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“Quem vem ao Alentejo vem à procura de qualidade”

Anunciada que foi como “Região de Turismo Convidada” da BTL 2025, recordamos a entrevista a José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

Victor Jorge

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“Quem vem ao Alentejo vem à procura de qualidade”

Anunciada que foi como “Região de Turismo Convidada” da BTL 2025, recordamos a entrevista a José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo.

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Tomou posse a 19 de julho de 2023, depois da lista [única] que encabeçou ter ganho com o lema “Nova Ambição para o Turismo do Alentejo e Ribatejo”, admitindo na altura que um dos primeiros objetivos passava por “manter a atractividade do destino turístico”.

No início do ano soube-se que o Alentejo fora a região que, em 2023, mais cresceu na procura interna, com os números do INE a indicar um crescimento de 7,8%, enquanto a média nacional se ficou pelos 2,1%.

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Antes da temporada de verão, o Publituris esteve à conversa com José Santos, presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, para saber o que vai ser feito para aumentar este registo. A resposta foi: “Consolidar o Alentejo e ter mais promoção do Ribatejo”.

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No plano político, no entanto, pede “um Estado mais inteligente”.

Está há menos de um ano à frente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo. Como é que caracterizaria estes primeiros meses de presidência?
Eu caracterizaria a mesma em três dimensões. A primeira recuperar um espaço de influência institucional da ERT que estava perdido naquilo que são as opções de desenvolvimento na região. Quando digo influência institucional, não é uma influência no sentido corporativo da entidade, no sentido menos positivo, é influência no e do turismo na definição de políticas, na presença em alguns órgãos de acompanhamento, que têm depois impacto em decisões que afetam o turismo.

Por exemplo, o Turismo do Alentejo não estava no Conselho Regional de Inovação, que é uma plataforma que tem importância na definição das políticas de inovação e dos fundos europeus, com impacto no turismo.

Mas não tinha porquê?
Não tinha porque não foi convidado. Mas estava o Turismo de Portugal. Passamos a vida a falar em descentralização, temos de aplicar o princípio da subsidiariedade. E dissemos, temos de estar no Conselho Regional de Inovação. E a CCDR convidou-nos e estamos. O Ribatejo também beneficiará dessa dinâmica.

Outro exemplo, há hoje um novo fundo da União Europeia, que é o Fundo da Transição Justa, que tem uma aplicação nos territórios que estão em processos de substituição de centrais termoelétricas, como é o caso, por exemplo, do Alentejo Litoral.

E no caso do Litoral do Alentejo, na Refinaria de Sines, há um fundo que, aliás, tem avisos específicos para os sistemas de incentivos para as Pequenas e Médias Empresas para a área do turismo, e foi criado um observatório para monitorizar esse processo de transição. Sendo esse fundo muito dirigido ao turismo, porque muita daquela transição será para um reforço da dinâmica turística, como é que o turismo não estava lá? Bem, dissemos, temos de estar, e hoje estamos, inclusive na Comissão Permanente desse observatório.

ERT mais interventiva
Portanto, a representatividade da ERT agora é diferente?
É. Mas dou-lhe outro exemplo. Estações Náuticas, ao nível do produto turístico. O Turismo Portugal pedia-nos relatórios sobre a governança deste produto e não tínhamos, porque estávamos afastados da gestão das Estações Náuticas. Hoje estamos já no centro do processo de desenvolvimento desse produto. Portanto, foi preciso investir muito tempo e fazer ver que o turismo não podia estar afastado desses processos. Portanto, primeira dimensão, recuperação e influência institucional.

Num segundo ponto, tivemos de abrir um novo ciclo de planeamento. Ainda que o quadro comunitário esteja com um arranque muito tímido, tivemos de nos posicionar e abrir novas frentes de trabalho. Hoje temos, por exemplo, 3,3 milhões de euros de candidaturas apresentadas. Só temos 20% de aprovações, o que é normal, mas já temos uma mobilização de fundos europeus e nacionais que estão agora a ser analisadas, até porque muitas delas são candidaturas ainda ao nível de pré-qualificação de estratégias.

Portanto, nestes oito meses foi necessário fazer aqui uma maratona para poder apresentar muitos projetos e alguns deles em rede, ou seja, candidaturas que nós coordenamos. Coordenamos com a Região do Turismo do Algarve, com câmaras municipais, com a Agência Regional de Promoção Turística, e em que nós assumimos a gestão e a liderança dessas candidaturas.

Há uma relação muito afetuosa entre os portugueses e o Alentejo, que se tem vindo a construir e a reforçar nos últimos 10 anos

Como é que se concilia o Alentejo com o Ribatejo, porque queiramos quer não, são territórios distintos?
Sem dúvida. De facto, não é um desafio fácil porque, como diz e bem, estamos a falar de territórios diferentes e também diferentes do ponto de vista do processo de afirmação e desenvolvimento turístico.

Na Lezíria do Tejo temos três hotéis de quatro estrelas. Temos 230 mil dormidas por ano. É 7% do total da NUT. Sendo que agora há um outro complicador, desde o 1 de janeiro que a Lezíria do Tejo já está numa nova NUT – Oeste e Vale do Tejo. Hoje gerimos uma área promocional Alentejo e Lezíria do Tejo, mas a NUT, administrativamente, só tem o Alentejo.

O princípio, de certa forma, vinha a ser trilhado já anteriormente, mas o que consolidámos é dizer claramente que são dois territórios diferentes, dois destinos diferentes, por isso há que autonomizar o marketing turístico do Ribatejo. Posso ter, conjunturalmente, algumas iniciativas transversais, e temos-las, mas a comunicação e o marketing têm de ser diferentes. Isso implica que tenho dois orçamentos: um para o Alentejo e outro para o Ribatejo. E não aplico proporcionalmente ao Ribatejo o valor de investimento para projetos e campanhas pelo seu peso, porque senão só aplicaria 7%, e aplico muito mais, porque obviamente estamos a falar de um território que precisa de ser mais apoiado. O Ribatejo estará como o Alentejo estava há 20 anos.

Alentejo para dentro e fora
Relativamente ao Alentejo, segundo os dados do INE, a região foi a que, em 2023, mais cresceu na procura interna. Os números indicam um crescimento de 7,8%, enquanto a média nacional se ficou pelos 2,1%. A que se deve esta performance do Alentejo?
Diria que há uma relação muito afetuosa entre os portugueses e o Alentejo, que se tem vindo a construir e a reforçar nos últimos 10 anos, em que, de facto, e talvez isso tenha sido ainda acelerado depois da pandemia, os portugueses olham muito para o Alentejo como um destino que é quase como um regresso às suas próprias raízes.

É uma região onde se consegue repensar aquilo que é a vida, definir os objetivos e os sonhos para o futuro, uma ligação à natureza. E aquilo que o marketing turístico do Alentejo tem de fazer é pôr esses valores em evidência. Diríamos que é amplificar essa perceção que os portugueses têm em termos da proposta de valor do destino.

