Receitas da hotelaria portuguesa aumentaram 114,6% em 2022, diz estudo
Os estabelecimentos de hotelaria nacionais registaram, em 2022, receitas agregadas superiores a cinco mil milhões de euros, valor que representa uma subida de 114,6% face ao ano anterior, segundo o observatório setorial DBK Informa, da consultora Informa D&B.
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Os estabelecimentos de hotelaria nacionais registaram, em 2022, receitas agregadas superiores a cinco mil milhões de euros, valor que representa uma subida de 114,6% face ao ano anterior, aponta o observatório setorial DBK Informa.
De acordo com este estudo da consultora Informa D&B sobre o setor da hotelaria nacional, o valor alcançado em 2022 ultrapassa também em 16,5% o que tinha sido registado em 2019, antes da chegada da pandemia a Portugal.
Este estudo, que abrangeu hotéis, unidades de alojamento local, aparthotéis, apartamentos turísticos, estabelecimentos de turismo no espaço rural e de habitação, aldeamentos turísticos, Pousadas e as ‘Quintas da Madeira’, mostra que também os números de hóspedes e dormidas cresceram no ano passado face ao ano anterior.
No que diz respeito aos hóspedes, houve uma subida de 83,3%, contabilizando-se pouco mais de 26,5 milhões de hóspedes nas unidades de alojamento turístico nacionais, enquanto o total de dormidas ficou nos 69,5 milhões, o que também traduz um expressivo aumento, que chegou aos 86%.
O DBK Informa diz também que “os estabelecimentos de alojamento local foram os que apresentaram o maior crescimento percentual em número de hóspedes, enquanto nas dormidas o maior crescimento correspondeu aos hotéis”, sendo que foi também neste tipo de alojamento que, em termos absolutos, se registou o maior número de hóspedes, com 17,5 milhões, que correspondem a 66% do total. Já as dormidas nos hotéis somaram 42,2 milhões, representando cerca de 61% do total.
Por mercados, o estudo setorial da Informa D&B apurou que os turistas nacionais foram responsáveis por cerca de 23 milhões de dormidas, cerca de um terço do total e mais 23% do que em 2021, enquanto as restantes dormidas foram responsabilidade dos turistas estrangeiros, correspondendo a um crescimento de 150%.
“Entre os estrangeiros, os maiores crescimentos registaram-se entre os residentes nos Estados Unidos (+327%), Brasil (+265%) e Reino Unido (+192%). Os britânicos mantiveram-se como os clientes estrangeiros mais importantes, representando 13% das dormidas, à frente dos alemães e dos espanhóis”, acrescenta o estudo.
No final de 2021, a oferta de alojamento turístico em Portugal era composta por cerca de 405 mil camas, valor que corresponde a um aumento de 17,5% face ao ano anterior e que, segundo o estudo, reflete a “reativação gradual da atividade no setor”.
“Pouco mais de metade do número total de camas, cerca de 211 mil, correspondia a hotéis, seguindo-se o segmento de alojamento local (18%)”, acrescenta ainda este relatório setorial, que aponta ainda o Algarve como “a zona com maior atividade deste setor, oferecendo perto de 30% do total das camas em 2021, à frente da zona de Lisboa, com 19%”.
No que diz respeito apenas aos hotéis, o Algarve volta a ser a região onde se encontram as unidades de maior dimensão, às quais corresponde também o maior número de camas, motivo pelo qual cada hotel algarvio oferece, em média, 263 camas, número que também subiu no último ano, uma vez que, em 2021, esta média estava nas 150 cama por estabelecimento.
Por categorias, os hotéis de três e quatro estrelas representavam 65% do número total de unidades e equivaliam a cerca de 70% da capacidade total deste tipo de estabelecimentos.