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Hotelaria

SET diz que “vamos ouvir falar muito em breve” do Hotel Turismo da Guarda

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, declarou que o dossier sobre o futuro do Hotel Turismo da Guarda, devoluto desde 2012 “está na pasta de transição” e garantiu que “é seguramente um dos temas que vamos ouvir falar muito em breve”.

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SET diz que “vamos ouvir falar muito em breve” do Hotel Turismo da Guarda

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, declarou que o dossier sobre o futuro do Hotel Turismo da Guarda, devoluto desde 2012 “está na pasta de transição” e garantiu que “é seguramente um dos temas que vamos ouvir falar muito em breve”.

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Pedro Machado, que fez estas declarações ao jornal “O Interior”, durante a visita à feira medieval de Marialva (Mêda), na sexta-feira, não quis adiantar mais pormenores ou novidades, mas garantiu que “o propósito” dos próximos tempos é “cumprir o que está contratado” entre o Turismo de Portugal e o grupo Pestana.

Conforme recorda aquele órgão de comunicação social, o Hotel Turismo da Guarda, edifício projetado por Vasco Regaleira na década de 30 do século passado, está fechado desde 2012 e dois anos antes tinha sido vendido pela Câmara, então liderada por Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal por 3,5 milhões de euros. Em 2017, o imóvel foi um dos primeiros edifícios a integrar o Programa REVIVE, que pretendia salvaguardar e valorizar o património público com valor patrimonial.

Contudo, cinco anos depois, em outubro de 2022, o Hotel Turismo acabou por ser retirado do referido programa por falta de interessados e no mês seguinte surgiu outra solução: a sua inclusão na rede de Pousadas de Portugal. Em janeiro de 2023, o então ministro da Economia, António Costa e Silva, confirmou e anunciou a concessão do edifício à ENATUR – concessionária das Pousadas de Portugal, detida pelo Turismo de Portugal e pelo Grupo Pestana Pousadas. Um ano depois, pouco mais se avançou no processo do edifício emblemático da Guarda.

Entretanto, avança “O Interior”, o presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, tem criticado que o edifício “continue no mesmo ponto, ou pior, porque está a degradar-se” e, em janeiro deste ano, acrescentou que “ficámos a saber que o projeto não está feito, que os concursos não estão feitos e não sabemos sequer se a obra iniciará em 2024”, pelo que a abertura do Hotel Turismo da Guarda prevista para 2025 “não deverá acontecer”.

A memória descritiva do Hotel Turismo entregue pela ENATUR prevê transformar a unidade hoteleira num edifício de quatro estrelas, com 77 quartos, a integrar na rede de Pousadas de Portugal, num investimento previsto de 8 milhões de euros.

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Setúbal aprova criação de taxa turística municipal de 2€

A Câmara Municipal de Setúbal aprovou a taxa municipal turística na modalidade de taxa de dormida, com o valor unitário de 2 euros., prevendo receitas anuais na ordem dos 400 mil euros.

A Câmara de Setúbal aprovou, em reunião pública, o projeto de regulamento de criação da taxa municipal turística, a qual, com situações específicas de isenção previstas, pretende “fazer face ao aumento da despesa pública resultante da atividade e possibilitar o financiamento em novos serviços e infraestruturas de apoio ao turismo”.

A deliberação indica ainda que “o turismo, enquanto atividade humana, exerce pressão sobre os recursos e, por essa via, exige medidas que possam minimizar o seu impacto num momento em que as questões ambientais e de sustentabilidade dos territórios ganham terreno e importância em qualquer política de desenvolvimento integrado e sustentável”.

Nesta perspetiva, o projeto, que pondera as diferentes opções já adotadas nacional e internacionalmente sobre esta matéria, consagra uma taxa que incide sobre as dormidas em empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local superior a dez camas e parques de campismo no município de Setúbal.

