Análise

“É tudo barato em Portugal. Temos de deixar de ser o país do baratinho e ser o país da qualidade”

Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, diz que a prioridade da autarquia é fazer de Cascais o sítio ideal para viver, sendo o turismo uma consequência dessa estratégia.

Carina Monteiro
Análise

“É tudo barato em Portugal. Temos de deixar de ser o país do baratinho e ser o país da qualidade”

Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, diz que a prioridade da autarquia é fazer de Cascais o sítio ideal para viver, sendo o turismo uma consequência dessa estratégia.

Carina Monteiro
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Em entrevista ao Publituris, Miguel Pinto Luz, vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais, diz que a prioridade da autarquia é fazer de Cascais o sítio ideal para viver, sendo o turismo uma consequência dessa estratégia.

Qual a sua leitura do momento turístico de Cascais? O destino acompanha a tendência de crescimento do turismo nacional?
Cascais tem estado em linha com o país, com a diferença de que há uns anos o país caiu e Cascais não. Esteve sempre a crescer. Depois, quando o país recuperou, Cascais também continuou a sua tendência de crescimento. Este destino tem um crescimento que pode ser avaliado de duas formas: através do aumento de camas disponíveis. Nessa matéria, temos vindo a inaugurar hotéis sucessivamente e temos cinco hotéis em fase de licenciamento, todos cinco estrelas para os próximos anos. Ou seja, continuamos com esse posicionamento ‘premium’ de quatro e cinco estrelas, 85% da nossa oferta hoteleira está concentrada nessas classificações. Portanto, o crescimento que se vê em Cascais, vê-se através do aumento das camas e, por outro lado, das taxas de ocupação e RevPar, que têm vindo a crescer de uma forma sustentada. É um crescimento ligeiro, não são crescimentos grandes como penso que o país tem de ter— Portugal tem de saber valorizar a oferta que tem, somos muito competitivos em preço, quando nos comparamos com os nossos concorrentes diretos, mas Portugal tem ainda uma margem de progressão para subir o preço, fruto da qualidade da oferta que hoje tem. Estamos claramente com uma elasticidade no preço que avalio como grande e essa elasticidade vai ter de se refletir obrigatoriamente em todos os indicadores.
Este ano estamos com um preço médio por quarto na casa dos 110 euros e um RevPAR acima dos 72 euros. Tem sido recorde atrás de recorde. Nós, enquanto Câmara Municipal, estamos muito satisfeitos, mas quando falo com os hoteleiros também estão muito satisfeitos com a forma como o destino tem sido projetado, comunicado e trabalhado.

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Em 2015, projetaram chegar à meta das 1,5 milhões de dormidas nos três anos seguintes. Essa meta já foi alcançada?
Na hotelaria tradicional estamos perto dos 1,4 milhões, mas, se somarmos a isto o Alojamento Local (AL), duplicámos essa meta. O que não previ em 2015 foi o fenómeno do AL que disparou e veio baralhar as contas. O AL representa 57% do total de dormidas por ano. Se estamos a falar de 1,4 milhões de dormidas em hotéis, então são mais 3 milhões de dormidas no total, o que ultrapassa claramente todos os números que alguma vez podia antever.

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Que mercados têm crescido?
O mercado americano cresceu bastante. Os americanos descobriram Portugal, o que é importante para o nosso destino. Vivíamos muito do mercado espanhol, inglês e do norte da Europa. O mercado americano foi a grande explosão nos últimos dois anos, em linha com Lisboa e o país.

Qual é o papel da câmara na atração de mais turistas?
Não se pode falar em ter um papel, porque a câmara tem quase uma função omnipresente em tudo. Se não garantirmos que há recolha de lixo com eficiência, não podemos fazer de Cascais um destino de excelência; se não garantirmos que há qualidade urbanística em tudo aquilo que licenciamos (casas, hotéis) não podemos fazer deste destino um destino de qualidade; se não garantirmos segurança a todos os habitantes e a quem nos visita, não podemos fazer deste um destino de qualidade. Ou seja, a câmara tem uma visão holística do território. Não está preocupada só com a promoção pura e dura do destino Cascais, mas fazer de Cascais uma sala de visitas que toda a gente gosta de visitar e passa a palavra. É isso que temos feito. Temos feito de Cascais um verdadeiro jardim e un destino seguro. Depois temos feito de Cascais um destino para viver. Hoje, Cascais, mais do que um destino turístico, é um destino que as pessoas escolhem para comprar ou arrendar casa. Se é um bom sítio para viver é um bom sítio para visitar. Esse sempre foi o nosso mote: o turismo não é o centro da nossa ação, o centro da nossa ação é fazer de Cascais o sítio ideal para viver. Isso é assim em todos os destinos turísticos do mundo. As pessoas gostam de viver em Nova Iorque e é um bom destino turístico, o mesmo em Londres e Paris.

Numa altura em que as Câmaras Municipais estão a ser pressionadas para regular mais a atividade turística, qual é a vossa visão para encontrar um equilíbrio entre atividade turística e os residentes?
A nossa prioridade é fazer de Cascais o sítio ideal para viver. O Turismo é uma externalidade positiva. Um exemplo cabal em que o nosso posicionamento foi completamente diferente do de Lisboa foram os tuk tuks. Não se vê um tuk tuk em Cascais, porque proibimos. Lisboa não tem nada a ver com tuk tuks e penso que não adiciona nada à qualidade do destino. Não temos pressão nenhuma, temos é uma visão estratégica muito clara e não fugimos a essa visão estratégica. Essa visão consiste em manter o carácter genuíno desta terra e das nossas gentes e uma capacidade de saber receber bem acima da média. Depois, a estratégia é termos tudo bem cuidado, bem arranjado para saber receber, mas genuínos, não é com artificialismos que não são portugueses que iremos construir um potencial de crescimento de futuros visitantes. Os turistas procuram hoje a experiência e o carácter genuíno dos destinos. Lutamos todos os dias com os nossos hotéis e restaurantes, com os serviços da câmara e com os cascalenses para ter um carácter autêntico.

Relativamente ao AL, pensam limitar ou criar quotas?
Estamos sempre a monitorizar o AL. O problema em Cascais não se coloca da mesma forma que se coloca em Lisboa, fruto do nosso posicionamento de mercado. O AL em Cascais funciona só em alguns espaços e é difícil ter uma penetração muito maior do que aquela que tem. Estamos a monitorizar e estamos atentos. Se o fenómeno alastrar de uma forma que esteja a desvirtuar ou a desequilibrar o mercado, a impactar na qualidade de vida que queremos dar a quem nos visita, aí vamos atuar como o fizemos noutras áreas.

