Recuperar confiança é objectivo dos TACV
A passar por um processo de reestruturação, que visa a privatização ainda durante o primeiro semestre deste ano, os TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde têm vindo a melhorar a sua oferta, de forma a recuperar a confiança do mercado. O Publituris falou com Mário Chaves, administrador delegado dos TACV, e conta-lhe todas as novidades que a companhia aérea cabo-verdiana está a lançar.
Inês de Matos
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A passar por um processo de reestruturação, que visa a privatização ainda durante o primeiro semestre deste ano, os TACV – Transportes Aéreos de Cabo Verde têm vindo a melhorar a sua oferta, de forma a recuperar a confiança do mercado. O Publituris falou com Mário Chaves, administrador delegado dos TACV, e conta-lhe todas as novidades que a companhia aérea cabo-verdiana está a lançar.
No Verão do ano passado, a Icelandair entrou na gestão dos TACV e, desde então, muita coisa mudou na companhia de bandeira cabo-verdiana, que tem um passivo em torno dos 100 milhões de euros e tem vivido tempos agitados. É por isso que Mário Chaves, administrador delegado dos TACV, que chegou à companhia pela mão da Icelandair, elege a recuperação da confiança como um dos principais objectivos nesta fase, em que muita coisa está a mudar. “Os nossos três valores são confiança, eficiência e ser únicos em relação à oferta de mercado. A confiança traduz-se em voos regulares, tendo a pontualidade como objectivo permanente e garantindo os melhores níveis de segurança” destaca o responsável, afirmando que “é isso que podem esperar de nós, uma companhia aérea em que podem confiar”.
Para que seja possível recuperar a confiança, os TACV têm vindo a realizar uma série de alterações e a mudança da base da Praia para a ilha do Sal, que arrancou no início de Novembro de 2017, foi um dos grandes passos para melhorar o produto oferecido. Mário Chaves explica que “o Sal oferece melhores condições em termos de infraestruturas”, permite menores custos operacionais e uma capacidade de expansão imediata, além de ter uma pista mais adequada. “O comprimento da pista é um factor dominante quando fazemos uma operação com o tipo de aeronave que escolhemos, um Boeing757, para destinos onde precisamos de toda a disponibilidade de performance do avião que é conseguida numa pista maior”, explica o responsável.
A mudança de base foi iniciada em Novembro e coincidiu com a inclusão na frota da companhia de dois aviões da Icelandair em regime de wet lease – “que permitiram melhorar de imediato a pontualidade e o serviço ao passageiro” – e continuou já em Fevereiro de 2018, com a mudança da base operacional. Mas Mário Chaves diz que esta será “uma mudança faseada, não há um corte radical com a Praia”, pois a companhia continua a operar um voo para Boston, bem como dois para Lisboa, um dos quais via Sal, à partida da Praia.
As mudanças em curso vão também trazer uma expansão da frota. A companhia conta receber quatro aviões até ao Verão, que, segundo Mário Chaves, vão ser importantes para “diversificar” a oferta e colocar em prática a estratégia de fazer “a ligação aos quatro continentes” – América do Norte, América do Sul, Europa e África. “A ligação da América do Norte com a África Ocidental terá um reforço no número de destinos que temos na América do Norte”, realça o responsável, acrescentando que “esta ligação irá permitir não só o Norte do Brasil, como África Ocidental que é um bom mercado”. Outro dos objectivo que os novos aviões vão permitir é o reforço Milão/Paris/Lisboa com Salvador, no Brasil, para onde a companhia espera começar a voar no Verão.
Portugal e Europa
Apesar dos planos para o desenvolvimento de rotas noutras latitudes, os TACV não vão descurar o mercado português, que tem vindo a apresentar bons resultados. O administrador delegado da companhia avança que, “nos voos da Praia, a ocupação tem vindo a aumentar desde Novembro até Janeiro, com um registo muito bom tanto a nível de ocupação como de receita média e nota-se que o mercado responde positivamente a esses voos”.
A deslocação da base para o Sal obriga, no entanto, a um trabalho redobrado, uma vez que esta mudança foi quase “como alterar o mercado e o tipo de passageiro”. “Neste momento estamos a fazer uma mudança estrutural na rede e é normal ter um impacto até estabilizar, mas a resposta tem sido positiva”, acrescenta. Mário Chaves reafirma a importância do mercado português, que tem “praticamente um voo diário, cinco voos por semana, neste momento, e chegou a ter sete na altura de Dezembro e Janeiro. É um mercado fundamental para o nosso crescimento”, afirma.
A companhia está também a realizar uma nova aposta na Europa, através do reforço da operação para Paris, que ganhou uma segunda frequência semanal, que permite voo directo do Sal, além de ligações ao Brasil, para responder à procura da diáspora cabo-verdiana.
Objectivo é também abrir Milão, o que deverá acontecer em Março, numa rota que visa também proporcionar ligações “para os passageiros que queiram ir para o Sal ou que queiram ir para o Brasil”, explica Mário Chaves. Ao longo do ano, os TACV contam anunciar várias novidades, com o responsável a afirmar mesmo que “2018 vai ser um ano cheio em notícias”. Entre as novidades previstas, estão novas rotas, destinos e aviões, além de mudanças no branding, sem esquecer a privatização da empresa, que deve ocorrer neste primeiro semestre.
Mas Mário Chaves diz que gostava era que saíssem notícias sobre a satisfação dos passageiros e sobre o produto dos TACV. Para isso, a companhia está a trabalhar numa série de acções junto do trade português, para dar a conhecer o produto da companhia e Cabo Verde, e para que seja possível aos TACV posicionarem-se no mercado “de forma competitiva e diferenciadora”.