Assim, a taxa municipal turística institui-se na modalidade de taxa de dormida, com o valor unitário de 2 euros, cuja cobrança é devida por hóspede, com idade superior a 18 anos, e por noite, até a um máximo de cinco noites, independentemente de nacionalidade, local de residência e modalidade de reserva.

Ficam isentos hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamentos médicos, estendendo-se a isenção a um acompanhante, ainda que o doente em causa não pernoite por questões de saúde, no respetivo estabelecimento, e que seja apresentado documento comprovativo de marcação ou prestação de serviços médicos.

Além disso, também hóspedes portadores de deficiência, ou seja, com qualquer incapacidade igual ou superior a 60 por cento, ficam igualmente isentos, assim como estudantes em formações especificas temporárias ou professores em formação/investigação (medida inédita no país e que pretende atrair ao concelho um nicho de mercado sobretudo em época baixa), devendo todos apresentar documentação comprovativo das referidas condições.

Ficam igualmente isentos profissionais de turismo que operem em Portugal, como guias, motoristas, monitores de animação turística, promotores turísticos, organizadores de eventos, profissionais de turismo municipais, corpos sociais e profissionais de entidades de turismo e de associações de turismo.

No comunicado da Câmara Municipal de Setúbal pode ler-se ainda que “a criação da taxa turística municipal é igualmente justificada pelo aumento considerável da atividade turística, que, no caso de dormidas, no concelho de Setúbal, de acordo com dados disponibilizados pelo INE – Instituto Nacional de Estatística, obteve em 2022 um total de 372.482 registos”.

A verificação de “um forte aumento da pressão em infraestruturas e equipamentos públicos, na via pública e no espaço urbano em geral do concelho”, aponta o documento, justifica a necessidade de reforçar substancialmente “o investimento e a despesa pública na prestação de serviços e utilidades inerentes à atividade turística”.

A Câmara Municipal de Setúbal espera uma receita anual de 400 mil euros, destinando-se a taxa municipal turística ao “financiamento de utilidades geradas pela realização de despesa pública, pelo município, com atividades e investimentos exclusivamente relacionados com a atividade turística, sendo devida em contrapartida da prestação concreta de serviços, tanto os atualmente disponíveis como os de futuro”.

A realização de obras de manutenção e qualificação urbanística, territorial, patrimonial e ambiental do espaço público, a par da criação de infraestruturas e polos de oferta turística, cultural, artística e de lazer dirigidos aos visitantes, no concelho em geral, mas com especial enfoque nas zonas turísticas de excelência, são também contempladas.

O documento, que vai agora ser apreciado pela Assembleia Municipal de Setúbal, começou a ser preparado no final do ano passado e foi submetido a audiência dos interessados constituídos no procedimento, a AHRESP, Associação Baía de Setúbal, Sistemas de Ar Livre e Moinho do Marco Unipessoal.

A elaboração do regulamento contou ainda com a colaboração direta de todas as unidades hoteleiras do concelho, as quais forneceram contributos significativos para o texto final, tendo sido realizadas duas reuniões informais e, numa outra fase, constituíram-se interessadas no procedimento de consulta, o que permitiu consolidar o documento em resultado das reais necessidades do alojamento turístico em Setúbal.

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Lufthansa disposta a ceder mais para ficar com ITA

Segundo avança a imprensa alemã, o grupo Lufthansa está disposto a fazer novas concessões para concretizar a compra da ITA Airways.

O Grupo Lufthansa ofereceu uma nova ronda de concessões à UE relativamente à sua aquisição da ITA Airways, segundo vários meios de comunicação social alemães.

Os reguladores europeus da concorrência estão atualmente a avaliar se o acordo da Lufthansa para comprar a transportadora italiana, que foi anunciado em maio de 2023, pode avançar, esperando-se que uma decisão final possa ser tomada no início de julho.

