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Ribau Esteves: “Sou completamente contra a taxa turística”

Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, será o anfitrião do congresso da APAVT, que se realiza naquela cidade de 8 a 11 de Dezembro. Recebeu o Publituris nos Paços do Concelho para uma entrevista exclusiva e falou sobre vário assuntos relacionados com o Turismo da cidade que dirige.

Ângelo Delgado
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Ribau Esteves: “Sou completamente contra a taxa turística”

Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, será o anfitrião do congresso da APAVT, que se realiza naquela cidade de 8 a 11 de Dezembro. Recebeu o Publituris nos Paços do Concelho para uma entrevista exclusiva e falou sobre vário assuntos relacionados com o Turismo da cidade que dirige.

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Ribau Esteves, presidente da Câmara Municipal de Aveiro, será o anfitrião do congresso da APAVT, que se realiza naquela cidade de 8 a 11 de Dezembro. Recebeu o Publituris nos Paços do Concelho para uma entrevista exclusiva e falou de tudo: do congresso, da cidade, da taxa turística, da colaboração com as diferentes entidades regionais de turismo, de novos hotéis, de ovos-moles e de moliceiros. Deu para tudo.

Que importância tem para a cidade de Aveiro um evento como o congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT)?

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Dada a credibilidade da instituição, tem uma importância muito grande para a nossa cidade. Estamos a falar de individualidades que compram e vendem territórios, produtos turísticos e torna-se, assim, uma oportunidade muito grande para promovermos o nosso destino. Quando nos candidatamos a receber este congresso, tivemos, sempre, estes dados em mente. Que expectativas tem relativamente ao congresso? São muito altas! Esperamos ter uma grande adesão – como é normal nos congressos da APAVT – e temos já algumas entidades do município que vão associar-se ao evento numa pequena amostra que vai decorrer em simultâneo. Sabemos que estes pequenos eventos irão ocorrer e, por si só, já é algo que nos deixa satisfeitos. Haverá vários certames à margem do programa oficial, mas que têm como objectivo mostrar a nossa história, cultura e provocar um encantamento por terem estado em Aveiro durante os dias do congresso. Queremos que, quando as pessoas abandonem o evento, tenham noção que estiveram num território afável e de grande qualidade.

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Qual a estratégia turística para Aveiro?

Dentro do que são as nossas competências municipais devemos cuidar dos nossos factores diferenciadores. Aqui, assentamos em dois pilares: o primeiro, a Cultura. Aveiro é uma cidade velha, com valores culturais e patrimoniais distintos, desde a Arte Nova ou o Museu de Santa Joana que foi erguido com base num convento dominicano com cerca de 500 anos de existência, ou mesmo as festas de São Gonçalinho, que se realizam em Janeiro. O outro pilar é essencialmente Ambiental, com base na ideia “Aveiro, Cidade dos Canais”. Queremos que os passeios de Moliceiro sejam, cada vez mais, a porta de entrada para a nossa Ria de Aveiro. A Ria é um episódio brutal de uma relação muito especial entre o Homem e a Natureza, que começa na ponta norte, em Ovar, e segue até sul, em Vagos e Mira. Trata-se de um território vasto e que tem uma diversidade enorme de valores para ser promovido. Temos ainda um aspecto cada vez mais relevante que é a componente sub-regional do somatório dos 11 municípios que referenciamos pela Ria de Aveiro. Aqui, o trabalho é feito em conjunto com a nossa Entidade Regional do Turismo – Turismo Centro de Portugal – que, convém referir, tem sede em Aveiro. Tem feito um trabalho de qualidade a construir esta região e produto que é o Centro de Portugal que, realce-se, é difícil de articular devido à sua diversidade, pois, por exemplo, integra 100 municípios. No entanto, temos tirado muito e bom proveito turístico resultante desta cooperação. Referir ainda o patamar nacional da nossa promoção turística: somos Portugal, somos uma peça do território e, nesse sentido, temos procurado tirar partido e contribuir para um fim conjunto. Temos tido excelentes resultados nesta área.

Não faria sentido, também, uma cooperação mais estreita com o Porto e Norte?

A resposta é: sim! No entanto, temos uma posição muito clara sobre este assunto: a região que nos financia através dos fundos dos projectos comunitários é o Centro. É aí que está a nossa base de operação, cooperação e alimentação financeira dos nossos projectos. Não abdicamos disso e estamos muito bem. Devemos cooperar com os outros, mas, atenção, os outros são todos! O Porto e Norte tem uma relação muito importante connosco, não só devido ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, ao Terminal de Cruzeiros que está em fase de nascimento ou à Galiza – um grande alimentador turístico de Aveiro – mas também no que diz respeito a questões institucionais e queremos aprofundá-la a este nível. Mas devo realçar a cooperação com a região de Castela e Leão, em Espanha: trata-se do país estrangeiro que nos fornece mais turistas e assim continuará. Quem está a sul, nomeadamente Lisboa, também é uma região com quem trabalhamos de forma afincada. Temos uma capital com um aeroporto e uma atractividade de grande importância a apenas duas horas de distância de Aveiro. Queremos, portanto, explorar um pouco de todas estas valências que nos rodeiam para alimentar o nosso Turismo. Possuímos ainda uma outra região que também gosto de destacar que é o Oceano Atlântico. Temos feito um bom trabalho no município mais marinheiro da região que é Ílhavo, onde está situado o Museu Marítimo, a história do bacalhau ou a regata dos grandes veleiros que cá têm vindo de quatro em quatro anos e faz-nos ver que temos uma relação privilegiada com o mar.

Aveiro

Qual o perfil do turista estrangeiro que visita a cidade?

Falando primeiro das nacionalidades, e como referido anteriormente, os espanhóis são o nosso mercado mais relevante. Depois, os franceses. A Holanda, a Alemanha e os países da Escandinávia têm crescido muito em Aveiro. Fora da Europa, destaque total para o Brasil, nação que tem dado um pulo imenso nos últimos anos. Realce ainda para algumas “novas nacionalidades” que têm aparecido com cada vez mais força: chineses, japoneses, norte-americanos e canadianos, sendo que aqui com um grande contributo da comunidade emigrante portuguesa que a região tem com enorme expressão quer nos Estados Unidos quer no Canadá.

Em termos de estadia média, como se encontra a região?