Às vezes os hoteleiros dizem-nos, e com razão, não compliquem muito o marketing, porque o Alentejo tem uma imagem tão forte, tão consolidada, que aquilo que têm de fazer é apenas afirmá-la. Os portugueses sabem que existe um destino que é o Alentejo. Não têm de estar sempre a dizer que ele existe. De vez em quando, convém relembrar e afirmar.

A segunda razão é, obviamente, o trabalho, a melhoria da nossa oferta. A oferta turística tem crescido, tem-se qualificado. Desejaria que tivesse acelerado mais em alguns aspetos, por exemplo, naquilo que é o segmento Plus de 5 estrelas, em que nós, em 12 anos, passámos apenas de 4 unidades de 5 estrelas para 7, mas globalmente, hoje há um predomínio dos hotéis de 4 estrelas, alojamentos temáticos.

Mas acredita que quem vem para o Alentejo vem à procura dessas unidades de 5 estrelas, ou vem mais à procura daqueles espaços mais autênticos, mais genuínos?
Quem vem ao Alentejo vem à procura de qualidade. E posso encontrar a qualidade nos vários segmentos. Preciso é qualificar mais a oferta turística, é preciso reforçar mais a categoria Plus, ainda que saibamos hoje que encontramos em alguns turismos rurais ou em alojamentos locais, unidades que funcionam quase como hotel e que têm um nível de serviço de 5 estrelas ou superior.

Contudo, temos de, obviamente, garantir que, ao longo de toda a cadeia de oferta, há mais propostas diversificadas e temáticas. E a região tem conseguido isso. E também é com muita satisfação que eu vejo a entrada de novos players, alguns deles até nacionais. Para além de toda a nossa hotelaria independente, é bom ganharmos aqui algum músculo empresarial e escala. A renovação e a requalificação da nossa oferta têm sido também importantes para atrair novos públicos nacionais e internacionais. Isso ajudou aos 7,8% de crescimento, mas também temos crescido 18% na procura internacional e temos conseguido recuperar o número de hóspedes. Tivemos mais de 0,9% de hóspedes estrangeiros em 2023, comparado com 2019.

Mas os números do INE também indicam que estes primeiros meses de 2024 estão um pouco abaixo do que foi 2023. Isto, de alguma forma, confirma aquele velho problema da sazonalidade de certas e determinadas regiões?
Sim, ainda que estejamos a melhorar nesse indicador. A taxa de sazonalidade do Alentejo em 2023 foi de 38%, tinha sido, em 2022, de 40%. É verdade que ainda estamos um pouco distantes da média nacional, e se olharmos para destinos como o Centro ou o Norte, que têm taxa de sazonalidade na casa dos 36% e 35%, esse é um dos nossos objetivos. Isso implica termos mais turistas internacionais, porque, obviamente, a sazonalidade é muito afetada.

A procura de portugueses vale mais de dois terços no total da procura. Até tivemos uma ligeira redução do peso dos hóspedes. Os hóspedes estrangeiros, em 2023, representaram cerca de 32,5%. Temos um objetivo para 2027, de chegar aos 40%. É fundamental aumentarmos o índice de internalização do destino. Penso que esta redução da sazonalidade, de 40% para 38%, tem muito a ver com o aumento do mercado norte-americano. Ainda que seja um mercado que se concentra, também, mais na zona do litoral, que se estende muito ao longo do ano, mas o mercado norte-americano já foi, em 2023, o segundo mercado do Alentejo.

Penso que a Agenda do Turismo do Interior, à qual nos associámos através da nossa campanha, também criou um pouco este laço junto do público português.

A renovação e a requalificação da nossa oferta têm sido também importantes para atrair novos públicos nacionais e internacionais

Mas isso passa por ter mais eventos ou ter mais oferta? Mais oferta pode descaracterizar um pouco o destino?
Sim. Mais oferta alinhada com aquilo que é, como nós sabemos hoje, e acho que os empresários turísticos já perceberam isso, até ao nível dos próprios apoios. Não me refiro só aos apoios dos fundos, das políticas públicas, dos apoios da banca comercial. Há cada vez menos predisposição para emprestar dinheiro a projetos que não são sustentáveis, que não são responsáveis ambientalmente. Portanto, creio que o Alentejo Litoral tem muitos projetos que já foram aprovados há 10 ou 12 anos e que estão agora na sua fase de implementação.

Mas é preciso mais oferta, mais oferta ao longo do ano, mas também oferta ao nível de atividades e nós podemos ter, num prazo de 3 a 5 anos, um bom destino de golfe no Alentejo Litoral.

Mas falou que os EUA se tornaram o segundo mercado externo. Qual é o primeiro?
O primeiro é o mercado espanhol. Nós tivemos 99 mil hóspedes espanhóis nos nossos alojamentos turísticos, em 2023, em mais de 200 mil dormidas. Portanto, o mercado espanhol tem-se consolidado.

Já não é, como dizem os nossos colegas da Agência Regional de Promoção Turística, necessário explicar onde é que é o Alentejo, mas ainda há muito trabalho para fazer.

A Espanha é muito grande, a Agência tem, obviamente, também os seus meios limitados, mas vamos ter um plano de promoção, que foi preparado com a delegação do Turismo de Portugal em Madrid, só para aqueles territórios, porque temos a noção que ainda há muito potencial de clientes para o Alentejo.

Em 2025, vamos ter uma linha ferroviária que vai ligar, não só um comboio de mercadorias, mas um comboio de passageiros, Sines, Évora, Caia, Madrid. Há poucos meses, estava numa reunião com operadores marítimo turísticos, em Porto Covo, e um desses operadores dizia-me que tem clientes em Badajoz que são fiéis ao destino de Porto Covo, e que a partir da entrada em operação do comboio, virão mais vezes durante o ano ao Alentejo. Portanto, é uma oportunidade à qual nós temos de estar atentos.

Portanto, não é só a conectividade aérea, também é a ferroviária?
Esquecemo-nos dos comboios. O transporte ferroviário foi algo que desapareceu do nosso mindset, mesmo para o turismo. Hoje temos algumas franjas de mercado que olham para o comboio como um meio mais interessante devido às questões da sustentabilidade, principalmente nas gerações mais jovens.

Mas, falou dos mercados externos relativamente ao Alentejo. A região do Ribatejo é muito diferente das nacionalidades internacionais visitantes?
Não é muito diferente. O mercado espanhol é também um mercado prioritário. Ainda não temos os dados por mercado ou por nacionalidade de 2023, mas aquilo que sabemos do histórico é que existe um domínio do mercado espanhol. Há mais brasileiros do que norte-americanos que terá a ver com o facto de Pedro Álvares Cabral estar sepultado numa igreja em Santarém, recurso esse que não está suficientemente trabalhado e capitalizado e vamos procurar fazê-lo.

Portanto, a nossa ideia é ter mais promoção do Ribatejo na promoção do Alentejo.