A UE já afirmou anteriormente que tem preocupações em matéria de concorrência, uma vez que o acordo poderia aumentar os preços dos voos ou “diminuir a qualidade” dos serviços aéreos de e para Itália, incluindo preocupações sobre o domínio da Lufthansa-ITA no aeroporto de Milão Linate e também em algumas rotas transatlânticas.

Em Itália sugere-se que a UE já aceitou as últimas propostas da Lufthansa, que incluem a cedência de 15 a 17 slots diárias em Linate, bem como a autorização de concorrentes para assumirem alguns dos voos de longo curso da ITA de Roma para destinos norte-americanos como São Francisco, Washington, Chicago e Toronto.

De acordo com um relatório da Reuters, estas concessões incluem o início de voos diretos de Itália para a América do Norte por parte de outra companhia aérea, a par de duas transportadoras concorrentes que operam voos indiretos a partir de Itália com uma escala noutra cidade da UE antes de atravessarem o Atlântico.

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9 em cada 10 espanhóis viajarão este verão, mas a gastar menos

Um estudo da Oney conclui que os espanhóis mantêm a vontade de viajar este verão, mas gastarão menos que no mesmo período de 2023.

90% dos espanhóis admitem realizar uma viagem durante este verão, indicando 54% que optarão pela praia, quando 27% pretende viajar pela Europa, seguido de 23% que preferem a natureza. As conclusões são do estudo “Hábitos de consumo dos espanhóis: férias de verão”, levado a cabo pela Oney.

Em termos de duração das viagens, o estudo indica que a média para as férias é de 14 dias, sendo que 53% optarão por um período entre 15 e 31 dias, 28% entre sete e 14 dias e 9% não irão além de uma semana de férias.

Estes números contrastam com os do ano passado em que 81% dos espanhóis decidiu ficar no país, dividindo-se entre praia e destinos de natureza, enquanto 15% elegeu a Europa como destinos para as férias e 4% optou por viajar para fora da Europa.

Já no que se refere a gastos, o estudo da Oney revela que estes registarão uma baixa de 23% face ao mesmo período de 2023. Isto significa que, em vez dos 1.200 euros do verão de 2023, os espanhóis pretendem gastar somente 903 euros no verão de 2024.

A maior fatia das despesas irá para o alojamento (339 euros), seguindo-se o lazer (269 euros), transporte (165 euros) e outros gastos (130 euros), o que contrasta com os 463 euros em alojamento, 325 euros em lazer, 220 euros em transportes e 160 euros noutros gastos do verão de 2023.

Além disso, somente 27% dos espanhóis pretende aumentar os gastos nas férias de verão de 2024, comparado com os 34% de igual período de 2023.

Quando questionados sobre se irão recorrer a algum tipo de financiamento para pagar as suas férias, 21% dos espanhóis afirmam ter recorrido a este método em algum momento, dos quais 5% dizem fazê-lo regularmente. Neste verão de 2024, 15% dos espanhóis recorrerão a algum tipo de financiamento, uma percentagem que se mantém igual à do ano passado. 11% optarão pelo pagamento espaçado e 4% recorrerão a um empréstimo pessoal. Por idade, os jovens entre os 18 e os 24 anos são os que mais optam pelo pagamento a crédito (25%).

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TAAG retoma voos após um ano para província angolana do Bié

A TAAG, companhia aérea angolana, anunciou a retoma, um ano depois, de voos regulares para a província do Bié, a partir de 2 de agosto, com duas frequências semanais, ligando também o Cuando Cubango.

Numa nota da TAAG – Linhas Aéreas de Angola sublinha-se que a retomada dos voos, suspensos desde março de 2023, vai restabelecer a ligação para a cidade do Cuito, capital do Bié, num voo triangular Luanda-Menongue-Cuito, com saídas à terça-feira e sexta-feira.

“Os passageiros (particulares e segmento corporativo) voltam a contar com os benefícios de uma conexão aérea rápida, segura e confortável para a província do Bié, num serviço que será operado por uma aeronave Dash-8 400, com capacidade para 74 passageiros, sendo 64 em classe económica e 10 em classe executiva”, refere-se no comunicado.