A nossa estadia média é baixa, mas, como todos sabemos, é uma das características da região Centro. Alguns vêm isso como um problema, mas a minha análise é distinta: observo este fenómeno como uma característica. Ainda não conseguimos estabilizar nas duas noites por visitante.

E de que forma poder-se-á alterar esta característica?

Em Lisboa, Algarve e Madeira existem muitas infra-estruturas hoteleiras de estar ou, por outras palavras, espaços onde os hóspedes podem ficar uma semana inteira ou mais. Aveiro não têm hotéis de estar e o Centro tem poucas unidades com essas características. O que temos, em maior número, são hotéis de… passar. Uma noite, duas noites e sigo para outro destino. Queremos chegar a uma estadia média de três noites, mas ainda temos que pedalar muito e isso só será possível atraindo mais gente, somando as ofertas diversas que o Centro disponibiliza, mas sabendo que não é nos próximos anos que vamos assentar numa hotelaria de estar.

Fale-nos um pouco sobre o mercado interno?

É o número um! O mercado interno representa 60% do bolo total, ficando o estrangeiro com os restantes 40%. E tenho muito gosto que continue a ser o principal mercado emissor, apesar de não ser muito bem compreendido de cada vez que digo isto. Temos 10 milhões de consumidores, há seguramente muitos portugueses que ainda não conhecem Aveiro com a profundidade que queremos, existem os que não vêm cá há imenso tempo e, portanto, temos um investimento no Turismo interno que queremos prosseguir. Ainda assim, uma nota: cada vez mais, o mercado interno significa Portugal + Espanha, ainda que estejamos a abordar o fenómeno de uma forma comercial. A quem já conhece a cidade, Aveiro tem para oferecer uma diversidade enorme de experiências que justificam um regresso. Para quem faz uma escapadinha de fim-de-semana ou aproveita uma ponte que o feriado proporcionou, Aveiro é um destino apetecível e é assim que nos queremos posicionar, onde temos investido e queremos continuar a investir nos próximos anos.

Aveiro

O ano de 2016 tem sido o de todos os recordes a nível nacional. Aveiro acompanhou a tendência?

Aveiro veio decrescendo em todos os indicadores turísticos entre 2010 e 2013, ao contrário do País, que começou a crescer a partir de 2011. Em 2014, tivemos uma ligeira ascensão – cerca de 4% -, para depois, em 2015, darmos um pulo – 16%. Este ano será fechado com novo pulo, em princípio superior ao do ano anterior: entre os 16 e 20%. Estamos numa boa fase, mas precisamos de crescer noutras áreas, nomeadamente na restauração, onde temos tido algumas situações de oferta esgotada, assim como na hotelaria. Temos dias a mais com as unidades hoteleiras esgotadas, embora tenhamos tido uma ajuda importante no alojamento local e nos hostels. Ainda que tenhamos recebido estas “ajudas” para colmatar a ausência de oferta da hotelaria tradicional, temos de criar condições para colmatar essa lacuna, já que a procura é crescente. Actualmente, temos 687 camas em empreendimentos turísticos mais 1326 camas em alojamento local. Nos próximos anos precisamos de duplicar estes números.

E estão previstos novos hotéis?

Desde a ponta final do ano passado e já em 2016 começámos a conversar com seis investidores, dois deles já com muita maturidade, com quem temos vindo a discutir este tema. Existe interesse, está detectada a necessidade por força do crescimento da notoriedade da cidade e, portanto, estamos a conversar activamente para dar mais camas a Aveiro. É minha convicção que, num futuro próximo, poderemos concretizar uma das operações que estão em conversações. Há um interesse objectivo para que isso suceda.

É conhecida a sua antipatia pela cobrança da taxa turística, um modelo que já está em velocidade de cruzeiro em Lisboa e que se estuda a sua aplicação no Porto. Por que razão é uma das vozes de protesto relativamente a esta medida?

Sou completamente contra a taxa turística porque nós queremos que os turistas venham para cá e deixem o seu dinheiro através do consumo, pois aqui já existe um imposto em cada compra que fazem: o IVA. É uma questão de princípio e filosofia fiscal, pois não tenho que taxar um turista apenas porque veio dormir à minha cidade. A taxa deve ser aplicada pela prestação de um serviço e, por isso, é desprovida de sentido objectivo. Que serviço presto ao turista que pagou a taxa? Nenhum. Quando cheguei à autarquia de Aveiro havia taxa turística, aliás, duas: a taxa de hotelaria, onde se cobrava um euro por noite e a taxa dos passeios de Moliceiro nas operações marítimo-turísticas no mesmo valor. Connosco, deixou de existir a partir de 2014 e estamos muito felizes com isso, pois chegámos a ter um conflito grave com a hotelaria e hoje cooperamos com ela e regularizamos a actividade dos operadores marítimo-turísticos, ou seja, pagam a licença devida no início do ano e começam a sua operação de forma normal.

Quais os principais produtos turísticos de Aveiro?

Em primeiro lugar, a cidade. Por ser um episódio único e por ter uma oferta diferenciada. Depois, devemos destacar a Arte Nova, que é um produto da maior importância. É importante referir que Aveiro é considerada uma das 10 cidades mais relevantes a nível europeu no que à Arte Nova diz respeito. O Moliceiro e a Ria são, obviamente, um factor central enquanto produto turístico e, por fim, a nossa gastronomia, com os ovos-moles a assumirem o lugar de maior destaque.­

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2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro

Para este ano, está prevista a inauguração e respetiva entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiros, que contam com características ainda mais inovadoras, prometendo revolucionar este setor.

Este ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar.

Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026.

“O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um itinerário de 7 noites com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina e Valletta.

Eduardo Cabrita explica que, seguindo os passos do seu navio-irmão, “o MSC World Asia terá sete distritos a bordo, cada um com a sua própria atmosfera, instalações e experiências, concebidos para melhorar a experiência de cruzeiro, permitindo que cada passageiro crie umas férias únicas e exclusivas e maximize o seu ste ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar. Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026. “O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um tempo a bordo”.

O navio distingue-se também para sustentabilidade, já que o MSC World Asia será “movido a gás natural liquefeito, um combustível que permite uma transição direta para o gás natural liquefeito bio e sintético renovável”. Além disso, o navio “estará equipado com a ligação de energia em terra, o que permite que os motores do navio sejam desligados, enquanto estão no porto, eliminando as emissões locais e reduzindo o impacto na qualidade do ar local”, explica Eduardo Cabrita.