Há muitos clientes do Ribatejo que vêm da Extremadura espanhola e, por isso, vamos ter uma promoção mais agressiva. Vamos ter parcerias com alguns periódicos da Extremadura para termos semanalmente cadernos/suplemento com a restauração do Alentejo, mas também vamos ter um suplemento para o Ribatejo.

No início de março, a ERT do Alentejo e Ribatejo lançou o portal Alentejo e Ribatejo Outdoor, com um calendário anual de eventos bastante preenchida. É através destas iniciativas que pretendem captar mais visitantes?
Há um desafio que é como transformar produto turístico potencial em produto turístico real, ou produto turístico territorial em produto turístico comercial. Nós temos desenvolvido muito trabalho na ERT, construindo infraestruturas como a rede de centros de cycling, que está no portal, uma rede de percursos pedestres, uma rede de áreas de serviço para autocaravanas, os Caminhos de Santiago, os Caminhos da Raia, para criar uma linha de descoberta do Alentejo junto à fronteira. Este ano vamos também dinamizar a Via Atlântico, uma ramificação dos Caminhos de Santiago até Porto Covo.

Criamos estas infraestruturas de produto, mas depois não conseguimos atrair negócio, não conseguimos atrair programas, DMC, operadores.

Falta a parte comercial?
Exatamente. E isso é muito importante para esbater a taxa de sazonalidade. No Alentejo tudo é muito longe e o próprio turismo, é um turismo às vezes de baixa densidade, não é fácil estabelecer laços comerciais entre a hotelaria e a animação.

Estamos muito apostados, e aliás, estamos já, em termos exploratórios, a trabalhar com a APAVT, no sentido de definimos um protocolo entre entidades de Enoturismo e a APAVT para trabalhar isso.

Hoje temos algumas franjas de mercado que olham para o comboio como um meio mais interessante devido às questões da sustentabilidade, principalmente nas gerações mais jovens

Um perdurar “cativante”
Quando foi apresentado o Relatório de Atividades da Região do Alentejo e Ribatejo admitia que “não obstante as dificuldades que nos têm sido colocadas, como as cativações decretadas este ano às verbas de investimento do nosso orçamento”, situação que dizia “não poder aceitar”, assinalava “continuarem firmes e empenhados no cumprimento da nossa missão e programa de ação”. As cativações perduram. O que é que elas impossibilitam de ser feito?
Começo por dizer que as cativações são uma ferramenta enraizada no processo orçamental português há muitos anos. Há governos que utilizam mais e outros menos. É, de certa forma, estrutural. E basicamente são um pouco cegas. Têm uma grande vantagem, é que não atingem os fundos europeus. Os fundos europeus são da Europa, não são do país.

Mas as cativações são um pouco cegas e atingem quer aquilo que é o nosso funcionamento, quer os nossos investimentos, investimentos esses financiados pelo Orçamento de Estado e receitas do Turismo de Portugal.

Percebo a utilidade da ferramenta das cativações para o funcionamento ao nível da despesa corrente. Agora para investimentos?

O Estado português tem de ser mais inteligente, mais racional. Isto não tem nada a ver com falta de escrutínio ou não conduzir bem a execução financeira ou orçamental de uma organização pública. Nós reportamos a nossa gestão orçamental ao Tribunal de Contas, Turismo de Portugal, Direção-Geral do Orçamento, Unileo. O que não posso aceitar é, eu ainda não ter contratualizado com o Turismo de Portugal um projeto que me iria dar 619 mil euros e ter 45% desse projeto cativo, que são investimentos, não é despesa corrente.

Portanto, creio e tenho sempre a esperança de estes processos orçamentais serem melhorados, aprimorados, flexibilizados, pelo menos para aquilo que são transferências de investimentos em promoção e animação de projetos contratualizados com o Turismo de Portugal, que as cativações não incidam nesses projetos. Senão, não somos um Estado inteligente.

Há uma posição concertada dos presidentes das ERT em relação a esta matéria?
Sim, creio que sim. O bolo orçamental afeto às ERT, os 16,5 milhões, já é o mesmo há alguns anos, alguns dos meus colegas entendem que esse valor deve ser reforçado, e eu admito que sim, mas eu coloco muito o ênfase na questão dos cativos. Se tiver a certeza que no dia 1 de janeiro vou gastar as verbas que estão no Orçamento de Estado aprovado para investimentos, isso dá uma estabilidade enorme, em termos de planeamento daquilo que pode ser o meu trabalho.

Agora, estamos em abril e ainda não sei exatamente com que dinheiro é que vou contar em termos do meu orçamento. Flexibilização nas autorizações prévias.

Utilizando aqui um termo muito conhecido, um Simplex para o turismo.
Sim, um Simplex inteligente. Senão, todas estas palavras que utilizamos, a inteligência, a subsidiariedade, a descentralização, a flexibilidade são palavras vãs.

No início do ano referia que faltava concretizar o arranque do novo PT 2030.
É verdade. Essa é outra pecha que está também em falta. É verdade que as transições dos quadros comunitários são sempre lentas. Mas creio que este está um pouco mais atrasado. Admito que o PRR colocou ainda mais pressão nas estruturas organizacionais dos serviços públicos, dos ministérios, não é fácil. Ainda assim, temos de ser objetivos.

Há um desafio que é como transformar produto turístico potencial em produto turístico real, ou produto turístico territorial em produto turístico comercial

Quando o Publituris fez um balanço de 2023 e pediu uma análise sobre o que poderia vir a ser 2024, indicava ou pedia que o turismo continuasse a ser uma prioridade política, económica do país. Olhando para o atual panorama, acredita que essa importância será dada?
Acredito sim. Repare, costumo dizer que, se noutras áreas do desenvolvimento económico e social do nosso país, como é a educação, a saúde, tivéssemos sido tão consistentes como temos sido no turismo, sem grandes alterações das políticas, teríamos um país diferente, para melhor.

Creio que, relativamente à política direta do turismo, essa prioridade se vai manter, até porque, a dependência do país do turismo é tão grande que os governantes não têm grandes opções e alternativas.

Aeroporto: Beja, Vendas Novas, Santarém
Como é que um presidente de uma ERT, que tem o Alentejo e o Ribatejo, havendo as hipótese de Beja e Santarém, jogou neste tabuleiro?
Joguei muito bem, joguei de uma forma muito discreta. Sabe que estava a aguardar pelo relatório da Comissão Técnica Independente, que clarificasse aquilo que era claro para mim, que obviamente o aeroporto de Beja nunca poderia ser o aeroporto que iria agora completar ou fechar o sistema aeroportuário nacional, pela questão da distância das acessibilidades. Sou muito pragmático nas minhas análises. O que não quer dizer que o aeroporto de Beja não possa ter um papel no turismo da região.

E é por isso que agora represento o Turismo do Alentejo no Conselho Consultivo do Aeroporto de Beja. Vamos realizar um pequeno estudo, com a gestão do aeroporto (VINCI). O aeroporto de Beja pode estar muito distante, mas pode e deve ser muito importante no segmento da aviação executiva.