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Quantos projetos hoteleiros estão em desenvolvimento no destino?
Temos cinco hotéis em licenciamento. A Hilton vai fazer um hotel cinco estrelas entre a Parede e Carcavelos, junto à marginal. O grupo americano Carlyle, que comprou o Penha Longa no ano passado, está a desenvolver um novo hotel em Cascais, com a mesma marca (Ritz Carlton). A marina de Cascais tem um hotel já contratualizado de uma marca internacional, que não posso revelar. São cerca de 190 quartos. O The Student Hotel, uma marca holandesa de hotéis de quatro estrelas, vai abrir em Carcavelos ao lado da Nova School of Business and Economics. Estou a dar exemplos de situações que estão licenciadas e que vão acontecer. Intenções são muito mais.

Quando vão abrir estas unidades?
No espaço de dois a três anos.

Estamos a falar de um aumento de quantas camas?
1200/1300 camas.

Este aumento de camas é acompanhado pelo surgimento de equipamentos que atraiam mais turistas? Há esse compromisso da câmara nesse sentido?
O destino não é Cascais. O destino é Lisboa. Colocamo-nos nesse posicionamento. Somos um país pródigo em dividir as coisas em compartimentos estanques. Não faz sentido. Somos parte da Costa de Lisboa. Temos identidades muito próprias, Cascais e Estoril, mas estamos englobados nesta região. Portanto, a oferta de atividades para quem nos visita acontece ao nível do território todo, e não só aqui. Aqui fazemos muita coisa. Temos uma oferta cultural forte: mais de 22 museus, uma orquestra sinfónica, várias companhias de teatro, grandes eventos internacionais. E aí a política de eventos impacta de sobremaneira, desde o Estoril Open a um evento do European Tour, o torneio Golfsixes, que recebemos este ano. Há quanto tempo a zona de Lisboa não tinha um evento do European Tour? Dou o exemplo do ténis, do golfe, da vela, do triatlo, das maratonas ou dos concertos de música. Tudo isto é uma política concertada de promoção e de eventos que temos vindo a fazer para trazer conteúdos para o destino. Mas não é só o conteúdo em Cascais que alimenta as dormidas neste destino. As dormidas em Cascais são alimentadas objetivamente também pelos conteúdos que Lisboa, Sintra ou Oeiras podem gerar. Por isso, para nós é muito importante a dinâmica ao nível da área metropolitana e não só Cascais. Não vivemos numa redoma em que quem vem para Cascais fica em Cascais, essa não é a nossa visão.

No próximo ano, que novidades acrescentarão à agenda de eventos da região?
Não posso revelar. Todos os anos fazemos algo que não é muito habitual em Portugal, fazemos uma apresentação à imprensa em janeiro. Este ano anunciámos o evento do European Tour. Fazemos questão de apresentar em primeira mão à imprensa. Neste período, estamos a fechar as novidades para o próximo ano, mas posso dizer-lhe que vamos ter novidades, à semelhança dos últimos cinco anos. Há cinco anos, apresentámos a vinda do Estoril Open para Cascais, por exemplo.

Quanto já foi angariado com a taxa turística, que passou a dois euros em Maio?
Temos uma política em que estamos alinhados com Lisboa. O que Lisboa faz, nós estamos a fazer, nesta visão de continuidade territorial. Lisboa começou com um euro, e nós aplicámos um euro. Depois Lisboa passou para dois euros e nós também. Havia um grande bruaá entre os hoteleiros sobre se isso ia impactar na procura. Não aconteceu nada disso.
É algo que acontece em todo o lado para onde os turistas vão, aliás, acham a taxa barata. Os nossos preços são baratos e ainda acham a nossa taxa barata. É tudo barato em Portugal. Temos de deixar de ser o país do baratinho e ser o país da qualidade. Desse ponto de vista o balanço é extremamente positivo. As receitas estão a ser reinvestidas em tudo isto que estamos a conseguir trazer. Vamos fechar o orçamento de 2010 com cerca de 3,5 milhões de euros de taxa turística. Só o setor hoteleiro, fora o do Alojamento Local.
Lisboa fez um pacote global com o Airbnb e com os operadores. Pagam à cabeça e não se sabe bem se os números são aqueles ou não. Há um risco para os dois lados. Nós temos todos operadores de AL registados, cada um deles paga, temos um portal, queremos ter esse contacto e essa relação.
Vamos introduzir uma alteração estatutária na Associação de Turismo de Cascais (ATC) e introduzir os AL’s como sócios da ATC. A proposta vai ser apresentada na última assembleia geral do ano.
Só aplicamos esta verba em promoção e eventos turísticos. As verbas anuais que temos para a promoção e captação de eventos vêm de duas fontes: Turismo de Portugal, através das receitas do jogo, e da taxa turística.

Qual é o balanço da constituição da ATC?
Gostamos de dar espaço e a associação funcionar per si. Mas acompanhamos os números, falamos com os hoteleiros e penso que estão satisfeitos, cada vez há mais sócios na associação, o que é muito interessante. O modelo teve um ganho de causa e isso, para nós, é muito importante e, hoje, está a ganhar maioridade e é um projeto para continuar.

Através da empresa municipal Cascais Dinâmica fazem exploração direta ou indiretamente de alguns equipamentos como o aeródromo, hipódromo e o centro de congressos do Estoril. No plano de atividades para 2019 do aeródromo de Cascais estava previsto o aumento de voos executivos. Isso aconteceu?
Aconteceu. Tudo é que é aviação executiva do espaço aéreo de Lisboa é nosso. Hoje já não é um aeródromo é um aeroporto.

Que planos têm para o C.C do Estoril? No futuro poderá haver uma gestão privada do espaço?
Já teve no passado e não tivemos uma boa experiência disso. Tem taxas de ocupação acima dos 85%, um EBITDA sólido e ajuda o destino alavancando com congressos e eventos, que não sendo o ‘core’ é um dos segmentos importantes de Cascais.

Recentemente foi apresentada a primeira Escola Internacional de Turismo no âmbito da Academia da Organização Mundial de Turismo no campus da Escola do Turismo de Portugal do Estoril. Qual o papel da câmara neste projeto?
É uma parceria que fizemos com o Turismo de Portugal e com a ESHTE e estamos muito satisfeitos de fazer parte desse grande projeto ambicioso para transformar aquele campus que há muito precisava de investimento, através de uma nova unidade hoteleira e com uma nova escola. Vamos gerir o auditório, como já gerimos vários em Cascais. A câmara vai investir mais de 6 milhões de euros no projeto, que conta também com o envolvimento de várias entidades públicas e privadas.

