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“Houve aldeias que voltaram a ter população devido às Aldeias do Xisto”

Depois de terem levado nova vida ao interior do país, numa região marcada pela desertificação, as Aldeias do Xisto preparam-se para a internacionalização, segundo Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

Inês de Matos
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“Houve aldeias que voltaram a ter população devido às Aldeias do Xisto”

Depois de terem levado nova vida ao interior do país, numa região marcada pela desertificação, as Aldeias do Xisto preparam-se para a internacionalização, segundo Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

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Depois de terem levado nova vida ao interior do país, numa região marcada pela desertificação, as Aldeias do Xisto preparam-se para a internacionalização, segundo Paulo Fernandes, presidente da ADXTUR – Agência para o Desenvolvimento Turístico das Aldeias do Xisto.

Aldeias do Xisto nasceram no início do ano 2000. O que é que levou ao surgimento deste projecto?
As Aldeias do Xisto, enquanto marca territorial, surgiram um pouco mais tarde, mas foi no princípio do milénio que o projecto se formalizou, inserido na abordagem “Acção Integrada de Base Territorial do Pinhal Interior”, numa das zonas de menor densidade do país. O Pinhal Interior é uma zona com problemas em termos de desertificação e este projecto surgiu numa lógica de desenvolvimento territorial, com uma conexão muito forte com as comunidades.
Começámos por fazer a detecção de recursos, o que permitiu perceber que o isolamento daquele território tinha um lado menos negativo, que era a preservação de um património cultural do xisto e de uma arquitectura que estava corporizada por um conjunto de aldeias comuns a 18 municípios. Foi, então, feito um trabalho de triagem e passámos para os planos de reabilitação, com intervenções no espaço público.
Essa primeira fase culminou em 2008, quando se constituiu a marca Aldeias do Xisto e se criou uma entidade gestora, que na altura era algo muitíssimo inovador, porque tinha lógicas públicas e privadas. Considerámos que, no território, tínhamos que ser nós – agentes e comunidade – a assumir a responsabilidade e criámos a ADXTUR com essa assunção, porque depois da reabilitação física, era importante criar percepção de valor no mercado.
A ADXTUR arrancou como uma associação sem fins lucrativos, com um modelo público-privado, com 70/80 agentes e grande parte eram privados. Nessa primeira fase, fizemos um investimento de 13 milhões de euros, muito alavancado em fundos comunitários, já que 80% do investimento era público.
Na segunda fase – que foi sobretudo de construção e qualificação da oferta – passámos para 200 associados, dos quais 150 são privados, desde unidades hoteleiras, empresas de animação turística, restauração, produtores locais e alojamentos em Turismo no Espaço Rural (TER) e o paradigma inverteu-se, porque estamos já com 70% de investimento privado e 30% público.

Podemos dizer que o impacto das Aldeias do Xisto foi transversal, não se limitou ao Turismo?
Exactamente. O projecto tem no Turismo um dos seus pilares essenciais, mas o impacto é muito maior, permitiu passar de um território conhecido pelas piores razões, para um território que tem neste projecto uma criação de valor.
Quando começámos, eram meia dúzia os agentes que tinham ligação ao Turismo, haveria apenas um hotel naquele território – não íamos além das 40 camas e, hoje, temos cerca de mil – e nos TER aconteceu a mesma coisa, no início seriam uns 10 a operar e agora existem uns 80, o que mostra a mudança brutal que este projecto permitiu.
Nesta segunda fase, fizemos um investimento fortíssimo e estamos agora a entrar numa terceira dimensão, onde a componente da qualidade é muito relevante.

