easyJet anuncia reforço da operação em Lisboa
Novas rotas, aumento de frequências e mais um avião na base ‘alfacinha’.
Patricia Afonso
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Satisfeita com a performance da base em Lisboa, a easyJet prepara-se para reforçar a operação na capital portuguesa através da introdução de novas ligações, aumento de frequências, contratação de mais trabalhadores e a colocação de um terceiro avião, em permanência.
O anúncio desta aposta no mercado português foi feito por Javier Gandara, director ibérico, e José Lopes, director comercial para Portugal, em conferência de imprensa esta terça-feira.
De acordo com o responsável ibérico, a easyJet, a partir do próximo Verão, vai abrir ligações entre Lisboa e Bilbau e Lisboa e Valência, tendo a primeira rota quatro frequências semanais; e a segunda três voos por semana.
Além disto, “enquanto parceiro estratégico e duradouro de Portugal e Lisboa, a easyJet continua a crescer e a investir com a colocação de um terceiro avião, do modelo A 319, na base de Lisboa, apenas seis meses após a abertura da base. Com a contratação de 25 novos colaboradores, a easyJet demonstra o compromisso da companhia em contribuir para o crescimento da economia portuguesa e para a criação de emprego.” Isto, visto tratarem-se de contratos efectuados sob a lei portuguesa e a descontar para as devidas entidades nacionais, ressalvou Javier Gandara, adiantando que esta fase de expansão da base envolve um investimento de cerca de 50 milhões de dólares (38 milhões de euros), o valor que, essencialmente, corresponde à colocação de uma nova aeronave em Lisboa.
Com estas novas rotas, disponíveis para venda a partir do próximo 01 de Novembro, a low cost britânica espera transportar mais 125 mil passageiros por ano.
Num balanço dos seis meses da base na capital portuguesa, Javier Gandara referiu que, desde Abril, já foram transportados mais um milhão de passageiros, 120 mil dos quais nas rotas inauguradas na altura, e que os voos têm registado uma taxa de ocupação a rondar os 90%. Também o tráfego business – uma das apostas da companhia- tem subido, representando já 13,5% dos passageiros (contra os 12,6% do período homólogo anterior).
Esta foi uma das apostas que a easyJet fez em Portugal e que tem dado frutos, afirmou, por sua vez, José Lopes, revelando que a transportadora já fechou acordo com dois grandes grupos de agências de viagens – entre os quais a Espírito Santos Viagem – e que está prestes a fechar com outros dois. Desta forma, a easyJet irá “cobrir cerca de 60/70% do mercado corporate”, precisou o director comercial, revelado estar, também, em negociações directas com empresas.
A marcação de lugares, um serviço disponível já a partir do próximo mês, é algo que vem reforçar e fomentar o tráfego business, indicou José Lopes, classificando o desempenho da base em Lisboa nestes seis meses como um “êxito.”
O responsável comercial pelo mercado português revelou, ainda, que a easyJet pretende reforçar algumas rotas já existentes a partir de Lisboa. A saber: a ligação entre a capital portuguesa e Edimburgo deixa de ser sazonal para passar a ser operada duas vezes por semana durante todo o ano, já a partir de 13 de Dezembro. Já a rota entre Lisboa e Amesterdão vai passar a ter seis voos por semana, ao invés dos actuais quatro. Paralelamente, a ligação a Veneza, “que se tem revelado forte para os city-breaks”, vai começar a ser realizada a dias mais propícios a este segmento; e os voos para Copenhaga vão ter horários mais tardios.
AÇORES
A liberalização do mercado nos Açores foi outro dos assuntos em que Javier Gandara falou durante a conferência de imprensa desta terça-feira.
Salientando que a easyJet está interessada em voar para os Açores, o director ibérico afirmou que para tal acontecer é necessário uma liberalização do mercado, que irá beneficiar todos os envolvidos: região, açorianos e turistas.
Porém, e apesar de ter dialogado com o antigo Governo Regional, a easyJet aguarda, agora, que o novo Executivo tome posse para voltar a encetar conversações. “Os factos mostram que após a entrada da easyJet na Madeira, o preço médio da tarifa desceu cerca de 30%, pelo que este é o maior benefício que queremos trazer aos açorianos, a redução do custo das viagens para o Continente”, explicou Javier Gandara.