Faz sentido olharmos para o aeroporto de Beja, porque só um destino pouco inteligente é que não olha para aquela infraestrutura e tenta perceber como é que pode ajudar no processo de aumentar visitas para a região.

Aproximamos da época de verão e um dos grandes problemas que o setor do turismo tem atravessado prende-se com os recursos humanos. Como dar a volta a esta dificuldade?
Creio que hoje o problema já não se coloca de uma forma tão aguda como se colocava imediatamente a seguir à pandemia. E, fundamentalmente, porque algumas medidas foram tomadas em termos de liberalização da imigração.

Coorganizámos, no dia 20 de fevereiro, em Évora, a primeira Bolsa de Empregabilidade do Turismo do Alentejo, e houve contactos muito estruturantes, muito interessante com as empresas. E percebemos que certos grupos hoteleiros já não estiveram lá, porque têm os seus problemas de recrutamento para o verão já resolvidos.

Claro que a importância da mão de obra estrangeira tem sido muito relevante. Diria que o problema já não é tão agudo.

Queremos realizar uma Bolsa de Empregabilidade específica para o Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, uma parceria que vamos propor ao Alto Comissariado para as Migrações para tentar integrar melhor os migrantes naquilo que são as estruturas turísticas e queremos desenvolver um programa de atração do talento para o Alentejo.

O aeroporto de Beja pode estar muito distante, mas pode e deve ser muito importante no segmento da aviação executiva

No Alentejo e Ribatejo há segmentos turísticos que está a destacar-se: o Enoturismo e o Turismo Industrial. Há novas abordagens a serem feitas?
A Comissão de Turismo Industrial, aliás, é uma excelente iniciativa do Turismo Portugal, e criou uma rede nacional que tem constituído uma boa plataforma para a troca de experiências e de boas práticas dentro dos vários territórios.

Tenho falado com alguns operadores turísticos e DMC, e a operação turística vê esta oferta do Turismo Industrial como algo interessante para enriquecer e diversificar alguns programas que têm.

No caso do Enoturismo, se não fosse este universo do vinho, não conseguiria levar aquelas zonas de baixa densidade turistas australianos, neozelandeses ou norte-americanos.

Há 25 ou 20 anos, o peso da componente de visitação turística nas adegas era inócuo, zero. Hoje começa a ter um peso e o Enoturismo é, talvez, a grande porta de entrada de turistas internacionais na região. E tem um potencial de crescimento muito significativo.

Não é por acaso que apresentámos uma grande candidatura, um valor de investimento público e privado superior a 40 milhões de euros, aos fundos europeus, para transformar o Alentejo e o Ribatejo num grande destino turístico internacional de Enoturismo.

Propusemos à Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo avançar com a candidatura do Baixo Alentejo à Cidade Europeia do Vinho. E estamos empenhados em promover a capital do vinho no Ribatejo.

Quais são, efetivamente, as prioridades a curto e médio prazo deste seu mandato?
Claramente, aumentar o peso do turismo do Alentejo no total do país. As nossas dormidas ainda valem 4,2% no total nacional. Ainda somos um destino pouco expressivo. Nós queremos chegar, em 2027, aos 5,1%. Isto significa termos mais oferta, o apoio a projetos qualificadores e diferenciadores de novo alojamento turístico na região e, obviamente, trabalhar bem, de uma forma cada vez mais profissional e otimizada, o marketing e a produção.

Além disso, aumentar o peso dos proveitos totais do turismo da região no total nacional. Esses proveitos valem 4,1%. Nós queremos que esse ratio seja de 5,2%, em 2027.

Queremos reforçar a proporção de hóspedes estrangeiros no total do turismo da região. Como disse, esse valor está agora em 32%. Em 2019 estava em 34%. Queremos chegar a 40%, em 2027.

Outro grande objetivo é reforçar o peso da procura externa na região, trabalhar melhor a procura turística fora da época alta. É verdade que hoje, às vezes, é um pouco contraproducente falar em época alta. Temos uma taxa de sazonalidade de 38%. Queremos reduzir para 34% até 2027.

O turismo no Alentejo tem de viver em todo o território. Ou pelo menos poderá viver em todo, porque há outras atividades económicas e obviamente o ordenamento do território tem de fazer a compatibilização entre os vários usos.

Agora, o que eu não posso aceitar é que o Estado que ative, atraia, apoie, incentive empresários a investirem as suas poupanças, os seus dividendos, e o próprio e depois o mesmo Estado aprove, licencie projetos contraproducentes de outras áreas económicas que vão limitar, estragar, condicionar, destruir a atratividade paisagística, ambiental e turística desse território. E neste momento há riscos que se colocam ao Alentejo.

Centrais solares, centrais fotovoltaicas, projetos de agricultura intensiva que não estou a dizer que o Alentejo não os deva receber. Mas há que compatibilizar uma coisa com a outra.

Dou-lhe um exemplo. Há um projeto de central fotovoltaica no concelho de Évora que, aliás, há um parecer negativo e inequívoco do Turismo de Portugal, e que vai pôr em causa a atratividade turística, paisagística e ambiental de forma irreversível, de empreendimentos turísticos, de adegas, localizados naquela zona.

Foi o que referi anteriormente, o Estado tem de ser inteligente. O Estado não pode dizer aos empresários turistas apostem aqui e depois licenciar ao lado grandes projetos de agricultura intensiva, que não têm nada a ver com aquilo que é a produção autónoma daquele território e que vão condicionar a atratividade turística daqueles territórios.

O ordenamento do território é a palavra-chave para os próximos anos. A região tem de conseguir conciliar vários usos e, claro, tem de haver lugar para a agricultura, caminhos para a transição energética. Mas essa transição energética não pode ser feita a qualquer custo. E não se pode fazer destruindo o turismo. E eu, enquanto presidente da Entidade Regional de Turismo, estou muito atento a isso, porque me preocupa.

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Autarca de Gouveia perfila-se também como candidato à presidência do Turismo do Centro

Depois de se ter falado no nome de Rui Ventura, presidente do município de Pinhel, que ainda não formalizou a candidatura, Luís Tadeu, presidente da Câmara Municipal de Gouveia, anunciou, esta segunda-feira, que é candidato à presidência da comissão executiva da Entidade Regional Turismo do Centro de Portugal.

A confirmação é avançada à agência Lusa pelo autarca do distrito da Guarda, que é também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região das Beiras e Serra da Estrela.

“Vou avançar porque vários colegas me incentivaram e me disseram que eu seria a pessoa capaz para assumir este cargo”. Assim, “face aos apoios que me foram manifestados, decidi avançar este fim de semana e estou hoje a formalizar a minha candidatura”, disse Luís Tadeu.

O autarca gouveense vai ter como adversário outro autarca do distrito da Guarda, o também social-democrata Rui Ventura, presidente do município de Pinhel, que ainda não formalizou a candidatura.

“Até podem aparecer mais candidatos, é normal, natural, mas serão os associados com direito de voto que vão ter de escolher porque só estamos a candidatar-nos a um ato eleitoral, nada mais”, afirmou o autarca.

