Banco de Portugal vê receitas turísticas a crescer 8,6% em 2023
O Banco de Portugal (BdP) estima que, em 2023, as receitas turísticas cresçam 8,6%, “beneficiando da Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em Portugal no terceiro trimestre”.
Inês de Matos
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O Banco de Portugal (BdP) estima que as receitas turísticas, provenientes dos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, cresçam 8,6% em 2023, “beneficiando da Jornada Mundial da Juventude que terá lugar em Portugal no terceiro trimestre”.
De acordo com o Boletim Económico divulgado esta sexta-feira, 16 de dezembro, pelo BdP, depois de terem crescido “quase 80%” em 2022, devido ao “levantamento das restrições da pandemia e da concretização da procura adiada durante esse período”, as receitas turísticas devem manter a tendência de crescimento nos próximos anos.
“As exportações de turismo crescem quase 80%, beneficiando do levantamento das restrições da pandemia e da concretização da procura adiada durante esse período. Este agregado aproxima-se dos valores pré-pandemia no final de 2022”, lê-se no Boletim Económico do BdP, que traça as perspectivas para a economia portuguesa até 2025.
Depois de um crescimento de 8,6% no próximo ano, as perspectivas do BdP indicam que, em 2024 e 2025, este indicador continue a crescer, ainda que esse crescimento seja “ligeiramente acima da procura externa”.
“Em 2024-25, assume-se que esta componente cresce ligeiramente acima da procura externa”, refere o BdP, que estima também um abrandamento das importações, que devem apresentar “crescimentos gradualmente mais moderados ao longo do horizonte”.
As importações do turismo devem, contudo, levar a um “crescimento mais forte dos serviços, em particular em 2022, refletindo a evolução marcada do turismo de residentes no exterior”.
A abrandar deverá estar também o crescimento da economia nacional, com o BdP a estimar que, em 2023, exista uma subida de 1,5%, enquanto em 2025 deverá ser contabilizado um aumento de 1,9%.
Também o consumo privado deverá desacelerar, crescendo apenas 0,2% em 2023 e 1,0%, em média, em 2024-25, tal como o consumo público, que deverá desacelerar “gradualmente ao longo do horizonte”.
Já o investimento deverá aumentar nos próximos anos, com o BdP a estimar “crescimentos de 2,9% em 2023 e de 4,9%, em média, em 2024-25”, enquanto as exportações devem crescer “em torno de 4% em 2023-25”.
O BdP projeta ainda uma desaceleração da inflação para os três próximos anos, chegando aos 5,8% em 2023, 3,3% em 2024 e 2,1% em 2025, “refletindo menores pressões de origem externa”.
Apesar das melhorias das previsões económicas, o BdP alerta para a incerteza que continua a existir e que pode ter reflexos essencialmente ao nível da inflação, o que se deve particularmente à possibilidade de existirem “repercussões mais adversas do conflito na Ucrânia, em particular, sobre o abastecimento de energia à Europa”.