Mas o MSC World Asia está longe de ser o único navio com inauguração prevista para os próximos tempos. Nos últimos dias, a MSC Cruzeiros inaugurou também o MSC World America, navio que é o segundo da World Class da MSC Cruzeiros e que será o primeiro a contar com sete distritos a bordo, combinando o estilo europeu com o conforto americano.

Mas, além das MSC Cruzeiros, há várias outras companhias de cruzeiros que contam inaugurar novos navios nos próximos tempos, a exemplo da Royal Caribbean International, que vai receber, em breve, dois novos navios de cruzeiro da classe Icon. “Na Royal Caribbean teremos dois novos navios, e ambos da classe Icon”, indica Francisco Teixeira, explicando que o Star of the Seas vai contar com uma “base em Port Canaveral a partir de agosto de 2025, com cruzeiros pelas Caraíbas”, enquanto o Legend of the Seas entra em funcionamento a partir de agosto de 2026, com cruzeiros de Barcelona pelo Mediterrâneo.

“Estes navios dispõem de uma grande diversidade de atividades, espetáculos e restaurantes incluídos para todos os grupos etários. Consideramos um cruzeiro nestes navios como as melhores férias em família”, afirma Francisco Teixeira.

Já a Celebrity Cruises vai ter o lançamento de mais um navio da série Edge, o Celebrity Xcel, que segundo Francisco Teixeira conta “com o novo The Bazar onde serão retratados espetáculos culturais dos destinos que visita”. “Os navios desta série são elegantes, com um design dos interiores desenvolvidos por famosos arquitetos, e onde a gastronomia e o serviço são destaques”, explica o responsável.

Já a Costa Cruzeiros adianta ao Publituris que, por enquanto, não tem planos para a inauguração de novos navios, já que os atuais “foram recentemente renovados, portanto, no momento, não há previsão para a chegada de novas embarcações para a Costa Cruzeiros”.

Várias companhias com inaugurações previstas para os próximos anos
Em breve, esperam-se também novidades na Virgin Voyages e na Princess Cruises, companhias de cruzeiros que contam, ambas, com a chegada de novas embarcações. No caso da Princess Cruises, 2025 vai trazer, no terceiro trimestre do ano, a inauguração do Star Princess, navio que é irmão gémeo do Sun Princess e que, tal como Brilliant Lady, da Virgin Voyages, começa a operar no terceiro trimestre deste ano, contando ambos “já com um bom avanço nas vendas para 2026”, segundo António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros.

Já Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, lembra que 2025 vai ficar marcado pela inauguração do terceiro navio Ritz-Carlton, o LUMINARA ALLURA, navio que pertence à classe Vista e que tem chegada prevista para julho.

Já a Windstar recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025, sendo ainda de assinalar que a Disney vai dar “as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro”.

É caso para dizer que, os próximos anos, vão ficar marcados pela chegada de vários navios de cruzeiros, num aumento de oferta e qualidade que promete impulsionar as vendas destes segmentos.

Novos navios que chegam nos próximos anos

MSC Cruzeiros: MSC World America em abril de 2025 e MSC World Asia em 2026;
Royal Caribbean International: Star of the Seas e Legend of the Seas em 2025 e 2026, respetivamente;
Celebrity Cruises: Celebrity Xcel em novembro de 2025;
Princess Cruises: Inaugura o Star Princess no terceiro trimestre;
Virgin Voyages: Brilliant Lady vai ser inaugurado no terceiro trimestre de 2025;
Ritz-Carlton: Inaugura em julho o terceiro navio, o LUMINARA ALLURA;
Windstar: Recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025;
Disney Cruises: Dá as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro.

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Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

Fotos: Depositphotos.com
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Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado

De acordo com os dados da ACI Europe, a movimentação de passageiros nos aeroportos europeus, no primeiro trimestre de 2025, continuou a registar uma evolução global, impulsionado pelos voos internacionais, com o tráfego doméstico a estagnar. O crescimento de 4,3% do primeiro trimestre de 2025 compara, no entanto, com a subida de 10,2% de igual período de 2024.

O mais recente relatório da ACI Europe, revela que o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia aumentou 4,3% durante o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Estes dados comparam com um crescimento de 10,2% no primeiro trimestre de 2024 face ao primeiro trimestre de 2023, enquanto relativamente aos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego de passageiros situou-se em +3,2%.

O crescimento no volume de passageiros no primeiro trimestre de 2025 foi inteiramente impulsionado pelo tráfego internacional (+5,7%), uma vez que o tráfego doméstico se manteve inalterado (0%) em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando com os níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego internacional de passageiros no primeiro trimestre de 2025 situou-se em +8,9%, enquanto o tráfego doméstico manteve-se negativo (‑12,8%).

O crescimento mensal homólogo abrandou ao longo do primeiro trimestre de 2025 — de +6,9% em janeiro para +3,4% em fevereiro e +3% em março, sendo que este último reflete o facto de a Páscoa ocorrer em abril do presente exercício.

Os aeroportos fora do mercado da União Europeia (UE) superaram a média europeia no primeiro trimestre de 2025, com o tráfego de passageiros a aumentar +5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela recuperação dos aeroportos em Israel (+60,4%), bem como pelos resultados nos mercados de rápido crescimento da Moldávia (+56%), Bósnia e Herzegovina (+41,7%), Kosovo (+15,6%), Uzbequistão (+15,5%), Albânia (+9,1%) e Geórgia (+8,5%). Entretanto, o tráfego de passageiros manteve-se estável na Turquia (0%) e continuou a diminuir na Rússia.

Já o tráfego de passageiros cresceu 4,1% no mercado da UE, onde persistiram desvios significativos entre os desempenhos dos mercados nacionais. Os aeroportos da Eslováquia (+15,9%), Polónia (+15,4%), Hungria (+14,7%), Malta (+13,9%) e Lituânia (+13%) registaram os melhores resultados, juntamente com os da Croácia (+9,6%), Roménia (+9,2%) e Grécia (+8,8%).

Por outro lado, o tráfego de passageiros diminuiu na Islândia (‑2,5%), Suécia (‑2,2%) e Irlanda (‑0,5%) e manteve-se fraco na Alemanha e na Áustria (ambas com +1,1%), bem como na Suíça (+1,6%) e no Reino Unido (+1,7%).

