Viagens de residentes ao estrangeiro aumentam 592,8% mas continuam 6,5% abaixo de 2019
Segundo o INE, entre abril e junho, os residentes em Portugal realizaram 5,5 milhões de viagens, aumento de 52,2% face a igual período do ano passado e descida de 1,7% face a igual período de 2019, com destaque para as viagens ao estrangeiro, que subiram 592,8%, apesar de manterem uma descida face a igual período de 2019.
Inês de Matos
Turismo do Alentejo e Ribatejo aprova plano de atividade com acréscimo de 50%
Soltrópico anuncia novos charters para Enfidha no verão de 2025
Concorrência dá ‘luz verde’ à compra da Ritmos&Blues e Arena Atlântico pela Live Nation
Número de visitantes em Macau sobe 13,7% para mais de três milhões em outubro
Pipadouro ganha prémio como melhor experiência inovadora em enoturismo a nível mundial
Mercado canadiano está em “franco crescimento nos Açores”, diz Berta Cabral
Boost Portugal leva Spinach Tours para Espanha, Países Baíxos, EUA e América do Sul
Filme promocional do Centro de Portugal premiado na Grécia
Enoturismo no Centro de Portugal em análise
ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais
No segundo trimestre de 2022, os residentes em Portugal realizaram 5,5 milhões de viagens, o que corresponde a um aumento de 52,2% face a igual período do ano passado, mas a uma descida de 1,7% face a igual período de 2019, com destaque para as viagens ao estrangeiro, que subiram 592,8%, apesar de ainda continuarem abaixo do mesmo período de 2019.
De acordo com as estatística da procura turística dos residentes, divulgadas esta quinta-feira, 27 de outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), entre abril e junho, os residentes em Portugal realizaram ainda 4,7 milhões de viagens em território nacional, o que traduz um aumento de 34,9% face ao mesmo trimestre do ano passado e um descida de 0,9% face ao segundo trimestre de 2019.
Já as viagens com destino ao estrangeiro, que totalizaram 774,2 mil viagens entre abril e junho, cresceram 592,8% em comparação com o segundo trimestre de 2021, mas continuam 6,5% abaixo dos níveis de 2019.
O INE diz ainda que o “número de viagens aumentou em todos os meses do trimestre”, concretamente 102,8% em abril, 35,9% em maio e 31,1% em junho, ainda que, em comparação com o mesmo período de 2019, apenas se tenha registado um crescimento de 0,5% em maio, uma vez que, em abril e junho, se observaram reduções de 2,9% e 2,3%, respetivamente. O INE lembra, no entanto, que em abril de 2021, o país estava em estado de emergência e com “diversas restrições à mobilidade”, devido à pandemia da COVID-19.
Por motivação, as “lazer, recreio ou férias” foram as mais realizadas e representaram 47,6% do total, com o INE a indicar que originaram 2,6 milhões de viagens, o que traduz um aumento de 49,9% face ao segundo trimestre de 2021, mas uma descida de 3,7% em comparação com o mesmo período de 2019.
Já as “visitas a familiares ou amigos” corresponderam a 2,1 milhões de viagens e representaram 38,0% do total, o que evidencia um aumento de 44,4% face ao segundo trimestre de 2021, mas uma descida de 1,0% em comparação com período homólogo de 2019.
Por outro lado, as viagens “profissionais ou de negócios”, que justificaram 495,8 mil deslocações, aumentaram 118,0%, ainda que continuem a apresentar uma descida de 4,9% face ao segundo trimestre de 2019. As viagens “profissionais ou de negócios” foram, no entanto, as únicas que assistiram a um aumento da representatividade, uma vez que motivaram 9,0% do total de viagens, o que traduz um aumento de 2,7 pontos percentuais face ao mesmo trimestre de 2021. Já no segundo trimestre de 2019, estas viagens representam 9,3% do total.
A principal ferramenta utilizada para marcar as viagens foi a internet, com o INE a indicar que 26,9% das deslocações foram marcadas online, o que traduz um aumento de 12,7 pontos percentuais, tendo este meio sido opção em 71,9% das viagens para o estrangeiro e em 19,5% das viagens em território nacional, o que traduz aumentos de 18,4 e 6,6 pontos percentuais, respetivamente.
Já os “hotéis e similares” concentraram 31,7% das dormidas resultantes das viagens turísticas, o que corresponde a 6,0 milhões de dormidas, num aumento de 181,1% face a igual período de 2021 e a uma descida de 1,5% face ao segundo trimestre de 2019.
O alojamento em “hotéis e similares” também assistiu a um aumento da representatividade, que cresceu 15,2 pontos percentuais face a igual período do ano passado e a um aumento de 0,2 pontos percentuais em comparação com o mesmo período de 2019.
Já o “alojamento particular gratuito” manteve-se, segundo o INE, como a principal
opção de alojamento, representando 62,1% do total e 11,7 milhões de dormidas, o que traduz uma subida de 18,0% face ao mesmo período de 2021 e a um aumento de 5,6% em comparação com igual trimestre de 2019, ainda que se tenha registado uma diminuição do seu peso no total, que desceu 14,8 pontos percentuais em comparação com o mesmo trimestre de 2021, ainda que se tenha verificado um subida de 57,5% face ao mesmo período de 2019.
No segundo trimestre do ano, foi ainda registada uma redução da duração média de cada viagem, que passou para 3,42 noites, quando em igual período do ano passado era de 3,57 noites e de 3,44 noites no mesmo trimestre de 2019.
“A duração média mais baixa foi registada no mês de maio (2, 81 noites) enquanto a mais elevada foi registada em junho (4,07 noites)”, acrescenta o INE, no comunicado divulgado.
A concluir, o INE indica também que, neste trimestre, se registou um aumento da proporção de turistas residentes, uma vez que, entre abril e junho, 24,4% dos residentes realizaram pelo menos uma deslocação turística, o que traduz um acréscimo de 8,2 pontos percentuais face ao mesmo período do ano anterior, mas abaixo da proporção observada no segundo trimestre de 2019, que foi de 28,7%.
Já a percentagem de residentes que viajou registou acréscimos em todos os meses face aos mesmos meses de 2021, subindo 7,7 pontos percentuais, 3,3 pontos percentuais e 3,5 pontos percentuais, entre abril e junho.
“Em comparação com os mesmos meses de 2019, as variações observadas foram de -5,2 p.p., -1,4 p.p. e -0,3 p.p., respetivamente”, conclui o INE.