Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores criam associação para atrair cruzeiros para as ilhas da Macaronésia
A Associação Internacional dos Portos da Macaronésia foi criada a partir da marca Cruise Atlantic Islands (CAI) para promover o itinerário entre a Madeira, as Canárias, Cabo Verde e Açores, afirmando as ilhas da Macaronésia como um novo destino para cruzeiros.
Inês de Matos
easyJet abre primeira rota desde o Reino Unido para Cabo Verde em março de 2025
Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores
Do “Green Washing” ao “Green Hushing”
Dicas práticas para elevar a experiência do hóspede
Porto Business School e NOVA IMS lançam novo programa executivo “Business Analytics in Tourism”
Travelplan já vende a Gâmbia a sua novidade verão 2025
Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia
Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano
Encontro sobre Turismo Arqueológico dia 30 de novembro em Braga
Comboio Histórico do Vouga veste-se de Natal e promete espalhar magia
Os arquipélagos da Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores formalizaram, a 6 de agosto, a constituição da Associação Internacional dos Portos da Macaronésia, com o objetivo de “criar um novo destino turístico em termos de cruzeiros, que é a Macaronésia”, explicou esta sexta-feira, 27 de setembro, Paula Cabaço, presidente da Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira (APRAM).
Paula Cabaço explicou que esta associação nasceu da marca Cruise Atlantic Islands (CAI), que foi criada há mais de 30 anos e que pretendia “promover o itinerário entre a Madeira e as Canárias, ao qual mais tarde se juntou Cabo Verde e, muito recentemente, o arquipélago dos Açores”.
“Estes quatro arquipélagos têm noção do potencial do seu território, das suas características únicas, autênticas e, ao mesmo tempo, diversificadas entre si e querem afirmar-se e posicionar-se na indústria do turismo de cruzeiros e reforçar o seu posicionamento com este sonho de criar um novo destino turístico em termos de destino de cruzeiros, que é a Macaronésia”, explicou a responsável, na abertura da conferência que assinalou os 30 anos da criação da CAI e que decorreu no Funchal.
Paula Cabaço indicou que a constituição da Associação Internacional dos Portos da Macaronésia vem conferir personalidade jurídica à marca CAI, o que permite, por exemplo, candidaturas a fundos comunitários para a promoção do destino, ainda que o plano de atividade para 2025 esteja ainda para ser definido, o que deverá acontecer a 11 de novembro, data da primeira assembleia geral da nova associação.
“A primeira assembleia geral está marcada para o próximo dia 11 de novembro. Vamos juntar-nos todos para, no fundo, dar posse aos órgãos sociais e direção, assim como ao secretariado e para definir o plano de atividades para o próximo ano”, revelou a presidente da APRAM, que é também a primeira presidente da Associação Internacional dos Portos da Macaronésia.
Os mandatos da nova associação vão ter a duração de dois anos, sendo rotativos entre todos os membros que compõem a nova associação, concretamente os Portos da Madeira, Canárias, Cabo Verde e Açores.
A nova associação será também importante para falar com as companhias de cruzeiros a “uma só voz”, uma vez que, a partir de agora, as companhias sabem que “neste itinerário comum têm um único interlocutor, que é a Associação Internacional dos Portos das Ilhas da Macaronésia”.
Durante a abertura da conferência que assinalou os 30 anos da CAI, Paula Cabaço fez ainda um balanço positivo destas três décadas desde a criação da marca, revelando que, quando a CAI foi criada, “este itinerário movimentava perto de 280 mil passageiros, hoje, este itinerário é responsável por mais de 3,5 milhões de passageiros”.
“Temos motivos de celebração porque estes 30 anos foram um caminho de sucesso”, congratulou-se, defendendo que os números provam que esta foi uma ideia acertada e que estes quatro destinos são “muito mais fortes” se estiverem juntos.
Além de recordar a história e homenagear os fundadores, a conferência do 30.º aniversário da CAI debateu também o futuro deste novo destino turístico que, segundo Paula Cabaço, tem um “grande potencial”.