Entre os outros grandes mercados UE+, Itália (+6,6%) destacou-se, seguida por Espanha (+4,5%) e França (+4,2%).

A análise da ACI Europe adiantam, também que se registaram diferenças significativas de desempenho no tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2025 entre os diversos segmentos da indústria aeroportuária, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Estas diferenças refletem uma pressão competitiva acrescida, resultante de alterações estruturais no mercado da aviação após a pandemia”, refere a entidade, salientando que esta realidade “é ainda evidenciada pelo facto de o tráfego de passageiros se manter abaixo dos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019) em 44% dos aeroportos europeus”.

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe, refere que os dados do primeiro trimestre “mostram que o boom das viagens pós-pandemia está a esmorecer, à medida que caminhamos para taxas de crescimento ‘normalizadas’ nos volumes de passageiros, com a procura a manter-se, em geral, resiliente até agora”.

Segundo Jankovec, isto reflete a “prioridade que os consumidores continuam a dar às experiências, apesar de um ambiente económico cada vez mais desafiante, bem como o dinamismo dos mercados de aviação nas regiões Leste e Sul do nosso continente e na Ásia Central.”

E o diretor-geral da ACI Europe conclui que, “embora a procura transatlântica esteja a enfraquecer, esperamos que a componente europeia se desloque para outros mercados e mantemos confiança na época de Verão. A grande incógnita é o que acontecerá a partir do próximo Inverno, face à incerteza macroeconómica sem precedentes que enfrentamos agora como resultado do ‘ataque’ da administração Trump ao sistema multilateral de comércio global. Isto significa que, para além da geopolítica e das atuais pressões na oferta — desde atrasos na entrega e manutenção de aeronaves até limitações de capacidade nas infraestruturas — e do foco das companhias aéreas na rentabilidade em vez da expansão da capacidade, poderemos assistir a uma pressão descendente sobre a procura a tornar-se uma realidade.”

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Alojamento

Páscoa ditou subida de 10,9% na ocupação do alojamento turístico do Algarve em abril

Em abril, as unidades de alojamento turístico do Algarve alcançaram uma taxa de ocupação de 68,8%, valor que traduz um aumento de 10,9% face aos resultados de igual período de 2024, bem como de 5,5% comparativamente a abril de 2019, segundo dados da AHETA.

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A Páscoa ditou uma subida da ocupação das unidades de alojamento turístico do Algarve em abril, que alcançaram uma taxa de ocupação de 68,8%, o que traduz um aumento de 6,8 pontos percentuais ou 10,9% face aos resultados de igual período de 2024, de acordo com a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA).

Os dados da AHETA, divulgados esta terça-feira, 6 de maio, mostram que, comparativamente com o mesmo mês de 2019, ano em que a Páscoa se comemorou a 21 de abril, a ocupação quarto registou uma subida de 3,6pp (+5,5%).

Já os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos foram o britânico (+3,3pp), o alemão (+1,5pp), e o nacional (+1,1pp), enquanto o mercado irlandês registou uma descida homóloga de 0,9pp e o sueco de 0,6pp.

Ainda assim, as estadas médias mais prolongadas pertenceram aos mercados norueguês, com 7,7 noites; alemão, com 5,7 noites; e polaco, com uma média de 5,5 noites passadas na região.

Já a estadia média foi de 4,1 noites, número que ficou 0,1 abaixo do verificado no mês homólogo do ano anterior.

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Distribuição

DS Travel quer chegar às 100 unidades em 3 anos

A DS Travel, do grupo DS (Decisões e Soluções), acredita que, com o crescimento da procura por experiências de viagens personalizadas e com o “nosso modelo inovador de expansão, estamos bem posicionados para atingir” a meta das 100 unidades nos próximos três anos, “sempre com foco na qualidade do serviço, no apoio à rede e na proximidade ao cliente”, revelou ao Publituris a coordenadora nacional, Marta Almeida, que acrescenta que “o nosso verdadeiro diferencial está na capacidade de desenhar itinerários à medida, em função do perfil, preferências e expectativas de cada cliente”.

 

 

 

Atualmente, a DS Travel conta com 20 lojas físicas espalhadas por todo o território nacional, incluindo ilhas, uma rede de agências de viagens que já integra 100 profissionais especializados, “comprometidos com a excelência no serviço ao cliente”, conforme explicou ao Publituris, a sua coordenadora nacional, Marta Almeida. No entanto, disse que, apesar da importância da presença física, “acreditamos que o futuro do setor passa também por modelos mais flexíveis e digitais. Por isso, lançámos, em setembro do ano passado, um novo conceito de negócio: o Consultor Associado de Viagens DS Travel”.

O que é este projeto no concreto? Como funciona?
A DS Travel é a marca do Grupo DS especializada em viagens e turismo que se posiciona como uma nova referência no setor pela sua proposta de valor diferenciadora: criar experiências de viagem personalizadas, com itinerários únicos e um forte compromisso com a valorização do património local e das comunidades que recebem os nossos clientes.

Trabalhamos com uma vasta rede de parceiros – operadores turísticos, companhias aéreas, empresas de rent-a-car e outros fornecedores –, garantindo sempre as melhores condições para quem nos procura, seja numa viagem de lazer, lua-de-mel, ‘escapadinha’, viagem de grupo ou até numa experiência temática.

Qual o número de agências de viagens atualmente? Onde se localizam? Apenas lojas físicas ou também online? Que investimento é necessário e que apoios dá o grupo?
Atualmente, a DS Travel conta com 20 lojas físicas espalhadas por todo o território nacional, incluindo ilhas. A nossa rede já integra 100 profissionais especializados, comprometidos com a excelência no serviço ao cliente.

Apesar da importância da presença física, acreditamos que o futuro do setor passa também por modelos mais flexíveis e digitais. Por isso, lançámos, em setembro do ano passado, um novo conceito de negócio: o Consultor Associado de Viagens DS Travel. Este formato permite que profissionais com experiência no setor operem sob a nossa marca, mas sem a necessidade de abrir uma loja física. Trata-se de um modelo mais ágil, Marta Almeida, coordenadora nacional da DS Travel com menor investimento inicial – 1.000 euros –, que oferece total autonomia na gestão da carteira de clientes, criação de itinerários e acompanhamento personalizado, com o apoio de toda a infraestrutura da marca: coordenação nacional e regional, loja DS Travel, departamentos de marketing, comunicação, informática, jurídico, administrativo e formação contínua.

