos clássicos do turismo, da operação charter e dos grandes operadores. Portanto, existem algumas ou várias agências e DMC que continuam a operar e a trabalhar com esse modelo de negócio”, apontou Filipe Fraga, destacando que “nós aparecemos no mercado há dois anos posicionando-nos como uma DMC tailor made”.

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Neste sentido “tudo é feito à medida, cada cliente é um cliente, não vendemos pacotes, não temos nada pré-definido e só vendemos atividades privadas, ou seja, não comercializamos as típicas excursões de Half Day ou de Full Day. O nosso conceito é querer mostrar uma parte mais exclusiva do destino Madeira, fugindo às grandes atrações turísticas e ao turismo de massa”.

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O que faz a diferença
O responsável acentua que “diferenciamos nesse sentido, porque para já não existem outros players a operar e focados neste segmento de mercado na Madeira, diria de ‘luxury’. Não pretendemos e nem trabalhamos os mesmos sítios e as mesmas atrações turísticas que todos nós conhecemos na ilha. No entanto, como somos agência de viagens algumas vezes nos pedem para reservar os carros de cesto, por exemplo”, esclareceu, sublinhando ainda que “na agência conseguimos reservar, tratar de tudo e vender todas essas atividades, mas não promovemos, nem as vendemos proactivamente”.

Filipe Fraga assume que “fizemos aqui um trabalho também de formatação de produto nosso, no sentido em que criámos algumas experiências autênticas e sempre numa ótica privada, ou seja, os nossos clientes desfrutam das atividades sempre em privado”.

Uma ou outra vez a INISIDER trabalha com pequenos grupos, não de incentivos de 100, 200 ou 300 pessoas, “esse não é o nosso segmento. Quando digo grupo, estamos a falar 15, 20 pessoas, 30, única forma de manter uma oferta de atividades mais exclusiva”.

Filipe Fraga, Managing Partner da INSIDER

O que propor a um cliente mais exclusivo
O Managing Partner da empresa deu-nos alguns exemplos das atividades que podem propor a um cliente mais exclusivo.

“Recebemos os pedidos de reserva, e para desenhamos os programas precisamos de um briefing com o perfil do cliente, sobre o que procura porque muitas das vezes não nos pedem algo especificamente”, esclareceu.

Para um dia na Madeira um pouco diferente, a INSIDER pode sugerir: “Acordar bem cedo,

antes do nascer do sol, levarmos os clientes até à montanha, organizarmos lá um pequeno-almoço em cima das nuvens, num dos picos mais altos da Madeira, para terem aquele momento de contemplação do nascer do sol, depois do pequeno-almoço podemos descer, vamos ao mar. Levamos um chefe a bordo de um veleiro privado que irá preparar um almoço com produtos típicos da região, e para os clientes usufruírem e darem mergulhos numa baía privada, longe das confusões dos catamarãs grandes. Na volta, podem fazer uma prova do Vinho Madeira. Em vez de irmos à Blandy’s Wine Lodge, por exemplo, que tem muita gente e muito turismo, formatamos um produto diferente, vamos à torre do Museu de Arte Sacra, que é no centro do Funchal, onde conseguimos colocar um sommelier, e o museu fica fechado para os nossos clientes. Finalmente, podemos terminar o dia com um Jeep Tour, vamos à costa oeste da ilha, onde o sol se põe, e lá num terreno privado, conseguimos fazer também um piquenique, algo mais informal”.

Importa salientar que a INSIDER oferece uma diversidade de clusters focados em quatro áreas: gastronomia; terra e montanha; mar; e artes e cultura. No que diz respeito às artes e cultura promovem, igualmente, atividades como workshops do vime da Madeira, uma forma de os seus clientes aprenderem a manusear esta arte tão caraterística da ilha.

O nosso conceito é querer mostrar uma parte mais exclusiva do destino Madeira, fugindo às grandes atrações turísticas e ao turismo de massa

Clientes são estrangeiros
Filipe Fraga ressalvou, ao longo da nossa entrevista, que hoje em dia, o destino Madeira, que sempre foi muito tradicional em termos de procura dos seus produtos turísticos, alterou-se muito pós-Covid. Disse que apesar da Madeira ter sido sempre conhecida nos mercados inglês e alemão, “temos muitos mercados novos a chegar, como por exemplo o dos Estados Unidos que procuram muito estas viagens privadas, estas viagens feitas à medida”, indicou, para sublinhar que “neste momento só operamos B2B, não vendemos ainda direto ao consumidor final, mas quando aparecemos no mercado, a aceitação pelas agências foi muito boa porque não tinham nenhum parceiro na Madeira ainda a fazer este tipo de trabalho, e tinham alguma dificuldade em contactar fornecedores para este tipo de produto mais exclusivo” disse o nosso entrevistado.

Infelizmente, segundo o Managing Partner da INSIDER, o cliente nacional (continente) não está ainda preparado para este tipo de produto mais exclusivo quando visita a Madeira. O responsável refere que “o cliente nacional quando vem à Madeira ou aos Açores, ou seja, quando viaja dentro do seu país, o budget é um pouco mais limitado, do que quando vai fazer uma viagem de long-haul”, aponta, sem esquecer de frisar que muito poucos nacionais estão dispostos a pagar, na Madeira, 800 ou 900 euros pelo aluguer de um barco privado, quando pretende, ao fim ao cabo, fazer apenas uma escapadinha de dois ou três dias ao Funchal. Por essa razão “nós na INSIDER ainda não tivemos clientes nacionais”.

Portanto, é só estrangeiros. É nesse sentido que faz parte do plano de atividades da DMC a presença em eventos internacionais para este nicho de mercado, ou seja, eventos de turismo luxury, “com o objetivo de captarmos novos parceiros e novos mercados”.

