Portugal é o 9.º destino mais procurado na Europa, diz estudo da Mastercard
Portugal é o 9.º destino mais procurado da Europa, num ranking liderado pelo Reino Unido e Espanha, segundo o estudo do Mastercard Economics Institute.
Victor Jorge
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As reservas de voos de lazer e negócios já ultrapassam os níveis pré-pandemia, de acordo com um novo estudo do Mastercard Economics Institute. As compras de viagens em cruzeiros, de transportes expresso de passageiros e de bilhetes de comboios também apresentaram uma procura acentuada este ano.
O estudo Travel 2022: Trends and Transitions oferece uma visão global do estado atual das viagens em 37 mercados com base numa análise exaustiva de dados públicos e dos dados anonimizados das vendas agregadas registadas na rede Mastercard.
De acordo com o estudo, até ao final de abril, as reservas de voos de lazer superaram os níveis de 2019 em 25%, com as reservas de voos de lazer de curta e média distância a crescerem 25% e 27%, respetivamente. As reservas de voos de negócios também ultrapassaram, pela primeira vez em março, os níveis pré-pandemia apresentando uma trajetória de crescimento na ordem dos dois dígitos durante o mês em abril. O regresso ao trabalho foi um dos fatores que contribuiu para este crescimento.
O estudo indica, também, que os níveis recentes de despesas apontam para o crescimento das viagens em grupo. As despesas com cruzeiros aumentaram 62 pontos percentuais desde janeiro ao final de abril, embora permaneçam abaixo dos níveis de 2019. Já as despesas com transportes expresso de passageiros regressaram aos níveis pré-pandemia, embora as despesas com viagens de comboio permaneçam ainda 7% abaixo comparativamente com esse período. Também as despesas com portagens e aluguer de carros continuaram a crescer, quase 19% e 12%, respetivamente, demonstrando que as viagens de carro continuam a ser uma opção preferida por muitos.
Já os viajantes preferem gastar mais em experiências do que em compras, concluindo-se que os turistas internacionais têm vindo a gastar mais em experiências do que em compras no destino. As despesas com experiências cresceram 34% face a 2019 e as áreas com maiores aumentos foram os bares e as discotecas (72%), os parques de diversões, os museus, concertos e outras atividades recreativas (35%). Este tipo de despesas cresceu 60% em Singapura e cerca de 23% nos EUA.
Certo é que o levantamento de restrições reequilibra o mapa do turismo para 2022. A oferta e a conveniência das viagens têm sido fatores determinante na escolha dos destinos de viagem, embora o levantamento de restrições este ano em muitos destinos tenha conduzido a um regresso ao ponto de partida em grande parte do mundo, à exceção de algumas partes da Ásia- Pacífico. O resultado é que os Estados Unidos, Reino Unido, Suíça, Espanha e Holanda são agora os principais destinos para turistas em todo o mundo.
“Como acontece em qualquer voo, o regresso às viagens enfrentou ventos contrários e a favor. Neste ‘Grande Reequilíbrio’ que está a acontecer em todo o mundo, este tipo de movimentações é fundamental para o regresso à vida pré-pandemia”, afirma Bricklin Dwyer, economista-chefe da Mastercard e chefe do Mastercard Economics Institute. “A resiliência que os consumidores têm tido para voltarem ao ‘normal’ e para recuperarem do tempo perdido deixa-nos otimistas de que a recuperação continuará a sua trajetória, mesmo que existam solavancos ao longo do caminho.”