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Rui Ventura toma posse como presidente da Turismo do Centro de Portugal assumindo “compromissos” e “ambição”

Rui Ventura tomou posse como presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, numa cerimónia realizada em Aveiro, assumindo um “inabalável compromisso de continuar ligado ao que nos une, o Turismo do Centro de Portugal”. Como desafio e/ou recado à tutela, dirigindo-se ao secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, presente no ato de tomada de posse, Rui Ventura deixou “a revisão da Lei 33” que considera “ultrapassada”.

A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (TCP) tem um novo presidente a partir desta terça-feira, 15 de abril. Rui Ventura tomou posse, numa cerimónia realizada em Aveiro, sucedendo, assim, a Raul Almeida, cuja memória e trabalho foi lembrado durante o evento.

Assumindo “um inabalável compromisso de continuar ligado ao que nos une, o Turismo do Centro de Portugal”, Rui Ventura começou por recordar “a eleição expressiva”, tendo ficado apenas nove dos 159 associados por exercer o seu voto, salientando o “amplo envolvimento das duas candidaturas”, bem como “o interesse dos associados em querer estar presente na vida ativa da Entidade de Turismo do Centro de Portugal”.

“A partir de hoje”, frisou o novo presidente da Turismo do Centro, “é agarrar as oportunidades para atrair e agregar todos aqueles que se reveem na nossa diversidade turística, que é única”. “Este é um território ímpar, de mulheres e de homens notáveis”.

De resto, as pessoas estiveram sempre presentes ao longo do discurso de tomada de posse de Rui Ventura, admitindo que “não há turismo sem pessoas, não há turismo sem empresários, não há turismo sem o cuidado de cada autarca, em cada um dos seus conselhos, em conservar o melhor que existe em cada um desses territórios”.

“O setor mede-se pela sua capacidade de saber receber bem e ter competência para intermediar com sucesso, produtos, espaços e experiências”, sem esquecer que “o sucesso destas interações humanas tem impactos positivos nos ambientes económico, social e cultural”.

Não deixando de lado o fator segurança, Rui Ventura afirmou que “temos de ter a força e a coragem de continuar a trabalhar sem descanso no turismo de sustentabilidade ambiental. Temos de saber acompanhar os novos tempos e a necessária prosperidade com a inegável e importante agenda da descarbonização”.

Salientando ainda o compromisso “em tudo fazer para manter a identidade deste território, criando plataformas intermédias, onde, de forma regular, teremos de discutir, temos de nos complementar, criando âncoras que sejam sedutoras o suficiente para fazer despertar a curiosidade e, como consequência, proporcionar uma permanência mais prolongada do turista”.

No discurso de tomada de posse de Rui Ventura também houve tempo para alguns recados à tutela, nomeadamente, no “desafio para a criação do Hotel Escola, dando uma resposta especializada para que as diversas áreas do turismo não se percam, dotando o território de recursos humanos qualificados, atraindo-os para o território ou fazer com que permaneçam no nosso território”.

Além disso, Rui Ventura expressou a vontade de “alterar velhos paradigmas na mobilidade dentro do território e para o território”, até porque considera que “o Centro de Portugal tem condições únicas para ser uma alavanca de desenvolvimento para todo Portugal”, destacando a “aposta no nosso mercado principal [Espanha]”.

Por isso, o novo presidente da Turismo do Centro de Portugal deixou a pergunta: “Tentem descobrir qual é o país que os nossos irmãos espanhóis mais gostam de conhecer”. A resposta surgiu de seguida: “Asseguro-vos que vão deparar-se com a resposta e o desejo de conhecer Portugal e aí o Turismo do Centro ganhou um renovável reconhecimento nacional e internacional e tem sabido aproveitar as oportunidades para explorar e dar a conhecer o seu potencial de desenvolvimento turístico”.

Com a plena convicção que “este projeto ainda pode e deve ir muito mais além”, Rui Ventura destacou ainda “a articulação que deve existir entre a Entidade e a Agência [de Promoção Externa], sob pena de estarmos a duplicar recursos humanos e financeiros”. O presidente da TCP salientou ainda que “a estratégia de posicionamento da marca turística associada à região, tem diferentes variáveis sobre as quais importa refletir”, apontando a “comunicação do destino” como uma delas e, neste caso, “podemos e devemos centrar a nossa atenção numa das ferramentas em que tem assentado essa comunicação, o mapa turístico para o mercado nacional e internacional”.

Resumindo, nas palavras de Rui Ventura “a Entidade e a Agência devem estar mais articuladas”, considerando ser “importante e decisivo, pois garante a uniformidade e a redução na duplicação de trabalho e esforços entre as duas organizações”.

No final e dirigindo-se ao secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, Rui Ventura afirmou que “precisamos trabalhar na reforma da Lei 33, bem como o regime jurídico das organizações e funcionamentos das Entidades Regionais de Turismo”, considerando que “é uma lei ultrapassada”.

Até porque, considerou Rui Ventura, “as regiões têm provado que podem percorrer um caminho de maior autonomia administrativa e financeira, sem colocar em risco o alinhamento com a tutela do Turismo de Portugal”, concluindo que “todas as regiões, sem exceção, já provaram que sabem assegurar e manter esse alinhamento. Sabemos que juntos somos mais fortes e que há uma marca que a todos nos une, a marca Portugal”.

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Aviação

Movimento de passageiros nos aeroportos portugueses com quebra ligeira em fevereiro

Os aeroportos nacionais registaram um ligeiro decréscimo no movimento de passageiros no mês de fevereiro, totalizando pouco mais de 4,3 milhões. No acumulado dos dois meses de 2025, os números continuam positivos.

Victor Jorge

Em fevereiro de 2025, os aeroportos nacionais movimentaram 4,317 milhões de passageiros, correspondendo a variações de -0,5% face aos 4,338 milhões de fevereiro de 2024 (+5,9% no mês anterior).

O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que, no segundo mês de 2025, registou-se o desembarque médio diário de 78,6 mil passageiros, valor superior ao registado em fevereiro de 2024 (76,6 mil; +2,6%).

Em fevereiro de 2025, 82,9% dos passageiros desembarcados nos aeroportos nacionais corresponderam a tráfego internacional, atingindo 1,8 milhões de passageiros (-0,3%), na maioria provenientes do continente europeu (68,7% do total), correspondendo a uma ligeira diminuição de 0,6% face a fevereiro de 2024. O continente americano foi a segunda principal origem, concentrando 8,6% do total de passageiros desembarcados (-6,4%).

Relativamente aos passageiros embarcados, 82,1% corresponderam a tráfego internacional, perfazendo um total de 1,7 milhões de passageiros (+1,1%), tendo 68% do total como principal destino aeroportos no continente europeu, registando um ligeiro crescimento de 0,3% face a fevereiro de 2024. Os aeroportos no continente americano foram o segundo principal destino dos passageiros embarcados (8,7% do total; -3,2%).