Luís Tadeu lembrou, de resto, que a Assembleia-Geral eletiva da Turismo Centro de Portugal está agendada para 27 de março e “só nessa altura os associados vão expressar a sua opinião e ficaremos a saber qual dos candidatos foi escolhido”.

O presidente da Câmara de Gouveia já não pode recandidatar-se à autarquia por ter atingido o limite de mandatos, tal como Rui Ventura em Pinhel.

Se for eleito na Entidade Regional, o gouveense propõe-se “reforçar e valorizar” o Centro de Portugal como “destino turístico de excelência”, numa região com “cem concelhos, vários núcleos de atratividade turística, uma dinâmica de incremento de captação de fluxos, mercados e investimentos”, lê-se numa nota da Câmara de Gouveia enviada à agência Lusa.

No mesmo documento, Luís Tadeu considera que o turismo é “uma das principais alavancas de desenvolvimento regional que deve ser reforçado com uma aliança estratégica entre os agentes turísticos, autarquias e a captação de mais investimento”, para lembrar que “o Centro de Portugal possui as melhores condições para reforçar o turismo nacional, pois a região oferece diversificação e autenticidade”.

O candidato reforçou ainda que, em complementaridade com os destinos turísticos nacionais consolidados, o Centro de Portugal “possui uma grande margem de crescimento que é necessário potenciar e fomentar”, assumindo-se como “um construtor de pontes capaz de articular vontades, unir parceiros públicos e privados para investir, lançar novos projetos e fomentar operações de ‘incoming’ que reforcem a captação de fluxos turísticos e a abertura de novos mercados”.

Advogado de formação, Luís Manuel Tadeu Marques é presidente da Câmara de Gouveia há 12 anos e presidente da Comunidade Intermunicipal da Região das Beiras e Serra da Estrela (CIMRBSE) há seis. É também vice-presidente da Associação de Desenvolvimento Integrado da Rede de Aldeias de Montanha (ADIRAM) e vogal do Conselho de Administração da APdSE, EIM S.A. – Águas Públicas da Serra da Estrela.

 

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As qualidades que indicam que seria um dealer ideal para casinos online

Se está a pensar numa mudança de carreira, eis uma coisa que provavelmente e nunca ouviu falar: carreira como dealer em casinos online.

Se está a pensar numa mudança de carreira, eis uma coisa que provavelmente e nunca ouviu falar: carreira como dealer em casinos online.

Parece uma anedota, mas está longe de o ser. Os casinos online precisam de pessoas que saibam “dar as cartas” e isso é uma realidade. Até o melhor casino online do mundo pode precisar de pessoas que saibam o que é um jogo de casino e saibam como é que efetivamente este jogo funciona.

Mas, a maioria dos dealers passam por ser primeiro jogadores, para saberem de trás para a frente como um jogo funciona.

Assim, vamos olhar neste texto prático e aprofundado, os meandros do casino online, os casinos legais em Portugal, e o que é preciso para aprender a ser um dealer de sucesso ou mesmo ter esta profissão um dia.

Os casinos legais em Portugal

Um casino legal em Portugal significa que o mesmo passou por um rigoroso escrutínio prático e legal e foi adicionado à lista da entidade governamental que faz estas verificações, o Serviço de Regulação e Inspeção de Jogos, mais conhecido como SRIJ. A lista oficial encontra-se no site do SRIJ e é atualizada sempre que um novo casino ou uma nova casa de apostas é licenciada.

Quando existe este licenciamento, significa que o site em questão tem a qualidade necessária para oferecer aos jogadores um jogo justo, interessante, e com formas de poder fazer uma efetiva gestão de banca, com formas de autoexclusão, e tudo o resto que se encontra explícito na lei.

Em suma, um site de casino legal em Portugal é completamente seguro para qualquer utilizador usar.

Os casinos online: primeiros passos

Para quem pretende ser um dealer de casino online, embora não seja um requisito, é recomendado ter experiência de casinos online como jogador. Porque se não for isso, como pode saber que cartas dar, e quando?

Ora, essa experiência vem como jogador, e é obtida ao longo dos meses ou anos de experiência.

Agora, sabemos que o caminho para se tornar um dealer pode variar, e muitas pessoas entram na carreira sem nunca terem jogado profissionalmente, obtendo algum treino dentro do próprio casino ou em algum local específico onde possa obter essa formação.

Mas é muito mais fácil fazê-lo quando sabe como se joga, do que quando não o sabe.

Dealer de casino: o que precisa de saber

Para ser um dealer e dar as cartas é preciso ter vários tipos de conhecimentos. É preciso também entender que este momento de tanta importância para algumas pessoas. Os jogos de casino, especialmente a parte dom cartas, são vistos como um divertimento mas também como algo sério que requer muito pensamento crítico quase instantâneo. E por isso, quem está lá para jogar, quer divertir-se e também, se possível, ganhar.

Ora, existem algumas características fundamentais para isto acontecer e para ser bem-sucedido nesta profissão:

Comunicação clara e eficiente

Comunicar com os jogadores de forma clara, sem qualquer dúvida ou preocupação, é essencial. Os jogadores estão a depender de si e da confiança do que está a fazer para que o faça de forma legal e sem grandes problemas.

Ser capaz de explicar as regras dos jogos, responder a perguntas e manter uma conversa envolvente contribui para uma experiência positiva.

Conhecimento aprofundado do jogo

Tal como explicado atrás, embora não seja um requisito, é altamente recomendável conhecer os jogos de casino onde está a dar as cartas e também como as suas ações podem influenciar o resultado do jogo. Um dealer competente deve ter um conhecimento sólido das regras e estratégias dos principais jogos de mesa, como blackjack, roleta e baccarat.

Mas acima de tudo, deve estar preparado para lidar com situações inesperadas, e saber resolvê-las sempre que assim for necessário.

Capacidade de trabalhar sob grande pressão

Como o trabalho é realizado em plataformas digitais, um dealer ao vivo precisa de estar confortável com o uso de tecnologia e software de transmissão. O trabalho é efetuado com grande pressão, pois precisa de trabalhar ao segundo para garantir que as regras do jogo se cumprem e que consegue a atenção dos jogadores para as suas instruções ou as cartas que vai dar.

Dito isto, é normal existirem imprevistos, e saber lidar com pequenos problemas técnicos e adaptar-se a diferentes interfaces ou regras específicas de cada casino online são competências que fazem toda a diferença quando está a lidar com os jogadores.

É uma profissão onde queira investir?

Como tudo na vida, nem todas as profissões são para todas as pessoas, e acreditamos que qualquer profissão tenha os seus desafios. Também acreditamos que não existe uma falta de dealers profissionais, mas é uma oportunidade que pode ter para reinventar a sua cadeira e dar uma nova vida profissional a si, mudando completamente aquilo que faz e fazendo algo que pouca gente faz, mas que muita gente gostava de fazer.

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Nações Unidas destacam “preparação para enfrentar crises” no Dia Mundial da Resiliência do Turismo

No Dia Mundial da Resiliência do Turismo, as Nações Unidas destacam a prioridade nas pessoas, no planeta e no desenvolvimento turístico.

