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“Está-se a valorizar o produto golfe e tentar cobrar o valor certo”

O primeiro semestre de 2023 foi positivo para o golfe turístico em Portugal, com os dados do Turismo de Portugal a mostrarem os melhores números já registados no nosso país. Contudo, Nuno Sepúlveda, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), admite que está na altura de renovar o produto. Até porque há mercados fiéis e outros mais a explorar.

Victor Jorge
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“Está-se a valorizar o produto golfe e tentar cobrar o valor certo”

O primeiro semestre de 2023 foi positivo para o golfe turístico em Portugal, com os dados do Turismo de Portugal a mostrarem os melhores números já registados no nosso país. Contudo, Nuno Sepúlveda, presidente do Conselho Nacional da Indústria do Golfe (CNIG), admite que está na altura de renovar o produto. Até porque há mercados fiéis e outros mais a explorar.

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No primeiro semestre de 2023, os 89 campos de golfe existentes em Portugal registaram uma média de número de voltas superior a 14.000, o que contrasta com as 13.616 do mesmo período de 2022 e 12.992 de 2019. Nuno Sepúlveda, presidente do CNIG (e também CEO de Sports and Leasure da Arrow Global Portugal), acredita que o golfe turístico está numa fase de recuperação. Contudo, considera que Portugal entrou numa fase em que necessitará de renovar o produto golfe. Com a luta pela baixa do IVA no golfe a perdurar, Nuno Sepúlveda admite que uma baixa do imposto daria uma “maior capacidade de investimento” e possibilitaria essa tão necessária atualização. Até porque, aqui ao lado, em Espanha, essa renovação já está a acontecer. “A grande mensagem é que temos de investir no nosso produto e promover bem esse produto”.

Os dados do Turismo de Portugal, relativamente ao primeiro semestre de 2023, revelam uma utilização média por campo ao nível dos mais elevados já registados em Portugal. Isto significa que a indústria do golfe turístico já está numa fase de recuperação?
Sim, acho que já está numa fase de recuperação. E não é só pelos números absolutos do número de voltas de golfe. É pelo valor médio da volta do golfe. Há uma clara diferença. Os preços vieram todos para cima. Foi uma oportunidade que se aproveitou para subir preços. De facto, está-se a fazer muito mais receita em proporção ao número de voltas.

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2022 já foi dos melhores anos. 2023 foi ainda melhor.

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2022 foi o melhor que 2019?
Foi, diria, equiparado a 2019. Foi equiparado na grande parte dos sítios pela via da receita.

Para 2024, as perspetivas são belíssimas. Mas acho que, acima de tudo, está-se a valorizar o produto golfe e tentar cobrar o valor certo, o que não acontecia antes da pandemia. Era muito em volume, muito em quantidade, mas agora verifica-se um acerto, tal como, por exemplo, nos hotéis.

Mas consegue quantificar a subida de preço?
Diria que de 2022 para 2023 há uma subida, pelo menos de 10% no valor médio.

E prevê uma subida para 2024 ou uma estabilização face à subida que existiu?
Poderá haver uma subida, mas não tão agressiva como no último ano. Foi um pouco para justificar a inflação e a subida de todos os custos da própria operação.

Não é possível falar do golfe turístico sem falar da hotelaria, da restauração, da aviação, do rent-a-car

Mas é mais correto falar num ajuste do que numa subida?
Sim, será mais correto falar num ajuste. Penso que o mais correto é dizer que é pôr verdade no preço. Os custos já lá estavam, eram assumidos, mas esses custos subiram, a eletricidade, subiu, a mão-de-obra subiu, o gasto com pessoal subiu. Começou-se a olhar para os custos com outra atenção. Os custos fixos que assumimos estão bem geridos.

Mas é possível quantificar quanto é que a indústria do golfe perdeu com a pandemia?
É difícil, já que o golfe turístico abrange muitas outras atividades. Não é possível falar do golfe turístico sem falar da hotelaria, da restauração, da aviação, do rent-a-car. Nunca falamos só de golfe. O golfe é quase a coisa menos importante, porque quem vem praticar golfe turístico vem para um hotel, come num restaurante, aluga um carro, visita locais, faz compras.

Diria que a regra, entre a volta de golfe, o alojamento e a refeição, cada uma terá uma importância de um terço no total final.

Há, portanto, diversas atividades agregadas que terão de ser contabilizadas?
Exato. Falamos de pessoas que têm estadias médias relativamente altas, de 5 a 7 noites. Não falamos de turistas que fazem city-breaks, quem só vêm passar o fim de semana.

Mas voltando um pouco atrás, como é que a indústria do golfe turístico, de facto, passou esta pandemia?
Provavelmente não deveria ter sofrido tanto pelo contexto em que é jogado, mas sofreu pelo contexto em que é desenvolvido. Ou seja, está associado à hotelaria, aos aviões, aos restaurantes. Quer dizer, constituindo um terço do bolo, se não há hotéis abertos, restaurante onde se possa ir comer, não há aviões para voar, este terço é impactado.

Toda a gente percebe a importância do golfe, mas depois é sempre visto de forma isolada

Uma luta antiga
A atividade do golfe turístico luta já há alguns anos pela baixa do IVA. Em que ponto é que está essa situação?
Está igual. Não houve desenvolvimentos relativamente a essa matéria. É uma pena que o IVA do golfe não esteja pelo menos alinhado ao IVA da hotelaria. Já ninguém fala em que seja um IVA de desporto, mas que fosse um IVA intermédio alinhado com a hotelaria. Esse tem sido um assunto que, infelizmente, nunca foi tratado com a atenção devida.

Por quem?
Diria que pelos governos. Toda a gente percebe a importância do golfe, mas depois é sempre visto de forma isolada.

O que é que uma redução do IVA poderia trazer ao golfe turístico em Portugal?
Quero acreditar que as empresas teriam mais capacidade para investir, para melhorar o produto. Porque vamos vender a um preço final igual a um dos nossos concorrentes. A questão é que em Portugal a operação fica com menos que em Espanha e, logo, existe uma diferença na capacidade para investir, melhorar e adaptar a experiência e puxar outros mercados. Quer dizer, isto é uma bola de neve, se o produto for melhor, conseguimos atingir outros targets, outras nacionalidades.

Seria um fator de competitividade?
Muito. Costumo colocar a coisa ao contrário: imaginemos que a hotelaria agora passaria a ter um IVA como o golfe? Que impacto teria? Os investimentos são os mesmos. Aliás, os campos de golfe têm de ter a mesma manutenção quer tenham cinco clientes ou 50 clientes. Não dá para fechar em época baixa.

Ainda existe o estigma de se tratar de um desporto elitista e, portanto, pode-se cobrar mais?
Pode haver esse estigma, mas está mal explicado. Hoje em dia, ser membro de um clube de golfe custa o mesmo que ser membro de um ginásio. Um outro problema que temos no nosso país é que não existe cultura para a prática de golfe.

“Business as usual”
Falou dos concorrentes. Quais são, efetivamente, os principais concorrentes do golfe turístico em Portugal?
Diria Espanha. É sempre um mercado muito forte, sempre foram muito agressivos, quer em termos de aeroportos, quer em termos de oferta hoteleira, mobilidade. Repare, por exemplo, na força do aeroporto de Málaga, é um aeroporto altamente internacional, com milhares de voos por ano. Por isso, apontaria Espanha. Depois temos o mercado do Dubai, Abu Dhabi é um mercado também importante.

Mas são mercados emergentes?
São emergentes há muito tempo. A Turquia já não é um mercado novo, por exemplo. Mas diria que Espanha será sempre o principal, até porque há espanhóis a viajarem para o Algarve para depois ir jogar para a zona sul de Espanha.