Referiu que as Aldeias do Xisto estão a entrar numa nova etapa. O que é que vai acontecer, que novidades podemos esperar?
Vamos aprofundar a vertente da inovação e continuar a trabalhar na criação de temáticas. Uma dessas temáticas é o cycling e, em breve, vamos apresentar a primeira bicicleta da marca Aldeias do Xisto. É uma bicicleta eléctrica, todo-o-terreno e adaptada à região. Temos muita força na vertente das bicicletas e queremos assumir-nos como um destino ciclável.
Outra das vertentes em que vamos apostar é na água, pelas características da região, que tem a ‘Grande Rota do Zêzere’ e mais de 50 praias fluviais, e estamos também a apostar na gastronomia. Fizemos uma carta gastronómica, que tem quase nove anos e que resultou de um trabalho profundo e, agora, queremos fazer a ponte entre a cozinha tradicional e uma gastronomia sofisticada, a partir dos produtos regionais e dos pratos associados ao Pinhal Interior, como a Chanfana, o Bucho ou o Maranho, mas envolvendo também os produtores, numa relação de proximidade. É por isso que estamos a fomentar a criação do Clube de Produtores das Aldeias do Xisto, com o objectivo de usar estes produtos nos restaurantes recomendados e oferecer uma gastronomia autêntica, com base em produtos de qualidade.
Vamos continuar também o esforço de desdobramento dos mercados. A nossa grande força é no mercado interno, queremos manter essa força, mas queremos chegar a mais mercados internacionais, sobretudo onde o produto de Turismo de Natureza está bastante desenvolvido.
E estamos ainda a trabalhar o digital, a exemplo da nossa plataforma BookinXisto, que é também bastante inovadora, porque não vende só noites de alojamento.

Como está a correr a aposta nessa plataforma de reservas? Foi lançada há muito pouco tempo, mas já é possível fazer um balanço?
A plataforma está no primeiro ano de vida, mas foi muito importante, nomeadamente no momento complicado de 2017, com os incêndios no nosso território.
A BookinXito é uma plataforma multisserviços, que permite que, no mesmo sítio, se possa comprar uma noite de alojamento, uma experiência ou produtos e, por isso, é uma plataforma inovadora, porque não é fácil fazer essa agregação.
Está a fazer o seu trajecto e, hoje, o negócio gerado através deste instrumento ronda os 200 mil euros, o que é interessante, tendo em conta a dimensão dos nossos operadores. Portanto, estamos a crescer no online e já mais do que quadruplicámos a procura da marca, o que é um marco muito importante. Esta é uma das linhas que queremos continuar, diversificando o quadro das compras, é muito importante que o valor gasto por turista aumente, assim com a estada média, que ronda as 2,2 noites, um número muito superior à média da região.

Exemplo e feedback

E os turistas percebem a importância que tem este projecto para o território onde se insere, as Aldeias do Xisto têm recebido esse feedback?
Creio que sim, mas é difícil ter dados concretos. Acompanhamos esse feedback através das plataformas digitais, que são fundamentais para fazer um acompanhamento pós-venda, e procuramos ter uma relação permanente com os turistas. Mas sentimos, de facto, que as experiências são muito adequadas.
Nesse âmbito, vamos lançar um novo programa, que se chama Aldeia Escola, com dois objectivos: criar experiências e criar uma relação mais profunda com o território. Para isso, vamos ensinar os turistas a serem aldeões. É um projecto com vários módulos – carpintaria, agricultura ou tecelagem – que vão dar créditos. A partir de determinado número de créditos, a pessoa vai aumentando o seu nível de capacidade de viver numa aldeia e, ao mesmo tempo, tem experiências. É um projecto de nova geração, um novo olhar para algo que sempre esteve cá, mas com uma ‘roupagem nova’, que liga experiências e saberes locais.
Queremos também aumentar o número de residentes. A desertificação vai continuar, mas o certo é que, num território em que todos os sectores estavam em perda, há agora um que está a crescer, que é o Turismo. É um turismo muito integrado, que permitiu recuperar mais de 800 casas, com grande impacto nas pequenas empresas de construção da região, algumas delas voltaram a especializar-se na madeira e na pedra, que estava em desuso. Passámos de uma gestão de ruínas, para uma lógica de construção de valor, houve aldeias que voltaram a ter população devido às Aldeias do Xisto, seguramente, todas elas sustêm a população pelo facto de existir este programa e, acima de tudo, há uma enorme procura das casas de xisto no nosso território, o que nos leva a acreditar que o programa ‘Escola Aldeia’ ou a aposta no turismo residencial são questões lógicas, do ponto de vista da evolução do projecto.