Acreditamos que este modelo híbrido – físico e digital – é essencial para crescer de forma sustentável, acompanhando a evolução do consumidor e o perfil dos novos empreendedores.

Marca jovem, mas com ambições bem definidas
Quantas lojas pretendem abrir e em quanto tempo?
Apesar de sermos uma marca jovem no mercado, temos ambições muito bem definidas. Continuamos a reforçar a nossa presença física em novas regiões estratégicas.

O nosso objetivo é chegar às 100 unidades DS Travel nos próximos três anos. Acreditamos que, com o crescimento da procura por experiências de viagem personalizadas e com o nosso modelo inovador de expansão, estamos bem posicionados para atingir essa meta, sempre com foco na qualidade do serviço, no apoio à rede e na proximidade ao cliente.

Qual é a estratégia da DS Travel?
A nossa estratégia passa por continuar a crescer com diferenciação, qualidade e proximidade. Sabemos que hoje as pessoas não compram apenas destinos — procuram experiências que as transformem. Por isso, a nossa aposta é clara: oferecer viagens que contem histórias, que tenham alma e que criem memórias.

Começámos com foco nas lojas físicas, onde o atendimento personalizado é uma prioridade. Mas estamos a evoluir para um modelo mais completo, que integra acompanhamento total: desde o planeamento, ao apoio na viagem (com o acompanhamento de team leaders), até ao pós-venda. Esse contacto próximo garante tranquilidade, confiança e fidelização.

Procuramos, ainda, que cada proposta seja personalizada, com inclusão de experiências locais e itinerários feitos à medida, porque acreditamos que a diferenciação está no detalhe.

Vasta gama de soluções de viagem
O que vendem? Pacotes de operadores ou programas à medida?
A DS Travel oferece uma vasta gama de soluções de viagem, desde pacotes de operadores turísticos até programas totalmente personalizados. Trabalhamos com os principais players do setor, o que nos permite oferecer condições muito competitivas, mas o nosso verdadeiro diferencial está na capacidade de desenhar itinerários à medida, em função do perfil, preferências e expectativas de cada cliente. Seja uma viagem de lua-de-mel, uma ‘escapadinha’ cultural, um cruzeiro ou uma experiência em família, o objetivo é proporcionar algo único.

Além disso, temos vindo a reforçar o portefólio de viagens em grupo com acompanhamento DS Travel, o que nos permite garantir um serviço premium e diferenciado em todas as fases da experiência.

Qual foi o volume de negócios de 2024 e perspetivas para 2025?
2024 foi um ano de consolidação para a DS Travel, em que conseguimos crescer sustentadamente e reforçar a presença da marca no mercado. Alcançámos um crescimento superior a 100% na faturação face ao ano anterior e um aumento acima de 125% nas vendas, o que reflete não só o dinamismo do setor, mas também a confiança que os clientes têm vindo a depositar em nós.

Para 2025, o nosso foco está em acelerar a expansão da rede, alargar a oferta de experiências personalizadas e investir em tecnologia, sempre com o objetivo de proporcionar um serviço mais próximo, eficiente e memorável. Estamos confiantes de que será mais um ano de crescimento sólido e com novas oportunidades de afirmação da marca no mercado nacional.

Complemento com consultoria imobiliária
Todas as agências de viagens têm de ter os outros negócios do grupo?
Não. As agências DS Travel podem funcionar exclusivamente na área das viagens e turismo, mas muitas das nossas unidades optam por integrar outros serviços.

Lançámos as lojas mistas, em que a área das viagens e do turismo, se complementa com a consultoria imobiliária. Essa sinergia entre áreas de negócio – turismo e imobiliária – traz uma vantagem competitiva clara, tanto para os nossos empreendedores como para os consumidores, que encontram na mesma loja um acompanhamento personalizado e multidisciplinar. No entanto, a decisão de integrar outras áreas do grupo é sempre estratégica e ajustada ao perfil do empresário e ao mercado local.

E a formação?
A formação é uma das grandes prioridades da DS Travel. Acreditamos que um serviço de excelência só é possível com profissionais bem preparados, motivados e alinhados com as melhores práticas do setor.

Garantimos formação contínua e especializada desde o primeiro dia, com conteúdos adaptados à realidade do terreno, abordando desde técnicas de vendas, atendimento personalizado, sistemas de reservas, até ao uso de ferramentas digitais e gestão de negócio. Além disso, promovemos momentos regulares de partilha entre a rede, como reuniões, academias, workshops e sessões de capacitação.

A nossa formação é também um fator de diferenciação — exclusiva, inspirada nas melhores referências do setor e constantemente atualizada para garantir o sucesso das equipas e o crescimento sustentável da marca.

Desafio da digitalização
Que desafios se vos deparam?
O setor das viagens e turismo é extremamente dinâmico e competitivo, o que exige uma capacidade constante de adaptação. Entre os principais desafios que enfrentamos estão a digitalização do setor, a crescente exigência dos consumidores, a fidelização num mercado tão vasto e a atração de talento qualificado.

Além disso, vivemos tempos em que fatores externos, como alterações climáticas, instabilidade geopolítica ou oscilações económicas, têm impacto direto na atividade turística. Por isso, é essencial termos uma estratégia sólida, mas flexível, com foco no cliente, na inovação e na criação de experiências únicas. Estamos preparados para esses desafios — e é isso que nos move todos os dias.

Qual a parceria com o grupo de gestão DIT Portugal?
A associação à DIT Portugal é uma decisão estratégica para a DS Travel. Ao sermos uma marca ainda em fase de crescimento e expansão, é fundamental termos ao nosso lado um parceiro que nos permita ganhar escala, acesso a melhores condições comerciais e soluções tecnológicas avançadas.

Em 2025, estamos particularmente focados no desenvolvimento de uma nova plataforma de CRM, que vai transformar a forma como acompanhamos o cliente — desde a prospeção até ao pós-venda — e potenciar a personalização da oferta. Esta ferramenta será um ponto de viragem na forma como os nossos colaboradores gerem a sua carteira e otimizam a relação com os viajantes.