“O movimento diário de aeronaves e passageiros é tipicamente influenciado por flutuações sazonais e de ciclo semanal. Os valores diários mais elevados são geralmente encontrados no período de verão e, no ano 2024, o domingo foi o dia da semana com maior número de passageiros desembarcados”, refere o INE.

Relativamente à movimentação de aeronaves, o mês de fevereiro de 2025 também registou um ligeiro decréscimo de 0,2%, passando de 15.665, no segundo mês em 2024 para os atuais 15.641 de fevereiro de 2025.

Em fevereiro de 2025, Lisboa manteve a liderança na movimentação de passageiros, com 2,361 milhões, correspondendo a uma descida de 2,5% face ao mesmo mês de 2024 (+6,9% em janeiro, 2,416 milhões de passageiros).

Já o Porto, registou uma subida de 2,2% face ao mês homologo de 2024, totalizando 1,015 milhões de passageiros (+2,1% em janeiro, 950 mil passageiros). Faro também manteve o registo positivo (+1,5%), embora o crescimento seja inferior ao do mês de janeiro (+6,1%), totalizando 365 mil passageiros contra os 310 mil do mês anterior.

Dois meses positivos
No acumulado do ano 2025 – janeiro e fevereiro – os números do INE mostram, contudo, uma subida em todos os parâmetros.

Nos primeiros dois meses de 2025, os aeroportos nacionais movimentaram 8,563 milhões de passageiros, correspondendo a uma subida de 2,6% face a igual período de 2024.

Neste período, o aeroporto de Lisboa movimentou 55,8% do total de passageiros (4,8 milhões), +2,1% comparando com os primeiros dois meses de 2024. O aeroporto de Faro registou um crescimento de 3,6% no movimento de passageiros (675 mil; 7,9% do total) e o aeroporto do Porto concentrou 22,9% do total de passageiros movimentados (cerca de 2 milhões) e aumentou 2,2%.

Considerando o volume de passageiros desembarcados e embarcados em voos internacionais nos primeiros dois meses de 2025, França foi o principal país de origem e de destino dos voos, tendo registado crescimentos no número de passageiros desembarcados e embarcados face ao mesmo período de 2024 (+2,4% e +0,6%, respetivamente). Reino Unido e Espanha ocuparam a 2.ª e 3.ª posições, como principais países de origem e de destino. Alemanha ocupou a 4.ª posição. A 5.ª posição foi ocupada pelo Brasil enquanto país de origem e pela Itália enquanto país de destino dos voos.

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Aviação

Especialistas na defesa dos passageiros preveem mais procura e mais perturbações no verão

Depois de 2024 ter ditado o crescimento do tráfego aéreo em Portugal, que recebeu cerca de 69 milhões de passageiros, as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos estimam que o próximo verão volte a ficar marcados por novos aumentos de tráfego, que deverão voltar a ser acompanhados por várias perturbações, fruto da capacidade esgotada dos aeroportos nacionais e de novas greves, entre outros desafios que devem marcar a época alta da aviação em 2025.

Inês de Matos

No verão do ano passado, cerca de 39% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais experimentaram algum tipo de perturbação nos seus voos, numa tendência que se mantém há alguns anos e que, segundo as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos, se deverá voltar a manifestar também este verão, até porque Portugal é cada vez mais visto como um destino turístico de referência, o que tem levado a um aumento da procura de voos para o país e do número de passageiros aéreos que Portugal recebe.

“Naturalmente, na AirHelp não conseguimos prever o que vai acontecer no futuro, mas se o verão passado servir de exemplo, podemos antecipar algumas tendências que poderão ocorrer. Em primeiro lugar, esperamos um aumento da procura de voos, uma vez que Portugal continua a revelar-se um destino de viagem cada vez mais popular, especialmente cidades como Lisboa e Porto”, começa por dizer ao Publituris a AirHelp, confirmando que a sua base de dados mostra que “um número crescente de passageiros tem voado para Portugal”.

E 2025 não deverá ser diferente, uma vez que, acrescenta a AirHelp, “com um crescente número de companhias aéreas europeias e de longo curso a aumentar o número de rotas e voos para Portugal”, a previsão é que exista “um desenvolvimento das rotas internacionais, com as companhias a adaptarem-se à procura por parte de turistas e de viajantes de negócios”.

Opinião idêntica manifesta o advogado Anton Radchenko, CEO da AirAdvisor, que lembra que, em 2024, Portugal foi o “9.º maior mercado aéreo da Europa” e registou um crescimento de 12% no turismo internacional, números que o levam a mostrar-se convicto de que “o próximo verão deverá voltar a bater recordes”, uma vez que “as operações aéreas em Portugal vão certamente continuar a aumentar este verão, e os aeroportos já estão a preparar-se”. “A AirAdvisor prevê um crescimento do tráfego aéreo, com aumento médio de 3,7% nos voos para 2025, atingindo os 11,1 milhões de voos”, refere o responsável, que lembra que o Aeroporto de Lisboa tem em curso “um projeto de expansão de 233 milhões de euros, enquanto a Horta e Ponta Delgada estão a fazer atualizações nos seus terminais” de forma a lidar com os aumentos de procura esperados.

Novos recordes, os mesmos problemas

O aumento do tráfego aéreo tem levado, segundo a AirHelp, ao aumento também das perturbações nos voos, às quais Portugal não é exceção. “No verão de 2024 assistimos em toda a Europa ao pico em termos de perturbações nos voos. Portugal não foi exceção neste contexto, com greves do controlo de tráfego aéreo a causarem perturbações em julho e agosto, bem como greves do pessoal de assistência em terra e das companhias aéreas”, indica a empresa ao Publituris, sublinhando que os meses de “julho e agosto de 2024 registaram alguns dos números mais elevados de passageiros com perturbações”.

Por isso, a empresa de defesa dos direitos dos passageiros aéreos considera que, “atendendo ao que se tem passado nos últimos anos no verão, é expectável que existam perturbações” também nesta época alta. “À medida que mais pessoas viajam para Portugal, os seus aeroportos e sistemas vão ficando cada vez mais sobrecarregados, o que pode levar a uma intensificação dos conflitos laborais dos trabalhadores da aviação sobre as condições de trabalho, o que pode então levar a perturbações nos voos ali operados”, refere a AirHelp, lembrando que, de julho a setembro de 2023, 37% dos passageiros que passaram pelos aeroportos nacionais enfrentaram perturbações, percentagem que subiu para 39% no verão do ano passado e que, segundo a AirHelp, demonstra “uma tendência para um aumento de ano para ano”.

