TAP passa de prejuízo a lucro de 22,9 M€ no 1.º semestre
No primeiro semestre de 2023, a TAP registou um resultado líquido positivo de 22,9 milhões de euros, numa melhoria de 225 milhões de euros em relação ao mesmo semestre do ano passado, e transportou um total de 7,6 milhões de passageiros, ficando a 96% dos níveis de 2019.
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Pela primeira vez desde que passou a publicar resultados semestrais, a TAP alcançou um resultado líquido positivo de 22,9 milhões de euros no primeiro semestre do ano, montante que representa uma melhoria de 225 milhões de euros em relação ao mesmo semestre do ano passado, avança a companhia aérea, em comunicado.
De acordo com os resultados divulgados pela TAP esta quarta-feira, 30 de agosto, os 22,9 milhões de euros de lucro no primeiro semestre comparam com os 202,1 milhões de euros de resultado negativo que tinham sido apresentado em igual período do ano passado.
“Em relação a 2019, período pós pandémico, o aumento foi de 134,9 milhões de euros”, refere ainda a TAP na informação enviada à imprensa.
Para a companhia aérea, o bom resultado alcançado no primeiro semestre do ano deve-se ao “forte crescimento das receitas operacionais, que ascenderam a 1,9 mil milhões de euros, com um aumento relevante de 600 milhões euros (+44,3%) face ao mesmo período de 2022”.
“Este crescimento é revelador da abordagem equilibrada adotada pela TAP na capitalização de oportunidades de mercado”, congratula-se a companhia aérea de bandeira nacional.
Entre janeiro e junho, a TAP registou um EBITDA Recorrente de 361,7 milhões de euros, com uma margem de 19%, enquanto o EBIT Recorrente foi de 124,5 milhões de euros, com uma margem de 6,5%.
“O EBITDA Recorrente atingiu 361,7 milhões de euros no 1S23, com uma margem de 19,0%, aumentando em 131,2 milhões de euros, ou 56,9% em comparação com 1S22. O EBIT Recorrente totalizou 124,5 milhões de euros no 1S23, com uma margem de 6,5%, mais 123,1 milhões do que no 1S22”, lê-se na informação divulgada pela transportadora.
A TAP considera ainda que, no primeiro semestre do ano, manteve uma posição de Liquidez com “resiliência”, uma vez que, apesar do reembolso das Obrigações 2019-2023, no valor de 200 milhões de euros, foi capaz de manter uma “posição de liquidez forte de 899,7 milhões de euros”.
“Além disso, esta robustez financeira resultou numa melhoria significativa do rácio Dívida Financeira Líquida / EBITDA no final do primeiro semestre de 2023, atingindo um nível de 2,5x, uma melhoria notável em relação ao rácio de 3,5x registado no final de 2022. Este facto demonstra a gestão financeira disciplinada e a tomada de decisões prudentes da TAP, proporcionando também segurança aos investidores”, defende ainda a companhia aérea.
Para Luís Rodrigues, presidente executivo da TAP, “os resultados semestrais agora apresentados reforçam a tendência sustentada de melhoria comercial e financeira da TAP, atingindo um excelente desempenho com um resultado líquido positivo no primeiro semestre”.
“As margens operacionais e o trajeto de desalavancagem, acima das metas do plano de restruturação, provam a sustentabilidade financeira do Grupo num momento crítico da nossa história. No entanto, ainda há um longo caminho a percorrer. Envolver cada vez mais os trabalhadores, gerir o histórico de reclamações e melhorar as operações têm sido a nossas principais prioridades, o que já nos permitiu capitalizar no período de verão”, afirma o responsável.
O presidente executivo da TAP revela ainda que a “procura continua forte, com as reservas para os próximos trimestres a atingirem valores consideráveis”, o que faz prever “um segundo semestre intenso, para o qual a TAP estará preparada”, garante.
No primeiro semestre de 2023, a TAP transportou um total de 7,6 milhões de passageiros, o que representa um aumento de 30,2% em relação ao ano anterior, atingindo 96% dos valores alcançados em 2019.
“Durante este período, o número total de voos operados também aumentou em 17,9%, atingindo 89% dos níveis pré-crise”, indica também a companhia aérea nacional.
No que diz respeito à capacidade, também foram superados os níveis pré-pandemia, uma vez que este indicador atingiu os 104%, o que representa um aumento de 21,4% face ao primeiro semestre de 2022.
Já o load factor dos voos da TAP até junho foi de 80,2%, depois de um aumento de 5,5 p.p. face a período homólogo, assim como em comparação com o primeiro semestre de 2019.
Já as receitas operacionais da TAP somaram, até junho, 1.906,3 milhões de euros, o que representou um aumento de 44,3% face a igual período do ano passado, enquanto o PRASK foi de 6,86 cêntimos, o que revela um aumento de 22,6% (+EUR 1,27 cêntimos) quando comparado com o valor do mesmo período de 2022 e 29,0% (+EUR 1,54 cêntimos) quando comparado com 2019.
Os custos operacionais recorrentes, por sua vez, aumentaram 35,0% e atingiram os 1.781,8 milhões de euros, com o respetivo CASK a subir 11,2% para 7,12 cêntimos, face a igual período do ano passado. Excluindo os custos com o combustível, este valor passa para 4,95 cêntimos, num aumento de 12,1% quando comparado com o primeiro semestre do ano passado e de 1,6% face ao valor de 2019.