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Portugal quer ser um laboratório de ‘start-ups’

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defendeu, esta sexta-feira, no Lisbon Challenge – Tourism Day, que Portugal oferece muitas oportunidades. Soluções relacionadas com ‘business inteligence’ são a prioridade dentro das necessidades do Turismo de Portugal.

Raquel Relvas Neto
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Portugal quer ser um laboratório de ‘start-ups’

Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defendeu, esta sexta-feira, no Lisbon Challenge – Tourism Day, que Portugal oferece muitas oportunidades. Soluções relacionadas com ‘business inteligence’ são a prioridade dentro das necessidades do Turismo de Portugal.

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Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, defendeu, esta sexta-feira, no Lisbon Challenge – Tourism Day, que Portugal oferece muitas oportunidades e desafios para os empreendedores que quiserem apostar no sector turístico.

O responsável pela pasta do Turismo português começou por apresentar os números do sector em Portugal, que tem crescido mais de 10% neste ano e que representa 8% do emprego, desafiando as start-ups presentes a desenvolverem soluções que respondam às actuais necessidades do sector do turismo em Portugal, que é “um campo de oportunidades”. O responsável salientou que Portugal pode ser o laboratório ideal para as start-ups testarem e colocarem em prática as suas ideias. 

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O responsável realçou que, “embora estejamos a crescer rapidamente e de uma forma consistente (…) estamos a enfrentar vários desafios sérios e quero partilhar alguns convosco que podem despoletar o vosso interesse para pensarem sobre eles”.

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Dividindo os desafios em dois grupos – público e privado – o responsável indicou que, no primeiro sector, existe um problema relacionado com a ‘business inteligence’. “Olhamos para o Turismo e não temos informação suficiente, não temos ‘business intelegence”, seja, sobre o comportamento dos turistas que nos procuram, onde é que gastam o seu dinheiro, nem quando nem porquê. “Precisamos de saber o que o turista que nos visita quer”, reforçou, indicando ainda que, “precisamos de perceber, não só a olhar, mas através de factos, o que está a despertar o interesse das novas tendências dos turistas”.

Outro desafio que o Turismo de Portugal tem, segundo o secretário de Estado do Turismo, é monitorizar os resultados da campanha de markenting que lançou no digital: “Claro que temos os dados de quantos turistas estão a vir para Portugal. Mas será que estão a vir devido à campanha ou não?” Encontrar formas de monitorizar as campanhas de marketing e de relações públicas do instituto público é uma das actuais necessidades, bem como avaliar os verdadeiros impactos dos grandes eventos que o País recebe: “O sector privado já encontrou maneiras de avaliar o impacto dos grandes eventos, que trazem milhões para o País, mas o que estou a falar é como é que na verdade estes eventos são importantes para a cidade ou para o País?”

O terceiro desafio está relacionado com o território e o respectivo ordenamento. Numa altura em que Portugal está a receber cada vez mais turistas, o responsável referiu que “temos de achar maneiras de os acomodar de uma melhor forma. Como é que podemos gerir o espaço e o trânsito? O que é que podemos fazer no terreno para tornar a experiência do turista mais proveitosa? Este é também um desafio que estamos realmente a enfrentar de momento e estamos empenhados em achar uma solução para isto, porque se essa solução não aparecer vamos começar a olhar para o Turismo como um problema e não como uma oportunidade. Temos que nos focar nisto.”

A promoção de Portugal também foi uma questão levantada pelo responsável, concretamente, saber “como é que podemos promover o nosso País com orçamentos mais pequenos do que outros países como Espanha ou França e como é que o podemos realizar de uma forma mais eficaz?” “Entrámos no mercado digital e estamos satisfeitos com os resultados. Mas precisamos de novas ferramentas, técnicas, B2P. Como podemos promover o nosso País de forma a alcançarmos os turistas que queremos, os operadores ou os canais de distribuição que pretendemos alcançar? A ideia do ‘digital marketing’ é algo que precisamos de fazer um ‘update’ e depende de vocês esse ‘update’.”

Já no sector privado, segundo a perspectiva do secretário de Estado do Turismo, os modelos de negócio das empresas está ultrapassado e os empresários “precisam de novas ideias de negócio, novas ferramentas para serem competitivos”. A par deste desafio, a economia partilhada e o networking entre as empresas do sector foram outros desafios apresentados.