Já referiu que este foi um projecto inovador e pioneiro. Sentem que esse pioneirismo serviu de exemplo a outras redes que, entretanto, se vieram a estruturar?
Sim, as Aldeias do Xisto sempre foram um projecto de experimentação e assumiram um papel de laboratório para testar coisas novas. Somos muito reconhecidos exactamente por esse factor, pela inovação criada num sítio onde não era previsível e sentimos que, por exemplo nas questões do walking e do cycling, somos um exemplo para outros projectos. As próprias autoridades institucionais sempre nos chamaram para partilharmos a nossa experiência, isso aconteceu com as Aldeias Vinhateiras, onde ajudámos na criação do modelo institucional.
Também partilhámos a nossa experiência nas áreas do património natural e áreas protegidas na zona Centro Interior e a própria associação que gere as Aldeias Históricas tem um modelo institucional que decorre de um modelo que as Aldeias do Xisto, na altura, também aplicaram.
Outra área em que também estamos a ser muito solicitados é o craft. Costumo dizer que as Aldeias do Xisto são uma rede de redes, tem uma polifonia de diferentes produtos que fazem parte do produto central, mas com diferentes quadros de oferta e diversificação. Uma das primeiras facetas que começámos a trabalhar foi o artesanato e os produtos locais – por isso também temos uma rede de lojas Aldeias do Xisto –, o que levou a que tivéssemos começado a trabalhar muito a parte da criatividade. Foi um trabalho de anos, que permitiu que Portugal entrasse na Agência Mundial de Artesanato a partir das Aldeias do Xisto, cuja sede nacional está localizada numa das nossas aldeias, a Cerdeira, na Serra da Lousã.
Fomos também pioneiros na rede de bicicletas e bike hotéis, que começaram a ser testados no âmbito das Aldeias do Xisto e, hoje, já se tornaram banais.

Números

Quantos turistas visitam, a cada ano, as Aldeias do Xisto e quais são as experiências mais procuradas?
As Aldeias do Xisto são visitadas por perto de 300 mil pessoas, infelizmente, nem todas passam a noite no território, mas têm consumos vários, entre a restauração e a animação. As dormidas devem andar na casa das 60 mil na hotelaria e 60 mil nas unidades TER, o que é muito positivo, porque apenas temos cerca de mil camas.
O principal mercado é o nacional, 95% dos nossos turistas são nacionais, mas queremos mudar essa realidade, pois temos um produto interessante para o mercado internacional.
Em relação às experiências, muitos turistas fazem apenas touring e percorrem as estradas panorâmicas. Depois, temos uma parte muito forte de turismo activo, sobretudo na componente das bicicletas, mas também do walking, e temos também a restauração. A nossa gastronomia tem muito boa aceitação, porque tem, de facto, especificidades que os turistas gostam de descobrir e os leva a querer conhecer as 27 Aldeias do Xisto.

Como correu 2018 para as Aldeias do Xisto, tendo em conta que 2017 tinha ficado marcado pelos grandes incêndios na região Centro?
O que aconteceu em 2017 foi trágico. Os incêndios começaram em Pedrógão Grande, o coração das Aldeias do Xisto e houve uma perda muito grande, desde logo de pessoas, mas também de património. Pelo menos, três Aldeias do Xisto arderam parcialmente e tiveram que fazer um esforço muito grande de recuperação, mas o turismo foi uma das áreas onde a reacção foi mais imediata, exactamente por causa das Aldeias do Xisto. Muitas comunidades juntaram-se para começarem a recuperação e isto ajudou-nos a reagir.
As pessoas neste território não estão habituadas a facilidades e tiveram uma capacidade de superação que gostava de sublinhar. Talvez por isso, mesmo no ano de 2017 houve um aumento acima de dois dígitos no número de turistas. Em 2018, temos um aumento maior, devemos andar nos 18% acima do ano anterior.