Anton Radchenko concorda e, apesar de reconhecer que os aeroportos mais movimentados estão “a fazer melhorias antes da época de alta temporada”, defende que estas infraestruturas “ainda têm um caminho desafiante pela frente”, até porque Lisboa não deverá ver a sua capacidade aumentada antes de 2027, esperando-se, por isso, que “este verão provavelmente veja a mesma sobrelotação do verão passado”.

Ainda assim, o responsável lembra que até “houve menos atrasos e cancelamentos no ano passado em comparação com o ano anterior”, pelo que também esta tendência se deverá manter em 2025. “As interrupções de voos caíram de 38% para 36,4% no verão passado, pelo que esperamos que esta tendência se mantenha”, indica Anton Radchenko, prevendo um aumento moderado de 3% nas interrupções de voos em Portugal em 2025 por culpa de desafios como “os problemas operacionais das companhias aéreas, as possíveis greves e o aumento do tráfego aéreo”.

Oportunidades à vista, apesar dos desafios

O certo é que ambas as empresas de defesa dos direitos dos passageiros aéreos preveem que 2025 traga vários desafios aos aeroportos nacionais, a par de algumas oportunidades.

No caso da AirHelp, a previsão indica que, este verão, “embora a procura de voos continue a aumentar, existem alguns estrangulamentos que o setor da aviação português poderá enfrentar”, a começar pelo facto do “Aeroporto Humberto Delgado estar a funcionar quase na sua capacidade máxima, especialmente durante os meses de verão”. “Recebe atualmente um número de passageiros muito superior ao que foi inicialmente projetado, o que provoca constrangimentos no check-in, na segurança e na recolha de bagagens”, denuncia a AirHelp, que fala também num “número crescente de greves laborais e de questões relacionadas com o pessoal”, que podem “causar perturbações quando se trata de viajar para ou a partir de Portugal”.

Além disso, a AirHelp alerta que, “dado que o setor da aviação ainda está a recuperar da escassez de pessoal provocada pela pandemia de Covid-19, algumas companhias aéreas e aeroportos poderão continuar a enfrentar problemas no recrutamento e retenção de pessoal qualificado, o que tem impacto para os passageiros aéreos”.

Preocupado com os desafios que podem levar a perturbações está ainda Anton Radchenko, que considera que “as questões relacionadas à capacidade em Faro e Lisboa continuarão a ser problemáticas”, existindo ainda “outras preocupações que podem tornar o verão particularmente desafiante para a aviação comercial”, a exemplo dos “problemas da cadeia de abastecimento que têm sido um problema crescente desde há algum tempo”, assim como do “afastamento das metas climáticas de 2050”, o que tem vindo a ser provocado pela “crescente procura de viagens aéreas e crescimento subsequente da indústria da aviação em geral”.

No entanto e apesar dos desafios, também há oportunidades, sendo que tanto a AirHelp como a AirAdvisor são perentórias em afirmar que Portugal pode tornar-se numa referência no que diz respeito à sustentabilidade ambiental na aviação, com destaque o SAF – Combustível Sustentável para a Aviação.

No caso da AirHelp, a empresa destaca que Portugal pode tornar-se numa referência quanto à sustentabilidade “devido ao crescimento contínuo no setor do turismo, bem como à expansão da conectividade regional e doméstica”. “À medida que a sustentabilidade se torna uma prioridade a nível mundial, o setor da aviação em Portugal pode aproveitar o momento para liderar as práticas de aviação mais ecológica. Os investimentos em aeronaves mais eficientes e sustentáveis, a implementação de programas de compensação de carbono e os Combustíveis de Aviação Sustentáveis ​​​​(SAF) podem melhorar a imagem de Portugal como líder no turismo e na aviação sustentáveis”, explica a AirHelp ao Publituris.

Por parte da AirAdvisor, a perspectiva é semelhante, com Anton Radchenko a considerar que “há grandes oportunidades para o mercado português da aviação no próximo ano”, com destaque para a produção de SAF, “que pode posicionar Portugal como líder do setor, especialmente devido à alocação governamental de 40 milhões de euros destinada a ajudar na descarbonização”.

 

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Nova edição: Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, DS Travel, Japão e dossier Cruzeiros

A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal (ATPNP), que assinalou recentemente três décadas de existência. Além disso, publicamos um artigo sobre o Japão e outro sobre a DS Travel, a fotorreportagem da 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, assim como entrevistas ao CEO da TAAG e ao manager da Camping Car Park. O dossier é dedicado aos cruzeiros.

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A nova edição do Publituris faz capa com uma entrevista a Luís Pedro Martins, presidente da Associação de Turismo do Porto e Norte de Portugal, que assinalou recentemente três décadas de existência.

Ao Publituris, o responsável faz um balanço positivo dos 30 anos da associação, ainda que realce que, para o futuro, é preciso investir, defendendo igualmente intervenções no Aeroporto Francisco Sá Carneiro.

Além da entrevista a Luís Pedro Martins, esta edição traz também, na secção Destinos, um artigo sobre o Japão, que, este ano, recebe a Exposição Universal até outubro, e que é um dos destaques da programação do operador turístico do Grupo Ávoris, CATAI.

Já na secção Distribuição, o destaque vai para um artigo sobre a DS Travel, que quer chegar às 100 unidades nos próximos três anos, acreditando que o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e o seu modelo inovador de expansão, vão permitir alcançar esse crescimento.

Nesta edição, merece ainda destaque a reportagem fotográfica sobre a 10.ª edição do Publituris Roadshow das Viagens, que decorreu entre 25 e 27 de março, e que passou pelo Porto, Coimbra e Lisboa, reunindo 45 expositores, que puderam mostrar a sua oferta a mais de 450 agentes de viagens.

Em Transportes, saiba quais são os planos da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, que se está a reinventar para estar ao nível dos gigantes da aviação africana, de acordo com Nélson Oliveira, CEO da transportadora aérea angolana.

Ainda na secção Transportes, publicamos também uma entrevista com Rui Monteiro, manager da Camping Car Park em Portugal. Esta rede de gestão de áreas de serviço para autocaravanas já está presente em território nacional desde 2013 e tem planos ambiciosos para chegar às 100 áreas de serviço nos próximos anos.

Esta edição, conta ainda com um Dossier dedicado aos cruzeiros, que traz as novidades das companhias e operadores de cruzeiros que atuam em Portugal para este verão, mas também para o inverno e para o verão do próximo ano. Neste trabalho, conheça também os navios que vão chegar ao mercado em breve, assim como o EXPLORA II, o segundo navio da Explora Journeys, a companhia de luxo do grupo que detém a MSC Cruzeiros, que esteve em Lisboa no final de março.