Temos como planos e objetivos abrir as vendas ao consumidor final, com uma presença no digital mais forte, o que quer dizer abrir um canal de venda direta

Futuro: abrir um canal de venda direta
E o futuro da empresa? Questionámos Filipe Fraga. Sem a concretização do negócio de expansão para os Açores, o responsável evidenciou que “o objetivo seria posicionarmos como uma agência tailor made das ilhas portuguesas, Madeira e Açores”, mas agora, no mais curto prazo, “temos como planos e objetivos abrir as vendas ao consumidor final, com uma presença no digital mais forte, o que quer dizer abrir um canal de venda direta”.

A médio e longo prazo, e ainda apenas em projeto, “temos vontade, mediante os resultados que aí vêm e o crescimento mais sustentado da empresa, sem querer dar passos maiores que a perna, como se costuma dizer, de ter uma presença a nível nacional e não pensarmos só aqui na região. São ideias que ainda não passaram do papel”.

Um verdadeiro insider para fazer diferente
Filipe Fraga lembra, nestas declarações, a sua história profissional. “Tenho um background no turismo, na Associação de Promoção da Madeira,

onde estava na equipa de parcerias internacionais, portanto tive a oportunidade de trabalhar com alguns mercados, onde fazia parcerias com agências, operadores, companhias aéreas. Então a INSIDER nasce de uma necessidade, de uma oportunidade de mercado, em que

nesses mercados novos sentia que pediam atividades, produtos turísticos, e eu sabia que a Madeira tinha todas as condições para as oferecer, mas que ninguém, nenhuma agência estava ainda virada para as comercializar”.

Por isso, enquanto madeirense, e como o próprio nome da agência indica, INSIDER, o responsável revela que se considera um verdadeiro Insider, pois conhece muito bem a ilha, o que se pode fazer de diferente, os produtos, atrativos turísticos de relevo, os hotéis e o trade turístico regional. “A INSIDER nasce exatamente por isso, quero mostrar o que a Madeira tem de melhor, que ainda não é promovido, vendido, e de facto existe um potencial grande, para fugirmos dos roteiros turísticos clássicos e dos pacotes, vamos mostrar e fazer coisas novas, criar uma oferta, criar produto, e apesar de pequenos, queremos ter um crescimento sustentado”, defendeu.

Porto Santo ainda não
A empresa trabalha a ilha da Madeira, e Porto Santo? A Ilha Dourada ainda não “porque sentimos que existe uma dificuldade mais operacional, falta de serviços de qualidade, e nós posicionando neste nicho de mercado, não queremos e nem podemos arriscar. Nós experimentamos tudo,

e queremos ter a garantia de um serviço de excelência no Porto Santo”.

Filipe Fraga indica que, neste caso há ainda um caminho a percorrer, “é um destino turístico mais pequeno, muito mais sazonal, ainda com uma oferta mais reduzida, portanto ainda não demos esse passo”.

Mesmo assim, a INSIDER consegue levar clientes ao Porto Santo, por exemplo, num barco privado, num iate ou numa lancha, para passar um dia, ou até mesmo pernoitar. “É o único contacto que temos com a ilha vizinha, de resto ainda não entramos lá”, confidencia.

A Madeira está um destino novo em termos de infraestrutura, de hotéis e de restaurantes, já não é só um destino da Festa das Flores ou do fim de ano. Hoje é muito mais do que isso

A Madeira mudou
A Madeira foi durante muitos anos destino turístico de pessoas com mais idade. Hoje isto mudou e recebe cada vez mais turistas jovens. Esta é também a perceção desta DMC. “Ultimamente, é um destino também para jovens, conseguimos captar esse nicho, e temos produtos para esta camada que quer não só visitar a ilha pela gastronomia e para descansar”, revelou o responsável.

Esta camada mais jovem que visita a Madeira “é ativa e temos ofertas para esse público-alvo com atividades no mar e em terra, como viagens de barco, caminhadas, jipes, canyoning, mas que depois, ao final do dia ou à noite, não nos descoram de uma boa experiência gastronómica” frisou.

Filipe Fraga fez questão de destacar, ao longo da nossa conversa, que a Madeira mudou, “há empresas novas, há coisas novas a acontecer, há novas empresas de animação turística nossas parceiras, a Madeira está um destino novo em termos de infraestrutura, de hotéis e de restaurantes, já não é só um destino da Festa das Flores ou do fim de ano, hoje é muito mais do que isso, e de facto temos coisas super interessantes para promover em termos culturais, de eventos, festivais, de concertos, portanto é um destino com muita dinâmica”, concluiu o Managing Partner da INSIDER.

 

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Nortravel anuncia mais de 30 circuitos em parceria com a Special Tours até 2026

As reservas para estes circuitos serão processadas pela Nortravel e operados pela Special Tours, tour operador com 50 anos de experiência, especialista em circuitos, ambos pertencentes ao universo de operadores Ávoris.

Estes circuitos destinam-se ao cliente ‘’Especial’’ que não abdica de viajar com mais liberdade. Os pacotes incluem voos, transferes, alojamento, algumas refeições na maioria dos destinos, visitas de grande interesse cultural orientadas por guias locais de língua espanhola, seguro básico de viagem e áudio-guias individuais para otimizar as visitas.

A programação está a ser gradualmente disponibilizada, com mais produtos “special”, estando já disponíveis circuitos como: Bela Itália; Encantos do Norte e Lagos Italianos; Fiordes, Oslo e Copenhaga; Europa do Leste; Paris, Países Baixos e Reno. Brevemente serão disponibilizados mais circuitos para destinos como: Itália; Alemanha; França; Bélgica; Países Baixos; Áustria; Inglaterra; República Checa; Suíça; Hungria; Polónia; Roménia; Escócia; Irlanda; Suécia; Finlândia; Dinamarca; Noruega, garantindo assim uma oferta diversificada para diferentes viajantes.