Atualmente, a TAAG tem ligações de Luanda para as cidades de Cabinda, Catumbela, Dundo, Huambo, Lubango, Luena, Namibe, Ondjiva, Saurimo, Menongue, Soyo, sendo que, a partir de agosto vai assegurar a conexão ao Cuito, através de voo triangular.

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Avis Budget Group apresenta Self-Service Kiosks:

A nova oferta agiliza o processo de recolha do veículo, permitindo aos clientes a recolha das chaves do seu veículo em menos de 30 segundos.

O Avis Budget Group dá a conhecer o serviço Self-Service Kiosks em Portugal, uma solução que se traduz na fusão de sinergias entre tecnologia e eficácia no mundo automóvel. O Self-Service Kiosks permite que os utilizadores recolham as chaves do veículo alugado durante o processo de reserva de forma rápida e segura através de uma máquina automática.

O novo Self-Service Kiosks está integrado na app da Avis e permite que os utilizadores tenham uma experiência 100% digital e desfrutem de um processo linear desde a sua reserva à recolha das chaves da sua viatura. Depois de completar a reserva, os clientes verificam facilmente a sua identidade através da app Avis, antes de selecionar ou atualizar o seu veículo e receber o QR Code, que é digitalizado no quiosque para recolher as chaves. Graças a estas soluções, o tempo necessário para recolher as chaves é de menos de 30 segundos!

Estrategicamente posicionados nos principais centros de viagens, como os aeroportos, os quiosques Self-Service ajudam os clientes a evitar filas de espera, com um controlo total do seu itinerário de viagem. Esta última oferta, para além do serviço de check-in digital, e QuickPass, reforça a dedicação do Avis Budget Group na melhoraria da experiência do cliente através da inovação contínua. O investimento reflete-se em dados recentes que revelam que o índice de satisfação (Net Promote Score – NPS) é, em média, de 10 vezes acima do que em clientes que não utilizam os serviços de quiosques Self-Service.

O serviço não tem custos adicionais para membros Avis Preferred, programa de fidelização Avis. Em Portugal, o Self-Service Kiosks está disponível no Aeroporto de Lisboa, Porto e Faro.

Para encontrar as localizações deste serviço noutros países, consulte https://www.avis.com.pt/

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Hospitality Education Awards encerram candidaturas esta semana

Os prémios de formação turística dinamizados pela Associação Fórum Turismo, que visam reconhecer profissionais, projetos e stakeholders do setor, encerram a fase de candidaturas para a edição deste ano a 23 de junho. A iniciativa leva a concurso seis categorias, cujas candidaturas serão avaliadas por um júri.

O prazo de candidaturas para os Hospitality Education Awards (HEA) – Prémios da Formação Turística em Portugal encerram no final desta semana, a 23 de junho.

À semelhança das edições anteriores, os Hospitality Education Awards deste ano têm como objetivo “valorizar e não esquecer o mérito na formação no setor do turismo”, como a organização destaca em nota de imprensa.

A fase das nomeações, em que foram identificados profissionais, projetos e stakeholders com o intuito de os incentivar a proceder à candidatura aos prémios, terminou a 14 de junho. Já a fase de candidaturas propriamente dita termina no próximo domingo, a 23 de junho.

Para submeter as candidatura e obter mais informações sobre o regulamento e as categorias, os candidatos devem aceder diretamente ao website dos Hospitality Education Awards.

Após a fase de candidaturas é feita uma avaliação pelo júri para reunir os finalistas das seis categorias a concurso, que incluem “Melhor Projeto Educacional”, “Melhor Projeto de Inovação”, “Melhor Carreira de Docente no Ensino Superior”, “Melhor Carreira de Docente no Ensino Profissional”, “Melhor Stakeholder” e “Melhor Carreira Jovem”.