Já as opiniões desta edição, que conta também com o Pulse Report, são assinadas por Fransciso Jaime Quesado (economista e gestor), Rui Terroso (CEO e fundador da Living Tours) e Pedro Castro (docente e diretor da SkyExpert Consulting).

Leia a edição aqui.

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Análise

Viagens e turismo criarão 4,5 milhões de novos empregos na UE até 2035

A pesquisa de Impacto Económico elaborado pelo WTTC estima que, até 2035, as viagens e turismo deverão gerar mais 4,5 milhões de empregos, para atingir mais de 30 milhões, o que reforça o papel do setor na União Europeia. Isto quer dizer que um em cada sete empregos será neste setor, tornando-a numa das indústrias estrategicamente mais importantes dentro da UE.

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As previsões do WTTC mostram que a contribuição de viagens e turismo para o PIB aumentará para quase 2,3 biliões de euros, com sua participação económica subindo para pouco menos de 11%, no mesmo período. O setor continuará a superar o crescimento económico mais amplo, com um CAGR de 10 anos de 1,8%, em comparação com 1,3% para a economia da UE em geral, enquanto o setor contribuirá com mais de 900 mil milhões de euros anualmente para os governos da UE através de receitas fiscais.

Por outro lado, o WTTC estima que, na União Europeia, os gastos dos visitantes internacionais cheguem a 730 mil milhões de euros nos próximos 10 anos, enquanto os gastos dos visitantes nacionais devem ultrapassar 1,2 biliões de euros.

Com os olhos postos apenas neste ano, o organismo estima que o setor de viagens e turismo em toda a UE contribua com quase 1,9 biliões de euros para o PIB da região, representando 10,5% da economia da UE. Espera-se que o emprego atinja quase 26 milhões, representando 12% de todos os empregos da União Europeia, o que classifica como um sinal claro do crescente impacto do setor.

As previsões do WTTC é que os gastos dos visitantes internacionais atinjam 573 mil milhões de euros este ano, crescendo mais de 11% em relação a 2024, enquanto os gastos domésticos devem aumentar, atingindo 1,1 biliões, uma subida de 1,6% face ao ano anterior.

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Turismo de Portugal lança campanha que dá rosto e voz àqueles que fazem acontecer o Turismo todos os dias

A campanha lançada esta quarta-feira em Lisboa, pelo Turismo de Portugal para valorizar as profissões turísticas, e que vai ter, a partir desta quinta-feira, uma divulgação apenas digital, “é muito particular”, na opinião de Lídia Monteiro, vogal executiva do Turismo de Portugal, porque “trata de dar visibilidade a cada uma das profissões que o turismo tem, com autenticidade e verdade, com rostos verdadeiros”, uma vez que é protagonizada pelos alunos da rede de Escolas do Turismo de Portugal.

O Turismo é feito de pessoas é o mote da nova campanha do Turismo de Portugal que visa valorizar as profissões turísticas, através da representação fotográfica de mais de 20 profissões, encenadas por alunos da rede de 12 escolas do Turismo de Portugal. Pretende-se homenagear o papel essencial de quem, todos os dias, contribui para que a experiência daqueles que visitam o nosso país seja verdadeiramente memorável.

 

Como referia Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, na sessão de abertura desta campanha, “dá rosto e dá voz àqueles que fazem acontecer o turismo todos os dias”.

O reconhecimento é importante, assim como continuar o caminho de valorização do trabalho no turismo que tem vindo a acontecer de forma ainda mais intensa nos últimos anos. Refira-se a este propósito que a remuneração bruta média mensal das atividades no alojamento e restauração tem vindo a crescer acima da média nacional, tendo sido de 7% em 2024 face a 2023.

A sessão de apresentação da campanha contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado e do presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade e incluiu um painel de debate que, sob o tema “Rostos Reais do Futuro do Setor”, discutiu as realidades e perspetivas de algumas das profissões turísticas. A moderação ficou a cargo de Francisco Moser, CEO Hospitality na Details Hospitality, Sports & Leisure, e contou com a presença de alunos de vários cursos das Escolas de Hotelaria e Turismo, designadamente, Catarina Lucena, estudante de Turismo de Natureza e Aventura – Setúbal, Rodrigo Rocha, de Culinary Arts – Lisboa, e Petra Sequeira, aluna de Gestão de Restauração e Bebidas – Estoril.

A apresentação da campanha esteve a cargo de Lídia Monteiro, vogal da Comissão Executiva do Turismo de Portugal, acompanhada de Filipa Vasconcelos, Head of Operations da agência criativa, Dentsu Creative Iberia, e do fotógrafo Pedro Cerqueira, que concebeu a exposição com o título “Magia da Hospitalidade”, que inspirou a campanha. Esta mostra que está patente na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, irá percorrer os restantes estabelecimentos de ensino do Turismo de Portugal.

Segundo Filipa Vasconcelos, “a nossa missão era clara, era valorizar as pessoas que trabalham no setor do turismo em Portugal e valorizar as profissões. Tivemos uma missão facilitada, com o trabalho fantástico do Pedro Cerqueira, que conseguiu captar a essência de cada profissão e de cada pessoa que representada nesta campanha, que visa colocar as pessoas no centro da comunicação”, a partir daí “foi contar as histórias por trás daquelas caras, histórias do dia-a-dia de quem geralmente está nos bastidores e que nós queremos trazer para a frente e mostrar o tão bom é trabalhar no turismo, e a essência de cada uma das profissões do turismo”, referiu.

A partir do genérico de que o turismo é feito de pessoas, era o genérico, a agência desconstruiu os posts digitais da campanha com vários temas que retrata cada história de uma profissão, como o turismo é feito de experiências, para retratar a profissão de animador turísticos, ou turismo é feito de cuidado (assistente de sala), sempre acompanhado de um pequeno texto, que “emociona as pessoas e que atrai para esta profissão”, disse Filipa Vasconcelos.

As fotografias de Pedro Cerqueira demonstram a inclusão do turismo, já que estão retratadas as profissões do turismo em Portugal com pessoas de diferentes idades, de diferentes proveniências, diferentes culturas, homens e mulheres, que são felizes a fazer aquilo que gostam.

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Portugal entre os destinos preferidos dos europeus e portugueses para a Páscoa

Um recentes estudo da Jetcost, realizado a partir das pesquisas no seu motor de busca de voos e hotéis, apurou que “as procuras de voos aumentaram 5%, enquanto que as dos hotéis aumentaram 8% em relação à Páscoa de 2024”.

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Portugal está em alta nestas férias da Páscoa, apurou um estudo da Jetcost, que diz que o país é o destino preferido dos portugueses e também dos europeus para uma férias no próximo período festivo.

O estudo da Jetcost, realizado a partir das pesquisas no seu motor de busca de voos e hotéis, apurou que “as procuras de voos aumentaram 5%, enquanto que as dos hotéis aumentaram 8% em relação à Páscoa de 2024”.