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Optipack é nova plataforma tecnológica da Optigest para venda de pacotes turísticos no mercado B2C

A Optigest acaba de anunciar o lançamento de uma plataforma digital que reúne múltiplos operadores turísticos num único portal, simplificando a oferta de pacotes de viagens para o consumidor final.

Esta solução permite que as agências de viagens, agreguem os produtos e serviços de operadores turísticos num portal intuitivo e eficiente, proporcionando aos clientes uma experiência de compra personalizada e diversificada. A Optipack utiliza tecnologia API para integrar os serviços em tempo real, garantindo transparência, competitividade de preços e uma navegação simplificada para os utilizadores.

Com esta plataforma, “conseguimos conectar as agências de viagens a um público mais vasto, enquanto oferecem aos consumidores finais mais opções e uma experiência de compra otimizada”, revela Filipe Machado, Sales & Marketing Director da Optigest.

A Optipack destaca-se por funcionalidades inovadoras, como: Integração em tempo real – atualização automática de pacotes turísticos e tarifas dos operadores; Processo de reserva simplificado – interface intuitivo que facilita a compra, com opção de criação de reserva e pagamento seguro; Design personalizado – escolha o design do seu portal personalizando-o á sua medida ou pode optar pela solução Whitelabel.

 

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Lisboa espera “quase 100%” de ocupação na Páscoa

Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, prevê uma ocupação “de quase 100%” na hotelaria da capital e dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa, durante o período festivo da Páscoa.

A hotelaria lisboeta vai viver um período positivo na Páscoa, estima Carla Salsinha, presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa, que prevê uma ocupação “de quase 100%” durante este período festivo.

“A hotelaria está praticamente preenchida. O pouco que falta será preenchido com reservas de última hora, mas à priori, (…) as expectativas serão iguais às do ano passado: de quase 100% e fruto das reservas que são muito de última hora”, disse a responsável, em declarações à Lusa.

As expectativas “otimistas” de Carla Salsinha têm por base, não apenas a procura dos turistas nacionais, mas também dos estrangeiros, principalmente espanhóis, que são os que “enchem a região”, uma vez que, além da cidade, também os 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa esperam uma ocupação elevada da hotelaria.

“Lisboa tem um número elevado de hóspedes e de dormidas, mas também já começa a ter o efeito de repercutir os turistas pelos municípios à volta. Já todos eles vão oferecendo unidades hoteleiras e capacidade de alojamento. Em 2023, tínhamos um município que não tinha dormidas, ou seja, uma unidade hoteleira, e hoje todos os 18 municípios de Lisboa já têm unidades hoteleiras”, sublinhou.

Além de Lisboa, Carla Salsinha destaca cidades como Almada e Oeiras como algumas das que têm vindo a registar um forte crescimento da procura turística, com a responsável a considerar que “Almada, hoje, é conhecida pela arte urbana e pelos festivais que faz”, enquanto Oeiras, que “tem hoje uma boa oferta”, se destaca, por exemplo no enoturismo.

“Pode-se fazer uma visita a uma adega com o vinho de Oeiras que começa a ter fama. Todos os municípios começam a ter uma oferta de tal forma diferenciada e até de produtos muito nicho, que faz com que Lisboa esteja sempre a crescer”, acrescentou.

A presidente da Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa sublinha que o crescimento do turismo em toda a região “é fruto de muito trabalho que está a ser feito pelos municípios para dar a conhecer o que existe fora da cidade de Lisboa”.

 

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Escolas do Turismo de Portugal atentas às necessidades de mercado

Em entrevista ao Publituris, Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, faz o ponto da situação dos projetos que estão a ser desenvolvidos nas 12 Escolas de Hotelaria e Turismo, iniciativas que, conforme afirmou, “refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor”, para avançar que “estamos permanentemente atentos às necessidades de mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam”.

O Publituris falou com Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que admite que “a formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado”. A responsável pela formação no Turismo de Portugal salienta ainda que a competências técnicas continuam a ser “fundamentais” e que cada vez mais se exige que os colaboradores “desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional”. Também o “digital e a sustentabilidade” imperam na nova agenda das EHT como resposta “às dinâmicas de mercado”.

O que mudou na formação turística nos últimos anos? Que desafios enfrenta hoje?
As transformações no ensino e no mundo do trabalho registadas nos últimos anos de um conjunto vasto de mudanças que a sociedade atravessa, impactando diretamente as organizações e o comportamento dos consumidores, especialmente no que diz respeito à formação e ao trabalho. O facto de as empresas e as organizações terem de operar em ambientes cada vez mais voláteis, incertos e complexos traz novos desafios em termos de competências exigidas aos profissionais, bem como uma abordagem de gestão renovada por parte das empresas.

O setor do turismo é uma das principais alavancas económicas do país e tem demonstrado crescimento consistente em diversos indicadores, onde estes desafios tornam-se ainda mais relevantes. O crescimento, porém, deve ser sustentável e consolidado, gerando valor para a economia, bem como para a experiência dos turistas, comunidades locais e para os colaboradores das empresas.

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto as empresas. As empresas precisam de estruturas ágeis e adaptáveis à nova realidade. Consequentemente, as entidades formadoras devem ser igualmente capazes de oferecer metodologias de ensino, conteúdos e formatos que respondam a estas exigências, mantendo-se relevantes e à altura das expectativas de um setor em constante evolução.

Mediante estes desafios, as Escolas do Turismo de Portugal (EHT) preparam-se diariamente para capacitar gerações que sejam proativas e de resposta rápida a qualquer situação.