A DIT tem sido um parceiro importante neste processo de estruturação tecnológica e acreditamos que, juntos, vamos continuar a impulsionar a inovação e a competitividade da rede DS Travel.

Viagens em grupo acompanhadas por consultores DS Travel
E novidades?
Estamos a apostar fortemente no digital — não só como canal de comunicação, mas como meio de transformar a experiência de quem nos procura. Estamos a desenvolver novas plataformas de contacto, otimizar os processos internos e a implementar ferramentas que tornem a interação mais rápida, simples e eficaz, tanto para o cliente final como para os nossos operadores.

Queremos chegar mais longe, a mais pessoas, mas sem perder o toque humano que caracteriza a DS Travel. Por isso, o nosso foco está em encontrar o equilíbrio entre tecnologia e personalização: ser digitais, sim, mas sempre com alma.

Em paralelo, estamos também a reforçar o nosso portefólio de experiências únicas, com destaque para viagens em grupo acompanhadas por consultores DS Travel, roteiros temáticos e programas customizados. Acreditamos que o futuro das viagens passa pela autenticidade, e é isso que procuramos oferecer.

O que é a DS Travel?
A marca foi lançada em 2022 e conta atualmente com 20 agências de viagens de viagens e 100 colaboradores, proporcionando aos seus clientes um serviço personalizado e inovador, com programas de viagens adaptados aos objetivos, possibilidades e sonhos de cada um, não esquecendo a inclusão de itinerários únicos e experiências inesquecíveis.
Esta rede de franchising disponibiliza, a todos que desejam realizar sonhos e abrir uma agência de viagens, uma sólida estrutura de apoio, bem como todas as ferramentas necessárias para que a sua afiliação possa ser bem-sucedido no seu negócio, nomeadamente: formação, tecnologia, protocolos e parcerias.


Na sua estratégia de expansão tem um novo conceito de negócio para profissionais independentes, que procuram empreender no setor das viagens e turismo, podendo operar sob a marca sem ter de abrir uma loja física, fazendo uma gestão autónoma do seu negócio.
A nova função, segundo a empresa, oferece a flexibilidade de gerir a sua própria carteira de clientes, criar itinerários personalizados e proporcionar experiências de viagem, enquanto beneficia do apoio de toda a infraestrutura da marca. Os novos consultores têm acesso ao software e ao programa de gestão desenvolvidos pela DS Travel, e ainda às parcerias estabelecidas com operadores turísticos, companhias aéreas e com as principais instituições bancárias e financeiras que operam em Portugal. Isto porque, as agências DS Travel podem funcionar exclusivamente na área das viagens e turismo, mas também optar por integrar outros serviços do grupo como DS Seguros, DS Intermediários de Crédito, DS Private, DS Imobiliária, DS Auto, DS Investismento, DS Rent-a-Car, ou ainda DS Merchandising.

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Transportes

Sicily by Car tem novo espaço no centro de Lisboa

Depois da abertura do primeiro espaço no Prior Velho, a Sicily by Car abriu, recentemente, um novo balcão na Avenida António Augusto de Aguiar.

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A Sicily by Car inaugurou um novo balcão em Portugal, localizado na Avenida António Augusto de Aguiar. Este novo ponto de atendimento representa a segunda localização da marca no país, juntando-se ao balcão do Prior Velho, situada nas proximidades do Aeroporto de Lisboa.

A nova unidade surge com o objetivo de “reforçar” a presença urbana da Sicily by Car e de “proporcionar uma experiência ainda mais conveniente e premium aos seus clientes”, refere a empresa, em comunicado.

A abertura desta loja representa mais um passo no plano de expansão da Sicily by Car em Portugal, representando um investimento acima de um milhão de euros, prevendo a marca novas inaugurações em território nacional nos próximos meses, estando a preparar a sua chegada às ilhas Baleares, consolidando a sua estratégia de crescimento no mercado ibérico.

Com uma área de aproximadamente 1000m2 o novo espaço em Lisboa está pensado para oferecer um atendimento ágil e confortável, com uma frota moderna e diversificada que inclui mais de 50 viaturas, desde veículos compactos a SUV. Este novo balcão está preparado para receber clientes particulares ou empresas, apresentando soluções de mobilidade flexíveis, personalizadas e a preços competitivos.

“A escolha da Avenida António Augusto de Aguiar, junto ao Marquês de Pombal, como a nossa segunda localização em Portugal reflete o nosso compromisso em estarmos mais próximos dos nossos clientes, oferecendo uma alternativa central, sofisticada e funcional”, adiantando Filippo Macchi, Country Manager da Sicily by Car Ibéria, que este novo espaço “é um passo estratégico na consolidação da marca em território nacional”.

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Destinos

Turismo da ONU quer incorporar moda no turismo cultural

O Turismo da ONU e a Università della Svizzera Italiana fazem parceria para incorporar produtos relacionados com a moda, como tecidos, joias, perfumes e acessórios no turismo cultural.

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O Turismo da ONU indica que os destinos estão a concentrar-se cada vez mais na moda para melhorar as experiências turísticas e empoderar as comunidades locais, especialmente entre as populações indígenas, bem como criadores e empresas de pequena escala.

No entanto, como deixa claro um novo relatório da ONU Turismo e da Università della Svizzera Italiana (USI) – universidade pública suíça com 4.500 alunos e 1.400 professores e pesquisadores de mais de 110 países, os próprios turistas ainda precisam ter maior conscientização sobre o comportamento responsável e apreciação mais profunda por contextos culturais específicos, através de educação e engajamento.

As duas entidades confirmam que apesar do crescimento da globalização e do comércio eletrónico, produtos relacionados com a moda, como tecidos, joias, perfumes e acessórios, ainda têm maior valor quando adquiridos nos seus destinos de origem, para reforçar que esses itens são mais do que souvenirs — são poderosos contadores de histórias que conectam os viajantes à cultura, à história e à identidade dos lugares que visitam.

Com base em estudos de casos de 11 países (Indonésia, Itália, Líbano, México, Nigéria, Peru, República da Coreia, Arábia Saudita, Espanha, Suíça e Tanzânia), o relatório mostra como a moda e o turismo estão interligados para valorizar criadores locais e atrair públicos diversos.

