Variações: nova associação quer afirmar Portugal no segmento LGBTI
Promover o País enquanto destino turístico LGBTI é um dos objectivos da Variações, a nova associação dedicada a este público, que vai ser lançada a 11 de Janeiro e que junta duas dezenas de empresas nacionais. Na calha, está já o lançamento de uma campanha para dar a conhecer o potencial do País neste segmento e ajudar a atrair eventos internacionais, existindo também planos para a criação de programas turísticos.
Inês de Matos
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Promover o País enquanto destino turístico LGBTI é um dos objectivos da Variações, a nova associação dedicada a este público, que vai ser lançada a 11 de Janeiro e que junta duas dezenas de empresas nacionais. Na calha, está já o lançamento de uma campanha para dar a conhecer o potencial do País neste segmento e ajudar a atrair eventos internacionais, existindo também planos para a criação de programas turísticos.
Lisboa é considerada a 15.ª melhor cidade do mundo para pessoas LGBTI – Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgénero e Intersexuais, mas Portugal não tem ainda uma estratégia coordenada que permita promover o País junto destes turistas, apesar de a Estratégia Turismo 2027 fazer referência à intenção de “Promover Portugal como destino LGBTI”. Uma lacuna que a Variações – Associação de Comércio e Turismo LGBTI, que vai ser lançada a 11 de Janeiro, pretende colmatar, como explicou ao Publituris Diogo Vieira Silva, director executivo da associação. “A ideia de criar a Variações nasceu da ausência de uma estratégia concertada para o sector e com a necessidade de os empresários darem resposta à crescente procura de Portugal como destino de férias, nomeadamente pelo visível crescimento de turistas LGBTI”, refere o responsável.
Constituída por um grupo de mais de duas dezenas de empresas, de Norte a Sul do País, a associação quer “promover, interna e externamente, Portugal como um pólo comercial e destino turístico LGBTI de referência e fomentar o crescimento sustentado dos operadores económicos que se dediquem ao sector”, diz o director executivo da Variações, explicando que, entre os constituintes da associação, encontram-se “estabelecimentos tais como bares, discotecas e hotéis, mas também guias turísticas, artistas e outros actores culturais, empresas digitais e de design, marcas de moda e de roupa, consultores, advogados e outros expertos técnicos”. “Muitos dos nossos associados têm casas abertas há 30 e 40 anos, ultrapassando obstáculos para manter as portas abertas ao longo de décadas onde a tolerância era mais difícil”, acrescenta.
A designação escolhida remete para o facto de este ser um “sector que oferece uma grande diversidade de serviços e produtos” e é nitidamente inspirada em António Variações, o artista que nos anos 80 “quebrou barreiras”. “Tal como ele, somos pioneiros em trazer novas perspectivas ao mercado e criar valor acrescentado”, diz o responsável.
Promover oferta e atrair eventos
Diogo Vieira Silva considera que Portugal tem todas as condições para se afirmar neste segmento, como “o bem receber, a segurança e também as leis de promoção de igualdade e não discriminação”, motivo pelo qual a associação conta com uma série de projectos que visam “estruturar e organizar a oferta, e promover o país na área de eventos LGBTI internacionais”, a exemplo da campanha “Proudly Portugal” (Orgulhosamente Portugal), que vai ser lançada em breve.
Este ano, Portugal vai receber o Festival da Eurovisão, “um dos eventos que mais mobilizam o mercado e consumidores LGBTI” e que será, por isso, uma oportunidade única para “provar que temos todas as condições de captar estes consumidores e de os fidelizar”.
Mas o festival será também, acrescenta Diogo Vieira Silva, um ponto de partida para “preparar uma candidatura portuguesa à organização do Europride já em 2021 ou 2022”, o maior evento na Europa direccionado para os consumidores LGBTI, “com potencial de atrair mais de meio milhão de participantes à cidade que o organiza”, refere o responsável.
Nos planos da associação está também a criação de “um comité empresarial para incentivar a diversidade e inclusão como motor de vantagem competitiva para todos os negócios”, ao mesmo tempo que será prestado apoio às pequenas e médias empresas, bem como aos trabalhadores directamente dedicados ao sector LGBTI, através da “promoção de negócios e investimentos, cooperação recíproca, e aconselhamento técnico, jurídico e financeiro, entre outros serviços”, acrescenta o director executivo da Variações.
Numa próxima fase, a Variações pretende também estabelecer parcerias com agências de viagens para lançar programas que permitam a “todos os agentes promoverem de forma coordenada o sector”. “Para isso, iremos trabalhar por forma a demonstrar aos grandes operadores turísticos tradicionais, que a criação de pacotes específicos para este público apresenta uma rentabilidade acima da média”, conclui o responsável. ¶