Conflito Israel/Gaza afeta percepção de segurança em todos os países árabes e muçulmanos, apura estudo
O Índice de Percepção de Segurança da Mabrian Technologies apurou que todos os países árabes e de influência muçulmana viram o sentimento de segurança cair significativamente entre os viajantes, independentemente da proximidade ao conflito armado.
Publituris
Espanha multa cinco low cost em 179M€ por cobrança indevida de bagagem de mão
600 aeroportos certificados na gestão do carbono a nível mundial
Museus e monumentos com novos preços de entrada a partir de 1 de janeiro
Ryanair ameaça retirar voos de dez aeroportos em França
São Tomé e Príncipe aumenta taxas aeroportuárias a partir de 1 de dezembro
Aviação brasileira vive melhor outubro da história
AHP debate restrições à circulação de autocarros no centro histórico do Porto com a Câmara Municipal
Nova Edição: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Edição Digital: 50 anos da Marina de Vilamoura, estudo “Distribuição Turística”, ‘Espanha Verde’, Cuba, easyJet e Festuris
Madeira recebe 11.ª edição dos World Golf Awards
Todos os países árabes e de influência muçulmana viram a percepção de segurança cair significativamente com o conflito armado entre Israel e Gaza, apurou um recente estudo da empresa de travel intelligence Mabrian Technologies.
“A principal conclusão do estudo é uma queda significativa no Índice de Percepção de Segurança para todos os destinos que poderiam ser vagamente definidos como “árabes”, independentemente da distância do conflito”, indica a Mabrian, num comunicado que acompanha os dados do Índice de Percepção de Segurança.
A Jordânia e o Egito, pela proximidade ao território onde decorrem os combates armados, são os destinos que mais perdem na percepção de segurança, registando quebras de 20% e 28% no sentimento de segurança, face ao que se registava na semana anterior a 7 de outubro, data do ataque terrorista do Hamas a Israel.
“As viagens são uma das primeiras indústrias a sentir o peso de um conflito”, alerta Carlos Cendra, CMO da Mabrian, considerando que a segurança é um dos fatores mais importantes e decisivos para os turistas.
“De que serve um clima excelente ou uma boa relação custo-benefício se um destino não é visto, certa ou erradamente, como seguro?”, questiona o responsável, sublinhando que, no caso da guerra entre Israel e o Hamas, houve “uma queda dramática na percepção de segurança nos destinos circundantes à área de conflito”.
No entanto, não é apenas nos destinos mais próximos aos combates que a percepção de segurança foi afetada, já que este estudo da Mabrian apurou que também a Arábia Saudita foi afetada e viu este índice cair 6%, tal como aconteceu nos Emirados Árabes Unidos e ainda de forma mais intensa no Qatar, que registou uma quebra de 18%, apesar de serem destinos que se localizam a cerca de dois mil quilómetros de distância do conflito.
Mais distantes ficam países como a Tunísia e a Turquia, que também viram a percepção de segurança cair 9% e 6%, respetivamente, apesar de, como realça a Mabrian, este não serem países árabes, mesmo que a religião predominante seja a muçulmana, como acontece também no Egito.
A religião poderá ser o fator que explica a diferença, por exemplo, em relação à Grécia que, apesar de estar mais próxima da zona de conflito, não viu o sentimento de segurança afetado, uma vez que não é um país muçulmano.
Para reverter a situação, sugere a Mabrian, estes destinos devem apostar numa “estratégia de comunicação eficiente para recuperar a confiança o mais rapidamente possível” e mostrar aos turísticas que não correm riscos.
“Por exemplo, no caso de destinos como a Tunísia, é preciso encontrar uma forma de mostrar aos viajantes que correm risco zero de serem apanhados diretamente no conflito”, refere a Mabrian.
O Índice de Segurança da Mabrian mede o nível de confiança expresso por visitantes e potenciais viajantes em relação a um destino turístico e utiliza metodologia que utiliza Inteligência Artificial para interpretar o sentimento dos viajantes com base nas interações nas redes sociais, sendo utilizado há mais de nove anos para “identificar tendências turísticas associadas a fatores de confiança”.