E para 2019, qual é a expectativa das Aldeias do Xisto?
É continuar a crescer. Queremos atrair mais turistas, continuar acima dos dois dígitos de crescimento e aumentar o número de turistas internacionais que nos visitam.
O nosso mercado interno alargado, com o mercado espanhol, é interessante, mas não é muito relevante do ponto de vista do TER, porque é um mercado concorrencial. As zonas fronteiriças têm oferta muito próxima da nossa e, por isso, devemos ir à procura de outros mercados, nomeadamente do centro da Europa – Alemanha e países nórdicos -, temos que diversificar o quadro da procura.

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Enoturismo

Enoturismo no Centro de Portugal em análise

As XII Jornadas de Enoturismo, que abriram esta quarta-feira, no Centro Cultural e de Congressos de Aveiro, promovem, durante dois dias, a reflexão e o debate sobre o enoturismo no Centro de Portugal, incentivando a troca de ideias e experiências entre participantes e especialistas do setor.

O evento é organizado pelas regiões vitivinícolas do Centro de Portugal – Bairrada, Dão, Beira Interior, Lisboa e Tejo, com o apoio da Turismo Centro de Portugal (TCP), da Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e da Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra.

A sessão de abertura contou com intervenções de José Pedro Soares, presidente da Comissão Vitivinícola (CV) da Bairrada, Jorge Brandão, vogal do Programa Regional Centro 2023, Rogério Carlos, vice-presidente do Município de Aveiro e, em mensagens por vídeo, José Ribau Esteves, presidente do Município de Aveiro, e Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo.

O dia de quarta-feira ficou ainda marcado por um painel de discussão, sob o tema “Enoturismo: Percurso e Perspetivas”, que teve como intervenientes Adriana Rodrigues e Sílvia Ribau, da TCP, e José Pedro Soares, da CV da Bairrada. Na questão “Qual o maior desafio ao desenvolvimento do enoturismo no Centro de Portugal”, os participantes do painel destacaram a “articulação entre os diversos atores” e a “mudança das preferências do consumidor”. Já quanto aos pontos fortes do enoturismo na região, os mais referidos foram “diversidade”, “autenticidade”, “paisagem”, “qualidade” e “gastronomia”, sendo os pontos fracos a “comunicação”, a “promoção” e o “investimento”.

“Concorrência” e “alterações climáticas” foram as principais ameaças identificadas pela assistência, enquanto “inteligência artificial”, “diversidade” e “localização” foram as oportunidades mais referidas. A terminar, a questão “que imagem tem o enoturismo na região” recebeu como respostas preferenciais a “diversidade” e o “potencial”.

O segundo painel do dia, dedicado ao tema “A Arte do Storytelling”, teve a participação de Nuno Madeira, gestor do produto Enoturismo do Turismo de Portugal, Elaine de Oliveira, sommelier e jornalista, e Cláudia Camacho, perfumista.

No segundo e último dia das Jornadas, que decorrem esta quinta-feira, terão lugar mais três painéis, sobre “A Criação de uma Experiência Memorável”, “Da Mesa à Descoberta – O Papel dos Sommeliers” e “Os Desafios do Setor: Autêntico, Inteligente e Sustentável”.

O programa inclui ainda workshops e visitas a quintas e adegas da Bairrada, proporcionando aos participantes uma imersão nas experiências enoturísticas da região.

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ESHTE regista aumento de 25% em estágios internacionais

A instituição tem sido requisitada por cadeias de hotéis da Grécia, Espanha e Dubai, que procuram estudantes de hotelaria e turismo desta escola para estágios.

A Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (ESHTE) aumentou em 25% no número de estagiários colocados fora do país.