Mas Espanha oferece algo mais do que é oferecido em Portugal?

Não, mas Espanha em termos de golfe, nos últimos 10 a 15 anos melhorou o seu produto de golfe muito mais do que o produto de golfe melhorou em Portugal. Houve uma atenção para o investimento nos campos de golfe. A zona de Sotogrande teve uma atualização nos investimentos em campos e golfe muito forte e isso oferece uma diferenciação de qualidade significativa.

Onde é que na restante Europa temos campos de golfe a menos de uma hora do centro da capital? Por isso, não se trata de ter mais campos de golfe, é aproveitar o que temos e melhorar o produto

Mas somente em termos de campo de golfe?
De campo de golfe, mas também em todas as infraestruturas, ao nível do serviço, manutenção, a maneira como o golfe turístico está associado a outros produtos. Nós continuamos a fazer “business as usual”.

A grande mensagem é que temos de investir no nosso produto e promover bem esse produto.

Mas não se promove bem o golfe turístico?
Acho que em Portugal há um bom trabalho de promoção, mas quando começamos a subir o preço médio por cada volta de golfe e o investimento médio por cada campo de golfe não existe, a coisa não bate certo. Há um desfasamento entre o que estamos a cobrar e o que estamos a oferecer.

O peso internacional
Os dados do Turismo de Portugal destacam uma preponderância de golfistas internacionais, com especial destaque para o mercado britânico. O golfe turístico em Portugal, de facto, está muito dependente do golfista internacional?
Está. Nós não temos uma cultura de golfe que justifique os campos de golfe que temos.

Estamos a falar de uma proporção 80-20?
Eventualmente, 90-10. E regressando ao que referi, se contássemos somente com golfistas nacionais, esses não ficam nos nossos hotéis, não vão aos nossos restaurantes. Esse é o negócio por trás do golfe. Depois há a questão do imobiliário, do golfista que vem a Portugal, se apaixona pelo nosso país e até compra uma segunda habitação.

E há falta de campos de golfe em Portugal?
Não, não é por aí. O importante é quebrar a sazonalidade do golfe turísticos. Antigamente, março e abril eram os meses mais fortes. Atualmente, outubro é fortíssimo, temos o maio e setembro a crescer de forma significativa.

As pessoas têm percebido que há alturas melhores para jogar golfe por razões diferentes, ou por tempo ou pela ocupação dos próprios campos. Também há mais hotéis abertos em determinadas alturas. Perceberam também que o golfe era uma boa oportunidade.

Mas respondendo à sua pergunta, não temos uma cultura de golfista que justifique ter tantos campos.

O Brexit ainda continua a fazer mossa?
Está melhor. Continua a haver alguns problemas nas entradas nos aeroportos com a questão dos passaportes. Mas temos a vantagem de haver uma relação muito próximo entre o Reino Unido e Portugal. Mas foi complicado.

O segredo está, contudo, em captar mais golfistas internacionais ou atrair mais o golfista nacional, já que os campos não estão nas suas capacidades máximas, nem de perto nem de longe.

Não há dúvidas que há espaço para o mercado nacional crescer, tal como o mercado internacional.

E como é que isso pode ser conseguido?
É fácil, tem de haver uma diferenciação na qualidade. Um campo de golfe é um campo de golfe e, portanto, todo o ecossistema ligado ao golfe tem de melhorar. Os campos, os serviços, os hotéis, a gastronomia, a restauração.

Não é uma questão de layout dos campos?
Não. Há ótimos layouts de campos de golfe com péssimas experiências e há layouts de campos de golfe medianos com experiências fantásticas. O desenho do campo é importante, tal como a manutenção do mesmo, o serviço, o contexto onde se insere o produto é importante.

Os dados disponibilizados pelo Turismo de Portugal relativamente ao primeiro semestre mostram que os mercados nórdicos e o britânico foram os únicos que cresceram face ao mesmo período de 2022. A que se deve esta realidade?
São mercados maduros e que gostam muito de Portugal.

Depois do COVID foram, de facto, esses mercados que regressaram mais rapidamente. Já conheciam, havia segurança, gostam do destino Portugal e, por isso, é natural que sejam esses os primeiros a regressar.

Foto: Frame It

Mas para que outros mercados é que Portugal poderia e deveria olhar?
Hoje em dia há mercados muito interessantes. A Polónia é um mercado interessante, tal como a República Checa. São mercados para os quais nunca olhámos como mercados de golfe, mas que começam a vir a Portugal para praticar golfe.

Depois, claro, temos o mercado americano que nem vale a pena discutir, mas que está muito concentrado na zona de Lisboa. Nota-se um crescendo em direção ao Algarve, mas o produto não está totalmente atualizado ou preparado para o mercado americano.

Claro que o mercado americano está a crescer porque há mais ligações, há mais voos e Portugal é cada vez mais conhecido nos EUA.

Mas fora da Europa ainda há mercados por explorar e trabalhar.

Mas como é que se deve trabalhar esses mercados? Deverá existir uma maior promoção por parte dos campos, dos hotéis, do Turismo de Portugal?
O Turismo de Portugal tem feito um trabalho excelente e sabemos onde nos pode ajudar, tal como a AICEP. Os hotéis, os campos de golfe, trabalham juntos, as associações de turismo trabalham juntas. É uma questão de visão e perceber que tem de se ir à procura de mercados novos. E isso dá trabalho. E os resultados, às vezes, não são imediatos, podem demorar anos.

E há um trabalho geracional a fazer?
Obviamente que há uma geração de jogadores de golfe que vai entre os 50 e os 65 anos. É o nosso target. São muito poucos os mercados fora de Portugal que têm jogadores novos. A Suécia é um dos poucos exemplos, tal como a Dinamarca que apostam muito na formação dos jovens. Isso é bom, porque nos garante um mercado para os próximos anos. Mas sim, há um novo target a trabalhar.

Mas acima de tudo, tem de haver uma visão, temos de ir à procura de outros mercados. Os mercados não se fazem num estalar de dedos. Se quisermos um mercado americano, temos de ter marcas americanas, temos de ter voos da América para Portugal. Existem várias situações que estão interligas, é como uma cadeia, se falta um elo, torna-se mais difícil.

O valor do golfe turístico
E há pessoas para trabalhar no golfe?
A Federação Portuguesa de Golfe tem vindo a fazer o seu trabalho, mas, obviamente é um processo difícil, uma questão cultural. O golfe nunca foi visto como um desporto de massas.

Mas a questão dos recursos humanos não é muito diferente da situação da hotelaria e outras atividades. É difícil encontrar pessoas para trabalhar.

Mas ao contrário da hotelaria, no golfe não há formação especifica, temos paisagistas, agrónomos, mas não há assim tantos campos de golfe para que as pessoas também vejam isto como uma carreira.

E quanto vale o golfe em Portugal. Os números da International Association of Golf Tour Operators davam um valor estimado de 2 mil milhões anuais antes da pandemia.
Estamos, novamente, a falar do golfe com os diversos serviços associados. Se ainda contabilizarmos o Real Estate, os números podem ser diferentes, para cima. A questão é saber como fazemos as contas. Acredito que o golfe não deve ser visto isolado, deve ser visto como algo faz parte de um todo, as voltas, as reservas, os transferes, a restauração, a hotelaria, os rent-a-cars, etc..

Mas 2 mil milhões de euros equivale, mais ou menos, a 10% das receitas turísticas anuais?
Certo, mas quando é que esses 10% aparecem? Aparecem numa altura em que não existem os outros 90%. Estamos a falar de fevereiro, março, abril, outubro, novembro, dezembro.

