Smartphone near laptop computer and airplane on table. Online ticket booking concept
Consumidores de produtos turísticos cada vez mais digitais e avessos a correr riscos
Se em 2019 cerca de 28% dos consumidores compravam bilhetes online, seja através do computador ou smartphone, em 2021, esse número subiu para 47%. Já o número de viajantes que esperam até ao último minuto para comprar o bilhete caiu de 38%, em 2019, para 14%, em 2021.
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A pandemia da COVID-19 desencadeou uma (r)evolução digital mercado de Viagens, Atividades & Atrações (TAA), embora um estudo da NTT DATA reconheça que alguns dos principais intervenientes, como hotéis e companhias aéreas, já haviam enveredado pelo caminho de uma maior digitalização.
O estudo “Are You Experienced?”, realizado pela NTT DATA, consultora global de negócios e tecnologia, em colaboração com a Globick, revela que 47% dos consumidores passaram a reservar viagens online e os consumidores que adiam a decisão até ao último minuto passaram de 38%, em 2019, para 14%, em 2021.
Os equipamentos mobile foram os mais e, por vezes, os únicos, dispositivos utilizados para interagir com as empresas do universo do turismo, indicando o estudo que “a pandemia também teve um grande impacto nesta mudança de comportamento”. Devido a limitações de capacidade, os consumidores começaram a alterar a sua estratégia de reservas e hoje, em vez de deixarem tudo para a última da hora, tendem a planear as suas viagens com mais antecedência.
Atualmente, 46% dos consumidores compram os bilhetes com uma semana ou mais de antecedência, de acordo com dados do Arival. Como resultado, a utilização de canais digitais para fazer estas reservas disparou, com 47% dos consumidores a comprar os bilhetes online, seja através do computador ou smartphone, o que compara com 28%, em 2019.
O estudo da NTT DATA salienta, assim, que “as empresas de viagens interessadas em tirar partido destas mudanças do comportamento dos consumidores devem assegurar que a procura e a reserva de produtos num destino – e a confirmação em tempo real – são mais racionalizadas e fáceis de utilizar”, admitindo que “é aqui que as OTA (Online Travel Agency) estão, de certa forma, em vantagem”.
Coerência, integração e acessibilidade
Um dos principais fatores destacados é o de que cada empresa de viagens tem de oferecer produtos adequados ao seu mercado alvo, personalizando assim a sua oferta e tornando-a mais fácil para os clientes encontrarem o que procuram. As empresas de viagens devem também assegurar que todos os produtos TAA de terceiros, comercializados nos seus websites, são igualmente fáceis de ler, pesquisar, compreender e reservar, mesmo que o conteúdo não seja o seu. As recomendações personalizadas de produtos são muito melhores do que as genéricas. Se um consumidor clicar em apenas uma recomendação personalizada, a taxa de conversão aumenta de 1% para 4%. Há mesmo algoritmos sofisticados que fazem recomendações personalizadas e eficazes, que ajudam a reduzir os tempos de pesquisa e a aumentar as vendas.
Javier Martí, Partner – Head of Hospitality, Travel & Leisure da NTT DATA Europe & LATAM salienta que, “tal como no caso de voos e oferta hoteleira, uma nova geração de intervenientes trará conectividade e integração à indústria para desbloquear o potencial do negócio TAA”.
Já Xavier Boixeda, CEO da Globick, destaca que “o sector de atividades no destino – o terceiro maior da indústria do turismo – deve tornar-se um elemento central da oferta das agências de viagens online e offline, e é também algo que os fornecedores de alojamento e as empresas de transporte podem abraçar. É um mercado em crescimento que está a sofrer um grande processo de digitalização e estamos claramente num ponto em que quem o considerar como um produto central e não como um acessório de viagens, conseguirá atrair receitas significativas e altamente lucrativas”.
Para além disso, outro fator importante a ter em conta é a necessidade de estabelecer parcerias com intermediários, especializados no mercado TAA e que possam facilitar o acesso aos melhores produtos do mercado, nas melhores condições possíveis. As marcas que desejam comercializar produtos TAA com sucesso devem certificar-se de que o seu processo de reserva, serviço ao cliente e toda a abordagem de venda destes produtos estão alinhados com a sua marca, integrados e coerentes.
Em resumo, a comercialização de produtos TAA dá às marcas de viagens uma ampla gama de oportunidades de fidelização de clientes, oferecendo experiências únicas antes, durante e depois das suas viagens. Esta experiência do consumidor deve ser totalmente integrada e alinhada com a marca e ter uma plataforma informática que facilite o acesso ao inventário de múltiplos operadores TAA.