Na data em que se assinala o “Dia Mundial da Resiliência do Turismo” (17 de fevereiro), as Nações Unidas destacam a necessidade de promover o desenvolvimento resiliente para melhor lidar com choques, considerando a vulnerabilidade do turismo a emergências.

A data faz um apelo à ação para que os países criem estratégias nacionais de reabilitação após interrupções, inclusive através da cooperação público-privada e da diversificação de atividades e produtos.

O Turismo da ONU ressalta a responsabilidade para acelerar a transformação do setor, colocando as pessoas e o planeta como prioridades do desenvolvimento turístico.

Além de gerar receitas, o turismo promove a entrada de divisas, arrecada impostos e cria empregos em países em desenvolvimento, menos desenvolvidos ou pequenos estados insulares em desenvolvimento, incluindo da África e de rendimento médio.

Como uma atividade que conecta pessoas com a natureza, o turismo sustentável é apontado pela “capacidade única de estimular a responsabilidade ambiental e a conservação”, diz a entidade no seu site.

“Setores como o ecoturismo geram valor para o desenvolvimento sustentável e realização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ao promoverem o crescimento, aliviarem a pobreza e criarem postos de emprego e trabalho decente”, pode ler-se.

O Turismo da ONE defende ainda o papel do turismo sustentável na aceleração da mudança para padrões de consumo e produção mais sustentáveis e promoção do uso sustentável dos oceanos, mares e recursos marinhos.

“O turismo é valorizado como um setor que traz ganhos à cultura local, à qualidade de vida e poder económico de mulheres e jovens, povos indígenas e comunidades locais”, concluem as Nações Unidas.

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TUI Portugal com três pacotes para descobrir a Tailândia

A pensar em diferentes perfis de viajantes, a TUI Portugal apresenta três pacotes de viagens à Tailândia, que combinam cultura, natureza e momentos de pura tranquilidade. Além dos itinerários, a TUI Musement disponibiliza mais de 400 atividades naquele país.

Bangkok e Koh Samui, nove dias/seis noites, desde 925€, é um dos pacotes que a TUI Portugal apresenta. O itinerário inclui visitas ao Grande Palácio e ao Templo do Buda Esmeralda, passeios pelos canais do rio Chao Phraya e uma imersão nos mercados noturnos. A viagem termina em Koh Samui, onde praias de areia branca e águas cristalinas convidam a descansar.

Há também o Norte da Tailândia, em oito dias/cinco noites, desde 1.359 €, uma viagem ao coração cultural do país, explorando os templos de Chiang Mai, o icónico Templo Branco (Wat Rong Khun) em Chiang Rai e a autenticidade das comunidades locais.

O operador turístico disponibiliza ainda a Tailândia Clássica, numa viagem de 11 dias/ oito noites, desde 2.009 €. Para quem quer mergulhar na essência da Tailândia, este roteiro abrange desde a histórica Ayutthaya aos templos de Chiang Mai, passando por Sukhothai e Chiang Rai. Uma experiência completa para descobrir a cultura do país.

Além destes itinerários, a TUI Musement disponibiliza mais de 400 atividades na Tailândia. Desde passeios pelos templos de Banguecoque a mercados noturnos em Phuket, visitas a santuários de elefantes em Khao Sok ou rafting com bambu em Khao Lak, são inúmeras as opções. Entre estas, destacam-se as experiências TUI Collection, desenhadas para proporcionar uma imersão na cultura e na natureza tailandesas de forma genuína e autêntica.

O operador turístico lembra que a Tailândia é um destino que continua a conquistar o mundo e os portugueses não são exceção. Assim, a TUI Portugal convida a viver a verdadeira essência deste país, com itinerários pensados para todo o tipo de viajantes.

Refira-se que o fascínio dos portugueses pela Tailândia continua a crescer. Em 2024, o país registou um aumento de 33% no número de turistas provenientes de Portugal, atingindo o recorde de 54.793 visitantes, segundo a Autoridade de Turismo da Tailândia (TAT). Alguns dos motivos pelos quais este destino desperta o interesse dos portugueses são a sua riqueza cultural, natural e gastronómica.

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Ilha do Sal vai melhorar toda a infraestrutura turística de suporte, garante novo ministro do Turismo e Transportes

A garantia foi dada pelo novo ministro dos Transportes e Turismo de Cabo Verde, José Luís Sá Nogueira, que considerou “muito produtiva” a visita ao Sal, na qual pôde inteirar-se dos projetos e investimentos que estão a decorrer na ilha com vista a melhorar toda a infraestrutura turística de suporte.

José Luís Sá Nogueira fez esse balanço, à imprensa cabo-verdiana, depois da visita e dos encontros que manteve no Sal durante dois dias com as instituições e empresas ligadas aos sectores do turismo e dos transportes.

Conforme o ministro, muitos desses projetos já estão a ser implementados e vão “melhorar” toda a infraestrutura turística de suporte, destacando que os investidores estão a fazer o seu papel, mas o governo com base nesses projetos está a criar todo um ambiente favorável para a melhoria do produto turístico.

“A estrada que liga Espargos a Santa Maria vai ser terminada este ano, toda a parte do paisagismo ao longo da estrada para tornar o percurso mais ameno e mais atrativo para o turismo, o pontão que é outro aspeto que também o governo já tem o financiamento e já tem a aprovação para avançar com esse projeto”, explicou.

Outro assunto que disse que se arrasta há décadas é a gestão da praia de Santa Maria, mas José Luís Sá Nogueira garantiu que os ministros do Turismo, do Mar e das Infraestruturas vão definir qual o sistema mais adequado para o ordenamento daquela que é a mais frequentada praia do país e que já tem financiamento garantido.

“Portanto este é um compromisso que eu vou assumir com os operadores turísticos, com a sociedade salense relativamente ao ordenamento da praia de Santa Maria, que é uma praia muito importante para nós”, assegurou o governante, citado pela imprensa local.

Entretanto, no que diz respeito aos transportes, nesta sua primeira visita de trabalho às empresas e instituições ligadas às áreas dos transportes e turismo, o novo governante encontrou-se com

o CEO da Cabo Verde Airports, Jorge Benchimol, e com o presidente do conselho de administração da ASA, Moisés Monteiro, tendo sublinhado que a Cabo Verde Airports, concessionária dos aeroportos de Cabo Verde, têm uma carteira de investimento “muito importante” para a mundialização dos aeroportos.

“A primeira fase, que nós chamamos da Fase A, já está praticamente concluída com uma taxa de implementação de quase 80% de investimentos em todos os aeroportos de Cabo Verde, que consiste na melhoria das pistas, no investimento em termos de energia renovável, portanto investindo fortemente na sustentabilidade ambiental”, disse, avançando que ainda há muito por fazer, mas que acredita que o governo fez na concessão de aeroportos uma aposta acertada.

Quanto aos desafios que tem pela frente em relação ao Ministério que agora tem sob sua alçada, frisou que a nível do turismo “as coisas estão bem encaminhadas”, mas tem vários instrumentos de intervenção estratégica.