Esta contribuição do golfe turístico para esbater a sazonalidade no turismo é absolutamente estratégica.

Mas volto ao que disse, a conectividade é fulcral para desenvolvermos o produto golfe. Nota-se que as pessoas, atualmente, tiram férias de maneira diferente, existem voos noutras alturas do ano e o negócio está muito alinhado com as rotas.

Atualmente existem 89 campos de golfe. Portugal tem capacidade para ter mais campos de golfe. E a haver, onde deveriam ficar localizados?
Não tenho a certeza de que haja necessidade para mais campos. Ainda há campos que estão subaproveitados. Há muito produto com capacidade para ter muito mais clientes.

Estamos numa zona [Aroeira] que, historicamente, não é vista como uma zona de golfe. Mas a isto chama-se fazer mercado, criar produto e posicioná-lo. Onde é que na restante Europa temos campos de golfe a menos de uma hora do centro da capital?

Por isso, não se trata de ter mais campos de golfe, é aproveitar o que temos e melhorar o produto.

Qual a estadia média de um golfista?
Ronda as cinco noites. E também é possível aumentar. Tem muito a ver com os mercados. O mercado britânico gosta de estadias curtas de três-quatro noites. O mercado escandinavo e alemão são seis-sete noites. Já o norte-americano aumenta para as 10-14 noites, sendo que este não vem fazer só golfe. Mas as estadias têm muito a ver com os voos e os intervalos entre os mesmos.

Depois depende do turista. As gerações mais novas estão habituadas a estadias mais curtas, tipo fim de semana prolongado. Já as mais velhas não vêm a correr para três dias.

Além disso, as pessoas, com a pandemia começaram a não tirar férias tão longas. Por isso, penso que as estadias não vão aumentar. Temos é de arrumá-las melhor nos hotéis e nos campos de golfe.

Falou de mercados como o britânico, nórdico, polaco, checo, norte-americano. E o asiático?
O mercado asiático é importante, mas é um mercado que, historicamente, temos tido alguma dificuldade em penetrar. É um mercado difícil. Trata-se de um mercado que ainda não viaja para o golfe e que viaja muito dentro da própria Ásia.

Mas sim, é um mercado com um grande potencial e não temos feito o nosso trabalho. É um mercado muito interessante, muito grande, mas não estamos muito focados nele e vamos ter de estar, claro.

Temos explicado mal esta questão [do consumo de água], temos tido pouca voz nesse assunto

Outro dos temas que surge sempre associado ao golfe é a sustentabilidade e o consumo de água.
Essa questão da água tem sido mal explicada pela própria indústria do golfe. No Algarve, por exemplo, a água utilizada no golfe é 6% do consumo total de água.

Mas não é essa a ideia que existe?
Pois não e criou-se essa má imagem. A verdade é que não há falta de água em Portugal. O que falta é capacidade para armazenar água. A maior parte da água é perdida.

Ainda assim, os campos de golfe têm feito um trabalho muito relevante. Já existem alguns campos de golfe ligados a ETAR. Mas para isso também é preciso investimento, é preciso mudar a relva, mudar maneiras de trabalhar.

Estamos a falar de um processo de aproveitamento, ou melhor, de reaproveitamento de água que não é utilizada.

O que posso afirmar é que os campos de golfe gerem a água ao milímetro, ou melhor, mililitro. Os campos de golfe utilizam, hoje, tecnologia de ponta, têm sondas, sensores, estações de água, tudo é gerido e aproveitado.

Mas volto a afirmar, temos explicado mal esta questão, temos tido pouca voz nesse assunto.

Mas há pouco falou em visão ou na falta dela relativamente ao golfe. Pergunto-lhe como é que, efetivamente, se pode desenvolver o produto golfe turístico em Portugal?
O golfe turístico, em Portugal, tem de se reposicionar em termos de qualidade. Não tenho dúvidas nenhumas que existe um mercado que procura Portugal, que quer qualidade e não tanto número, volume, mas muito mais qualidade.

E aqui, volto à questão do IVA e da capacidade de investimento. O produto está cá e estamos a chegar a uma fase complicada, já que a maioria dos campos de golfe estão na casa dos 20, 25 ou 30 anos, o que, normalmente, é o tempo de vida média de um campo de golfe.

Mas quando fala em renovação, onde é que ela terá de existir?
Na rega, na eficiência da rega, novas espécies de relva, mais amigas do ambiente e que conseguem com mais facilidade usar as águas recicladas. Os campos vão ganhando um cansaço. E o problema é que os nossos concorrentes estão a renovar-se, a atualizar-se.

Se entrarmos numa guerra de volume, Portugal não tem capacidade para competir com os seus concorrentes. Por isso, resta-nos a qualidade. Podemos baixar preço, mas somos pequenos e perderemos valor.

Devia de haver estratégias a curto e médio/longo prazo?
Todas as pessoas sabem quais são as estratégias. Uma, investir no produto. Duas, investir nas pessoas. Três, abrir mercados novos. Quatro, consolidar mercados existentes e com capacidade para pagar mais.

Não há aqui nada de “rocket science”. Há que implementar, executar. E acreditar que, fazendo isso, de facto se vai criar mais valor.

Mas estamos a falar de um processo para quantos anos?
Depende. Há campos que já o estão a fazer, estão a liderar. Nos próximos anos, cinco, dez anos, isto vai ter de acontecer. Depois é uma espécie de efeito de bola de neve. Basta um ou dois produtos liderarem este processo e os produtos à volta virão por arrasto, não podem ficar fora. Percebem que há uma estratégia vencedora e que não podem ficar para trás na corrida.

Claro que cabe à iniciativa privada liderar este processo, mas esta visão de qualidade pode e deve ser apoiada e ajudada.

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Fiordes do Norte da Europa são o itinerário “mais querido” da Costa Cruzeiros no mercado português

A Costa Cruzeiros apresentou esta quarta-feira, 7 de maio, as principais novidades para a temporada de cruzeiros que está a começar, numa cerimónia a bordo do Costa Diadema, navio que passou por Lisboa num itinerário de posicionamento desde o Brasil até Kiel, na Alemanha.

Inês de Matos

A Costa Cruzeiros apresentou esta quarta-feira, 7 de maio, as novidades para a temporada de cruzeiros que está a começar e que, segundo Henrique Mateus, Senior Sales Manager da Costa Cruzeiros em Portugal, conta com viagens “em todo o mundo”, ainda que o destaque vá para os Fiordes do Norte da Europa, que é, atualmente, “o itinerário mais querido do mercado”.

“Este navio vai para o Norte da Europa, onde vai fazer os Fiordes, que é o itinerário mais querido do mercado”, explicou Henrique Mateus, durante uma cerimónia a bordo do Costa Diadema, navio com capacidade para 4947 passageiros, que passou por Lisboa durante um itinerário de reposicionamento, desde o Brasil até Kiel, na Alemanha.

No entanto, como realçou o Senior Sales Manager da Costa Cruzeiros em Portugal, além dos Fiordes do Norte da Europa, a oferta da companhia para esta temporada conta com uma vasta gama de cruzeiros em diferentes destinos.

“A Costa, neste momento, abrange todo o mundo em termos de itinerários, temos desde a Volta ao Mundo, cruzeiros na Ásia – é o Costa Serena que está na Ásia –, temos cruzeiros no Mediterrâneo Ocidental e Oriental, e temos cruzeiros no Norte da Europa”, indicou o responsável.

