Transportes foi o setor económico com a maior descida na criação de empresas até maio
Segundo o último relatório da Informa D&B, o setor dos Transportes apresentou, até maio, uma descida de 24% na criação de novas empresas, o que representa menos 713 empresas constituídas até ao final do quinto mês de 2024.
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O setor dos Transportes foi o que apresentou, até maio, a maior descida na criação de novas empresas, avança a Informa D&B, explicando que esta é “uma tendência que se verifica desde dezembro do ano passado”.
De acordo com o último relatório da consultora sobre a criação de empresas em território nacional, o setor dos Transportes apresentou, até maio, uma descida de 24% na criação de novas empresas, o que representa menos 713 empresas constituídas até ao quinto mês do ano.
“A descida na criação de empresas ocorre na maior parte dos setores, em particular nos Transportes (-24%; -713 constituições de empresas), uma tendência que se verifica desde dezembro do ano passado, em especial no Transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros”, explica a Informa D&B.
Os Transportes não foram, contudo, o único setor ligado ao Turismo que regista descidas na constituição de novas empresas, uma vez que também o Alojamento e restauração apresentou uma quebra de 4,2% na criação de novas empresas até maio, o que traduz menos 101 constituições de empresas.
“Também os setores das Atividades imobiliárias (-7,0%; -159 constituições de empresas), dos Grossistas (-11%; -114 constituições de empresas) e do Alojamento e restauração (-4,2%; -101 constituições de empresas) registam descidas expressivas na criação de empresas durante este período”, acrescenta o comunicado divulgado pela consultora.
Em sentido contrário esteve a Construção, que assistiu à criação de mais 225 novas empresas do que no período homólogo, o que representa um crescimento de 8,4% na constituição de empresas.
Por áreas geográficas, foi a Área Metropolitana de Lisboa que liderou as descidas neste indicador, com uma queda de 967 constituições de empresas (-10%), seguida do Alentejo e Algarve.
Já a região Norte liderou as subidas, com mais 191 novas empresas (+2,7%), ainda que também a região Centro e as Regiões Autónomas tenham registado “um crescimento na criação de empresas até 31 de maio”.
No que diz respeito a insolvências, a Informa D&B revela que, até final de maio, 914 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que representa uma subida de 12% face ao mesmo período do ano passado, “mantendo assim a tendência de subida que se verificou no último ano”.
As insolvências foram mais acentuadas no setor das Indústrias, onde o aumento deste indicador foi de 81%, o que representa mais 125 processos, principalmente entre empresas de Têxtil e Moda, que registaram um aumento de 163%, com mais 109 processos de insolvência que no mesmo período do ano passado.
No entanto, a Informa D&B diz que, no setor das Indústrias, também as atividades de Fabricação de calçado viram os processo de insolvência aumentar 442%, com mais 53 processos, assim como a Confeção de outro vestuário exterior em série, onde o aumento foi de 113%, com mais 35 processos de insolvência, localizados essencialmente na região Norte, em especial nos distritos do Porto e Braga.
Além das Indústrias, o Retalho foi o segundo setor com mais insolvências, registando uma subida expressiva de 20% e contabilizando mais 22 processos de insolvência até maio.
Nos primeiros cinco meses de 2024, houve ainda 5 119 empresas que encerraram a sua atividade, o que traduz uma descida de 4,4% face a período homólogo, apesar da Informa D&B alertar que, à data de hoje, “ainda existem publicações a serem efetuadas pelo Registo Comercial”.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, houve 15.120 encerramentos, 2,1% acima do registado no acumulado do ano anterior, o que representa mais 308 encerramentos, com destaque para os setores dos Serviços empresariais (+12%; +258 encerramentos), Transportes (+21%; +144 encerramentos) e Alojamento e restauração (+6,4%; + 106 encerramentos).