De acordo com a instituição, 112 dos 754 estagiários do ano letivo 2023/2024 foram colocados em estágios fora do país, em 16 latitudes – um aumento de 25% face ao ano letivo anterior, em que foram registados 90 estágios internacionais.

No pódio de destinos surgem a Grécia – principalmente os grupos Sani/Ikos e Nana Hotels –, que acolheu mais de metade dos estudantes (53%), seguida de Espanha (18%) e do Dubai (10%), na sequência de um protocolo celebrado com o grupo Jumeirah Hotels and Resorts.

A lista de destinos onde os estudantes da ESHTE estão a cumprir períodos de formação remunerada incluem ainda Marrocos, Cabo Verde, Inglaterra, França, Chéquia, Países Baixos, Canadá, St. Martin, São Tomé e Príncipe, Irlanda do Norte, Alemanha, Áustria e Dinamarca.

Os 112 estudantes a cumprir estágios internacionais provêm das cinco licenciaturas da Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, com predominância do curso de Direção e Gestão Hoteleira, seguido de Produção Alimentar em Restauração, Gestão Turística, Informação Turística e Gestão do Lazer e Animação Turística.

“Na ESHTE, os estágios têm um caráter obrigatório, logo no segundo ano, porque são fundamentais para a ambientação dos estudantes ao contexto do mercado de trabalho, e não raras vezes resultam em propostas de trabalho após a conclusão dos cursos. O nosso ensino com pendor aplicado é muito valorizado pelo mercado e a procura pelos nossos estudantes continua a superar largamente a oferta”, salienta Carlos Brandão, presidente da instituição.

No seguimento da aposta na oferta de estágios internacionais, a ESTHE abriu portas para um evento da Placement International, uma empresa suíça de recrutamento e colocação especializada na indústria de hospitalidade de luxo.

Na sessão, realizada no Auditório do Centro de Incubação de Base Tecnológica do Turismo (CIBT), a Placement International apresentou um portefólio com diversas opções de estágios internacionais, com enfoque em dois hotéis Ritz-Carlton localizados na Flórida, nos Estados Unidos da América.

“A procura internacional é uma tendência que tem vindo a acentuar-se e os indicadores apontam para um contínuo crescimento ao longo dos próximos anos. Por um lado, é o reflexo de um mundo cada vez mais globalizado. Por outro, reflete o desejo dos próprios estudantes. Não são apenas as questões financeiras que os movem, mas sim o desejo de ter uma visão mais alargada, de trabalharem pela primeira vez fora do país e, regressando, evoluírem na carreira com mais mundo, com maior conhecimento sobre diferentes realidades”, sintetiza João Pronto, professor-adjunto e coordenador de estágios da instituição.

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easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025

A easyJet anunciou a abertura, a partir de 31 de março de 2025, de uma nova rota entre o Reino Unido e o Sal, em Cabo Verde, assim como o início das ligações entre Londres-Luton e a Madeira, que arrancam a 2 de junho do próximo ano.

A easyJet anunciou que, a partir de 31 de março de 2025, vai passar a ligar diretamente o Reino Unido a Cabo Verde, numa rota entre o aeroporto de Gatwick, em Londres, e a ilha do Sal, em Cabo Verde, que vai contar com três voos por semana.

A rota para o Sal desde Gatwick, sublinha a easyJet num comunicado enviado à imprensa, surge depois do arranque dos voos da companhia aérea para o destino com partida de Lisboa e Porto, que arrancaram a 29 e 30 de outubro, respetivamente.

Os voos da easyJet entre o Aeroporto de Gatwick e o Sal vão acontecer três vezes por semana, às segundas, quartas e sextas-feiras.

“A abertura de novas rotas é sempre um passo significativo e reflexivo do nosso compromisso com a acessibilidade e a ampliação das opções de viagem mais acessíveis e convenientes para os nossos passageiros”, refere José Lopes, diretor-geral da easyJet Portugal.