“É, portanto, o ano com maior número de pesquisas da história”, acrescenta a Jetcost, que concluiu que “uma boa parte dos europeus que decidiram viajar durante a Páscoa de 2025 vão fazê-lo em Portugal”.

O clima, a riqueza cultural, os costumes e as festas religiosas, além da requintada gastronomia e dos bons hotéis e infraestruturas de Portugal são alguns dos motivos apontados para a escolha de Portugal como destino para estas férias da Páscoa.

Segundo este estudo, Portugal é “o terceiro país mais procurado na Jetcost para passar estas férias, depois da Espanha e da Itália”, sendo que muitos dos viajantes elegeram Lisboa para uns dias de férias na Páscoa.

“Os dados que analisam os resultados das procuras de voos durante a Páscoa de 2025 indicam que uma grande maioria optou por Lisboa, que se converte na cidade mais procurada pelos viajantes britânicos, alemães, italianos e holandeses e a segunda pelos espanhóis e franceses”, refere o comunicado divulgado pela Jetcost.
A riqueza cultural e reconhecida gastronomia do Porto são os motivos apontados para a escolha da capital nortenha, que “é a cidade mais procurada pelos viajantes espanhóis e franceses, a segunda pelos holandeses e italianos e a terceira pelos britânicos e alemães”.
Já Faro tornou-se “no segundo mais procurado pelos viajantes britânicos e holandeses, no terceiro pelos franceses e alemães, no quarto pelos italianos e no quinto pelos espanhóis”, muito por culpa do produto sol e praia, que é “muito procurado pelos europeus”.
A ilha da Madeira, por sua vez, “parece ser a preferida dos turistas europeus já que é terceira a ser escolhida pelos espanhóis e italianos e em quarto lugar pelos franceses, ingleses, alemães e holandeses”, enquanto o Porto Santo, a outra grande ilha do arquipélago, “ocupa o quinto lugar nas preferências dos turistas alemães e italianos, o sexto na dos franceses e britânicos e o oitavo na dos espanhóis e holandeses”.
Nos Açores, o destaque vai para a ilha de São Miguel, que ocupa o quarto lugar em termos de preferência de espanhóis, o quinto dos franceses, ingleses e holandeses e o sexto dos italianos, seguida da Terceira, escolhida na sexta posição por espanhóis, na sétima pelos italianos e holandeses e na nona pelos franceses.
Também nos Açores, a Ilha do Pico é a sexta mais demandada por alemães, a sétima pelos britânicos, a nona pelos holandeses e a décima pelos italianos, seguindo-se a ilha do Faial que também está muito bem posicionada pois é o sexto destino mais procurado pelos holandeses, o sétimo pelos franceses, o oitavo pelos britânicos e alemães e a nono pelos italianos, enquanto a ilha de Santa Maria é o sétimo destino favorito dos espanhóis, o oitavo dos italianos e o décimo dos franceses.
Mas Portugal não é apenas o destino preferido dos europeus para passar estas férias, já que também o é para os portugueses, já que existem sete destinos portugueses entre os 25 mais procurados pelos turistas nacionais para passar estes dias de descanso e lazer.
“São Miguel (2), Madeira (4), Porto (6), Lisboa (7), Terceira (13), Faro (22) e Porto Santo (23)” são, segundo a Jetcost, os destinos nacionais mais procurados pelos turistas lusos, seguindo-se as grandes capitais europeias de Paris (1), Barcelona (3), Roma (5), Madrid (8), Amesterdão (9), Londres (10), Milão (12), Luxemburgo (14), Génova (15), Bruxelas (16), Copenhaga (17), Praga (18), Budapeste (20), Viena (21) e Zurique (25).
Na longa distância, a maioria das opções recaiu em Nova Iorque, nos EUA, que ocupa o 19º lugar da lista, enquanto São Paulo, a maior cidade do Brasil, ocupa o 24º lugar.
“É uma grande notícia podermos comprovar que o interesse dos turistas por Portugal, mantem-se, uma vez mais, na Páscoa 2025, especialmente neste ano recorde, com números de pesquisas de voos e hotéis nunca antes alcançados, e que as cidades portuguesas continuam a ser grandes destinos turísticos mundiais”, refere Ignazio Ciarmoli, Diretor de marketing de Jetcost.
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Nova conjuntura exige “um maior investimento em promoção”, diz novo presidente ARPTA

A nova direção da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) tomou posse, com José Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo da região, a assumir a presidência, admitindo que “é tempo de colocar em marcha uma nova resposta coletiva mais abrangente e mobilizadora”.

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A nova direção da Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo (ARPTA) tomou posse esta segunda-feira, 7 de abril, com José Manuel Santos, agora novo presidente da Direção da Agência, cargo que acumula com a presidência da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a destacar na sua intervenção que “o ciclo de desenvolvimento turístico do Alentejo está a mudar com a entrada em operação de um número considerável de novos projetos no Litoral e no Interior da Região”.

O novo presidente da ARPTA considerou que esta “dinâmica se irá intensificar nos próximos 10 anos”, salientando, ainda que “só neste ano [2025] está prevista a abertura de mais 10 hotéis em locais tão diferentes da região, como Viana do Alentejo, Ourique, Monforte, Melides, Santiago do Cacém ou Santarém”.

Numa cerimónia realizada na Herdade da Malhadinha, marcando o arranque de um novo ciclo de ação e estratégia para a promoção turística da região, ao mesmo tempo que se sublinhava a necessidade de adaptação ao novo contexto competitivo, José Santos reforçou: que “esta nova conjuntura irá requerer uma resposta da estrutura regional de marketing bastante superior, exigindo claramente um maior investimento em promoção, realidade à qual as entidades gestoras dos fundos europeus na região, e o próprio Turismo de Portugal, não poderão ignorar”.

Por isso, o novo presidente da ARPTA concluiu que “é tempo de colocar em marcha uma nova resposta coletiva mais abrangente e mobilizadora, num ano em que se começará a preparar com o Turismo de Portugal o ciclo de contratualização da promoção externa para o período 2026-2028, o que exigirá a apresentação de uma estratégia integrada, mais coerente e ambiciosa”.