Este ano, a Costa Cruzeiros não vai contar com o itinerário Lisboa-Lisboa, ainda que estejam previstos vários embarques e desembarques na capital portuguesa, a exemplo do que aconteceu esta quarta-feira, em que desembarcaram cerca de 1.500 passageiros, tendo-se registado o embarque de um número semelhante.

“Não temos o itinerário Lisboa-Lisboa este ano, mas não deixamos de ter embarques em Lisboa. Temos este embarque e, quando o navio descer do Norte da Europa, na mesma altura do Costa Favolosa, ambos farão também cruzeiros posicionais até Savona ou Barcelona”, acrescentou Henrique Mateus.

O responsável comercial da Costa Cruzeiros em Portugal falou ainda sobre as novidades da companhia ao nível das excursões em terra, que foram reformuladas, passando agora a dividir-se em quatro tipos, incluindo desde as excursões mais básicas de autocarro, a experiências em família ou programas mais radicais.

“Remodelámos totalmente a forma de apresentar as nossas excursões e o conhecimento dos destinos. Achamos que é muito importante porque, ao fim e ao cabo, o cruzeiro é descobrir um destino, é toda a envolvência das experiências”, indicou também Henrique Mateus.

A oferta gastronómica, com destaque para os restaurantes temáticos e de especialidade, como o Archipelago, com menus de degustação de três chefes com estrelas Michelin, o Sushino, dedicado ao sushi, ou o Teppanyaki, um showcook de comida asiática, também esteve em destaque.

“A experiência gastronómica a bordo é excelente”, garantiu o responsável, explicando que, apesar deste ser um produto tudo incluído, as refeições nos restaurantes de especialidade são pagas à parte.

Além da apresentação, a escala do Costa Diadema em Lisboa contou com uma visita de um grupo de agentes de viagens e jornalistas, que puderam conhecer as áreas públicas e algumas tipologias de cabines deste navio, que é um dos maiores da frota da Costa Cruzeiros e que conta com todos os restaurantes de especialidade que já se encontram nos navios mais recentes da frota da companhia.

Compromisso com a sustentabilidade e a inovação

Além da experiência do cruzeiro, em destaque durante a apresentação esteve também o compromisso da Costa Cruzeiros com a sustentabilidade e a inovação, palavras que, segundo Henrique Mateus, melhor descrevem atualmente a ação da companhia de cruzeiros.

No entanto, o tema da sustentabilidade foi abordado por Rafael Fernández-Alava, Communication Director para Espanha e Portugal, que falou sobre a política da companhia neste tema.

“A sustentabilidade é muito importante para a Costa e para a Carnival Corporation, que é a companhia matriz, a maior companhia de cruzeiros do mundo, tem nove marcas e uma dessas marcas é a Costa”, explicou o diretor de comunicação da Costa Cruzeiros.

Este é, segundo o responsável, um tema que a Costa Cruzeiros leva “muito a sério”, motivo pelo qual foi a primeira a encomendar navios movidos a GNL e tem vindo promover “atividades para cada um dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável”, que são medidas anualmente de acordo com “indicadores concretos para esses objetivos”.

“Temos muitas ações em andamento para reduzir as emissões e, em 2023, conseguimos reduzir em 10% as emissões de gases de efeito estufa e isso aconteceu no ano que teve mais emissões e em que aumentámos em 30% a nossa capacidade”, acrescentou, revelando que é também por isso que a Costa está a testar várias tecnologias para que seja possível chegar a 2050 com zero emissões poluentes.

Além da sustentabilidade ambiental, a Costa Cruzeiros tem vindo também a desenvolver iniciativas de economia circular, nomeadamente através da doação de refeições a bancos alimentares e outras instituições sociais, numa ação que está também a ser estudada para Lisboa dentro do universo das companhia da Carnival.

 

 

 

Sobre o autorInês de Matos

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Picos de Aventura reorganiza estrutura interna

A Picos de Aventura, empresa de animação turística do Grupo Newtour, sediada nos Açores, acaba de proceder a uma reorganização estratégica na sua estrutura interna, com vista a fortalecer a integração entre os departamentos e garantir a excelência operacional.

Publituris

Nesta restruturação da equipa de coordenação da Picos de Aventura, Leandro Silva é nomeado coordenador de Operações, enquanto Pedro Tadeu passa a exercer as funções de coordenador das Atividades de Mar.

Leandro Silva iniciou o seu percurso na Picos de Aventura em outubro de 2017, como assistente de vendas, dividindo o seu tempo entre o departamento de vendas e o de terra, onde adquiriu conhecimentos práticos sobre a operação. No final de 2018, assumiu maior responsabilidade pelo departamento de reservas e durante este período, o profissional começou a trabalhar com grupos e incentivos, desempenhando não só funções de planeamento e orçamentação, mas também de execução no terreno. N m passado mais recente, acumulou novas responsabilidades, tendo assumido a coordenação comercial.  Agora, em 2025, Leandro Silva assume oficialmente a coordenação Operacional da Picos de Aventura, acumulando esta função com a de coordenador Comercial.

Por sua vez, Pedro Tadeu regressa à empresa onde esteve entre 2008 e 2018 como skipper e guia turístico. Com mais de 15 anos de experiência no setor, este profissional traz consigo uma sólida formação em Relações Públicas e Comunicação, complementada por um Minor em Gestão pela Universidade dos Açores. Além disso, a sua experiência como gestor de projetos na Direção Regional de Apoio ao Investimento e Competitividade consolidou o seu perfil como um profissional versátil e orientado para resultados.

Na sua nova função, Pedro Tadeu será responsável pela gestão da equipa, organização logística e supervisão das operações marítimas. A sua visão estratégica e competências práticas serão determinantes, segundo a Pico de Aventura, para garantir a excelência na entrega de serviços e criar experiências memoráveis aos clientes.

Adicionalmente, Luís Botelho mantém-se como coordenador das Atividades de Terra, função que desempenha desde janeiro de 2024.

Carlos Baptista e João Rodrigues, administradores da Picos de Aventura, referem que a empresa de animação turística inicia agora uma nova fase organizacional e não poderiam estar mais satisfeitos com a atual equipa de coordenação, para sublinhar que destacar que “asseguramos as condições necessárias para continuar a inovar com responsabilidade, mantendo a qualidade de serviço que nos caracteriza.”

 

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Foto: The Walt Disney Company
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Disney anuncia sétimo parque temático em Abu Dhabi

A The Walt Disney Company e a Miral anunciaram ter chegado a acordo para a construção do sétimo parque temático Disney em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), mais concretamente, na ilha de Yas.

Victor Jorge

Depois de Orlando, Califórnia, Paris, Tóquio, Hong Kong e Xangai, a The Walt Disney Company anunciou o sétimo parque temático a ser construído em Abu Dhabi, tornando-se no primeiro complexo de parques temáticos da empresa no Oriente Médio.

Sem divulgar quando ficará pronto e nem qual o seu nome oficial, sabe-se que o futuro parque Disney ficará localizado na ilha de Yas onde já figuram o Ferrari World, o Waterworld, o Warner Bros. World e o Sea World.

Certo é que a construção do parque ficará sob responsabilidade da Miral, o principal criador de destinos e experiências imersivas em Abu Dhabi, destacando Robert A. Iger, Chief Executive Officer da The Walt Disney Company, e Mohamed Khalifa Al Mubarak, Chairman da Miral, que “os Emirados Árabes Unidos estão localizados a apenas quatro horas de voo de um terço da população mundial, o que os torna um importante ponto de entrada para o turismo”.