 

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Turismo halal valerá 350 mil milhões de dólares até 2030

O turismo halal está a tornar-se uma tendência global, e especialistas estimam que, até 2030, esse tipo de turismo contribuirá com 350 mil milhões de dólares para o setor a nível global.

Após a pandemia da COVID-19, o número de turistas muçulmanos a viajar aumentou rapidamente, especialmente no segmento de luxo, prevendo-se que em 2024 o número tenha alcançado os 160 milhões, contribuído com 276 mil milhões de dólares para a indústria do turismo a nível mundial, e possa chegar a 350 mil milhões de dólares até 2030.

Atualmente, muitos países têm planeado políticas, desenvolvendo programas de ação e investindo no desenvolvimento do turismo halal para atrair essa fonte potencial de clientes, lembram os especialistas.

O turismo favorável aos muçulmanos exige próprios critérios próprios como comida halal, locais de oração, serviços relacionados ao Ramadão (refeições de jejum), privacidade em atividades de entretenimento e visitas familiares. Em termos de alojamento, os hotéis devem ter pelo menos um restaurante certificado como Halal, placas de oração muçulmana no teto, tapetes de oração e o Alcorão, informações atualizadas sobre os horários das orações e piscinas e ginásios separadas. Além disso, os hotéis devem ter um buffet para refeições na altura do Ramadão, refeições antes do amanhecer para se preparar para os dias de jejum, salas de oração privadas e um inspetor Halal.

O turismo halal pode ser entendido como turismo islâmico ou turismo voltado para muçulmanos, e os serviços oferecidos são adaptados às exigências específicas do islamismo.

 

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Novo Governo alemão promete reduzir impostos sobre a aviação

Depois das eleições de 23 de fevereiro, o Governo de coligação resultante – CDU/CSU e SPD – decidiu reduzir a carga fiscal sob o setor da aviação.

O novo Governo de coligação alemão – CDU/CSU e SPD – promete reduzir os impostos sobre a aviação, incluindo um plano para reverter o aumento do imposto sobre passageiros aéreos introduzido no ano passado.

O compromisso está incluído num acordo de coligação de 144 páginas entre os Democratas-Cristãos (CDU/CSU), que venceram as eleições alemãs em fevereiro, e os Social-Democratas (SPD) e que tem o líder da CDU, Friedrich Merz, como chanceler.

“Queremos reduzir os impostos, taxas e encargos específicos da aviação, e reverter o aumento do imposto sobre a aviação”, refere o acordo de coligação.

Recorde-se que o anterior Governo alemão tinha aumentado o imposto sobre passageiros aéreos em 20% em maio de 2024 – medida que gerou críticas por parte da Verband Deutsches Reisemanagement (associação alemã de compradores de viagens, VDR sigla em alemão), e de grupos do setor da aviação como a IATA.

A nova coligação promete ainda “abolir de imediato” a política do Governo anterior que previa a introdução de uma quota mínima para a utilização de combustíveis sintéticos pelas companhias aéreas, conhecida como a quota “Power to Liquid”, que deveria entrar em vigor na Alemanha a partir de 2026. O acordo de coligação considera que esta exigência “ultrapassa o padrão da UE”.

“Garantiremos que as companhias aéreas europeias não sejam prejudicadas em relação às companhias não europeias no que diz respeito à quota de combustíveis de aviação sustentáveis (SAF)”, refere o acordo.

“O nosso objetivo é moldar a modernização da indústria da aviação e do transporte aéreo, promovendo uma concorrência justa e a descarbonização. A coligação está empenhada em melhorar a conectividade internacional dos aeroportos alemães para apoiar o crescimento económico”, pode ainda ler-se no documento.

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China proíbe companhias aéreas de adquirirem novos aviões à Boeing

Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump aos produtos importados da China, o Governo chinês decidiu proibir a compra de aviões à Boeing por parte das companhias aéreas. Um rude golpe para o fabricante norte-americano cujas expectativas apontavam para um crescimento total na frota chinesa de 4.345 para 9.740 aeronaves até 2043.