 

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto das empresas


Posicionar o país como referência de excelência na área da formação
Os jovens em Portugal sentem-se atraídos para a formação na área do turismo? Que áreas são mais procuradas? E os níveis? Assiste-se a um processo de desmobilização dos alunos da área do Turismo? Sente que há necessidade de motivar os jovens para estudar em Turismo, mesmo sabendo que esta é a área profissional que absorve a maior têm sido intensas, resultado quantidade de mão-de-obra?
O Turismo em Portugal alcançou, justamente, uma notoriedade e reputação inigualáveis, resultado de um trabalho consistente ao longo dos últimos anos. Este esforço permitiu superar desafios, estabelecer novos recordes, conquistar inúmeros prémios e afirmar uma visão de liderança para o turismo do futuro.

Hoje, Portugal é reconhecido como um destino de excelência a nível mundial. A atratividade para trabalhar no setor está naturalmente ligada à atratividade para estudar turismo. Neste contexto, o Turismo de Portugal pretende também posicionar o país como uma referência de excelência na área da formação para aqueles que pretendem estudar e trabalhar em turismo. Com o objetivo de captar o interesse dos mais jovens, o Turismo de Portugal desenvolve vários projetos e iniciativas, como o Open Day, onde durante uma semana, as 12 Escolas do Turismo de Portugal recebem potenciais alunos, pais, orientadores vocacionais e a comunidade local. Este evento inclui visitas guiadas, aulas abertas, workshops gratuitos, exposições, demonstrações, degustações e atividades ao ar livre nas áreas de Turismo de Natureza, Turismo Cultural e Património. O objetivo é destacar a qualidade da formação em turismo e hotelaria e apresentar as várias oportunidades de carreira no setor.

Outro exemplo é o Programa GERAt – Território, Turismo e Talento, o maior projeto interescolar de sensibilização para o turismo. Desenvolvido em parceria com a Direção-Geral da Educação, o GERAt visa sensibilizar as gerações mais jovens para o potencial do turismo a nível local, nacional e internacional.

Em 2024, o programa ganhou uma nova dimensão, envolvendo 39 agrupamentos de escolas, 46 turmas, 925 alunos e o desenvolvimento de 40 projetos interdisciplinares ao longo do ano letivo. É através destas iniciativas que o Turismo de Portugal reconhece a importância de reforçar a atratividade do setor, pois é essencial para atrair talento e concretizar a estratégia de um turismo de maior valor.

Quais os principais desafios que o setor enfrenta atualmente em termos de captação e retenção de talentos?
O desafio de captar e fidelizar talento é transversal a vários setores de atividade e tem-se intensificado nos últimos anos. Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais. No setor do turismo, esse desafio é ainda mais premente, devido à natureza intrínseca da atividade: uma indústria centrada nas pessoas, onde o serviço e a experiência são determinantes, e onde se verifica uma elevada rotatividade. Sendo um setor “de Pessoas para Pessoas”, a gestão de talento torna-se um elemento crucial para o seu sucesso. Enfrentar esta questão requer uma abordagem integrada e concertada, que alinhe diferentes dimensões como as políticas públicas que promovam a atração e retenção de talento; um setor privado, que coloque os recursos humanos no centro da sua estratégia, oferecendo condições de trabalho e remuneração competitivas, bem como uma cultura organizacional centrada nas pessoas; um setor que seja social e ambientalmente responsável, inclusivo e integrador, gerador de valor para as empresas, colaboradores e territórios; e instituições de ensino e formação que preparem os profissionais de forma eficaz para os desafios de qualificação.

Hoje, as empresas precisam de desenhar estratégias de “Employee Experience”, tal como fazem com as estratégias para captar clientes, assegurando assim a retenção dos seus talentos. É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas.

 

Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais

 

O digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT
Quais são as competências mais importantes que os profissionais do turismo precisam desenvolver para se adaptarem às novas exigências do setor?
O setor do turismo almeja crescer atraindo mercados de maior valor, o que implica o contacto com turistas mais exigentes, mais informados, o que expõe o setor a novos desafios em termos de recrutamento e de novas competências que são exigidas aos colaboradores, independente da função que ocupam na empresa. As competências técnicas continuam a ser fundamentais, mas cada vez mais se exige que os colaboradores desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional. Também o digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT como resposta às dinâmicas de mercado e impelem as entidades que desenvolvem formação em turismo a terem um papel mais conectado e alinhado com o mercado para participarem como atores principais na configuração do setor do turismo.

As conclusões do estudo recente “O perfil do Profissional de Turismo e Hospitalidade – Competências e formação” apontam para a necessidade de criação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor, através da adoção de abordagens diferenciadas na gestão de carreiras e expectativas, levando em consideração as necessidades específicas de cada estudante e de cada profissional. Isto já está a acontecer?
Um dos pilares fundamentais e que consta de uma das medidas do Programa Acelerar a Economia – Roadmap diz respeito ao Reposicionamento na oferta e prevê que devemos assegurar o desenvolvimento curricular (design de produto) de cursos, programas, conteúdos e metodologias alinhados com as tendências do setor e que promovam a contínua inovação do portfólio e um posicionamento de referência.

Paralelamente a isto o mercado tem-se encaminhando para uma hiperpersonalização da educação, em que o modelo de aprendizagem deve adaptar-se à experiência de aprendizagem para atender as necessidades de cada aluno, com base no seu perfil e motivações. Embora a Rede de Escolas do Turismo de Portugal tenha recebido a certificação TedQual da Organização Mundial de Turismo (OMT), vários dos seus cursos, como Pastry Management and Production e Hospitality Operations Management, Culinary Arts, Food and Beverage Management e Tourism Management, o que atesta um reconhecimento nacional e internacional e reconhece a qualidade da formação proporcionada pelas Escolas do Turismo de Portugal.