Já Josh D’Amaro, presidente da Disney Experiences, refere no site da Disney que “o nosso resort em Abu Dhabi será o destino mais avançado e interativo do nosso portefólio. A localização do nosso parque é verdadeiramente única – situado junto a uma deslumbrante zona ribeirinha – o que nos permitirá contar as nossas histórias de formas totalmente novas. Este projeto irá chegar a um público completamente novo, acolhendo mais famílias do que nunca para viverem a magia da Disney. No fundo, será uma celebração do que é possível quando a criatividade e o progresso se unem.”

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2025 promete trazer novos e cada vez melhores navios de cruzeiro

Para este ano, está prevista a inauguração e respetiva entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiros, que contam com características ainda mais inovadoras, prometendo revolucionar este setor.

Inês de Matos

Este ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar.

Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026.

“O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um itinerário de 7 noites com escalas em Barcelona, Marselha, Génova, Nápoles, Messina e Valletta.

Eduardo Cabrita explica que, seguindo os passos do seu navio-irmão, “o MSC World Asia terá sete distritos a bordo, cada um com a sua própria atmosfera, instalações e experiências, concebidos para melhorar a experiência de cruzeiro, permitindo que cada passageiro crie umas férias únicas e exclusivas e maximize o seu ste ano promete trazer a entrada em funcionamento de vários navios de cruzeiro, embarcações que, tal como as que entraram em funcionamento nos anos mais recentes, são ainda mais sustentáveis e inovadoras, e que têm em comum a oferta de experiências marcantes em alto mar. Uma das companhias de cruzeiros que vão contar com novidades a este nível é a MSC Cruzeiros, cuja inauguração do MSC World Asia está prevista para 2026. O navio, cujo batismo está previsto para 11 de dezembro do próximo ano e que, segundo Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, vai passar a temporada inaugural no Mediterrâneo Ocidental, já tem itinerários disponíveis para reserva para o inverno e verão de 2026. “O navio oferecerá mais de 40 bares, lounges e restaurantes, juntamente com entretenimento internacional, uma série de espaços familiares e muito mais para proporcionar a melhor experiência de cruzeiro”, explica o responsável ao Publituris, revelando que o navio vai fazer “itinerários de sete noites para os destinos mais populares no Mediterrâneo Ocidental- Barcelona (Espanha), Marselha (França), Génova, Civitavecchia, Messina (Itália) e Valletta (Malta) com embarque acessível em todos os portos”. Já na temporada de verão de 2027, o MSC World Asia vai oferecer um tempo a bordo”.

O navio distingue-se também para sustentabilidade, já que o MSC World Asia será “movido a gás natural liquefeito, um combustível que permite uma transição direta para o gás natural liquefeito bio e sintético renovável”. Além disso, o navio “estará equipado com a ligação de energia em terra, o que permite que os motores do navio sejam desligados, enquanto estão no porto, eliminando as emissões locais e reduzindo o impacto na qualidade do ar local”, explica Eduardo Cabrita.

Mas o MSC World Asia está longe de ser o único navio com inauguração prevista para os próximos tempos. Nos últimos dias, a MSC Cruzeiros inaugurou também o MSC World America, navio que é o segundo da World Class da MSC Cruzeiros e que será o primeiro a contar com sete distritos a bordo, combinando o estilo europeu com o conforto americano.

Mas, além das MSC Cruzeiros, há várias outras companhias de cruzeiros que contam inaugurar novos navios nos próximos tempos, a exemplo da Royal Caribbean International, que vai receber, em breve, dois novos navios de cruzeiro da classe Icon. “Na Royal Caribbean teremos dois novos navios, e ambos da classe Icon”, indica Francisco Teixeira, explicando que o Star of the Seas vai contar com uma “base em Port Canaveral a partir de agosto de 2025, com cruzeiros pelas Caraíbas”, enquanto o Legend of the Seas entra em funcionamento a partir de agosto de 2026, com cruzeiros de Barcelona pelo Mediterrâneo.

“Estes navios dispõem de uma grande diversidade de atividades, espetáculos e restaurantes incluídos para todos os grupos etários. Consideramos um cruzeiro nestes navios como as melhores férias em família”, afirma Francisco Teixeira.

Já a Celebrity Cruises vai ter o lançamento de mais um navio da série Edge, o Celebrity Xcel, que segundo Francisco Teixeira conta “com o novo The Bazar onde serão retratados espetáculos culturais dos destinos que visita”. “Os navios desta série são elegantes, com um design dos interiores desenvolvidos por famosos arquitetos, e onde a gastronomia e o serviço são destaques”, explica o responsável.

Já a Costa Cruzeiros adianta ao Publituris que, por enquanto, não tem planos para a inauguração de novos navios, já que os atuais “foram recentemente renovados, portanto, no momento, não há previsão para a chegada de novas embarcações para a Costa Cruzeiros”.

Várias companhias com inaugurações previstas para os próximos anos
Em breve, esperam-se também novidades na Virgin Voyages e na Princess Cruises, companhias de cruzeiros que contam, ambas, com a chegada de novas embarcações. No caso da Princess Cruises, 2025 vai trazer, no terceiro trimestre do ano, a inauguração do Star Princess, navio que é irmão gémeo do Sun Princess e que, tal como Brilliant Lady, da Virgin Voyages, começa a operar no terceiro trimestre deste ano, contando ambos “já com um bom avanço nas vendas para 2026”, segundo António Pinto da Silva, diretor comercial da Mundomar Cruzeiros.

Já Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, lembra que 2025 vai ficar marcado pela inauguração do terceiro navio Ritz-Carlton, o LUMINARA ALLURA, navio que pertence à classe Vista e que tem chegada prevista para julho.

Já a Windstar recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025, sendo ainda de assinalar que a Disney vai dar “as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro”.

É caso para dizer que, os próximos anos, vão ficar marcados pela chegada de vários navios de cruzeiros, num aumento de oferta e qualidade que promete impulsionar as vendas destes segmentos.

Novos navios que chegam nos próximos anos

MSC Cruzeiros: MSC World America em abril de 2025 e MSC World Asia em 2026;
Royal Caribbean International: Star of the Seas e Legend of the Seas em 2025 e 2026, respetivamente;
Celebrity Cruises: Celebrity Xcel em novembro de 2025;
Princess Cruises: Inaugura o Star Princess no terceiro trimestre;
Virgin Voyages: Brilliant Lady vai ser inaugurado no terceiro trimestre de 2025;
Ritz-Carlton: Inaugura em julho o terceiro navio, o LUMINARA ALLURA;
Windstar: Recebe o novo Star Seeker a 28 de dezembro de 2025;
Disney Cruises: Dá as boas-vindas ao Disney Destiny em novembro e ao Disney Adventure em dezembro.

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Cruzeiros esperam verão positivo e já navegam rumo ao inverno e a 2026

Com as vendas para o verão de 2025 ainda a decorreram a bom ritmo, muitas companhias de cruzeiros estão já a vender o inverno e o verão do próximo ano, para os quais as expectativas são igualmente positivas. Entre os destaques, estão as partidas de portos nacionais, assim como os destinos que os portugueses procuram habitualmente, apesar de também estarem a surgir novas tendências de destinos.

