Câmara da Batalha contra restrição total de refeições no Mosteiro da Batalha
Autarca da Batalha lembra que este tipo de eventos são também uma forma de atrair visitantes aos monumentos.

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O presidente da Câmara Municipal da Batalha, Paulo Batista Santos, considera que a restrição total de “qualquer serviço de refeições nos panteões” é um “disparate do tamanho do Mosteiro da Batalha”, afirmou o autarca à Lusa.
“Concordo com as restrições, mas não na totalidade e sem critério. É um disparate do tamanho do Mosteiro da Batalha e vai contra o esforço sério de valorização do Mosteiro”, salientou Paulo Batista Santos, em declarações à Lusa a propósito da entrevista com o ministro da Cultura publicada no fim-de-semana, no jornal Expresso.
O autarca concorda que “existam limitações” à realização de festas e banquetes nos monumentos, recordando que no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, existem locais que estão vedados a eventos “pelo seu simbolismo” e “respeito”, como é o caso da sala do Capitólio.
“As preocupações que exortam o Governo a ponderar uma decisão final à totalidade de qualquer serviço de refeições nos panteões é que não concordo”, sublinhou Paulo Batista Santos, lembrando que está acordado com a Direcção Geral do Património Cultural a criação de uma cafetaria no Claustro D. Afonso V do Mosteiro da Batalha, no distrito de Leiria.
O autarca recorda que o Mosteiro da Batalha, que está classificado como património da humanidade e inscrito na lista do património mundial da UNESCO desde 1983, recebe congressos nacionais e internacionais e que existe o apoio de ‘catering’, considerando que este tipo de eventos são também uma forma de atrair visitantes ao monumento, “um trabalho que se corre o risco de perder”, alerta.
Recorde-se que o ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, afirmou, numa entrevista ao Expresso, que pretende que “o aluguer do espaço monumental seja feito respeitando o seu valor simbólico e valorizando-o”.
“Isto é, por uma via restritiva e vamos já determinar que os três panteões nacionais [Panteão Nacional, Mosteiro dos Jerónimos e Mosteiro da Batalha] sejam vedados a utilizações festivas, qualquer serviço de refeições ou de ‘catering’, não excluindo, no entanto, um ato cultural ou uma homenagem a uma grande figura nacional. Mas tudo isto muito bem avaliado e apreciado por quem tem competência para o fazer, que é a Direcção Geral do Património Cultural”, referiu o ministro da Cultura.
A decisão do ministro da Cultura de restringir este tipo de eventos nos panteões nacionais surge depois da polémica em torno do jantar de encerramento da Web Summit, que decorreu no Panteão Nacional, em Lisboa.
Recorde-se que utilização de museus, palácios e monumentos nacionais, com objectivos promocionais, de divulgação cultural, filmagens e outros, está sujeita a um regulamento aprovado em 2014, pelo despacho n.º 8356, de 27 de Junho, que inclui uma tabela de preços e prevê a realização de outras actividades, além das visitas habituais, desde que “compatíveis com os seus valores histórico-patrimoniais”.
Além do Panteão Nacional, a Assembleia da República aprovou, por unanimidade, o reconhecimento do estatuto de panteão nacional ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e ao Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, em Maio de 2016.