Estamos permanentemente atentos às necessidades e mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam. A auditoria realizada pela OMT analisou com especial detalhe cinco áreas: a coerência do plano de estudos, as condições pedagógicas (incluindo metodologias e infraestruturas), a gestão da Rede e das Escolas que a compõem, o corpo docente e a adequabilidade do programa de estudos às necessidades e perspetivas futuras do sector.

Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal

Ligação das Escolas ao mercado de trabalho
Como é que as Escolas do Turismo de Portugal fazem a ligação com o mercado de trabalho?
A relação das nossas Escolas com o mercado de trabalho faz parte do nosso ADN e é trabalhada em três principais dimensões. Primeiro, realizamos um diagnóstico contínuo de necessidades através de instrumentos de interação regular com as empresas, como inquéritos, focus groups e reuniões temáticas. Em segundo lugar, criamos programas específicos de capacitação direcionados para áreas estratégicas, como a transição digital, a sustentabilidade e a responsabilidade social. Por fim, organizamos eventos regionais e nacionais, como o Fórum Estágios e Carreiras, workshops e seminários, que promovem uma interação direta entre empresas e alunos.

Além disso, realizamos atividades de investigação e análise de tendências, produzindo documentos orientadores sobre competências futuras no setor. Exemplos disso incluem o Estudo de empregabilidade já mencionado e o projeto internacional PANTOUR – Next Tourism Generation, que está a desenvolver uma matriz de competências para orientar as estratégias futuras de capacitação. As EHT também têm iniciativas direcionadas para uma maior flexibilidade na formação, como o desenvolvimento de ações em e-learning, adaptadas aos horários dos profissionais, com temas focados no digital, na sustentabilidade e em línguas, incluindo português para estrangeiros. Outra área de atuação é o reforço das metodologias de formação on the job. Neste contexto, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as empresas para criar percursos de formação dentro do local de trabalho. Esta abordagem permite que novos profissionais no setor aprendam não apenas técnicas específicas, mas também a nossa matriz cultural de serviço, a língua e a gastronomia, promovendo uma integração profissional mais rica e completa.

 

É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas

 

Papel da Academia Digital na capacitação dos profissionais do setor
Qual tem sido o vosso papel na formação contínua dos profissionais de turismo, de forma a responder aos desafios da retenção de talento, inovação tecnológica e sustentabilidade?
A capacitação dos profissionais do setor tem sido, desde sempre, uma prioridade para as Escolas do Turismo de Portugal, assumindo especial relevância no período pós-pandemia. O lançamento da Academia Digital foi um marco nesse esforço, permitindo acelerar a transição digital e expandir a oferta formativa a todo o território nacional.

Com as crescentes exigências de sustentabilidade, a adoção de práticas de gestão baseadas em indicadores ESG e a escassez de mão-de-obra no setor, a formação tornou-se ainda mais essencial. Para responder a estes desafios, desenvolvemos uma série de programas específicos, como o Upgrade Digital, o Upgrade Sustentabilidade, o Programa Formação + Próxima, o Programa BEST e o Programa de Formação Empresas 360º. Além disso, em parceria com a Universidade Aberta, criámos um conjunto de microcredenciais nas áreas do Digital e da Sustentabilidade, permitindo uma aprendizagem autónoma e personalizada. Entre estas destacam-se: Ferramentas Digitais (Nível 1 e Nível 2), Estratégia Digital e Marketing Performance, O Digital e as Redes Sociais, Circularizar a Economia e o Turismo e Responsabilidade Social nas Empresas do Turismo (atualmente na sua 3.ª edição).

Estas iniciativas refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Os planos de estudo já começam a incluir formação sobre o uso de tecnologias como inteligência Artificial (IA)? Se sim, que tecnologias são abordadas e de que forma são colocadas em prática?
O Turismo de Portugal está a trabalhar em três níveis distintos: primeiro, na capacitação das equipas, oferecendo formação aos Diretores, Coordenadores de Formação e Formadores sobre os diversos suportes de Inteligência Artificial disponíveis e a sua aplicação em contexto didático. Segundo, na introdução de ferramentas de IA e Tecnologias Emergentes, com a criação de regras para o desenho e conceção de conteúdos de aprendizagem suportados por estas tecnologias e a implementação de novas metodologias de integração. Entre os exemplos destacam-se aplicações de tutoria virtual e aprendizagem adaptativa, ferramentas de correção automática de exercícios e testes, que proporcionam feedback imediato aos alunos e economizam tempo aos professores, e o uso de software de gamificação na área da gestão hoteleira, que incrementa o compromisso e a motivação dos alunos ao incorporar elementos de jogo.

Por fim, estamos a preparar as infraestruturas da Rede de Escolas, criando novos espaços tecnológicos de suporte à aprendizagem no âmbito do projeto de modernização financiado pelo PRR. Este projeto inclui a criação de laboratórios técnicos e tecnológicos equipados com diversos suportes multimédia, que favorecerão a utilização de ferramentas inovadoras, como realidade virtual e aumentada, consolidando estas dimensões no futuro.

Estratégia de internacionalização
Que papel têm tido as Escolas do Turismo de Portugal de apoio a nível internacional, designadamente, junto dos PALOP e a CPLP? E na formação de estrangeiros em Portugal?
As Escolas do Turismo de Portugal baseiam a sua estratégia de internacionalização em programas de mobilidade de estudantes e formadores, cooperação bilateral e multilateral com entidades internacionais e uma participação ativa em projetos e estudos globais. Recentemente, essa ambição foi reforçada com a expansão acelerada da rede de Escolas, inicialmente direcionada para países da CPLP, destacando-se, pelo trabalho já desenvolvido, os casos de Angola e Cabo Verde.

