Rio Grande do Sul apela aos turistas que não desmarquem, mas reagendem as suas viagens à região
Perante a situação de calamidade climática que atinge o Rio Grande do Sul, o Ministério brasileiro do Turismo (MTur) apela aos turistas que tinham viagem programada para a região, que não desmarquem, mas reagendem para uma data posterior.

Carolina Morgado
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Para regulamentar os pacotes turísticos já vendidos para o estado brasileiro do Rio Grande do Sul, o Ministério do Turismo está a elaborar uma Medida Provisória no sentido de assegurar todos os direitos dos consumidores e, assim, garantir no futuro uma viagem segura e tranquila àqueles que desejam conhecer as belezas da região. Este apelo de remarcação das viagens surge como parte de uma campanha que visa minimizar os impactos causados pelas chuvas no estado. Entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e a Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV) estão a trabalhar em torno desta campanha.
A ação do governo brasileiro visa preservar a imagem turística do Estado, promovendo uma experiência positiva e segura para todos os visitantes. Portanto, o apelo é para que os turistas com viagens programadas para o Rio Grande do Sul entrem em contato com as agências de viagens ou companhias aéreas para reagendar os seus planos.
A imprensa brasileira avança que, nos esforços para ajudar o setor turístico gaúcho, para quando for possível reconstruir os seus atrativos, o MTur vai libertar uma verba de 100 milhões de reais através o Fundo Geral de Turismo (Fungetur), que visam conceder financiamentos a empreendedores turísticos privados afetados pelas fortes chuvas.
Este apoio do MTur envolve uma série de benefícios, como a suspensão, por até seis meses, do pagamento do crédito. Permite realizar obras e adquirir equipamentos. Podem aceder a esta linha restaurantes, cafés, bares e similares; centros ou locais destinados a convenções, feiras e exposições e similares; parques temáticos e empreendimentos dotados de equipamentos de entretenimento e lazer; marinas e empreendimentos de apoio ao turismo náutico ou à pesca desportiva.
Entretanto, o Turismo em Gramado estima um prejuízo superior a 100 milhões de reais só em maio a um setor que representa 86% da economia da cidade na Serra do Rio Grande do Sul.
Com o Aeroporto Salgado Filho fechado em Porto Alegre, pelo menos até final deste mês, e as principais estradas bloqueadas, a cidade de Gramado regista uma queda drástica de turistas e as ruas estão praticamente vazias, conforme relato da reportagem da RBS TV.
“Os números realmente são muito maus face ao que tínhamos projetado. O turismo apresentava bons resultados e o maio é um mês muito bom, o outono aqui é muito bonito. Tivemos uma redução muito significativa. Temos uma média de ocupação apenas dos 12%, enquanto o ano passado, por esta altura era pelo menos de 60%”. explica Ricardo Reginato, secretário do Turismo de Gramado, citado pelos jornais locais.
Os impactos no turismo em outras localidades ainda não foram contabilizados, mas já se teme por demissões devido à baixa de turistas e por um caminho demorado até a reconstrução do estado.
Entretanto, os turistas que estavam nas cidades quando as chuvas iniciaram, no fim de abril, conseguiram regressar aos seus locais de origem.
A expectativa é de que algumas operações possam ser recuperadas a partir de junho, a tempo de aproveitar a temporada de inverno, e também com a remarcação de alguns eventos.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), apenas as redes de hotéis e outros alojamentos do estado empregam diretamente mais de 18 mil pessoas, sem contar o restante da cadeia de turismo e os trabalhadores informais.