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O facto de a Páscoa, este ano, se assinalar apenas em abril atrasou ligeiramente as vendas para o verão de 2025 no sector dos cruzeiros, no entanto, a temporada promete correr de forma positiva, com crescimentos face ao mesmo período de 2024, segundo as companhias de cruzeiros e operadores que representam várias destas companhias em Portugal que o Publituris foi ouvir. De uma forma geral, todos se mostram agradados com este verão e entusiasmados em relação às próximas temporadas. “As vendas para navegar em 2025 estão cerca de 10% acima do ano passado”, diz ao Publituris Ana Bento, Operations Manager do Um Mundo de Cruzeiros, operador especialista na indústria e que trabalha com várias companhias de cruzeiros de luxo. Segundo a responsável, “o maior crescimento regista-se nos cruzeiros para destinos mais distantes, especialmente no Alasca, na Ásia e na Austrália e Nova Zelândia”, sendo que “também os cruzeiros de expedição na Antártida e no Ártico” registam uma procura positiva.

Ana Bento assinala, contudo, que o facto das férias de Páscoa se assinalarem apenas em abril “abrandou as vendas do verão 2025” face ao mesmo período do ano passado. “Apesar disso, estamos à frente nas vendas. Por conseguinte, continuamos otimistas quanto às vendas para o verão de 2025 a partir do final de abril para navegar na Europa”, explica a responsável.

Tal como o Um Mundo de Cruzeiros, também a Mundomar Cruzeiros e a Melair Cruzeiros se mostram satisfeitas com as vendas, com António Pinto da Silva, diretor Comercial do operador que representa em Portugal a Princess Cruises e a Virgin Voyages, mas que vende também o produto de várias outras companhias, a explicar que “as vendas para 2025 ainda estão a decorrer com alguma expetativa”, uma vez que “há sempre clientes ‘last minute’”, o que deverá levar a um aumento das vendas nas próximas semanas.

No caso da Mundomar Cruzeiros, a maior procura centra-se no “Mediterrâneo (pela proximidade), seguindo-se as Ilhas Gregas, as Ilhas Britânicas, os Fiordes, o Alasca (onde a Princess Cruises tem metade da sua frota no verão), para além da América do Sul e a Ásia”. Já Francisco Teixeira, CEO da Melair Cruzeiros, que representa em Portugal as companhias do grupo Royal Caribbean, explica que “as vendas para o verão de 2025 estão a correr muito bem, registando-se um volume de passageiros superior ao mesmo período de 2024, tanto na Royal Caribbean como na Celebrity Cruises”.

De acordo com o responsável, “o Mediterrâneo e as ilhas Gregas continuam a ser os destinos mais procurados pelos portugueses, logo seguido das Caraíbas e Bahamas”, onde existe também um “grande interesse pelos itinerários que visitam a ilha privada “Perfect Day at Cococay””, que o grupo Royal Caribbean detém na região. No entanto, acrescenta Francisco Teixeira, “o destino de destaque foi o Japão com a Celebrity Cruises”.

Satisfeitas com a forma como tem decorrido a procura para o verão de 2025 estão ainda a MSC Cruzeiros e a Costa Cruzeiros, que também relatam ao Publituris uma tendência de aumento.

“As vendas para o verão 2025 tiveram um aumento de ritmo nas últimas três semanas aproximando-se da tendência do ano anterior”, revela Eduardo Cabrita, diretor-geral da MSC Cruzeiros, que aponta “uma procura mais acentuada por destinos como as Caraíbas, devido ao lançamento do MSC World America”, navio que a companhia inaugurou no passado dia 9 de abril, assim como “pelo Norte da Europa, uma vez que o MSC Poesia tem mais cruzeiros de sete noites a partir de Copenhaga do que no ano anterior”.

Apesar disso, o responsável diz que também “os cruzeiros no Mediterrâneo, seja Ocidental e Oriental, assim como os cruzeiros com saída e chegada a Lisboa no MSC Musica, estão sempre na crista das reservas”. Na Costa Cruzeiros, Luigi Stefanelli, Vice President Worldwide Sales, também confessa que a companhia de cruzeiros italiana está a viver uma temporada positiva, com o verão de 2025 a prometer mesmo “ser um dos mais movimentados para o setor de cruzeiros”. Para a Costa Cruzeiros, são os “itinerários pelo Mediterrâneo e Norte da Europa a liderar as escolhas dos portugueses”.

Inverno 2025/2026 igualmente em alta
A decorrer estão já também as vendas para o inverno 2025/2026, que também têm trazido boas indicações para a generalidade dos intervenientes consultados pelo Publituris.

“O Inverno 2025-2026 está com uma tendência muito boa, quase o dobro dos números em comparação com o ano anterior pela mesma altura”, indica Eduardo Cabrita, atribuindo o sucesso das vendas ao “facto de o MSC Musica com partida do Funchal estar disponível há mais tempo do que no ano anterior”, ainda que, também em determinadas áreas como as Caraíbas, Emirados Árabes Unidos e Mediterrâneo, a MSC Cruzeiros tenha já “mais do dobro de vendas do que no ano anterior”.

O responsável diz ter ainda “grandes expectativas” para os cruzeiros com embarque e desembarque no Funchal, uma vez que a MSC Cruzeiros vai oferecer “maioritariamente cruzeiros regulares de sete noites, o que constitui uma grande diferença em relação ao Inverno 2024/2025 em que havia uma mistura de itinerários com várias noites diferentes”.

Igualmente satisfeito e otimista mostra-se Luigi Stefanelli, que lembra que “as projeções para o inverno de 2025/2026 indicam um desempenho sólido para o setor de cruzeiros, impulsionado pelo desejo dos viajantes de fugir do frio e explorar destinos como as Caraíbas, América do Sul, Emirados e Ásia”. “Essas regiões destacam-se como favoritas, oferecendo clima quente e paisagens deslumbrantes”, acrescenta, destacando, contudo, “as saídas do Funchal a bordo do Costa Fortuna, com cruzeiros de sete noites entre dezembro de 2025 e abril de 2026”, como “a grande novidade” da Costa Cruzeiros para o próximo inverno.

Já Francisco Teixeira refere que, na Melair Cruzeiros, são os “destinos longínquos” que são mais comercializados “na temporada de inverno”, cuja duração varia entre as sete e as 14 noites. “A Ásia é o destino mais procurado, seguido pela América do Sul e Austrália e Nova Zelândia, mas verificamos já uma forte procura pelos cruzeiros pelas Bahamas”, explica o CEO da empresa.

E também António Pinto da Silva diz ter “expectativas muito boas” para o próximo inverno, lembrando que tanto a Princess Cruises como a Virgin Voyages vão inaugurar novos navios, que começam a operar no terceiro trimestre e que oferecem uma perspetiva positiva para as vendas também do inverno 2025/2026. “Com estes dois navios, a nossa oferta de itinerários aumenta consideravelmente, sendo que a grande novidade é que ambos vão fazer itinerários no Alasca em 2026. Assim, crescemos ainda mais a grande oferta que já temos para este destino”, acrescenta o responsável.

Verão 2026 também já está à venda
Já à venda está também grande parte da programação para o verão de 2026 e com boa 46 procura. “2026 está muito à frente do que estávamos em 2024 ou 2025, nesta altura”, adianta Ana Bento, que defende que “os clientes estão cada vez mais conscientes de que a reserva antecipada os ajuda a obter espaço a melhores preços, especialmente nos destinos de longo curso, que se esgotam muito mais cedo”. A responsável lembra, contudo, que, “para os cruzeiristas de luxo, o verão não é a principal data de navegação. Este tipo de cliente também navega durante o resto do ano noutros destinos quentes como a Ásia, Austrália e Nova Zelândia, América do Sul e Caraíbas, para além da Europa no verão”.

Já António Pinto da Silva afirma que, “desde que o produto é carregado no sistema, as vendas começam a acontecer”. “Para se ter uma ideia, já estamos a vender para 2027, principalmente para aqueles itinerários mais concorridos como as Voltas ao Mundo”, exemplifica.