Este modelo global prevê parcerias estratégicas, nas quais o know-how e a experiência da rede nacional são transferidos para criar Escolas Locais de Hotelaria e Turismo, em formato co-branded, com gestão e instalações asseguradas pelos países parceiros. Exemplos deste reforço incluem colaborações recentes com a Índia, o Uruguai e países com grandes comunidades portuguesas, como o Luxemburgo, onde será em breve assinado um acordo de cooperação.

Ao nível dos alunos internacionais, verifica-se uma procura crescente de candidatos de países como Bangladesh, Nepal, Índia, Ucrânia e Paquistão, e, mais recentemente, da Venezuela e dos Estados Unidos. Na Europa, destacam-se nacionalidades como italianos, franceses, espanhóis e alemães. Paralelamente, foi lançado este novo Programa de Formação e Integração de Migrantes para o Setor do Turismo, em parceria com a AIMA e a CTP.

Estas iniciativas sublinham o compromisso das Escolas em reforçar o posicionamento internacional, promovendo a excelência da formação portuguesa no setor do turismo e criando um impacto global positivo.

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Receitas turísticas de janeiro crescem 8,7% e ultrapassam os 1,5MM€

Os dados do BdP mostram que, em janeiro, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 123,37 milhões de euros acima de janeiro de 2024, confirmando, desta forma, que a procura turística pelo território nacional continua em alta e a bater recordes.

Em janeiro, as receitas provenientes da atividade turística somaram um novo recorde para o primeiro mês do ano, somando 1.542,15 milhões de euros, valor que representa um crescimento de 8,7% face aos 1.418,78 milhões de euros apurados em mês homólogo de 2024, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira, 21 de março, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, em janeiro, as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 123,37 milhões de euros acima de janeiro de 2024, confirmando, desta forma, que a procura turística pelo território nacional continua em alta e a bater recordes.

O valor das receitas turísticas de janeiro ficou, inclusive, muito perto do que tinha sido registado em dezembro do ano passado, num mês que costuma ser marcado pelo aumento da procura turística devido ao período festivo do Natal e Réveillon, com os dados do BdP a mostrarem uma diferença de apenas 1,8%, pois as receitas do último mês do ano passado tinham somado 1570,93 milhões de euros.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que resultam dos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, apresentaram um crescimento no primeiro mês do ano, já que este valor se situou nos 343,20 milhões de euros, 4,8% acima dos 327,37 milhões de euros apurados em janeiro de 2024.

No caso das importações do turismo, o crescimento foi de 15,83 milhões de euros face a janeiro de 2024, provando que também as viagens dos portugueses ao estrangeiro continuam em alta, assim como os seus gastos.

Mais expressivo foi o decréscimo das importações face ao último mês de 2024, que chegou aos 37,7%, o que quer dizer que os portugueses viajaram e gastaram menos no arranque de 2025 do que no final do ano passado.

Desta forma, também o valor do saldo da rubrica Viagens e Turismo voltou a ser positivo, já que somou 1198,95 milhões de euros em janeiro de 2025, 9,9% acima dos 1091,41 milhões de euros do mesmo mês do ano passado.

No comunicado que acompanha os números, o BdP realça a importância das Viagens e Turismo para a balança de serviços, que apresentou um aumento de 322 milhões de euros em janeiro, o que foi “justificado maioritariamente pela evolução do saldo das viagens e turismo (+108 milhões de euros) e dos outros serviços fornecidos por empresas”.

 

 

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Air France anuncia chegada gradual da nova La Première aos B777-300ER a partir da primavera

A nova La Première da Air France é composta por quatro suítes, oferece mais 25% de espaço do que a cabine atual e vai estar gradualmente disponível nos aviões B777-300ER da companhia aérea, a partir da primavera.

A Air France reformulou a La Première e anunciou agora que, a partir da primavera, a nova cabine de luxo vai ser “gradualmente” introduzida nos aviões B777-300ER da companhia aérea.

Composta por quatro suítes com cerca de 3,5 metros quadrados cada uma, a nova La Première da Air France oferece mais 25% de espaço do que a cabine atual, tendo sido desenvolvida ao longo de quase três anos, com o objetivo de oferecer um serviço de luxo, como reflexo da “elegância e da arte de viver à francesa”.

“Continuamos a investir em produtos excecionais para os nossos clientes em cada etapa das suas viagens, com a ambição de posicionar a Air France ao mais alto nível. Com uma nova e exclusiva experiência em terra privada no aeroporto de Paris-CDG e uma suíte La Première completamente redesenhada e mais espaçosa do que nunca, esta nova oferta materializa fielmente a melhor definição de viagem”, congratula-se Benjamin Smith, presidente da Air France e CEO do Grupo Air France-KLM.

A nova La Première conta com um novo conceito de suíte, que se distingue pelo espaço e conforto que oferece, assim como por ser “totalmente adaptável”, já que conta com  um assento e uma ‘chaise-longue’ que se transformam numa autêntica cama.

“O assento ajusta-se a cada momento do voo: descolagem, aterragem, refeição ou modo de descanso. Equipado com um encosto para a cabeça em pele gravado com o histórico emblema do cavalo-marinho alado da Air France e espumas ergonómicas macias, o assento adapta-se à morfologia de cada passageiro para um conforto perfeito. Dispõe igualmente de uma mesa-consola e uma mesa contígua para trabalhar ou comer”, adianta a Air France, em comunicado.