Neste sentido, a análise sugere recomendações sobre como criar sinergias benéficas para todos entre os principais participantes do setor da moda e do turismo, promove ferramentas que criam um ambiente propício para que essas partes interessadas cocriem novos produtos, ao mesmo tempo que aborda estratégias de marketing, branding e princípios de sustentabilidade.

Por outro lado, o documento deixa clara a necessidade de conscientizar os turistas, incentivando comportamentos responsáveis ​​e uma apreciação mais profunda de contextos culturais específicos.

Ao misturar expressões de moda tradicionais com inovação, esses exemplos mostram diferentes maneiras pelas quais as indústrias criativas podem servir como uma ferramenta para oportunidades comerciais, crescimento inclusivo e intercâmbio cultural em todo o mundo.

 

 

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Distribuição

Solférias e Exoticoonline lançam programação especial de fim de ano no Brasil em colaboração com Alto Astral

Os operadores turísticos Solférias e Exoticoonline antecipam o fim de ano 2025/2026 com o lançamento no mercado de programação especial para o Brasil em colaboração, como habitualmente, com Alto Astral, responsável pela comercialização das viagens á partida do Brasil com destino a Portugal.

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A programação especial de fim de ano no Brasil dos operadores turísticos Solférias e Exoticoonline inclui quatro operações de Lisboa e do Porto para pacotes de sete noites.

No dia 26 de dezembro o voo para Maceió sairá de Lisboa, enquanto haverá um voo com partida do Porto para Salvador. Já com saídas a 27 de dezembro estão agendadas operações para Natal, à partida de Lisboa, e para Maceió, com saída do Porto.

Em nota de imprensa, os organizadores desta operação especial de fim de ano indicam que este lançamento vai permitir aos viajantes portugueses reservarem antecipadamente um fim de ano marcado pela magia do destino Brasil, com o seu clima quente, praias fantásticas, gastronomia, fogo de artificio e, claro, um “dress code” muito especial: Branco.

 

 

 

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Turismo

“O Estado deve ter a maioria do capital da TAP” e “a ANA tem de se despachar”, diz Pedro Nuno Santos

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS) foi o primeiro convidado da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para o habitual almoço com os candidatos a primeiro-ministro. Os temas – aeroporto, TAP, ferrovia, governança, legislação, estabilidade – lançados anteriormente pelo presidente da CTP, Francisco Calheiros, tiveram resposta de Pedro Nuno Santos que destacou “a importância do setor do turismo e o seu efeito de arrastamento”.

Victor Jorge

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista (PS) e candidato a primeiro-ministro nas próximas eleições de 18 de maio, começou por reconhecer, no almoço com os candidatos a primeiro-ministro organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que o setor do turismo, “é extraordinariamente importante para a nossa estabilidade macroeconómica”, além dos “efeitos de arrastamento que provoca em toda a economia e valoriza o território, a cultura, o património”.

Afirmando querer “renovar o compromisso do Partido Socialista para com o setor do turismo”, Pedro Nuno Santos puxou dos “galões” ou indicar que, “provavelmente, foi durante os governos do PS, com todos os defeitos que possam ter tido, que o setor do turismo mais se desenvolveu, e assim continuará a ser”.

Considerando que “o Estado não se substitui, obviamente, a nenhum setor privado”, mas “deve ser um parceiro e não um empecilho”, Pedro Nuno Santos reconheceu que “há trabalho para fazer convosco [setor do turismo] e temos de perceber onde é que o Estado está a falhar, onde é que o Estado atrasa, onde é que o Estado complica e onde o Estado pode resolver”.

E aí, PNS começou por indicar o trabalho a fazer no capítulo dos recursos humanos, reconhecendo que “o tema da imigração é um tema difícil de discussão na e para a população portuguesa”, indicando que “temos de conseguir conciliar diferentes interesses, mas, de facto, temos de trabalhar juntos e o Estado tem um papel importante a desempenhar”. Até porque, “é importante conseguirmos desenhar as estratégias que nos permitam que, quem visite Portugal, esteja mais tempo cada vez que visita Portugal”.

Ferrovia é “transporte do futuro” e ANA “tem de se despachar”
E começando com os temas lançados pelo presidente da CTP, o secretário-geral do PS admitiu que a “ferrovia é um meio de transporte de futuro e não do passado. Temos de olhar para a ferrovia não apenas como um meio de transporte para as populações, para trabalhar, para regressarem às suas terras, para se deslocarem para a escola ou para o trabalho, mas também como um meio de transporte turístico”.

Até porque, para PNS, a ferrovia “é também um produto de grande valor acrescentado”, já que, “se funcionar bem, permite alargar o espaço de visita por parte do turista a todo o território”.

No tema aeroporto, “com a decisão tomada”, Pedro Nuno Santos começou por frisar que “há muito trabalho para fazer com a ANA, nomeadamente, garantirmos que a ANA não explora os prazos todos contratuais até ao limite e conseguirmos, em conjunto, que seja possível antecipar de forma significativa os prazos que estão salvaguardados nos contratos”.

E quanto à solução indicada por Francisco Calheiros (avançar com Montijo até Alcochete estar pronto), “não é recuperável, foi ultrapassada”, disse Pedro Nuno Santos, embora as contas do secretário-geral do PS indiquem que, “se a decisão anterior tivesse sido concretizada, em 2025 estaríamos a receber mais aviões e mais passageiros”. E num recado à ANA, Pedro Nuno Santos foi claro: “a ANA tem de se despachar”.

TAP é para privatizar, mas não maioria
No tema TAP, PNS começou por referir que “temos temas que em Portugal atraem muita atenção e que nos deixam pouco espaço para, racionalmente, olharmos para eles”. Afirmando o “orgulho” do trabalho realizado na e com a TAP, PNS considera a companhia aérea “de importância central para o desenvolvimento nacional e para o setor do turismo em particular. Os turistas que deixam mais valor no nosso país são os turistas que viajam na TAP. São esses turistas, seja do Brasil ou dos EUA, que mais valor deixam em Portugal. Se não tivéssemos intervencionado a TAP, teríamos muitos problemas de recuperação”, dando como exemplo “outros países onde a companhia de bandeira fechou e a recuperação do mesmo número de movimentos nunca aconteceu”. Por isso, admitiu que “seria um prejuízo incalculável para a nossa economia deixarmos aquela empresa encerrar”.