Os órgãos sociais eleitos para o triénio 2025-2028 são:

Direção
José Manuel Santos (Turismo do Alentejo, ERT) – Presidente
Luisa Rebelo (Torre de Palma, Lda) – Presidente-Adjunta
Nuno Pina (Pestana Hotel Group | Pousadas de Portugal) – Vogal
Teresa Caeiro (Gerações da Talha, Lda) – Vogal
Porfírio Perdigão (Vila Galé – Soc. Empreendimentos Turísticos, S.A.) – Vogal
Teresa Vilas Boas (Turaventur – Aventura e Turismo, Lda) – Vogal
Lino Pereira Coelho (AHP – Associação da Hotelaria de Portugal) – Vogal
Marta Passarinho (L`and Hotel Management Lda – L’And Vineyards) – Vogal
Vasco Mendes (Greenarea Hotels Resorts Lda) – Vogal
Mariana Delgado (Promenade, Viagens e Turismo Lda) – Vogal
Humberto Nixon (Aquaspace Lda – Alquevatours) – Vogal
Mónica McGill (Associação Casas Brancas) – Vogal
Michele Marques (Casa do Gadanha, Lda) – Vogal

Mesa da Assembleia Geral
Carlos Moura (AHRESP – As
ociação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) – Presidente
Joaquim Robalo de Almeida (ARAC – Associação Nacional dos Locadores de Veículos) – Vice-Presidente
Delfina Marques (Capote’s Emotion Atelier) – Secretária

Conselho Fiscal
Pedro Costa Ferreira (APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo) – Presidente
António Marques Vidal (APECATE – Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos) – Vice-Presidente
Jorge Rosado (Marvão em Parceria) – Vogal

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Turismo sénior impulsiona Europa, com a Madeira em destaque

Com a população com mais de 65 anos a representar já 21% da população total na Europa, uma análise da TU Musement aponta o turismo sénior como um fator de consolidação e de dessazonalização do turismo na Europa. A Madeira está entre os destinos mais pesquisados.

Victor Jorge

O turismo sénior parece estar a consolidar o seu papel como motor de crescimento para o setor turístico europeu. De acordo com uma análise recente da TUI Musement, plataforma do grupo TUI especializada em atividades e excursões, as preferências dos viajantes com mais de 65 anos colocam alguns destinos europeus nos mais pesquisados por estes viajantes, com a Madeira a surgir entre as opções.

A análise, baseada em milhares de avaliações de experiências feitas por turistas seniores, identifica uma tendência clara: os baby boomers (entre os 55 e os 75 anos) procuram cultura, natureza e bem-estar, optando por destinos tranquilos e de qualidade fora da época alta. Uma dinâmica que contribui para mitigar a sazonalidade e diversificar a oferta turística na Europa.

A lista dos sete destinos melhor avaliados é liderada por Lárnaca (Chipre), seguida de Skiathos (Grécia), Madeira (Portugal), Cefalónia (Grécia), Sorrento (Itália), La Palma (Espanha) e Menorca (Espanha). Em todos estes destinos, as experiências mais populares entre os seniores incluem percursos na natureza, visitas culturais e excursões descontraídas, com um foco no desfrute pausado e no conforto.

Relativamente à Madeira, que atinge uma pontuação de 8,58 pontos, a análise da TUI refere que “com o seu clima ameno, paisagens deslumbrantes e ambiente tranquilo, a Madeira é um destino ideal para esta geração. Entre os destaques estão as vistas impressionantes do Cabo Girão e do Pico do Areeiro, os jardins tropicais do Monte Palace e os passeios pelas famosas levadas da ilha”.

Além de Madeira, o Algarve também se destaca no ranking elaborado pela TUI Musement, ocupando a 15.ª posição com uma pontuação média de 8,34. Entre as atividades mais bem avaliadas pelos viajantes séniores estão os passeios de barco para admirar as grutas marinhas de Carvoeiro e as excursões a cidades como Faro, Olhão, Lagos e Sagres.

De referir que na última década, a população da União Europeia com mais de 65 anos cresceu quase três pontos percentuais, representando atualmente mais de 21% do total. “Esta evolução demográfica está a moldar novas tendências no setor do turismo”, refere a análise, indicando que, “com mais tempo livre, estabilidade económica e vontade de explorar o mundo, os baby boomers continuam a desfrutar das viagens, com um interesse crescente em descobrir destinos fora da época alta, contribuindo para a dessazonalização do setor”.

A concluir a análise da TUI salienta que “as viagens fora da época alta favorecem a sustentabilidade do setor, combinando os destinos preferidos cultura, clima ameno e acessibilidade. A evolução demográfica e o envelhecimento ativo sustentam, assim, uma nova realidade turística na Europa, na qual o público sénior ganha protagonismo e transforma os calendários tradicionais do setor”.

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O RoadShow das Viagens do Publituris em menos de 5 minutos (vídeo)

Foram três dias de networking com 45 expositores e mais de 450 agentes de viagem a participarem no RoadShow das Viagens do Publituris nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa. (Re)Veja tudo em menos de 5 minutos.

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A 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris reuniu, nas cidades do Porto, Coimbra e Lisboa, mais de 450 agentes de viagem que ficaram a conhecer as novidades que os 45 expositores mostraram em três dias de networking.

No primeiro dia, no Porto Palácio Hotel by The Editory, marcaram presença 179 agentes, resultando em mais de 4.400 interações com os expositores.

Já em Coimbra, no Vila Galé Coimbra, foram 108 os agentes de viagem que realizaram perto de 2.400 interações.

No último dia, em Lisboa, no Tazte Secret Spot, 170 agentes realizaram mais de 4.000 interações.

(Re)veja tudo em menos de 5 minutos.

Marcaram presença na 10.ª edição do RoadShow das Viagens do Publituris as empresas/entidades:

AçorSonho Hotéis
Air Canada
APG Portugal
Avis
Barceló Hotel Group
Be Live Hotels
Bedsonline
Casa de Campo Resort Villas
Civitatis
Consolidador
Europcar
Hotel Continental Angola
Ilha Verde
In Sure Broker
Madeira
Mawdy
MSC Cruzeiros Portugal
Mundomar Cruzeiros
RailClick
Regent Seven Seas Cruises
Republica Dominicana
Royal Air Maroc
SATA Air Azores
Saudi Arabia Tourism Authority
Sixt
Soltrópico
TAAG – Linhas Aéreas de Angola
TAP Air Portugal
The Editory Hotels
Tivoli Estela Golf & Lodges Porto
Transavia
Turismo Alentejo e Ribatejo
Turismo da Gran Canaria
Turismo da Polónia
Turismo de Formentera
Turismo do Centro de Portugal
Turismo do Porto e Norte de Portugal
Turismo Marrocos
Um Mundo de Cruzeiros
United Airlines
Unlock Boutique Hotels
Viajar Tours
Vila Galé
Visit Benidorm – Tourism Board
Wotels

O evento conta com o apoio de: Visit Portugal, Turismo do Centro de Portugal, Turismo do Porto e Norte de Portugal, APAVT, The Editory Hotels, Vila Galé, Tazte, GR8 events, Iberobus e YVU.

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