O novo ‘mindset’ de quem viaja em 2021
Segundo um recente estudo da American Express, o novo turista revela um mindset diferente e está já a planear e marcar viagens, mesmo sabendo que ainda não pode viajar.
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O turista 2021 tem uma nova energia e uma nova mentalidade, desde os tipos de destinos que estão a escolher para visitar, até a forma como encaram o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal e como definem o luxo. Segundo um recente estudo realizado pela American Express em sete países (Austrália, Canadá, México, Japão, Índia, Reino Unido e Estados Unidos da América), 76% dos entrevistados para este trabalho estão a criar listas de destinos para viagens futuras, mesmo que ainda não possam viajar. O estudo revela mesmo que “64% dos entrevistados sentem tanta falta de viajar que estão dispostos a desistir das redes sociais por um mês para ir de férias em segurança”.
“Viajar não é apenas sobre o destino; é sobre toda a experiência”, referem os autores do estudo salientando que “2020 testou-nos e em 2021 os viajantes estão a voltar-se para o planeamento de viagens futuras como uma forma de relaxar, seja por meio de experiências focadas no bem-estar, descobertas culinárias ou encontros com familiares e amigos”.
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Embora os níveis de conforto dos consumidores com viagens e os tipos de viagens que estes escolhem fazer possam ser diferentes, 87% dos entrevistados concordam que ter uma viagem planeada no futuro lhes dá algo pelo qual ansiar e dizem que planear viagens futuras os faz sentir animados (63%), felizes (53%) e esperançosos (53%). Além disso, 78% dos entrevistados indicam querer viajar em 2021 “para aliviar o stress de 2020”, indica o estudo.
Planear bem e gastar mais
Segundo a American Express, quem pretende viajar “já está a pensar em como reservar e pagar por viagens futuras”. Com o aumento das opções de reserva flexível, 56% dos entrevistados indicaram que sentem tanta falta de viajar que estão dispostos a reservar uma viagem, mesmo que tenham que cancelá-la no futuro. Além disso, 61% revelou estar disponível para gastar mais do que normalmente gastaria numa viagem em 2021, uma vez que não conseguiram viajar em 2020.
Uma coisa parece certa: o turismo gastronómico veio para ficar. 64% dos viajantes individuais entrevistados concordam que querem tirar férias gastronómicas e 62% de todos os entrevistados referiram que comer é a principal atividade que têm interesse em fazer durante a viagem.
Por outro lado, também parece certa a ascensão do nómada digital. As políticas de trabalho flexíveis e remotas combinadas com incentivos exclusivos de hotéis, como estações de trabalho na praia e descontos em estadias prolongadas, influenciaram a ascensão deste nómada digital – alguém que vive e trabalha, enquanto viaja pelo mundo. Na verdade, 54% dos entrevistados disseram que a liberdade e flexibilidade de poder viver e trabalhar enquanto viaja pelo mundo é mais atraente agora do que era antes da pandemia.
Maior procura por cidades secundárias
Uma das consequências da atual pandemia parece ser o evitar de multidões, concluindo os resultados deste estudo da American Express que 69% dos entrevistados têm interesse em visitar destinos menos conhecidos. Os dados de reservas da American Express Travel reforçam essa tendência, mostrando um aumento nas reservas para destinos de segunda cidade. Por exemplo, os consultores da American Express Travel estão a receber pedidos de cidades menores como Porto (em vez de Lisboa) em Portugal, indicando ainda o estudo que “alguns turistas estão abertos para ir ‘a qualquer lugar’ no imediato, desde que possa viajar com segurança”.
Finalmente, a questão ambiental parece ter entrado definitivamente nas preocupações de quem percorre o mundo, indicando o estudo uma “clara consciência carbono neutro” nos viajantes, salientando que 55% dos entrevistados estão interessados em viajar “carbono negativo”. Além disso, “60% dos entrevistados pretende reservar viagens somente em companhias que possuam compromissos de ordem ambiental, enquanto 68% dos turistas admitem estar mais atentos aos ‘atores’ mais sustentáveis para apoiá-los”, conclui o estudo da American Express.