Investimento mundial no turismo está a recuperar
O investimento no cluster do turismo mundial começou a recuperar dos mínimos atingidos durante a pandemia, graças à retoma constante das chegadas de turistas internacionais, de acordo com um relatório recentemente divulgado, produzido conjuntamente pela OMT e pela fDi Intelligence. O mesmo tem vindo a acontecer em relação ao emprego no setor.
Publituris
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga
Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia
O estudo, baseado em dados da fDi Intelligence sobre novos projetos de investimento direto estrangeiro (IDE), bem como em projetos internacionais da OMT, destaca que os investimentos estão novamente a dar sinais de vida no setor do turismo, depois de terem quase desaparecido nos anos da pandemia. O documento forne fornece uma visão ampla do ciclo de investimento em curso no setor do turismo, detalhando os números de investimento por região, segmentos e empresas.
Tanto o número de projetos de IDE como as taxas de criação de emprego no cluster do turismo cresceram 23%, passando de 286 investimentos em 2021 para 352 em 2022. A criação de emprego no turismo também aumentou 23% durante o mesmo período, para uma estimativa de 36.400 em 2022.
O relatório avança ainda que a principal região de destino para projetos de IDE no turismo em 2022 foi a Europa Ocidental, com 143 investimentos anunciados num valor combinado estimado de 2,2 mil milhões de dólares, enquanto o número de projetos anunciados na região Ásia-Pacífico aumentou marginalmente 2,4%, para 42 projetos em 2022.
O sector da hotelaria e turismo foi responsável por quase dois terços de todos os projetos do cluster do turismo entre 2018 e 2022.
“Para garantir o crescimento e a competitividade do setor, devem ser feitos investimentos significativos na educação e no talento, através da melhoria das competências da força de trabalho profissional e da implementação de programas profissionais e técnicos”, defende Zurab Pololikashvili, secretário-geral da Organização Mundial do Turismo.
E argumenta que “só desta forma poderemos equipar os jovens – dos quais apenas 50% concluíram o ensino secundário – com o conhecimento e as capacidades de que necessitam para prosperar no setor”.
Zurab salienta ainda que estes investimentos “abrirão então o caminho para uma força de trabalho qualificada que possa proporcionar um crescimento excecional, impulsionar a inovação e, ao adotar tecnologias digitais, aumentar a competitividade e a resiliência do setor do turismo”.
À medida que o setor avança rumo à recuperação e ao crescimento, a OMT agora, mais do que nunca, “dá prioridade à inovação, à educação e aos investimentos estratégicos como pilares para a recuperação e a adaptação a estas dinâmicas de mercado em constante evolução”, aponta Natalia Bayona, diretora executiva da OMT.
A dirigente lembra que “liderando uma série de iniciativas, equipamos a força de trabalho profissional com novas competências através de programas de melhoria de competências e de mão-de-obra vocacional, criando oportunidades de emprego de qualidade e aumentando os salários médios em toda a cadeia de valor do turismo”.
Os dados indicam ainda que as regiões da América do Norte e da Ásia-Pacífico contribuíram, cada uma, com três empresas para a lista dos 10 principais investidores em investimento direto estrangeiro (IDE) no turismo entre 2018 e 2022. O resto do top 10 inclui empresas da Europa, com a Meliá, a Intercontinental Hotels Group, a Accor, a Selina.
Na opinião de Jacopo Dettoni, editor da fDi Intelligence, uma vez deixados para trás os efeitos da Covid-19, “não há tempo a perder para enfrentar o maior problema dos nossos tempos: as alterações climáticas e as exigências de sustentabilidade que derivam a partir dele”.