As suítes laterais dispõem de cinco janelas, enquanto as suítes localizadas na zona central do avião permitem “a dois passageiros viajarem juntos, mantendo a privacidade de cada um graças a uma divisória deslizante elétrica de cima a baixo, que pode ser ativada com um simples toque num botão”.

A companhia aérea explica ainda que as suítes da La Première estão ainda rodeadas “por uma grossa cortina do chão ao teto, que proporciona total privacidade e um ambiente tranquilo”.

Para aumentar o espaço da cabine, a Air France optou ainda por substituir as bagageiras por espaços de arrumação no chão, pelo que existe agora “um grande gavetão deslizante”, que permite guardar até duas malas de cabine, assim como um “segundo gavetão por baixo da chaise-longue para guardar os sapatos”, enquanto, junto ao assento, existe um “espaço com um espelho retroiluminado para os objetos pessoais”, sendo ainda disponibilizado um “guarda-roupa individual”.

Cada passageiro da La Première da Air France dispõe ainda de dois ecrãs 4K de 32 polegadas, que lhes permitem desfrutar de mais de 1.500 horas de entretenimento, assim como de tomadas para dispositivos móveis e Wi-Fi gratuito a bordo durante toda a viagem.

Segundo a Air France, a “suíte é controlada intuitivamente a partir de um tablet sem fios com ecrã tátil”, através do qual “é possível ajustar a inclinação do assento, chaise-longue ou cama, bem como as diversas iluminações e persianas”, sendo ainda “fácil navegar todas as funcionalidades nos dois ecrãs disponíveis”.

A companhia aérea adianta que a nova La Première vai ser progressivamente introduzida nos aparelhos Boeing 777-300ER da Air France, prevendo-se que o primeiro avião com a nova cabine esteja pronto a operar a partir da primavera, entre Paris e Nova Iorque-JFK.

“Los Angeles, Singapura e Tóquio-Haneda beneficiarão progressivamente deste novo produto durante a época de verão de 2025”, lê-se ainda na informação divulgada pela Air France, que adianta que, no verão, a cabine vai estar disponível nos voos de Paris-CDG para Abidjan, Dubai, Los Angeles, Miami, Nova Iorque-JFK, São Francisco, São Paulo, Singapura, Tóquio-Haneda e Washington.

 

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Sevenair volta a operar voos entre Bragança e Portimão

A Sevenair voltou esta sexta-feira, 21 de março, a operar os voos regionais entre Bragança e Portimão, que tinham sido interrompidos a 3 de março, devido a uma dívida de taxas de ‘handling’, que entretanto já foi saldada pela empresa.

A Sevenair voltou esta sexta-feira, 21 de março, a operar os voos regionais entre Bragança e Portimão, que tinham sido interrompidos a 3 de março, avança a Lusa, que cita a administração da empresa.

“Dia 21 de março, voltamos à nossa atividade de ligação aérea diária entre Bragança, Vila Real, Viseu, Cascais e Portimão”, lê-se numa publicação da Sevenair nas redes sociais e que explicava que a compra de bilhetes já voltou a ser disponibilizada.

Entretanto, Carlos Amaro, da administração da companhia aérea, confirmou à Lusa que a Sevenair já pagou o resgate do avião, que estava retido no aeródromo de Tires por restrições impostas pela empresa municipal Cascais Dinâmica, devido à falta de pagamento de uma alegada dívida da empresa que é responsável pela ligação aérea.

Em causa estava uma divergência acerca de uma suposta dívida de taxas de ‘handling’, os serviços prestados com o avião aterrado, no valor de 107 mil euros acrescidos de IVA (ou uma dívida de 132.471,95 euros, segundo a autarquia) que a Cascais Dinâmica exigia, mas que a transportadora considerou “não serem devidas”.

O regresso à operação acontece depois da Sevenair ter pago mais de 130 mil euros, pagamento que, no entanto, a empresa diz que vai contestar em tribunal, uma vez que considera que a dívida foi cobrada indevidamente.

A Lusa recorda que a Sevenair questionou a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) sobre a legalidade da taxa de assistência, por operar em “regime de autoassistência” com uma empresa por si detida, mas a entidade reguladora concluiu que a taxa “é devida por prestadores de serviço de assistência em escala ou transportadoras aéreas com licença para autoassistência em escala”.

“A Sevenair prefere esgotar os meios legais que se lhe assistem para falar no fim. Entretanto, como a velocidade da justiça não acompanha e realidade, aceitamos pagar o que nos exigem, logo que o Estado nos reembolsar o que nos deve, para voltar à operação”, já tinha afirmado durante esta interrupção a administração da transportadora, num comunicado a que a Lusa teve acesso.

Entretanto, o Ministério das Infraestruturas e Habitação adiantou à Lusa que tinha a previsão de pagar nos próximos dias à Sevenair 660,5 mil euros, relativos ao quarto e último ano do contrato de concessão anterior da ligação aérea regional pública Bragança-Portimão, ficando a faltar valores dos ajustes diretos realizados.

 

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Paris - Tour Eiffel - Jeudi 23 juin 2022 Illustration Touristes Tour Eiffel © Arnaud Dumontier pour Le Parisien
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Apesar das Olimpíadas, turismo em Paris cresceu apenas 2% em 2024

O número de turistas na capital francesa e na região metropolitana aumentou apenas 2% o ano passado, mas permanecendo ainda abaixo dos níveis pré-Covid 2019. Nem os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos foram suficientes para impulsionar o crescimento.

Paris e a sua região receberam 48,7 milhões de visitantes em 2024, um aumento de apenas 2% apesar do evento desportivo, de acordo com números divulgados esta quinta-feira, 20 de março, pela Choose Paris Region, citada pelos jornais franceses. A agência internacional de atratividade da região avança que as chegadas de turistas mantêm-se 4% abaixo das verificadas em 2019, antes da pandemia de Covid.