“Desde os ‘masterplan’ a nível de cada uma das ilhas, o plano da operação turística, com um conjunto de projetos para melhoria, em termos de qualificação urbana e em termos de gares marítimas para que os passageiros possam ter melhor conforto, cais, portos, a própria estrada que liga a Santa Maria”, elencou o novo ministro, para reforçar que “há também um conjunto de infraestruturas para suporte de desenvolvimento turístico e melhoria de tudo o entorno de acesso às instâncias turísticas e um paisagismo que dá conforto ao turista (…) portanto tudo está a ser feito, com um conjunto de projetos que nós vamos implementar ainda este ano e outros já estão em execução”, reforçou.

A concluir, afirmou que a estratégia é “acertada”, com os resultados à vista, exemplificando que o país já ultrapassou o recorde de 2019 e já foi mais além da perspectiva programada para 2024, o que tem impulsionado também a conectividade aérea internacional.

Refira-se que José Luís Sá Nogueira assumiu o Ministério do Turismo e Transportes, pasta que estava sob a tutela de Carlos Santos, que pediu a sua saída depois de ter sido constituído arguido num processo de lavagem de capitais.

O novo ministro, formado em Economia lidera, assim, setores que conhece: foi delegado da companhia estatal Transportes Aéreos de Cabo Verde (TACV) no Brasil, até ser escolhido, em maio de 2016, para liderar um novo conselho de administração da transportadora, onde manteve funções executivas até 2017.

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Berta Cabral: “A ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”

A secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas dos Açores, destacou o papel diferenciador do turismo rural no alojamento turístico e que representou cerca de 186.396 dormidas em 2024, ou seja, mais de 25% face a 2023, tendo realçado que “a ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”.

A secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral, que falava, este fim de semana, em representação do Presidente do Governo dos Açores, na sessão de encerramento do Encontro das Casas Açorianas – Associação de Turismo em Espaço Rural, subordinado ao tema “Não perca o Rumo”, considerou o encontro como “uma oportunidade para se fazer um justo reconhecimento ao papel muito especial do Turismo em Espaço Rural (TER) para o alojamento turístico nos Açores”, que “é uma componente essencial da oferta turística do arquipélago, promovendo um contacto autêntico e sustentável entre os visitantes e a identidade rural das ilhas”, para adiantar que o Turismo em Espaço Rural, fechou o ano com 244 estabelecimentos licenciados, representando um total de 2.003 camas, o que significou um crescimento de 14% no número de camas”.

“É um crescimento significativo, sobretudo de considerarmos a dinâmica que existe em todo o setor do alojamento turístico, particularmente visível no Alojamento Local, cujo crescimento demonstra bem a capacidade competitiva desta tipologia de alojamento e da sua capacidade de criação de valor acrescentado”, disse a governante regional.

Em 2024, o TER representou cerca de 186.396 dormidas, ou seja, mais de 25% face a 2023 e superior ao do Alojamento Local (17,3%) e ao da Hotelaria Tradicional (7,9%). Neste caso em particular, Berta Cabral destacou o facto de mais de 83% destas dormidas terem sido de hóspedes estrangeiros.

“É a demonstração inequívoca do forte apelo do Turismo em Espaço Rural no mercado internacional e do potencial latente para cativar mercados com maior poder de compra, criando riqueza e valor acrescentado. Excetuando o Corvo, todas as ilhas do arquipélago oferecem esta tipologia de alojamento, valorizando cada uma das nossas parcelas de território e potenciando a disseminação das receitas geradas”, frisou.

De acordo com Berta Cabral, conforme avança notícia publicada na página oficial do Governo Regional, o TER “é uma oportunidade de negócio, abrindo horizontes a novos empreendedores, a investimentos diferenciadores e à criação de postos de trabalho”, além do que é uma forma de “diversificar as fontes de rendimentos dos agricultores, através do agroturismo, e de alavancar o rendimento da atividade agrícola, para fornecimento das unidades de alojamento”.

Daí ter defendido que “a ruralidade dos Açores é um dos maiores ativos identitários da Região”, encontrando no TER “um veículo único para a sua valorização”, sobretudo pelo atendimento personalizado que cria um ambiente acolhedor e autêntico, representando mesmo “uma oportunidade para valorizar o património natural e cultural, descentralizar o turismo das grandes cidades e proporcionar novas fontes de rendimento para as comunidades locais”.

“Da mesma forma que ligamos o TER ao conceito da ruralidade, com a mesma facilidade o fazemos ligando ao conceito da sustentabilidade. Nos Açores, a sustentabilidade não é apenas um conceito, mas sim um compromisso”, acentuou, apontando que, “ao promover um turismo de menor impacto ambiental e ao incentivar práticas sustentáveis, conseguimos oferecer aos visitantes uma experiência enriquecedora sem comprometer a integridade dos ecossistemas açorianos. É essencial que este crescimento continue a ser planeado e gerido de forma responsável”.

Para a secretária Regional da tutela, “a utilização de energias renováveis nos alojamentos rurais, a redução do desperdício, o uso de produtos locais e a proteção das paisagens naturais são apenas algumas das medidas que se devem continuar a incentivar”.

A governante disse, ainda, ser essencial continuar a investir na qualidade e na especialização da oferta do TER, cuja consolidação passa pela formação de profissionais, implementação de boas práticas ambientais e promoção de experiências diferenciadoras. “Juntos, podemos consolidar os Açores como um destino de referência em Turismo em Espaço Rural, onde a autenticidade, a hospitalidade e o respeito pela natureza sejam os pilares fundamentais da nossa oferta turística”, concluiu.

 

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Prime da eDreams ODIGEO ultrapassa 7 milhões de membros

A empresa está no caminho para atingir o objetivo traçado a longo prazo de 7,25 milhões de subscritores até março de 2025.

A eDreams ODIGEO ultrapassou os sete milhões de membros no seu programa de subscrição Prime  ficando, assim, mais perto de atingir o objetivo a longo prazo de atingir 7,25 milhões de subscritores até março de 2025.

Este marco representa um aumento de quatro vezes no número de membros em pouco mais de três anos, tornando o “Prime” a sétima maior plataforma de subscrição B2C da Europa, em apenas oito anos.

Dana Dunne, CEO da eDreams ODIGEO, considera que “estamos a fazer história e estamos imensamente orgulhosos de sermos Prime. Os nossos clientes estão cada vez mais envolvidos e satisfeitos, e é a nossa tecnologia inovadora que nos permite proporcionar-lhes experiências hiperpersonalizadas”.

O CEO da empresa, salienta que o próximo marco passa por atingir o objetivo a longo prazo de 7,25 milhões de membros até ao final de março, um objetivo que definimos há três anos e meio e que estamos no bom caminho para atingir, graças à nossa sólida execução e visão clara.”