Depois de analisadas as candidaturas por parte do júri, serão divulgados os finalistas de cada categoria que farão parte da Gala de Entrega de Prémios, cuja data será “anunciada brevemente”, de acordo com a organização.

Os HEA são uma iniciativa da Associação Fórum Turismo em conjunto com o Turismo de Portugal, I.P, a Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO), o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Rede de Instituições Públicas do Ensino Superior com Cursos na área do Turismo (RIPTUR).

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Turismo académico internacional cresce 46% em Portugal em oito anos, mas com assimetrias regionais

O artigo científico da Universidade de Coimbra, publicado na revista Sustainability, indica um aumento aos turistas académicos internacionais entre os anos letivos 2013/2014 e 2019/2020, apontando, contudo, diferenças entre as várias regiões. O estudo conclui ainda que “o turismo académico internacional traz vantagens competitivas para os destinos, especialmente no que respeita à mitigação da sazonalidade, à sustentabilidade e à inovação”.

O turismo académico internacional registou um crescimento de 46%, entre os anos letivos 2013/2014 e 2019/2020, revela um estudo da Universidade de Coimbra (UC). Em particular, entre os anos letivos 2013/2014 e 2019/2020. A investigação aponta, no entanto, a existência de assimetrias nos turistas académicos internacionais, que chegaram a Portugal para frequentar o ensino superior por períodos inferiores a um ano, penalizando as instituições de ensino superior mais afastadas dos grandes centros urbanos que receberam menos estudantes internacionais em mobilidade.

No artigo científico “Exploring Higher Education Mobility through the Lens of Academic Tourism: Portugal as a Study Case”, publicado na revista Sustainability, a equipa de investigação refere que “Portugal registou um crescimento notável”, fazendo notar que “atributos como a educação de qualidade, a segurança, o multiculturalismo, o custo de vida acessível ou as estabilidades políticas, económicas e sociais contribuíram para que Portugal testemunhasse um aumento de estudantes em mobilidade entre 2013 e 2020”, destaca a docente da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e investigadora do Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da UC, Cláudia Seabra.

Este aumento só foi travado pela pandemia, período durante o qual foi registada uma diminuição do número de estudantes internacionais em mobilidade no país, passando de 60.679 estudantes, no ano letivo 2019/2020, para 55.137 no ano seguinte (2020/2021). “Apesar deste decréscimo, parece-nos que o impacto desta diminuição pode ter sido menos grave do que o esperado”, refere a coordenadora do estudo e estudante de doutoramento da FLUC, Dina Amaro.

Apesar desta quebra, os “turistas académicos mostraram ser mais resilientes do que os turistas convencionais, informação que nos parece crucial para o planeamento e gestão dos destinos turísticos”, sublinha a coautora do artigo, docente da FLUC e investigadora do CEGOT, Ana Maria Caldeira. “Esta resiliência poderá estar possivelmente relacionada com o comprometimento deste tipo de turistas com as suas ambições pessoais no que respeita aos estudos, o que supera o impacto imediato da pandemia”, acrescenta.

As autoras reforçam ainda a importância desta dinâmica da mobilidade de estudantes para o turismo no país. “Apesar de representar uma pequena percentagem do total de turistas que visitam Portugal, a sua importância aumentou, especialmente devido à duração média das estadias dos estudantes, que é maior do que a dos turistas convencionais”.

“Não só frequentam cursos, como também visitam o país (sozinhos ou com familiares e amigos), contactam com residentes, aprendem a língua e a cultura, tendo, assim, um impacto positivo na diversidade cultural e sustentabilidade dos destinos”

A esta realidade acresce ainda que estes estudantes “não só frequentam cursos, como também visitam o país (sozinhos ou com familiares e amigos), contactam com residentes, aprendem a língua e a cultura, tendo, assim, um impacto positivo na diversidade cultural e sustentabilidade dos destinos”, realçam.