As vendas para a temporada de verão 2026 estão, segundo o responsável, “em velocidade de cruzeiro”, apesar do diretor comercial da Mundomar Cruzeiros considerar que “o mercado português não responde com tanta antecedência, a não ser nos muitos pedidos de grupos” que o operador também costuma receber.

O verão de 2026, na Mundomar Cruzeiros, vai ficar marcado pela aposta nos programas Tudo Incluído, com avião, transfers, hotel, cruzeiro e guia acompanhante, além dos “programas com guia permanente a bordo e dos Cruzeiros MOVE-TE!”, onde a Mundomar Cruzeiros tem “uma grande equipa a bordo em datas pré-estabelecidas para animar” os seus passageiros.

Realidade idêntica vive a Melair Cruzeiros, com Francisco Teixeira a revelar que “as vendas para o verão de 2026 começaram em novembro de 2024 e seguem a bom ritmo”. “Verificamos que o mercado está a reservar as suas férias com maior antecedência e já percebeu que poderá encontrar mais e melhores opções dentro do seu budget”, refere o responsável, que aconselha uma antecipação de 12 a 15 meses na compra de um cruzeiro.

Para a Melair Cruzeiros, o verão do próximo ano vai trazer “diversos destaques”, a começar logo pelo “lançamento do novo conceito Royal Beach Club nos destinos de Nassau, na praia de Paradise Island e Cozumel”. “Será um clube exclusivo, e comercializado apenas para os passageiros do Grupo Royal Caribbean, com praia, piscina, restaurante e cabanas”, explica, indicando ainda que, a nível de destinos, os destaques vão ser “o Japão, o Alasca e as Caraíbas/ Bahamas, mantendo-se o Mediterrâneo as ilhas Gregas como o principal destino”.

Na Costa Cruzeiros, as vendas para a temporada de verão de 2026 tiveram início “em outubro de 2024”, sendo que também Luigi Stefanelli considera que “os clientes portugueses demonstram uma tendência de reserva antecipada, aproveitando as diferentes campanhas disponíveis”.

Quanto a destinos, os destaques vão para os itinerários que o Costa Fortuna vai continuar a oferecer na Grécia e Turquia, com partida de Atenas, com o responsável a explicar que a manutenção da aposta neste itinerário que visita Istambul, Mykonos, Rodes, Heraklion e Santorini, entre maio e outubro, se deve “à alta procura” que ele tem registado. Já os navios Costa Smeralda e Costa Toscana vão operar cruzeiros semanais pelo Mediterrâneo Ocidental, explorando destinos em Itália, França e Espanha, ainda que a grande novidade seja o novo itinerário de uma semana do Costa Fascinosa, desde Atenas, que visita “quatro ilhas em Itália, Grécia e Malta, como Argostoli (Kefalonia), Mykonos, Sicília (Catânia), Taranto e Valletta”.

E também na MSC Cruzeiros as vendas para o verão de 2026 já começaram, com Eduardo Cabrita a indicar que a companhia de cruzeiros já tem “algumas vendas para o verão 2026”, apesar de considerar que “ainda é cedo para tirar conclusões, uma vez que o foco da companhia neste momento é o verão 2025”. Ainda assim, o responsável revela que, para o verão 2026, a MSC Cruzeiros vai “apresentar muitas novidades”, que vão ser conhecidas à medida que essa temporada se for aproximando. “Por agora, podemos mencionar dois grandes destaques: em primeiro lugar, a inauguração do MSC World Asia que navegará no Mediterrâneo Ocidental a partir de dezembro de 2026, com itinerários de inverno e verão já disponíveis para reserva, e ainda os nossos itinerários para o Alasca. Será a primeira vez que a MSC Cruzeiros oferecerá cruzeiros para o Alasca, com itinerários de sete noites de maio a setembro de 2026, a partir de Seattle, para destinos como Ketchikan, Icy Strait Hoonah, Tracy Arm, Juneau (Alasca, EUA) e Victoria (Colúmbia Britânica, Canadá)”, congratula-se o responsável da MSC Cruzeiros.

Fotos: Depositphotos.com
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Marina de Vilamoura volta a ser palco do International Boat Show

A Marina de Vilamoura volta a ser o palco privilegiado para a apresentação das principais novidades do setor náutico. A 28ª edição do International Boat Show terá lugar entre os dias 7 e 15 de junho de 2025, das 11h00 às 21h00, com entrada livre.

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Esta edição, organizada conjuntamente pela Marina de Vilamoura e FIL – Feira Internacional de Lisboa aposta nos novos lançamentos das principais marcas, inovações tecnológicas e experiências exclusivas, reunindo os principais protagonistas da indústria náutica nacional e internacional.

Desde 1997, este evento tem contribuído para afirmar Vilamoura como um destino de excelência na náutica de recreio, e este ano, a organização promete que não será exceção, já que a maior marina do país proporciona condições únicas para a exposição de embarcações na água, num formato que respeita os mais altos padrões internacionais

O Marina de Vilamoura International Boat Show atrai empresas líderes do setor, que aproveitam o evento para apresentar embarcações novas e seminovas (brokerage), assim como as últimas novidades em acessórios, equipamentos e serviços integrados. As reservas de espaço já começaram e a expectativa aponta para uma edição com participação recorde.

Todos os anos, o evento recebe compradores, investidores, media, reguladores, entusiastas da náutica e público em geral, tornando-se um verdadeiro ponto de encontro entre profissionais e apaixonados pelo mar.

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ÉvoraWine celebra 10ª edição com 300 vinhos em prova

A 10.ª edição do ÉvoraWine vai reunir, nos dias 23 e 24 de maio, vai reunir 50 produtores que darão a provar cerca de 300 referências de vinhos alentejanos. A organização estima recorde de 10 mil visitantes.

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Para além de se associarem a esta celebração simbólica, os produtores pretendem dar a conhecer os seus néctares a visitantes nacionais e internacionais que, ano após ano, enchem a Praça do Giraldo para participar naquele que é já considerado o maior evento vínico do Alentejo.

Com entrada livre e copo oficial de prova disponível a 15 euros, o ÉvoraWine espera receber cerca de 10 mil visitantes ao longo dos dois dias.

O evento arranca na sexta-feira, 23 de maio, às 18h00, com a sessão de abertura e a entrega dos prémios “Por todo o Alentejo”, que reconhecem as personalidades que se destacam nas áreas do vinho, da gastronomia e da cultura.

Durante os dois dias, a Praça do Giraldo será palco de um ambiente vibrante que combina provas vínicas, gastronomia e música ao vivo.

Para fechar com chave de outro, outra das grandes novidades da edição comemorativa é a festa de encerramento “ÉvoraWine Party”, que acontece no sábado, 24 de maio, a partir das 22h30, na Horta das Laranjeiras.

À semelhança de edições anteriores, será também possível saborear pratos típicos alentejanos preparados por restaurantes parceiros, num convite à descoberta da gastronomia da região em plena harmonia com o vinho.

A 10ª edição deste evento, que tem como parceiros a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, a Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA), a Câmara Municipal de Évora, a Confraria dos Enófilos do Alentejo e a Confraria da Gastronomia do Alentejo, reúne produtores, especialistas e entusiastas num ambiente de celebração e promoção da região. Criado há uma década, o evento tem desempenhado um papel fundamental na valorização do setor vitivinícola e no reforço da notoriedade do Alentejo como destino de enoturismo, considera a organização.