Os 48,7 milhões de turistas que chegaram à região de Île-de-France geraram 23,4 mil milhões de euros em receitas (+8% face a 2024). Com 68 milhões de dormidas registadas em 2024, o setor hoteleiro sofreu uma quebra de 4%, devido aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos “que modificaram os fluxos sazonais”, de acordo com o Choose Paris Region.

Durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, foram contabilizadas 7,1 milhões de estadias turísticas (+11%). Durante este período, a região recebeu 2,8 milhões de turistas franceses (+15%), 2,3 milhões de turistas internacionais (+4%), liderados pelos americanos (281 mil visitantes, +4%) e pelos britânicos (280 mil, +3%). Os Jogos Olímpicos também impactaram o fluxo turístico ao concentrar visitantes nos locais olímpicos, enquanto museus e monumentos tiveram sua frequência reduzida numa média de 20% durante esse período.

No entanto, no total do na, a capital francesa e a região de Île-de-France receberam 26,1 milhões de turistas franceses (+1%, mas -8% em comparação a 2019) e 22,6 milhões de turistas internacionais (+3% e mais +2% face a 2019). Com 2,7 milhões de turistas, o número de americanos, principal mercado emissor para o destino, cresceu 3% em relação a 2023. Clientes britânicos (2,6 milhões), italianos (1,6 milhão), alemães (1,5 milhão) e espanhóis (1,4 milhão) completam o top 5.

No total do ano passado, os gastos dos turistas são divididos entre 8,5 mil milhões de euros pelos franceses (+7%) e 14,9 mil milhões de euros pelos visitantes internacionais.

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Wine Tours Madeira tem novos tours ecológicos focados em turismo regenerativo

A Wine Tours Madeira lançou um novo produto: os “Echoo Tours”. Desenhados para que os visitantes possam explorar a ilha da Madeira de forma sustentável, os turistas têm a possibilidade de escolher opções mais equilibradas quer ao nível de horários e locais a visitar evitando concentração excessiva.

Há um novo conceito de tours na Madeira, com base na experiência em explorar novos nichos e temas ao nível da animação turística na ilha: “Echoo Tours”. A Wine Tours Madeira lança este novo conceito que pretende reforçar a necessidade de pensar e agir de forma sustentável, também quando se explora um destino.

Assim, os novos tours foram desenhados por forma a que os visitantes possam explorar a ilha da Madeira de forma sustentável, escolhendo as opções mais equilibradas quer ao nível de horários e locais a visitar evitando concentração excessiva, com inclusão de atividades de sensibilização e propagação de mensagens importantes para a conservação da natureza, sempre a par da componente lúdica.

“Estamos perante uma inovadora série de experiências de turismo regenerativo, que estão programadas para serem lançadas antes do verão e combinam a exploração vinícola e cultural da Madeira com atividades sustentáveis que promovem a conservação do ambiente insular”; refere Duarte Afonso, partner da Wine Tours Madeira.

Compromisso com Turismo Sustentável
Estes tours pretendem homenagear as relíquias naturais pela forma responsável como foram desenhados os programas, onde a criatividade afastará os visitantes das grandes concentrações e onde o lazer e o desfrutar de todos os espaços naturais visitados serão acompanhados da informação correta, não deixando de sensibilizar para o valor das nossas reservas naturais, espécies e projetos de conservação, bem como boas práticas que os visitantes também devem adotar.

Cada Echoo Tour incluirá uma componente de sensibilização ambiental, mas também irá incluir ações de turismo regenerativo proporcionando aos participantes a oportunidade de contribuir ativamente para a conservação da biodiversidade da ilha. As atividades poderão variar desde a plantação de plantas endêmicas até à remoção de espécies invasoras, ajudando a manter o equilíbrio ecológico da Madeira.

“Consideramos que os tours irão atrair os públicos mais atentos às questões ambientais, mas não só. Tratam-se de programas não massificados e naturalmente pensados para proporcionar momentos de lazer e exploração da ilha que também se direcionam a um público que aprecia programas equilibrados, relaxados, prazerosos e com muito conteúdo”, explica Duarte Afonso, concluindo que os Echoo Toursrefletem o nosso compromisso em integrar práticas sustentáveis no turismo”, sendo que “estas novas experiências são projetadas para permitir que os nossos clientes não apenas desfrutem da beleza da Madeira, mas também participem na sua preservação.”

A Wine Tours Madeira informa que estes tours estão em fase de teste e brevemente estarão disponíveis tanto para grupos como para individuais.

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Lusanova e Turkish Airlines promovem formação conjunta para agentes de viagens

A iniciativa, que contou com sessões a 18 e 20 de março, nos escritórios da Turkish Airlines em Lisboa e no Porto, registou a participação cerca de 30 profissionais do setor.

A Lusanova e a Turkish Airlines promoveram, a 18 e 20 de março, uma formação conjunta para agentes de viagens, que contou com a participação de cerca de 30 profissionais do setor e que decorreu nos escritórios da companhia aérea no Porto e em Lisboa.

“Aprofundar qd e pela Turkish Airlines” foi, segundo um comunicado divulgado pela Lusanova, o principal objetivos desta formação, que colocou em destaque destinos como a Turquia, Maldivas, Maurícias, Egito e Tailândia.

Segundo Tiago Encarnação, diretor de operações da Lusanova, a formação dos agentes de viagens é uma das “principais prioridades” do operador turístico, que vai promover várias outras ações ao longo do ano.

“A Turkish Airlines é um parceiro estratégico fundamental, e estas ações formativas são essenciais para garantir que os agentes de viagem tenham as melhores ferramentas para aconselhar os seus clientes”, refere o responsável.

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