Lançado em 2017, o Prime oferece, atualmente, uma gama abrangente de produtos e serviços de viagem, concebidos para proporcionar escolha, conveniência e paz de espírito sem igual. Os membros Prime beneficiam de diversas capacidades de flexibilidade, incluindo a de congelar os preços enquanto finalizam os planos de viagem e de cancelar as reservas por qualquer motivo, oferecendo maior flexibilidade do que as políticas habituais de reembolso das companhias aéreas.

O Prime também disponibiliza ofertas personalizadas por IA e exclusivas para membros em voos, hotéis, pacotes de férias e aluguer de viaturas; e ainda vouchers mensais no valor de 300 euros e suporte prioritário 24/7, garantindo uma jornada de cliente harmoniosa. Os membros podem igualmente partilhar vantagens com amigos e familiares, aumentando ainda mais o valor da sua adesão.

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Comissão Executiva do TPNP debate estratégias de desenvolvimento e promoção do turismo na região

A Comissão Executiva do TPNP (Turismo do Porto e Norte de Portugal) reuniu-se em Oliveira de Azeméis, num encontro que visou debater estratégias de desenvolvimento e promoção do turismo na região.

Os membros da comissão discutiram também iniciativas para potenciar a visibilidade dos destinos menos explorados da região Norte, incentivando a colaboração entre os diversos agentes do setor turístico. Foram ainda abordadas estratégias para melhorar as infraestruturas e serviços, garantindo uma oferta turística de qualidade e sustentável.

Na ocasião, o presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, Joaquim Jorge, conforme avança notícia publicada na página oficial da autarquia, destacou as diversas potencialidades turísticas do concelho, reforçando a importância do turismo de natureza, religioso, industrial, cultural, arquitetónico e gastronómico. O autarca salientou ainda a riqueza patrimonial e a diversidade de experiências que o concelho oferece, dinâmicas essenciais para atrair visitantes e dinamizar a economia local.

A reunião em Oliveira de Azeméis, ainda segundo a Câmara Municipal, reforçou a relevância do município no panorama turístico da região e evidenciou a aposta do TPNP em promover um turismo diversificado e de qualidade, alinhado com as necessidades e expectativas dos visitantes.

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Aer Lingus com voo exclusivo para Faro em agosto através do programa “Avios-Only”

O voo exclusivo da Aer Lingus tem partida de Dublin a 17 de agosto e regressa de Faro uma semana depois.

A Aer Lingus anunciou o regresso do seu voo exclusivo Avios-Only para Faro, com partida de Dublin a 17 de agosto e regresso a 24 do mesmo mês.

No site da Aer Lingus pode ler-se que, “pela segunda vez, uma aeronave da Aer Lingus será reservada exclusivamente para voos Avios”, sendo que os membros do AerClub podem garantir o seu lugar por apenas 15.000 Avios ida e volta (inclui uma bagagem de 10 kg e outra de 20 kg), estando ainda sujeitas taxas adicionais, encargos e impostos aplicáveis.

O anúncio do voo para Faro surge após o lançamento do primeiro voo exclusivo Avios-Only da Aer Lingus para Tenerife, que descola em abril, indicando a empresa que, “devido à enorme procura, os lugares para esse voo esgotaram-se em menos de três horas”.

Susanne Carberry, diretora de Clientes da Aer Lingus, refere o “entusiasmo por oferecer mais um voo exclusivo Avios-Only. Portugal é um dos nossos destinos mais populares e, após o enorme sucesso dos nossos voos anteriores Avios-Only, que esgotaram em menos de três horas, estamos felizes por trazer novamente esta experiência única, permitindo que os membros transformem as suas recompensas em viagens inesquecíveis.”

De referir que Avios é uma moeda de recompensa que pode ser acumulada pelos membros do AerClub através da compra de voos, estadias em hotéis, aluguer de automóveis ou simplesmente ao fazer compras com centenas de parceiros de retalho através da AerClub eStore, incluindo Life Style Sports, Deliveroo e Brown Thomas. Os Avios podem ser resgatados em voos, hotéis, aluguer de automóveis e experiências, permitindo poupanças aos membros nas suas viagens.

Criado em 2016, o AerClub conta atualmente com mais de três milhões de membros em todo o mundo, possuindo o programa quatro níveis de adesão: Green, Silver, Platinum e Concierge. À medida que progridem nos diferentes níveis, os membros podem acumular Tier Credits e desbloquear benefícios exclusivos de viagem.

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PROVERE vai beneficiar projetos das Aldeias Históricas de Portugal e das Aldeias do Xisto

A Aldeia Histórica do Piódão foi o palco da assinatura dos acordos dos planos de ação PROVERE, num evento que reuniu entidades regionais e nacionais empenhadas no desenvolvimento sustentável das Aldeias Históricas de Portugal e das Aldeias do Xisto.

A iniciativa que oficializou dois planos estratégicos fundamentais para a valorização dos territórios rurais, cada um no valor de três milhões de euros, foi organizada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC, IP), em parceria com a Autoridade de Gestão do Centro 2030, a Câmara Municipal de Arganil, bem como a Aldeias Históricas de Portugal – Associação de Desenvolvimento Turístico (AHP-ADT) e a Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto (ADXTUR), os dois projetos que beneficiam dos Planos de Ação PROVERE.

“Rede Aldeias Históricas de Portugal Eficiente e Sustentável”, focado na preservação patrimonial e na promoção de práticas sustentáveis; e “Estratégia de Eficiência Coletiva da Rede Aldeias do Xisto 2030”, que visa impulsionar o desenvolvimento económico e turístico das aldeias através de redes colaborativas, são as beneficiárias deste plano de ação no âmbito do Programa PROVERE, financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).

Sobre a iniciativa, Carlos Ascensão, presidente das Aldeias Históricas de Portugal, disse que “a assinatura destes acordos marca o início de uma nova jornada no âmbito da estratégia de eficiência coletiva PROVERE, um programa que tem demonstrado ser essencial para os territórios de baixa densidade, ao colocar as pessoas no centro do desenvolvimento sustentável” para destacar o papel agregador desta iniciativa, que une diferentes agentes e comunidades em prol de um objetivo comum: criar comunidades rurais mais fortes, interligadas, resilientes e próximas, promovendo um futuro onde tradição e inovação caminham lado a lado”.

Por sua vez, Paulo Fernandes, presidente da Direção da Rede Aldeias do Xisto, comentou que “hoje, podemos olhar para este percurso e reconhecer o imenso capital que construímos – não apenas o físico, mas também o cultural, natural e, sobretudo, humano”, apontando que “se hoje existem os PROVERE neste país, a sua inspiração veio da região Centro, de lugares como o Piódão, que exemplificam um novo paradigma de desenvolvimento e valorização do património”, para reforçar que “a CCDR teve um papel fundamental, ao perceber que o melhor caminho seria entregar ao território a responsabilidade de se organizar, promovendo um modelo de governança que permitisse atrair mais investimento privado”. Assim, “os resultados são evidentes: passámos de uma fase de infraestruturação para um momento em que o investimento privado se tornou um dos principais indicadores de sucesso”, disse.

 

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