Esta investigação considerou como turistas académicos internacionais os “estudantes sem nacionalidade portuguesa que frequentaram cursos em Portugal durante um período de curta duração (menos de um ano), que são integrados na categoria de turistas”, contextualizam as investigadoras.

Para o efeito foram analisados dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC) e do Instituto Nacional de Estatística (INE), nomeadamente informações sobre todos os estudantes matriculados nos vários cursos e ciclos de estudos oferecidos pelas instituições de ensino superior portuguesas.

“Os turistas académicos em Portugal (ou seja, os estudantes que estão no país por períodos inferiores a 12 meses) são predominantemente oriundos de outros países da Europa”, contextualiza a coordenadora do estudo.

Já os estudantes internacionais que passam mais de 12 meses em Portugal – por norma, para frequentar ciclos de estudos completos, ou seja, cursos de licenciatura, mestrado ou doutoramento – são maioritariamente oriundos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Por conta de a estadia ser mais prolongada, não integram a mesma categoria de análise. No entanto, o estudo revela que “entre os anos letivos 2013/2014 e 2019/2020 Portugal teve um aumento de 251% nos estudantes internacionais de ‘grau’”, destaca Cláudia Seabra.

Relativamente aos desafios que o turismo académico enfrenta e enfrentará, esta investigação chama a atenção para “o padrão de crescimento assimétrico pelo país, o que desafia a noção de desenvolvimento regional equilibrado”, refere Cláudia Seabra. Esta assimetria pode ser enfrentada “com medidas específicas empreendidas pelas Instituições de Ensino Superior (IES) e pelas autarquias. Por exemplo, incentivos como bolsas de estudo e descontos em alojamento podem atrair um número significativo de turistas académicos. Estratégias abrangentes para promover diversas regiões e cidades em Portugal, mostrando as suas características e atrações únicas, atrairão igualmente um público mais amplo”, revelam as investigadoras.

São também desafios a criação de estratégias para envolver os turistas académicos nas comunidades locais e destinos de forma a contribuírem para a sua sustentabilidade. “As IES desempenham um papel crucial na promoção da sustentabilidade dos destinos académicos, incentivando e adotando práticas sustentáveis entre os seus alunos, tais como a redução do consumo de energia, a minimização do desperdício e a implementação de medidas ecológicas nos campus”, refere Dina Amaro.

A estudante da FLUC acrescenta ainda que “as IES e as autarquias poderiam contribuir ainda mais, promovendo parcerias com comunidades locais para garantir que o turismo académico beneficie o destino, através do incentivo na colaboração em projetos comunitários, programas de intercâmbio cultural ou iniciativas de voluntariado; incentivar os estudantes a apoiar empresas, mercados e artesãos locais, promovendo produtos, serviços e experiências culturais locais. Isto, por sua vez, contribui para o desenvolvimento económico da comunidade anfitriã”.

“Do ponto de vista da gestão, o turismo académico internacional traz vantagens competitivas para os destinos, especialmente no que respeita à mitigação da sazonalidade, à sustentabilidade e à inovação, uma vez que traz aos países pessoas, na sua grande maioria jovens ou jovens adultos, com elevados níveis de formação, durante longos períodos. Por vezes, estes estudantes podem inclusive decidir pela sua integração no mercado de trabalho no nosso país em áreas estratégicas”, remata Cláudia Seabra.

Este estudo foi realizado no âmbito do Doutoramento em Turismo, Património e Território da Faculdade de Letras da UC, pela estudante Dina Amaro, primeira autora do artigo científico, e contou com a colaboração das docentes da FLUC e investigadoras do CEGOT, Ana Maria Caldeira e Cláudia Seabra.

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2.ª edição do ISCE Tourism PAP Challenge alarga prazo para candidaturas

O ISCE – Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo decidiu alargar o prazo da 2.ª edição do ISCE Tourism PAP Challenge até 30 de junho.

