Há um novo “Moon & Sun” na baixa lisboeta
Depois do Porto e Braga, a marca “Moon & Sun”, do grupo MS Group, chega à capital com um hotel 4 estrelas na Baixa Pombalina.
Victor Jorge
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O grupo MS Group inaugurou, oficialmente, o novo “Moon & Sun”, um hotel de 4 estrelas, localizado em plena Baixa Pombalina, mais concretamente, na Rua do Ouro 200.
Num investimento de 9,5 milhões de euros, o hotel, com cinco pisos, possui 35 quartos, divididos por cinco tipologias – “vista cidade”, “vista cidade com varanda”, “pequeno vista cidade”, “pequeno vista cidade com varanda” e “vista interior” – oferecendo ainda, no piso térreo, o restaurante Pia’donna, também aberto ao público.
Dirigido a todo o tipo de cliente/hóspede, Fernando Cunha, diretor de Operações da MS Hotels, destaca, no entanto, “a procura por parte do turista internacional, nomeadamente, norte-americano, alemão, francês, britânico e israelita”, admitindo mesmo que se trata de “um hotel 100% internacional”, uma vez que são estes que, primordialmente, “procuram hotéis no centro da cidade e com uma localização extraordinária como esta que podemos oferecer”.
As obras desta unidade num edifício histórico no coração da Baixa Pombalina e onde é possível ainda encontrar detalhes da construção inicial do século XVIII, iniciaram-se em 2019 e dá, atualmente, emprego direto a 21 trabalhadores.
Durante a inauguração, Pedro Mesquita Sousa, CEO do MS Group, destacou que “os centros históricos são os locais que revelam os segredos mais genuínos e preciosos das cidades. É nos seus encantos que nos perdemos e encontramos as nossas origens, os nossos destinos”.
Aliando a autenticidade à elegância intemporal, o hotel de charme presta homenagem à arte e ao design contemporâneo tanto quanto à cidade. No interior, é possível encontrar uma decoração caracterizada por linhas elegantes e sofisticadas, com apontamentos relacionados com Lisboa, como ver nos quadros que decoram os quartos. Na receção, destaque para a obra do pintor Pedro Guimarães, que também tem um lugar de destaque semelhante no Moon & Sun Porto.
Depois de Porto, Braga e Lisboa, o grupo tem ainda previsto a abertura de outra unidade “Moon & Sun”, localizada no Funchal.
Já quanto à marca de cinco estrelas – “MS Collection” -, após a abertura do hotel em Aveiro, em 2023, a expansão da marca está prevista concretizar-se com uma nova unidade no Mosteiro de Arouca, a abrir até final deste ano de 2024, e Évora.
Presente na inauguração oficial do “Moon & Sun” Lisboa, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), destacou que “o turismo é, por definição, uma atividade, uma indústria hoje poderosa em Portugal” e que “parte substantiva dessa dinâmica está nos empresários”.
“Não é a Câmara Municipal, não é a Secretaria de Estado, não é o Turismo de Portugal que compete criar instalações e administrar, gerir instalações com a dinâmica que nós temos aqui. Ela é, por definição, uma atitude, uma dinâmica das empresas, dos empresários e, por isso, a nossa missão é, naturalmente, ajudar, facilitar e ativar esta capacidade de captar investidores, novos investidores”.
Pedro Machado assinalou ainda que “o binómio que temos pela frente é como conseguimos conciliar este crescimento sustentável e inteligente com a dinâmica daquilo que hoje é a qualidade da experiência turística. Este é o grande desafio que temos. Todos, agentes públicos, agentes privados e aqueles que, no fundo, estão neste ecossistema do turismo, que hoje representam uma fatia extraordinária de captação de riqueza para Portugal”, considerando, ainda, que o segundo desafio “é que esta riqueza possa ser cada vez mais bem distribuída”.
E resolvido que está “o problema do aeroporto”, revelando o início de novas rotas para o Egito e Coreia do Sul, o SET destacou “a atratividade de Portugal” e a “capacidade que esta atratividade possa, também ela, repercutir-se num conjunto de investimentos para o território nacional e que esse território nacional possa, de facto, olhar para o turismo como uma atividade que traz pessoas. Porque, no fundo, estamos a falar de uma indústria de pessoas para pessoas, pessoas que têm expectativas, que têm emoções e que, às vezes, precisamos de saber gerir da melhor forma”.
Fator crítico apontado, igualmente, por Pedro Machado para as empresas e para os empresários prende-se com “o tempo da avaliação, com o tempo da decisão e com o tempo da execução”. “E aqui temos a missão”, assinalou, “de sermos cada vez mais facilitadores dessa necessidade de continuarmos a atrair investidores. Investidores que fazem investimentos cada vez mais qualificados e através dos quais estamos a gerar emprego”.
Também presente esteve Carlos Moedas, presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), que agradeceu “a quem investe. Obrigado a quem arrisca”.
“Vivemos um momento em que a cidade está no seu topo”, fazendo referência ao recente prémio conquistado por Lisboa enquanto Capital da Inovação da Europa, mas também à inauguração da “Arte Lisboa”, onde, segundo Moedas, “dois terços dos galeristas da ‘Arte Lisboa’, a vender arte, não eram sequer portugueses. As pessoas que estavam a comprar vinham de todo o mundo”.
Destaque por parte do presidente da CML mereceu, igualmente, as 20 milhões de dormidas atingidas por Lisboa, em 2023, “quase 9% de subida em relação a 2022 e os proveitos a subirem quase 38%. Portanto, é um momento incrível da e para a cidade”, disse Carlos Moedas, concluindo que “o turismo são 20% da economia de Lisboa e 25% do emprego de Lisboa. Portanto, não podemos entrar em ideologias, em radicalismo”.