CTP nega excesso de turismo e pede estratégias que “levem ao surgimento de novas centralidades”
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, foi um dos oradores da sessão de abertura da 12.ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, que arrancaram esta quinta-feira, 6 de março, em Fátima.

Inês de Matos
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A implementação de estratégias que “levem ao surgimento de novas centralidades” é, segundo Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), um desafio a que o turismo nacional precisa de dar resposta para desmistificar a ideia de que há turismo a mais.
De acordo com o responsável, que discursou esta quinta-feira, 6 de março, na sessão de abertura da 12.ª edição dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso, em Fátima, “em Portugal, não há turismo a mais, há, sim, economia a menos”.
Para reforçar esta ideia e explicar aos portugueses que o turismo continua a ser “um importante motor do país”, que ajuda a “criar riqueza e emprego”, a CTP está a promover, com o apoio do Turismo de Portugal, uma campanha de comunicação que pretende mostrar “que todos os portugueses podem contar com o turismo, seja qual for a sua idade, profissão ou religião”.
“O turismo continua, sem dúvida, a ser um importante motor do país, na entrada para mais um ano, continuamos no bom caminho, mas há necessidades que o turismo deve ver atendidas e resolvidas”, acrescentou Francisco Calheiro, garantindo que a CTP vai continuar a insistir para ver materializadas algumas das “urgências” de que o setor precisa.
Um novo aeroporto, a execução do projeto do TGV e da modernização da ferrovia, bem como uma gestão mais eficiente dos territórios, de soluções para a falta de mão-de-obra e do reforço do investimento em formação e valorização das profissões turísticas são, segundo o presidente da CTP, as principais “urgências” do setor turístico nacional.
“Portugal recebe muito do turismo, a nossa atividade dá valor ao país, gera riqueza e cria postos de trabalho como nenhuma outra atividade e produz efeitos muito significativos na economia pelo estímulo a outros setores, assegura uma importante fonte de receitas fiscais e leva mais longe o nome de Portugal. Por isso, é mais um novo ano em que tudo faremos para reforçar a importância do turismo no país, porque todos contamos com o turismo”, concluiu.