A grande procura e aumento do número de candidaturas face ao período homologo levou o ISCE – Instituto Superior de Lisboa e Vale do Tejo a alargar o prazo de candidaturas até 30 de junho

Contando com o apoio da merytu, o concurso destina-se a todos os estudantes do ensino profissional que procuram investir no seu percurso académico e laboral na área do turismo.

A iniciativa tem sido valorizada pelo tecido empresarial, sendo que nesta segunda edição, juntaram-se ao projeto na qualidade de parceiros, a Sogenave, a Host Hotel System e ainda a Editoral Lidel e a Editoral Pactor.

De referir que a edição deste ano permite candidaturas em grupo indo ao encontro do que acontece em algumas escolas profissionais ao nível das Provas de Aptidão Profissionais (PAP) e por isso atraindo mais candidatos.

A seleção e aprovação das candidaturas acontecerá, assim, a 4 de julho, com a divulgação dos resultados e entrega de prémios a acontecer a 18 de julho.

Ao candidatares-te ao ISCE Tourism PAP Challenge, entre outros prémios, os candidatos habilitam-se a vencer uma bolsa que financia a licenciatura em Gestão Turística.

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“Viseu Dão Lafões é onde apetece estar” este verão

Participar em eventos que mobilizam milhares de pessoas e convidá-las a visitar e conhecer o território, é a estratégia que a Comunidade Intermunicipal (CIM) Viseu Dão Lafões delineou para a campanha de verão 2024, apresentada publicamente esta quarta-feira, em Mangualde, e que tem como mote “Viseu Dão Lafões, é onde apetece estar!”.

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As principais apostas promocionais passam por uma presença inédita, com um stand próprio no NOS Alive, o maior festival de verão, em Algés, entre outras iniciativas que vão marcar os meses mais quentes na região. O NOS Alive, no Passeio Marítimo de Algés, foi visitado em 2022 por mais de 210 mil pessoas, entre os quais 20 mil estrangeiros, de 90 nacionalidades diferentes. A CIM vai aproveitar esta oportunidade para divulgar as ofertas da região junto de todos estes visitantes.

A apresentação da campanha, no Palácio dos Condes de Anadia, contou, entre outros, com a presença do presidente da CIM Viseu Dão Lafões, Fernando Ruas, do presidente da Câmara Municipal de Mangualde, Marco Almeida, do presidente do Turismo Centro de Portugal, Raul Almeida, e do secretário executivo da CIM Viseu Dão Lafões, Nuno Martinho.

Com a campanha de verão, inicia-se também a segunda edição do “Pé Ante Pé”, uma iniciativa promovida pela CIM Viseu Dão Lafões que visa valorizar e promover o turismo de natureza na região.

A iniciativa consiste na organização de 14 percursos pedestres, a realizar nos 14 municípios do território da Comunidade Intermunicipal. Desta forma, os participantes são incentivados a descobrir, gratuitamente, os recursos naturais, culturais e paisagísticos da região.

A edição de 2024 inicia-se com um percurso pela Grande Rota da Transumância, a 29 de junho, em Castro Daire, e termina a 17 de novembro, com uma caminhada pela GR48 Orla do Mondego, em Carregal do Sal. Todos os percursos serão divulgados através das plataformas digitais da CIM Viseu Dão Lafões e as inscrições deverão ser realizadas diretamente nos canais de comunicação dos municípios.

“As ações promocionais pensadas para a campanha de verão 2024 têm como eixo estratégico o objetivo de desafiar os visitantes nacionais e estrangeiros a explorarem a região de Viseu Dão Lafões, no coração de Portugal”, considera Nuno Martinho, que sublinha que “o nosso território tem uma oferta rica e uma herança histórica única, com vinhos de excelência e uma gastronomia distintiva. Desde a cidade jardim, à Rota dos Vinhos do Dão, ao Termalismo e aos percursos pedestres, Viseu Dão Lafões é onde apetece estar neste verão, como, também vão poder comprovar aqueles que se deslocarem ao NOS Alive”, disse.