A par da nova rota desde o Reino Unido para o Sal, a easyJet anunciou também, a partir de 2 de junho de 2025, uma nova rota entre Londres-Luton e a Madeira, numa operação que vai contar com dois voos por semana, às segundas e sextas-feiras.

“Estamos entusiasmados por oferecer conexões diretas que refletem o crescimento da procura por viagens internacionais e permitem a ligação entre Portugal e mais destinos atrativos”, acrescenta José Lopes.

Mais informações e reservas disponíveis através do website da companhia aérea, que está disponível aqui.

 

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

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Análise

Do “Green Washing” ao “Green Hushing”

A poucos dias do final da COP29, a DoGood People alerta para o facto de haver cada vez mais empresas a optarem por não comunicar as suas práticas de sustentabilidade, o que pode prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders.

Um novo fenómeno global – “Green Hushing” – parece estar a surgir no mundo empresarial, alerta a DoGood People, salientando que são cada vez mais as empresas que optam por manter em silêncio as suas práticas sustentáveis, visto terem receio do escrutínio público e de serem acusadas de praticar “Green Washing”.

Enquanto o “Green Washing” é uma ação deliberada para influenciar os consumidores, levando-os a pensar que uma determinada empresa é sustentável através da comunicação de uma narrativa falsa ou incoerente, o “Green Hushing” é uma “escolha intencional” de não comunicar verdadeiras práticas responsáveis, com o objetivo de evitar acusações de “Green Washing”.

Com a grande maioria das empresas a considerar que a comunicação de objetivos sustentáveis é relevante para o sucesso comercial, a solução corporativa de ESG que visa otimizar o envolvimento e impacto dos colaboradores na estratégia das suas empresas, alerta que, ainda assim, “muitas empresas estão a considerar manter estrategicamente o silêncio sobre as suas ações e outros progressos em questões de sustentabilidade”.

De acordo com o “Net Zero Report 2024”, um estudo da South Poul, o fenómeno é cada vez mais comum, sendo que 44% das empresas afirmam que a comunicação sobre ações de sustentabilidade é cada vez “mais desafiante”. Por consequência, 58% dessas empresas revela a intenção de reduzir a comunicação sobre esta temática.

Embora seja um fenómeno discreto, esta estratégia pode “prejudicar a transparência e a confiança dos stakeholders, enfraquecendo o impacto positivo que a comunicação de práticas sustentáveis poderia gerar”, admite a DoGood People. Além disso, dificulta a criação de benchmarks e a partilha de boas práticas entre setores, essencial para a evolução sustentável global.

Para responder a este desafio, “há que dar importância à construção de uma estratégia de sustentabilidade ao mais alto nível das empresas, integrada nos seus planos de crescimento e não apenas iniciativas levadas a cabo por um departamento isolado”, frisa a consultora.

Assim, quando a narrativa de sustentabilidade de uma empresa está ligada à sua estratégia de negócio, princípios e valores corporativos, ela torna-se transversal a toda a organização e aos seus stakeholders. “Tudo isto contribui para o aumento da confiança interna, mas também externa, o que reduz a vulnerabilidade a acusações de ‘Greenwashing’”, conclui a DoGood People.

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Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede

A experiência do hóspede está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar

Garantir uma experiência memorável aos hóspedes é essencial para qualquer estabelecimento, seja um hotel, uma pousada ou um alojamento local. A satisfação dos visitantes não depende apenas de um bom atendimento, mas também de detalhes que fazem a diferença no conforto e bem-estar. A seguir, partilhamos algumas dicas práticas para elevar a experiência do hóspede e garantir que a estadia seja inesquecível.