A guerra comercial entre a China e os EUA continua a escalar. De acordo com a Bloomberg, que cita fontes familiarizadas com o assunto, a China terá proibido as companhias aéreas nacionais de aceitarem mais aeronaves do fabricante norte-americano Boeing.

As companhias também foram orientadas a não comprar mais peças relacionadas com aviões a empresas dos EUA, encontrando-se o Governo chinês a considerar formas de apoiar as companhias aéreas que tenham aviões da Boeing em regime de leasing e que enfrentem custos mais elevados, segundo as mesmas fontes.

De acordo com o site da Boeing, à data de 31 de março, existiam exatamente 130 encomendas pendentes de clientes chineses. Entre estas encontram-se 23 Boeing 777, seis Boeing 787 e 101 Boeing 737. Os maiores compradores são a China Southern Airlines, a Ruili Airlines e várias empresas de leasing.

No entanto, no final de 2024, a Boeing previra que a frota das companhias aéreas chinesas passasse de 4.345 para 9.740 aeronaves até 2043, constituindo os aviões de um corredor a maior parte das unidades, prevendo-se cerca de 6.720 aeronaves desta tipologia.

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“O que o turismo precisa e quer hoje é celeridade na avaliação, rapidez na execução, cumprimento de metas e objetivos”, diz SET

Partindo da premissa que o Turismo do Centro de Portugal “tem uma marca muito forte”, o secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, salientou, durante a tomada de posse do novo presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Rui Ventura, que, “o que o turismo precisa e quer hoje é celeridade na avaliação, rapidez na execução, cumprimento de metas e objetivos”. Em resposta ao desafio e/ou recado deixado por Rui Ventura relativamente à Lei 33, Pedro Machado considerou que o “quem me suceder à frente da Secretaria de Estado do Turismo pode e deve ir mais longe”.

Victor Jorge

Na cerimónia de tomada de posse do novo presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, Rui Ventura, realizada esta terça-feira, 15 de abril, em Aveiro, Pedro Machado, secretário de Estado do Turismo (SET), começou por destacar os três pilares fundamentais para o sucesso da Turismo Centro de Portugal: “a equipa, o território e a comissão executiva”.

Pedro Machado também aproveitou a ocasião para referir que “o caminho que estávamos a trilhar reforçava não só o peso do crescimento da indústria do turismo em Portugal, mas procurava também responder a três grandes desafios: o desafio da qualidade e da qualificação da experiência, o desafio do crescimento, bem como o desafio da capacidade que temos de podermos alimentar e alavancar o grau de felicidade daqueles e daquelas que recebem turistas”.

Enumerando as diversas medidas lançadas ao longo do último ano por parte do XXIV Governo, Pedro Machado considerou que “estávamos, no fundo, a procurar acrescentar valor à oferta, a corresponder à expectativa de um crescimento que o país está a ter, mas que, cada vez mais e todos os dias, somos desafiados a responder ao que é esperado por aqueles que recebemos”.

E numa região que ultrapassou a fasquia das oito milhões de dormidas, em 2024, Pedro Machado admitiu que “essa mesma região tem todas as condições para continuar esse caminho do crescimento. Não só porque se posicionou, mas porque tem hoje o seu ADN, tem a sua estrutura base nessa ligação território-empresa, tem diversificação, singularidade, oferta, tem todos os ingredientes para poder continuar o caminho do crescimento, tendo presente aquilo que são as expectativas criadas, nomeadamente com nos novos mercados”.

O SET lembrou, igualmente, o tema da sustentabilidade, assumindo que “esta merece atenção redobrada, do ponto de vista daquilo que é a pressão que temos sobre os nossos recursos e que precisamos de lidar e gerir com parcimónia, mas sobretudo aquilo que ela pode e deve influenciar, nomeadamente, a procura dos mercados emissores”.

Por isso, considerou que “temos um conjunto de fluxos turísticos em que o tema da sustentabilidade já não é apenas uma preocupação à chegada, é uma preocupação à partida” e, por isso, “define muitas vezes aquilo como, onde e o que os turistas querem pagar”.

Ainda no tema da sustentabilidade e, fundamentalmente, na questão das alterações climáticas, Pedro Machado referiu ainda que “o país, a região, os municípios em que vivemos, pedimos emprestados aos nossos filhos. Se tivermos essa consciência de que pedimos aos nossos filhos aquilo que é hoje o ecossistema que todos os dias utilizamos, provavelmente muitos mudariam alguma das suas atitudes”.

