“Devem ser sempre os municípios a liderar a intervenção do seu território”
Vítor Costa, director executivo da ATL e presidente da ERT Região de Lisboa, considera que as iniciativas locais de promoção têm sempre o seu lugar.
Raquel Relvas Neto
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Vítor Costa, director executivo da ATL e presidente da ERT Região de Lisboa, em entrevista recente ao Publituris, manifestou a sua posição perante a criação de uma Associação de Turismo de Cascais, uma iniciativa da Câmara Municipal de Cascais.
Desconhecendo ainda os trâmites desta associação, o responsável referiu que, do ponto de vista de promoção internacional do destino, cuja responsabilidade actualmente é da Associação de Turismo de Lisboa, “o que está determinado até hoje, e também não há razões para se alterarem, é que a Agência Regional de Promoção Turística faz a promoção da região no seu conjunto. Há a possibilidade de um programa complementar só para Cascais, desenvolvida actualmente pela Cascais Dinâmica, que é uma empresa municipal”, uma iniciativa local, cujos recursos advêm das contrapartidas do Casino do Estoril.
“Quando falo quer em termos de ATL, quer de ERT, estou a falar de um plano regional, porque também podem aparecer iniciativas desse género noutras zonas. Uma organização local em articulação com as regionais, para organizar melhor essa oferta”, indica. Contudo, para Vitor Costa, “o que não faz sentido é andar a criar coisas para fazer coisas em duplicado ou dispersar recursos. Isso era fazer o percurso ao contrário, demorou muito tempo e muitas horas de dispersão, muita saliva para se chegar a um consenso. Há 12 anos criou-se a Agência Regional de Promoção Turística e ela existe desde então e faz o seu plano. Não faz muito sentido, dividir isto em quatro ou cinco agências regionais de promoção turística”.
O responsável considera que, da parte do desenvolvimento do turismo, “o centro está em quem tem competência para gerir os territórios, ou seja, os municípios, sob o ponto de vista da organização. Depois há a parte da componente económica privada, mas falando da parte institucional, não é a região de turismo ou a entidade regional que vai para um município qualquer organizar e fazer, sem ter em conta os municípios. Devem ser os municípios a dirigir, não concebo que seja ao contrário. Devem ser sempre os municípios a liderar a intervenção do seu território”.
“Qualquer câmara pode decidir o que fazer e, no caso de Cascais, no que se refere à promoção internacional é uma questão que está perfeitamente clarificada desde há 12 anos até esta parte, eles têm um plano de promoção próprio que fazem todos os anos, que acrescenta ao plano de promoção que a Agência Regional faz”, conclui.