1. Atenção ao detalhe na decoração

A primeira impressão é crucial. O ambiente que o hóspede encontra ao chegar ao quarto pode definir a sua opinião sobre o local. Uma decoração acolhedora, com atenção aos detalhes, pode criar uma atmosfera convidativa. Aposte em cores neutras ou suaves, que transmitam tranquilidade, e certifique-se de que o quarto esteja sempre impecavelmente limpo e organizado. Um detalhe que pode fazer a diferença é a utilização de iluminação indireta e suave, que ajuda a criar um ambiente relaxante, ideal para descansar após um longo dia.

2. Conforto acima de tudo

O conforto físico do hóspede deve ser uma prioridade. Certifique-se de que a cama é confortável e que há várias opções de almofadas para diferentes preferências. Um toque adicional que pode elevar a experiência é oferecer mantas macias e aconchegantes para as noites mais frescas. Esses pequenos detalhes não passam despercebidos e mostram que o alojamento está preocupado em proporcionar o melhor conforto possível.

3. Atenção personalizada

Um dos maiores diferenciais de um bom alojamento é a atenção personalizada. Tente antecipar as necessidades dos hóspedes e ofereça serviços adaptados às suas preferências. Um exemplo simples é deixar uma nota de boas-vindas com o nome do hóspede ou perguntar previamente sobre qualquer preferência alimentar, especialmente no caso de dietas restritivas. Pequenos gestos como estes fazem com que os hóspedes se sintam valorizados e bem tratados, aumentando as chances de retorno ou recomendação.

4. Experiências locais

Oferecer aos hóspedes experiências locais autênticas pode elevar significativamente a qualidade da estadia. Recomendar passeios, restaurantes típicos ou eventos culturais da região demonstra que o estabelecimento está bem conectado com a comunidade e deseja proporcionar uma imersão no destino. Alguns estabelecimentos até oferecem parcerias com guias turísticos ou empresas locais para garantir uma experiência personalizada e única. Além disso, ter guias turísticos, mapas ou brochuras disponíveis no quarto é um gesto simples, mas que pode facilitar muito a vida do hóspede.

5. Tecnologia como aliada

A tecnologia pode ser uma excelente aliada para proporcionar uma experiência moderna e conveniente. Oferecer Wi-Fi de alta velocidade gratuito é praticamente obrigatório nos dias de hoje, mas é possível ir além. Considere a possibilidade de incluir carregadores universais nos quartos, altifalantes Bluetooth ou até tablets com informações sobre o hotel e sugestões de atividades. A chave está em garantir que a tecnologia ofereça conveniência e não se torne uma complicação, sendo intuitiva e de fácil acesso.

6. Limpeza impecável

Não há nada mais desagradável do que chegar a um alojamento e encontrar vestígios de falta de limpeza. Garanta que a limpeza dos quartos, casas de banho e áreas comuns seja feita com rigor e regularidade. O cheiro agradável e a organização dos espaços contribuem para uma sensação de bem-estar. Além disso, certifique-se de que toalhas e roupa de cama estejam sempre impecavelmente limpas e em boas condições, substituindo-as sempre que necessário.

7. Pequenos mimos que fazem a diferença

Por fim, pequenos mimos podem fazer toda a diferença na percepção do hóspede sobre o local. Ofereça garrafas de água, chá ou café de cortesia no quarto, juntamente com snacks ou frutas frescas. Outra ideia é deixar um pequeno kit de cuidados pessoais, como produtos de higiene de qualidade ou um roupão confortável, para que o hóspede se sinta em casa. Esses detalhes inesperados mostram um cuidado adicional e são sempre bem-vindos.

 

A experiência do hóspede vai além do básico; está nos detalhes e na capacidade de surpreender e cuidar. Ao seguir estas dicas práticas, pode transformar uma estadia comum numa experiência memorável, criando uma impressão duradoura e positiva. O foco deve ser sempre o bem-estar do hóspede, proporcionando conforto, personalização e atenção ao detalhe, resultando em mais satisfação e fidelização.

 

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Emprego e Formação

Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”

O novo programa gratuito “Business Analytics in Tourism”, lançado pelo Porto Business School e NOVA Information Management School – NOVA IMS, e que tem início a 9 de dezembro, capacita profissionais do setor em análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação.

