Cabo Verde quer posicionar-se como plataforma no turismo e no hub aéreo
O primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, afirmou que o país tem “elevado potencial” para se posicionar como plataforma no turismo, no hub aéreo, na praça financeira e na economia digital, oferecendo bens e serviços para África e ao resto do mundo.
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Ulisses Correia e Silva fez essas observações na cerimónia de abertura do fórum “Cabo Verde Investment Forum 2024 Boston (CVI F2024 Boston)”, organizado pela Cabo Verde TradeInvest (CVTI), que reuniu parceiros internacionais, decisores, empreendedores e executivos.
“A localização e a proximidade geopolítica na Tri África, Europa e Estados Unidos da América são fatores relevantes de Cabo Verde”, disse, citado pela Inforpress, apontando a ligação do país com a União Europeia, com a construção desde 1998, de uma economia baseada na ligação escudo cabo-verdiano ao euro.
Mencionou ainda, de acordo com a mesma fonte, face à localização estratégica, a ligação do país com a comunidade da CEDEAO, um espaço de intervenção regional de Cabo Verde em África, assim como a ligação à Comunidade dos Países da Língua Portuguesa, um espaço de confluência linguística com forte potencial de crescimento económico.
Cabo Verde como um pequeno país, realçou o chefe do Governo, “está consciente que a sua pequenez no mercado interno pode e deve ser ultrapassada com atração e investimento direto com a diáspora, com condições atrativas de financiamento externo para o estado e as empresas e com acesso ao mercado externo para exportação de bens e serviços com valor acrescentado nacional incluindo o turismo”.
Neste sentido, conforme avançou a Inforpress, o chefe do governo defendeu que Cabo Verde está aberto ao mundo e que o objetivo é reforçar a inserção do país em espaços dinâmicos que permitam o acesso e atração de investimento marcados pela tecnologia, conhecimento e segurança, visando acelerar o crescimento económico e assegurar a sustentabilidade.
“Um outro objetivo estratégico é tornar Cabo Verde mais resiliente e menos exposto a choques externos económicos, ambientais, climáticos e pandémicos e reduzir os riscos. A alta prioridade do Governo é a implementação de políticas governativas e investimentos aéreos, conectividades aéreas e marítima, transição energética, estratégica de água, ação climática e saúde”, apontou.
Ainda durante o evento, o primeiro-ministro destacou que o turismo continuará a desenvolver-se como o setor mais dinâmico do país, alegando a existência de um aumento da procura externa e salientado que o desafio é aumentar as ofertas e criar condições para responder à procura crescente a partir do mês de outubro com os voos low cost e easyJet.
Neste sentido apontou a necessidade de trazer turistas norte-americanos a Cabo Verde e anunciou que até ao final do ano a companhia aérea cabo-verdiana irá retomar voos para os EUA, apesar de apelar a uma maior cooperação com as companhias aéreas norte-americanas para atrair os turistas americanos
No seu discurso, Ulisses Correia e Silva fez um retrato do país exposto a graves crises durante a covid-19 e a invasão da Rússia à Ucrânia. “O turismo teve uma forte quebra em 2020 e 2021, mas recuperamos no ano passado, registamos mais de um milhão de turistas e as perspetivas para este ano são boas”, disse.
Para o chefe do executivo, de acordo ainda com a notícia da Inforpress, o bom desempenho do país inspira confiança, pelo que só tem a oferecer aos investidores estabilidade macroeconómica, estabilidade política e social, boa governança e instituições que funcionam com base na lei, baixo nível de corrupção, elevado nível de liberdade económica e bons incentivos ao investimento.