Outra novidade da campanha é uma aplicação móvel que visa potenciar o website Visit Viseu Dão Lafões, uma das ferramentas de comunicação da CIM Viseu Dão Lafões.

A app, ainda em desenvolvimento, será 100% dedicada ao turista e à divulgação turística do território, com um acesso rápido e facilitado que incluirá toda a oferta turística presente no site, bem como algumas ações e eventos que sejam realizados no território pelos municípios. Desenhada com foco nas necessidades dos utilizadores, a app possibilitará aos utilizadores uma experiência de viagem conveniente e agradável.

Ainda no âmbito da ação, será realizada uma visita de jornalistas à região Viseu Dão Lafões, destinada a profissionais da área das viagens, para que conheçam e divulguem o território. Esta iniciativa irá abranger a exploração da Ecopista do Vouga e incluirá no seu programa a visita a quintas de enoturismo e experiências termais.

 

 

 

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Brasil recebe 3,2 milhões de turistas internacionais em cinco meses

O desempenho é o terceiro maior da série histórica, iniciada em 1995. Destaque para número de chilenos, que cresceu 46,3% de janeiro a maio. No período (de janeiro a maio de 2024) analisado pela Embratur, Ministério do Turismo (MTur) e da Polícia Federal (PF), chegaram ao Brasil 91.885 turistas provenientes de Portugal, um aumento de 16,5% face a 2023.

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De janeiro a maio deste ano, o Brasil recebeu 3.264.765 de turistas internacionais. O número no acumulado dos cinco primeiros meses cresceu 8,6% em comparação com o mesmo período de 2023, quando o registo de entradas foi de 3.005.505. O desempenho é o terceiro melhor da série histórica, iniciada em 1995, atrás apenas de 2017, com 3,3 milhões, e 2018, com 3,4 milhões, e representa um crescimento de 4,3% em relação ao mesmo intervalo de 2019, antes da pandemia de Covid-19, quando o registo de visitantes estrangeiros foi de 3.131.108.

Os dados são da Embratur, do Ministério do Turismo (MTur) e da Polícia Federal (PF) e têm como um dos principais destaques a chegada de turistas chilenos, que tiveram um salto de 46,3% no período.

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, comemorou o crescimento do turismo internacional, realçando que “este início de ano tem-se mostrado muito positivo para o Brasil, tanto em entrada de turistas quanto de divisas”, avançando que “isso está a acontecer porque temos trabalhado para que o mundo inteiro saiba que o Brasil voltou, como costuma dizer o presidente Lula”.

O ministro do Turismo, Carlos Sabino, também demonstrou otimismo com o resultado. “Com esses números promissores, o Brasil reforça a imagem de estar no topo da lista de destinos mais desejados na América Latina, e a expectativa é que o setor continue a crescer nos próximos meses, principalmente com a realização de eventos importantes, como a reunião do G20 e o Rock in Rio”.

Os principais emissores de turistas para o Brasil nos primeiros cinco meses de 2024 foram a Argentina, com 1.132.872, os Estados Unidos, com 298.021, e o Chile, em terceiro lugar, com 294.485.

Em quarto lugar vem o Paraguai, com 243.479, e em quinto o Uruguai, com 210.915. Cinco países europeus complementam o top 10: França, com 97.207, Portugal, com 91.885, Alemanha, com 83.387, Reino Unido, com 74.181, e Itália, com 61.661.

Em relação ao aumento no número de visitantes, a França ficou em segundo lugar, com 32%. De janeiro a maio do ano passado, o país tinha registado 73,7 mil turistas no Brasil. E a Itália, terceiro, apresentou um crescimento de 21,7% no comparativo com 2023, quando 50,7 mil italianos desembarcaram por terras brasileiras. A Alemanha cresceu 18,2%, o Reino Unido, 17,4%, Portugal teve aumento de 16,5%, o Uruguai, de 12,9%, o Paraguai de 12,4%, e os Estados Unidos de 8,4%.

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