Pedro Machado juntou às alterações climáticas as migrações, considerando-as “absolutamente cruciais”. “Os emigrantes representam, hoje, praticamente a 17% da nossa população”, disse o SET, admitindo que “precisamos saber quem são e, mais do que isso, criarmos as condições para termos cidadãos plenos de direitos”, saudando as medidas tomadas pela Confederação do Turismo de Portugal, Turismo de Portugal e AIMA com o plano de formação colocado no terreno.

Outro tema preocupante salientado por Pedro Machado foi o do “envelhecimento da população nos nossos territórios”. “Os números são estrondosos”, considerou o SET, referindo que, “em 2050, teremos 297 idosos por cada 100 jovens ativos”, considerando esta “uma cifra absolutamente crítica do ponto de vista daquilo que é o processo de envelhecimento desta Europa e da própria necessidade de olharmos também para os migrantes como fator decisivo e crítico para que a Europa também ela possa regenerar-se”.

Pedro Machado salientou, também, a necessidade da “valorização das profissões do turismo”, reforçando a “confiança nas empresas, nos empresários e nas pessoas”. E respondendo a algumas vozes que entendem que existe turismo a mais, Pedro Machado disse: “basta pensarmos nesta região e percebermos aquilo que são as taxas de ocupação numa indústria que representa hoje 14,4% do nosso Produto Interno [Bruto] em termos de exportações”, comparando-as com o 9% da indústria automóvel ou os 9,8% da maquinaria e equipamentos.

Para o final ficou a resposta ao desafio deixado por Rui Ventura, para a revisão da Lei 33. “Há, de facto, dossiers que não foram cumpridos e um deles foi a revisão da Lei 33”, recordando o único ano que o Governo esteve em funções. “Fui sempre adepto da Lei 33, no sentido de que dava mais capacitação ao território, a empresas e empresários, nos dava uma visão diferente, porque não ficávamos tão divididos, sobretudo no campeonato da internacionalização”, admitindo que “cada vez mais temos consciência que precisamos de músculo”.

“A lei não ficou perfeita”, disse Pedro Machado, “desde logo porque as universidades e os politécnicos nem sequer se podiam associar”, admitindo que “pensar numa estratégia de desenvolvimento regional ou local sem conhecimento, sem transferência de conhecimento, sem capacitação foi sempre uma aberração”.

Por isso, Pedro Machado admitiu, salientando o cuidado a ter com as palavras: “tenho consciência de que estamos, nesta data, às portas de eleições, mas o trabalho não fica perdido. Eventualmente temos este intervalo de tempo para nos ajudar a ir mais longe do que aquilo que já teria sido feito na revisão da [Lei] 33”.

E, em conclusão, o SET considerou que “a própria proposta da revisão da Lei 33, à data de hoje, pode ficar aquém daquilo que é a expectativa criada e parece-me quem me suceder à frente da Secretaria de Estado do Turismo pode e deve ir mais longe”, reforçando que “o que o turismo precisa e quer hoje é celeridade na avaliação, rapidez na execução, cumprimento de metas e objetivos”.

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Turismo da Alemanha está satisfeito com “muito boa recuperação” do mercado português

Segundo Ulrike Bohnet, diretora do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha, o mercado nacional apresentou, em 2024, “uma muito boa recuperação, com um crescimento de 105% face a 2019” e, apesar de uma pequena quebra nas dormidas depois de um “crescimento explosivo” em 2023, continua a dar bons indicadores, com a descoberta de novos destinos no país.

Inês de Matos

O Turismo da Alemanha está satisfeito com a “muito boa recuperação” do mercado português, uma vez que o número de turistas lusos no país já ultrapassou por completo o período pré-pandemia e, apesar de uma pequena descida nas dormidas em 2024, está a descobrir novos destinos no país, segundo Ulrike Bohnet, diretora do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha.

“O mercado português na Alemanha apresentou uma muito boa recuperação, com um crescimento de 105% face a 2019, apesar de termos tido uma pequena descida de 0,2% no ano passado”, afirmou a responsável esta terça-feira, durante o habitual almoço com a imprensa nacional que o Turismo da Alemanha promove anualmente, em Lisboa.