A propósito da privatização da TAP, Pedro Nuno Santos começou por frisar que a companhia aérea “nunca tinha dado três anos seguidos de lucro”, considerando mesmo que “a TAP não é um problema financeiro para o Estado português, para os seus acionistas”. Contudo, reconheceu que a TAP “não deve estar sozinha”, defendendo a “abertura do capital” da companhia aérea para permitir a sua integração com outros grupos de aviação, porque isso, obviamente, iria permitir sinergias”. “Abertura de capital não na sua maioria”, explicou PNS, até porque, segundo o candidato a PM, “alienando a maioria do capital da TAP podíamos perder o controlo”, considerando que “existem estratégias de consolidação dentro dos grupos e por mais cadernos de encargos ou garantias que pudéssemos ter, ao fim de alguns anos perderíamos o controlo”.

Por isso, “o Estado deve ter a maioria do capital da TAP e devemos abrir capital a outros grupos da indústria”, garantindo que “existem grupos de aviação que estavam e estão disponíveis para entrar no capital da TAP com uma participação minoritária. Hoje é sabido que os três principais grupos de aviação europeus, estão disponíveis para entrar no capital da TAP, sem ter o controlo da companhia”, reforçou PNS.

“Nós precisamos da TAP a voar a partir de Lisboa, é aqui que está o seu hub e, obviamente, que precisamos de uma TAP a olhar para a Madeira, para o Algarve, para o Porto”, realidade que, segundo Pedro Nuno Santos, “nunca acontecerá se a maioria do capital da companhia for privado”.

Por fim, no que diz respeito à estabilidade política, Pedro Nuno Santos afirmou que “o PS deu, ao longo do último ano, enquanto principal partido da oposição, todas as condições de governabilidade e estabilidade. Ninguém do Governo, muito menos o primeiro-ministro, pode queixar-se do PS”.

E nos eventuais cenários a sair do dia 18 de maio, o secretário-geral do PS foi direto e deu resposta a uma das possibilidades levantadas por Francisco Calheiro: “se o Partido Socialista ganhar as eleições, a direita chumba um programa de Governo? Era só o que faltava”. E lembrou: “o Partido Socialista chumbou a moção do PCP. Nós viabilizamos Orçamento de Estado, nós demos estabilidade política ao país, o que significa que o mesmo deve acontecer se o Partido Socialista ganhar as eleições”.

Por isso, conclui: “não é um favor ao Partido Socialista. É simplesmente respeitar o país e os portugueses, e respeitar um partido que, quando estava na oposição, deu as condições de governabilidade à AD”.

E voltando ao início da sua intervenção, Pedro Nuno Santos concluiu que “este é um partido [PS] que tem um currículo, uma história, do ponto de vista de relação com diferentes setores empresariais em Portugal”, terminando referindo que “os períodos de maior crescimento económico e de mobilização da nossa economia foram com o Governo do Partido Socialista e assim continuará a ser no futuro. Nós queremos ser um parceiro do setor privado e queremos desenhar as nossas políticas em diálogo convosco”. Até porque, finalizou, “se o vosso negócio correr bem, corre também bem ao país. E por isso é do nosso interesse que vocês façam muito dinheiro, porque isso significa que também conseguimos que o país consiga mais e melhor”.

 

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Turismo

CTP lança desafios a candidato do PS a primeiro-ministro e avisa que “Turismo e Comércio não têm nada a ver”

No habitual almoço organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP) com os candidatos a primeiro-ministro, Francisco Calheiros, presidente da CTP, lançou cinco temas para ouvir Pedro Nuno Santos, secretário-geral do Partido Socialista: aeroporto, TAP, Ferrovia, Legislação Laboral e Governança. O pedido de estabilidade foi, naturalmente, feito, em prol de um setor que “foi responsável por mais de metade do crescimento económico do país”.

Victor Jorge

Pedro Nuno Santos (PNS), secretário-geral do Partido Socialista (PS), e candidato a primeiro-ministro (PM) nas próximas eleições de 18 de maio, foi o primeiro convidado do habitual almoço organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP) para ouvir os líderes dos partidos com possibilidade de serem eleitos PM.

Aeroporto, TAP, Ferrovia, Legislação Laboral e Governança foram os temas apontados por Francisco Calheiros, para ouvir Pedro Nuno Santos. Se no primeiro ponto (aeroporto), o presidente da CTP começou por indicar que a decisão de PNS, na altura em que era ministro das Infraestruturas, foi “a correta”, ou seja, “avançar-se com Montijo até Alcochete estar pronto”, como data para a inauguração de um eventual Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), Francisco Calheiros frisou “não acreditar em menos de 12 anos”, considerando que, “com o nosso aeroporto em plena capacidade, é inacreditável que temos tudo parado para receber turistas”. Já na questão da TAP, o presidente da CTP salientou que “é extremamente importante para o nosso turismo”, considerando ser “difícil mantermos, num país pequeno e periférico, uma companhia completamente autónoma e orgulhosamente só”, dando como exemplo companhias como as que existem em Espanha, França ou Países Baixos”.

No que toca à ferrovia, ou seja, “mais atraso”, Francisco Calheiros indicou que, “se tivéssemos uma ferrovia Porto e Madrid direta, por exemplo, poderíamos prescindir de mais de 40 voos diários no nosso aeroporto de Lisboa”, considerando isso “extremamente importante”.

O quarto tema lançado pelo presidente da CTP teve como foco a legislação laboral, considerando-a “ultrapassada e caduca”, admitindo que “precisamos de uma legislação laboral mais moderna e que tenha mais a ver com a nossa atividade”.

Por último, a Governança. “Há muito que a CTP exige o Ministério do Turismo”, antecipando Francisco Calheiros que “faz todo o sentido dada a importância que o turismo tem para o nosso país”. E deixou um recado: “no último Governo do PS não só não tivemos um Ministério do Turismo como tivemos uma secretária de Estado do Turismo que acomodou o Comércio. São atividades que não têm, rigorosamente, nada a ver uma com a outra”.

Para o fim, Francisco Calheiros, deixou a questão da estabilidade. “Para os empresários, mas sobretudo para a economia em geral, o mais importante de tudo é a estabilidade”. Assim, deixou a pergunta ao secretário-geral do PS: “se não vencer as eleições viabiliza um Governo de Centro-Direita liderado pela AD?”.

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