Receitas da atividade turística voltam a subir e somam valor mais elevado de sempre em março
As receitas da atividade turística somaram 1.635,85 milhões de euros em março, valor que traduz um aumento de 36,1% face a igual mês do ano passado e que estabelece um novo recorde para o terceiro mês do ano, segundo os dados divulgados esta segunda-feira, 22 de maio, pelo Banco de Portugal (BdP).
Inês de Matos
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As receitas provenientes da atividade turística somaram 1.635,85 milhões de euros no passado mês de março, valor que traduz um aumento de 36,1% face a igual mês do ano passado e que estabelece um novo recorde para o terceiro mês do ano, indicam os dados revelados esta segunda-feira, 22 de maio, pelo Banco de Portugal (BdP).
Os dados do BdP mostram que, em março, as receitas da atividade turística, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, ficaram 433,51 milhões de euros acima do apurado em igual mês do ano passado, quando os primeiros meses ainda tinham sido marcados pela variante Ómicron da COVID-19.
Numa comparação com o mesmo mês de 2019, que tinha sido o melhor ano de sempre em receitas turísticas até ao ano passado, as receitas cresceram 46,4%, num aumento de mais de 518 milhões de euros.
Tal como as receitas turísticas, também as importações relativas à atividade turística, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, apresentaram um aumento e somaram 300,67 milhões de euros, numa subida mais modesta que chegou aos 18% ou mais 45,86 milhões de euros que em igual mês de 2022.
O valor das importações do turismo continua, no entanto, abaixo do registado em março de 2019, mantendo-se 3,2% aquém dos 310,86 milhões de euros apurados no terceiro mês de 2019, o que indica que as viagens dos portugueses ao estrangeiro ainda não recuperaram para o mesmo patamar registado em março do último ano pré-pandemia.
A subir esteve ainda o saldo da rubrica Viagens e Turismo, que somou 1.335,18 milhões de euros, valor que ficou 41% acima dos 947,53 milhões de euros apurados em março de 2022, o que corresponde a um aumento de 387,65 milhões de euros.
Face a março de 2019, o saldo da rubrica Viagens e Turismo cresceu 65,6%, uma vez que no terceiro mês desse ano anterior à pandemia o valor desde indicador tinha ficado nos 806,39 milhões de euros, o que traduz um aumento de 528,79 milhões de euros.
O BdP realça que o crescimento das exportações do turismo contribuiu para o “incremento das exportações” da balança de serviços, uma vez que as “exportações de viagens e turismo totalizaram 1.636 milhões de euros, o valor mais elevado da série para um mês de março”.
Trimestre também positivo
Os dados do BdP permitem também perceber que, no primeiro trimestre do ano, as exportações do turismo somam já 4.145,3 milhões de euros, valor que fica 47,7% ou 1.338,11 milhões de euros acima do registado nos três primeiros meses de 2022.
Comparando o primeiro trimestre de 2023 com o mesmo período de 2019, a subida é ainda mais expressiva, uma vez que nos três primeiros meses do último ano pré-pandemia este indicador somou 1.876,71 milhões de euros, o que traduz um aumento de 120,9% ou de 2.268,59 milhões de euros.
No que diz respeito às importações do turismo, há também uma forte subida a assinalar, uma vez que, nos três primeiros meses de 2023, este valor soma já 890,01 milhões de euros, enquanto no mesmo período do ano passado contabilizava 666,78 milhões de euros, num aumento de 33,5% ou de 223,23 milhões de euros.
Face a período homólogo de 2019, as importações do turismo apresentam uma subida mais ligeira, que chega apenas aos 4,5% nos três primeiros meses de 2023, num crescimento de 37,93 milhões de euros face ao apurado entre janeiro e março de 2019.
No que diz respeito ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, a situação volta a ser positiva no acumulado do ano, uma vez que este indicador soma 3.255,29 milhões de euros no primeiro trimestre, o que traduz um crescimento de 52,1% face aos 2140,41 milhões de euros que tinham sido registados nos mesmos meses de 2022.
Já numa comparação com o mesmo período pré-pandemia, o saldo da rubrica Viagens e Turismo apresenta uma evolução ainda mais positiva e cresce 60,8% ou 1.230,66 milhões de euros.