Ulrike Bohnet desvaloriza a pequena descida de 0,2% nas dormidas, que totalizaram 544,282 no ano passado, considerando que 2024 foi um “ano de ajustamento”, depois do “crescimento explosivo” que as dormidas do mercado português tinham apresentado em 2023.

“Em 2023 tínhamos tido um crescimento explosivo, houve um crescimento vertiginoso em 2023 e, por isso, penso que 2024 foi um ano de ajustamento. Foi um resultado muito positivo, com 544.282 mil dormidas”, defendeu.

A diretora do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha considerou também que positivo é o facto dos portugueses estarem a descobrir novos destinos na Alemanha, uma vez que, apesar da Bavária e da sua capital de Munique continuarem a liderar as preferências, seguidas de Berlim e da Renânia do Norte e Vestefália, onde se localizam cidades como Dusseldorf ou Colónia, há “crescimentos muito interessante” do mercado português também noutros estados alemães.

“Há performances muito positivas de Hamburgo (+12,8%) e da Saxónia (+17,1%), que têm um crescimento muito interessante, em especial a Saxónia-Anhalt (+51,1%), que é um destino muito cultural que parte de um nível baixo mas mostra como é interessante que as pessoas estejam a escolher este destino que é menos conhecido”, congratulou-se a responsável.

Ulrike Bohnet revelou ainda que, entre os portugueses, a estada-média no país ronda as sete noites, sendo 91% os turistas nacionais que ficam, pelo menos, quatro noites quando visitam a Alemanha.

Fundamental para o crescimento que o mercado português tem apresentado na Alemanha é o aumento das ligações aéreas, facto que a responsável salientou, considerando que “qualquer nova conexão que venha aumentar a capacidade para os passageiros é interessante”.

A diretora do Turismo da Alemanha para Portugal e Espanha destacou as novas rotas que vão ligar Lisboa a Hannover, assim como o Porto a Colónia/Bona, e Faro a Berlim, que considerou “muito interessantes” para o aumento dos fluxos turísticos entre os dois países.

Ulrike Bohnet referiu-se particularmente à Lufthansa que, este ano, conta com um total de 182 voos por semana ou 26 voos por dia entre Portugal e a Alemanha, num aumento de 13% face ao ano anterior, e que, por isso, passou a ser a companhia aérea preferencial do Turismo da Alemanha.

Mais promoção e eventos variados

Durante a apresentação para a imprensa portuguesa, Ulrike Bohnet falou também sobre as campanhas promocionais que o Turismo da Alemanha vai ter em vigor este ano, assim como sobre os muitos eventos que vão marcar a oferta turística alemã em 2025.

Quanto a campanhas, este ano, o Turismo da Alemanha tem previstas quatro campanhas promocionais que focam segmentos e ofertas distintas, concretamente o regresso da campanha Cultureland Germany, dedicada ao turismo cultural; a Embrace Germany Nature, para promover a oferta de natureza; e a manutenção da campanha Simply Feel Good, dedicada ao turismo sustentável; prevendo ainda lançar a Season’s Greetings from Germany na segunda metade do ano, para promover a oferta de Mercados de Natal.

Além das campanhas, 2025 vai ficar também marcado por diversas celebrações na Alemanha, a exemplo do 275.º aniversário do falecimento de Johann Sebastian Bach, que vai ser assinalado um pouco por todo o país, a exemplo da Bachfest, que decorre em junho e que vai contar com concertos e coros internacionais que vão interpretar obras do famoso compositor clássico.

Destaque também para o 50.º aniversário da Rota dos Contos de Fadas, que é inspirada na obra dos irmãos Grimm, ou para o 75.º aniversário da Rota Romântica, que também vão ser assinalados de diversas formas e que, segundo a responsável, constituem um bom pretexto para visitar a Alemanha em 2025.

 

 

 

 

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Promoção e apoio à qualificação da oferta são destaques no relatório de atividades de 2024 da RTA

O relatório de atividades da Região do Turismo do Algarve (RTA), que acaba de ser aprovado, juntamente com o de gestão e contas de 2024, destaca a concretização de dezenas de ações promocionais, a participação em feiras nacionais e internacionais no mercado interno alargado, campanhas de comunicação e ações conjuntas com parceiros regionais e nacionais.