O curso, que decorre entre 9 de dezembro de 2024 e 14 de março de 2025, e cujas as inscrições já estão abertas, desenvolvido para capacitar profissionais do turismo em competências avançadas de análise de dados e gestão estratégica, essenciais para a transformação digital e inovação neste setor

Integrado no projeto “Acelerar e Transformar o Turismo” (ATT) e financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o programa visa preparar as organizações turísticas para enfrentar as exigências de um mercado em rápida mudança, promovendo a competitividade, sustentabilidade e inovação na experiência do turista.

Com um total de 68 horas de formação, distribuídas entre módulos online e presenciais, o programa oferece uma experiência prática e orientada para resultados tangíveis. Os participantes terão, assim, a oportunidade de aplicar ferramentas de análise de dados para antecipar tendências e otimizar a experiência turística, adquirir competências em Big Data e Inteligência Artificial (IA) para personalizar serviços e desenvolver estratégias que aumentem a competitividade e diferenciação das suas organizações. A formação será ministrada por especialistas internacionais e focada numa aplicação prática imediata.

Dirigido a profissionais e entidades do setor turístico, incluindo organizações públicas, privadas, startups e associações regionais, o programa é acessível a pessoas de diferentes backgrounds técnicos, promovendo uma experiência de aprendizagem abrangente e inclusiva. Além disso, o programa será certificado, conferindo aos participantes um reconhecimento formal das competências adquiridas.

 

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Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025

Em voos diretos do Porto, às quartas-feiras, de 11 de junho a 3 de setembro, o operador turístico do grupo Ávoris, Travelplan, já colocou no mercado as vendas para a Gâmbia, a sua novidade de verão de 2025.

Com preços desde 986 euros por pessoa, em alojamento duplo, o pacote de sete noites “Estadias da Gâmbia”, inclui, para além dos voos diretos em classe turística, transferes aeroporto-hotel-aeroporto em autocarro ou minibus, dependendo do número de pessoas, alojamento em hotel no regime selecionado, taxas aéreas e seguro de viagem.

Já o pacote, também de sete noites “Descobre Gâmbia”, tem valores desde 1.242 por pessoa em alojamento duplo, e engloba também uma série de visitas, como à primeira localidade do sul do país, ou à aldeia de Yuna para conhecer Uncle Johns, colecionadores de vinho de palma, ou à praia de Sanyang “a praia do paraíso” ou ainda ao Museu da Vila Tanje, um local único onde são apresentadas a história natural e a cultura tradicional da Gâmbia.

A proposta é ainda percorrer a rota dos escravos com visitas a Juffereh Albreda e ao mastro da bandeira da liberdade, para conhecer a história de como surgiu o que hoje é um dos monumentos nacionais da Gâmbia desde 1970, bem como à cidade natal do famoso Kunta Kinteh que inspirou Alex Haley no seu best-seller Roots, e ainda ao museu que retrata mais de 400 anos de tráfico de escravos, que contribuíram consideravelmente para o despovoamento do continente.

Haverá ainda tempo para uma viagem de natureza ao longo do rio Gâmbia em canoa moderna. Este percurso muito pitoresco permite desfrutar de algumas das muitas espécies de aves e da vida fluvial enquanto se absorva o ambiente calmo e relaxante que este cruzeiro oferece. Durante a viagem não é incomum ver golfinhos a nadar e a brincar ao lado do barco. Nadar, tomar sol ou pescar são ainda propostas para este dia de passeio.

De acordo com o operador turístico, descobrir a Gâmbia, este país pequeno país da África Ocidental, é uma aventura que permitirá mergulhar na sua rica cultura, história e beleza natural, e onde pode aprender com a sua história, vivenciar a cultura local e desfrutar da hospitalidade gambiana. “Sem dúvida, a Gâmbia tem muito a oferecer aos viajantes que procuram uma experiência autêntica e diversificada”.

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

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Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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