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A Assembleia Geral da Região de Turismo do Algarve (RTA) aprovou por unanimidade, na reunião ordinária realizada esta terça-feira, 15 de abril, o Relatório de Atividades, o Relatório de Gestão e a Prestação de Contas relativos ao exercício de 2024.

Apesar de constrangimentos relacionados com as cativações orçamentais e pelas exigências legais aplicáveis às entidades públicas integradas no perímetro da Administração Central, a RTA assegurou a execução do seu plano de atividades, com foco na promoção do destino, no apoio à qualificação da oferta turística e no desenvolvimento de projetos estratégicos para a região.

O Relatório de Atividades destaca a concretização de dezenas de ações promocionais, a participação em feiras nacionais e internacionais no mercado interno alargado, campanhas de comunicação e ações conjuntas com parceiros regionais e nacionais, em linha com os objetivos definidos para o turismo na região.

Em termos de resultados, a RTA voltou a registar um desempenho financeiro equilibrado e sustentável, o que permitiu cumprir os compromissos assumidos com o Turismo de Portugal, nomeadamente no âmbito da execução do contrato-programa e do plano de marketing da agência regional de promoção turística.

“O ano de 2024 foi de continuidade e consolidação”, afirmou André Gomes, presidente da RTA, que destaca que, “apesar das limitações impostas à gestão da entidade, conseguimos manter o foco estratégico, executar com eficiência e reforçar a valorização do destino Algarve em Portugal e Espanha”.

No período de “Antes da ordem do dia”, foi ainda aprovado por unanimidade e aclamação um voto de louvor e congratulação a Reinaldo Teixeira, atual presidente da Assembleia Geral da RTA em representação da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), pela sua recente eleição como presidente da Liga Portugal.

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Rui Ventura toma posse como presidente da Turismo do Centro de Portugal assumindo “compromissos” e “ambição”

Rui Ventura tomou posse como presidente da Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal, numa cerimónia realizada em Aveiro, assumindo um “inabalável compromisso de continuar ligado ao que nos une, o Turismo do Centro de Portugal”. Como desafio e/ou recado à tutela, dirigindo-se ao secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, presente no ato de tomada de posse, Rui Ventura deixou “a revisão da Lei 33” que considera “ultrapassada”.

Victor Jorge

A Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (TCP) tem um novo presidente a partir desta terça-feira, 15 de abril. Rui Ventura tomou posse, numa cerimónia realizada em Aveiro, sucedendo, assim, a Raul Almeida, cuja memória e trabalho foi lembrado durante o evento.

Assumindo “um inabalável compromisso de continuar ligado ao que nos une, o Turismo do Centro de Portugal”, Rui Ventura começou por recordar “a eleição expressiva”, tendo ficado apenas nove dos 159 associados por exercer o seu voto, salientando o “amplo envolvimento das duas candidaturas”, bem como “o interesse dos associados em querer estar presente na vida ativa da Entidade de Turismo do Centro de Portugal”.

“A partir de hoje”, frisou o novo presidente da Turismo do Centro, “é agarrar as oportunidades para atrair e agregar todos aqueles que se reveem na nossa diversidade turística, que é única”. “Este é um território ímpar, de mulheres e de homens notáveis”.

De resto, as pessoas estiveram sempre presentes ao longo do discurso de tomada de posse de Rui Ventura, admitindo que “não há turismo sem pessoas, não há turismo sem empresários, não há turismo sem o cuidado de cada autarca, em cada um dos seus conselhos, em conservar o melhor que existe em cada um desses territórios”.

“O setor mede-se pela sua capacidade de saber receber bem e ter competência para intermediar com sucesso, produtos, espaços e experiências”, sem esquecer que “o sucesso destas interações humanas tem impactos positivos nos ambientes económico, social e cultural”.

Não deixando de lado o fator segurança, Rui Ventura afirmou que “temos de ter a força e a coragem de continuar a trabalhar sem descanso no turismo de sustentabilidade ambiental. Temos de saber acompanhar os novos tempos e a necessária prosperidade com a inegável e importante agenda da descarbonização”.

Salientando ainda o compromisso “em tudo fazer para manter a identidade deste território, criando plataformas intermédias, onde, de forma regular, teremos de discutir, temos de nos complementar, criando âncoras que sejam sedutoras o suficiente para fazer despertar a curiosidade e, como consequência, proporcionar uma permanência mais prolongada do turista”.

No discurso de tomada de posse de Rui Ventura também houve tempo para alguns recados à tutela, nomeadamente, no “desafio para a criação do Hotel Escola, dando uma resposta especializada para que as diversas áreas do turismo não se percam, dotando o território de recursos humanos qualificados, atraindo-os para o território ou fazer com que permaneçam no nosso território”.

Além disso, Rui Ventura expressou a vontade de “alterar velhos paradigmas na mobilidade dentro do território e para o território”, até porque considera que “o Centro de Portugal tem condições únicas para ser uma alavanca de desenvolvimento para todo Portugal”, destacando a “aposta no nosso mercado principal [Espanha]”.

Por isso, o novo presidente da Turismo do Centro de Portugal deixou a pergunta: “Tentem descobrir qual é o país que os nossos irmãos espanhóis mais gostam de conhecer”. A resposta surgiu de seguida: “Asseguro-vos que vão deparar-se com a resposta e o desejo de conhecer Portugal e aí o Turismo do Centro ganhou um renovável reconhecimento nacional e internacional e tem sabido aproveitar as oportunidades para explorar e dar a conhecer o seu potencial de desenvolvimento turístico”.

Com a plena convicção que “este projeto ainda pode e deve ir muito mais além”, Rui Ventura destacou ainda “a articulação que deve existir entre a Entidade e a Agência [de Promoção Externa], sob pena de estarmos a duplicar recursos humanos e financeiros”. O presidente da TCP salientou ainda que “a estratégia de posicionamento da marca turística associada à região, tem diferentes variáveis sobre as quais importa refletir”, apontando a “comunicação do destino” como uma delas e, neste caso, “podemos e devemos centrar a nossa atenção numa das ferramentas em que tem assentado essa comunicação, o mapa turístico para o mercado nacional e internacional”.

Resumindo, nas palavras de Rui Ventura “a Entidade e a Agência devem estar mais articuladas”, considerando ser “importante e decisivo, pois garante a uniformidade e a redução na duplicação de trabalho e esforços entre as duas organizações”.

No final e dirigindo-se ao secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, Rui Ventura afirmou que “precisamos trabalhar na reforma da Lei 33, bem como o regime jurídico das organizações e funcionamentos das Entidades Regionais de Turismo”, considerando que “é uma lei ultrapassada”.

Até porque, considerou Rui Ventura, “as regiões têm provado que podem percorrer um caminho de maior autonomia administrativa e financeira, sem colocar em risco o alinhamento com a tutela do Turismo de Portugal”, concluindo que “todas as regiões, sem exceção, já provaram que sabem assegurar e manter esse alinhamento. Sabemos que juntos somos mais fortes e que há uma marca que a todos nos une, a marca Portugal”.

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Mais de 11 mil visitantes na XIV Grande Mostra de Vinhos de Portugal em Albufeira

A XVI Grande Mostra de Vinhos de Portugal, que decorreu no Espaço Multiusos de Albufeira, superou todas as expectativas e consolidou-se como um dos principais eventos de promoção vitivinícola do país, diz a organização, que avança que a iniciativa acolheu mais de uma centena de produtores e cerca de mil vinhos em prova, bem como mais de 11 mil visitantes.

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Este é um evento de carácter não lucrativo, promovido com o propósito de valorizar e divulgar os vinhos portugueses, de todo o país e dando visibilidade às regiões vitivinícolas emergentes, como o Algarve. Desde os vinhos clássicos das grandes casas até às produções exclusivas de pequenos produtores, muitas das quais não se encontram em loja, a Mostra destaca-se ainda por dar visibilidade a pequenos produtores e quintas familiares de todo o território nacional. Entre o público visitante, contaram-se numerosos turistas e residentes estrangeiros, cada vez mais interessados na qualidade dos vinhos nacionais.

Integrado na programação, o 10.º Concurso de Vinhos de Portugal, promovido pela Confraria do Bacchus de Albufeira, decorreu nos dias 5 e 6 de abril, com os vencedores anunciados durante o jantar oficial no dia 11 de abril, no Restaurante Verde Minho de Vale Paraíso. O evento coincidiu com a celebração do 18.º aniversário da Confraria.

O concurso premiou 33 vinhos, entre os quais cinco Medalhas de Excelência, 11 Medalhas de Ouro e 17 Medalhas de Prata. Os produtores algarvios estiveram em grande destaque.

Organizada desde a primeira edição pela Confraria do Bacchus de Albufeira, a Mostra conta com a parceria da Câmara Municipal de Albufeira e o apoio à divulgação da Região de Turismo do Algarve e da APAL – Agência de Promoção de Albufeira

A XV Grande Mostra de Vinhos de Portugal já tem data marcada: irá realizar-se nos dias 17, 18 e 19 de abril de 2026, prometendo mais novidades, mais produtores e ainda mais motivos para brindar aos vinhos portugueses.

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Loft Marvila: Lisboa ganha novo espaço de eventos

O Loft Marvila promete ser um palco para experiências inesquecíveis. Com a assinatura, “A warehouse of possibilities”, o novo espaço com 1500m2, situado no centro de Marvila, em Lisboa, é um convite aberto à inovação, à versatilidade e à liberdade criativa.

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Construído em 1891 e com um passado ligado ao património comercial da cidade, o espaço manteve o seu espírito industrial, agora reinventado para acolher os mais diversos tipos de eventos — desde lançamentos de produto a convenções, festas corporativas, ativações de marca, ou eventos de música, um espaço com identidade, flexível e onde os eventos se podem efetivamente tornar únicos.

Com arcos laterais imponentes, com cerca de 14m2 cada, que conferem identidade ao espaço e reforçam o seu charme industrial, o Loft Marvila conta ainda com um palco estruturado, infraestrutura elétrica de elevada qualidade, acessos facilitados, zonas de apoio para catering e estacionamento nas imediações.

“Lisboa está a viver um momento único e sentimos que Marvila é o reflexo disso — um ponto de encontro entre tradição e inovação”, explica Tomás Mendes dos Santos, um dos responsáveis do Loft Marvila, para avançar que o projeto nasce precisamente dessa energia e pensado como um espaço onde cada evento pode ganhar uma identidade própria. Assim, “queremos ser o palco de experiências únicas que espelhem o dinamismo desta cidade,”, realça.

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In Sure Broker integra o “Top 10 Melhores PME” do setor da mediação de seguros

Pelo segundo ano consecutivo, a In Sure Broker integra o “Top 10 Melhores PME” do setor da mediação de seguros, uma certificação atribuída pela SCORING a apenas 0,5% das pequenas e médias empresas.

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O “Top 10 Melhores PME do Setor” assenta num princípio essencial: mais que vender é fundamental garantir um volume de negócios sustentável e financeiramente sólido, e para José Carlos Viseu, Executive Manager da In Sure Broker, “isso exige consistência”, para destacar que “todos os dias damos o nosso melhor para que clientes, colaboradores e parceiros saibam que podem contar connosco – hoje e no futuro”.

O responsável observa que, esta distinção, pelo segundo ano consecutivo, “reforça o reconhecimento do nosso percurso e das boas práticas que temos implementado na In Sure Broker para garantir padrões de qualidade elevados” acrescentando que “o nosso objetivo é consolidar, ano após ano, a posição de referência no setor da mediação de seguros”.

O Executive Manager da In Sure Broker assegura, por outro lado, que “continuaremos a trabalhar para oferecer um serviço de excelência e superar as expectativas dos nossos clientes e parceiros”.

Refira-se que nesta avaliação, certificada pela ASOFT e auditada pela BUREAU VERITAS, é calculado o indicador Qualidade Económica das Vendas (QEV), que resulta da fórmula QEV = iDS x VN (Índice de Desempenho e Solidez Financeira x Volume de Negócios Anual). As 10 empresas com os valores mais elevados de QEV em cada categoria são distinguidas como TOP 10 Melhores PME do Setor.

O QEV reflete a capacidade de as empresas de combinar um volume de negócios significativo com um desempenho económico sólido e uma forte estabilidade financeira (Notação 5 – Excelente).

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