 

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Estratégia do turismo de VRSA mantém foco na sustentabilidade, inovação e valorização do território

O novo Plano Estratégico de Desenvolvimento e Marketing Turístico de Vila Real de Santo António (VRSA), é um documento orientador que estabelece a visão, os objetivos e as ações prioritárias para posicionar o concelho como um destino turístico mais competitivo, atrativo e sustentável. São 38 iniciativas para concretizar até 2030.

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A sessão de apresentação do documento, que aconteceu em Monte Gordo, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal, Álvaro Araújo, do vice-presidente, Ricardo Cipriano, e do restante executivo, e reuniu dezenas de empresários e profissionais ligados ao setor do turismo e da restauração. A apresentação técnica esteve a cargo do IPDT – Turismo e Consultoria, parceiro na elaboração do plano.

O plano, de acordo com a autarquia, resulta de um processo participado, que envolveu a auscultação da comunidade local e dos agentes económicos do setor. O objetivo foi garantir que o documento final refletisse as necessidades reais do território e propõe respostas ajustadas à identidade de Vila Real de Santo António.

Segundo a estratégia traçada, o concelho deve afirmar-se como um destino turístico de excelência, capaz de gerar valor durante todo o ano, com base na valorização dos seus recursos naturais e culturais, na qualificação da oferta e na diversificação das experiências propostas aos visitantes.

A ação prevista está estruturada em quatro eixos estratégicos:  Governança e sustentabilidade; Qualificação e valorização territorial; Promoção e comunicação; e Inovação e empreendedorismo.

Estes eixos definem a linha de rumo para os próximos anos e enquadram um conjunto ambicioso de sete grandes objetivos estratégicos, entre os quais se destacam o reforço da notoriedade de Vila Real de Santo António enquanto destino turístico, a captação de investimento privado, a redução da sazonalidade da procura, a qualificação dos profissionais do setor, a promoção da transformação digital, a valorização do património identitário, e o equilíbrio entre crescimento económico e sustentabilidade ambiental.

Para dar corpo a esta estratégia, o plano define três grandes programas de ação, que se desdobram em 38 iniciativas estratégicas e que incluem, nomeadamente o reforço da promoção do destino em mercados prioritários, a criação de novas experiências turísticas, com enfoque em produtos náuticos, culturais e de natureza, a dinamização da marca turística do concelho, a valorização da Baía de Monte Gordo e do património do Guadiana e a estruturação de redes e parcerias estratégicas com operadores e entidades regionais.

O apoio ao empreendedorismo e à inovação nos setores relacionados com o turismo e o compromisso político com uma estratégia de longo prazo são outras matérias consideradas fundamentais pelo novo plano, cuja implementação será feita de forma faseada, com avaliações periódicas e espaço para adaptação à evolução do setor. O município compromete-se com uma ação coordenada, sustentável e em proximidade com a comunidade, apostando numa nova etapa para o turismo local.

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Aviação

Movimentação de passageiros na Europa impulsionada por voos internacionais com tráfego doméstico estagnado

De acordo com os dados da ACI Europe, a movimentação de passageiros nos aeroportos europeus, no primeiro trimestre de 2025, continuou a registar uma evolução global, impulsionado pelos voos internacionais, com o tráfego doméstico a estagnar. O crescimento de 4,3% do primeiro trimestre de 2025 compara, no entanto, com a subida de 10,2% de igual período de 2024.

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O mais recente relatório da ACI Europe, revela que o tráfego de passageiros na rede aeroportuária europeia aumentou 4,3% durante o primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Estes dados comparam com um crescimento de 10,2% no primeiro trimestre de 2024 face ao primeiro trimestre de 2023, enquanto relativamente aos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego de passageiros situou-se em +3,2%.

O crescimento no volume de passageiros no primeiro trimestre de 2025 foi inteiramente impulsionado pelo tráfego internacional (+5,7%), uma vez que o tráfego doméstico se manteve inalterado (0%) em relação ao mesmo período do ano passado. Comparando com os níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019), o tráfego internacional de passageiros no primeiro trimestre de 2025 situou-se em +8,9%, enquanto o tráfego doméstico manteve-se negativo (‑12,8%).

O crescimento mensal homólogo abrandou ao longo do primeiro trimestre de 2025 — de +6,9% em janeiro para +3,4% em fevereiro e +3% em março, sendo que este último reflete o facto de a Páscoa ocorrer em abril do presente exercício.

Os aeroportos fora do mercado da União Europeia (UE) superaram a média europeia no primeiro trimestre de 2025, com o tráfego de passageiros a aumentar +5,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Este crescimento foi impulsionado pela recuperação dos aeroportos em Israel (+60,4%), bem como pelos resultados nos mercados de rápido crescimento da Moldávia (+56%), Bósnia e Herzegovina (+41,7%), Kosovo (+15,6%), Uzbequistão (+15,5%), Albânia (+9,1%) e Geórgia (+8,5%). Entretanto, o tráfego de passageiros manteve-se estável na Turquia (0%) e continuou a diminuir na Rússia.

Já o tráfego de passageiros cresceu 4,1% no mercado da UE, onde persistiram desvios significativos entre os desempenhos dos mercados nacionais. Os aeroportos da Eslováquia (+15,9%), Polónia (+15,4%), Hungria (+14,7%), Malta (+13,9%) e Lituânia (+13%) registaram os melhores resultados, juntamente com os da Croácia (+9,6%), Roménia (+9,2%) e Grécia (+8,8%).

Por outro lado, o tráfego de passageiros diminuiu na Islândia (‑2,5%), Suécia (‑2,2%) e Irlanda (‑0,5%) e manteve-se fraco na Alemanha e na Áustria (ambas com +1,1%), bem como na Suíça (+1,6%) e no Reino Unido (+1,7%).

Entre os outros grandes mercados UE+, Itália (+6,6%) destacou-se, seguida por Espanha (+4,5%) e França (+4,2%).

A análise da ACI Europe adiantam, também que se registaram diferenças significativas de desempenho no tráfego de passageiros no primeiro trimestre de 2025 entre os diversos segmentos da indústria aeroportuária, em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Estas diferenças refletem uma pressão competitiva acrescida, resultante de alterações estruturais no mercado da aviação após a pandemia”, refere a entidade, salientando que esta realidade “é ainda evidenciada pelo facto de o tráfego de passageiros se manter abaixo dos níveis pré-pandemia (primeiro trimestre de 2019) em 44% dos aeroportos europeus”.

Olivier Jankovec, diretor-geral da ACI Europe, refere que os dados do primeiro trimestre “mostram que o boom das viagens pós-pandemia está a esmorecer, à medida que caminhamos para taxas de crescimento ‘normalizadas’ nos volumes de passageiros, com a procura a manter-se, em geral, resiliente até agora”.

Segundo Jankovec, isto reflete a “prioridade que os consumidores continuam a dar às experiências, apesar de um ambiente económico cada vez mais desafiante, bem como o dinamismo dos mercados de aviação nas regiões Leste e Sul do nosso continente e na Ásia Central.”

E o diretor-geral da ACI Europe conclui que, “embora a procura transatlântica esteja a enfraquecer, esperamos que a componente europeia se desloque para outros mercados e mantemos confiança na época de Verão. A grande incógnita é o que acontecerá a partir do próximo Inverno, face à incerteza macroeconómica sem precedentes que enfrentamos agora como resultado do ‘ataque’ da administração Trump ao sistema multilateral de comércio global. Isto significa que, para além da geopolítica e das atuais pressões na oferta — desde atrasos na entrega e manutenção de aeronaves até limitações de capacidade nas infraestruturas — e do foco das companhias aéreas na rentabilidade em vez da expansão da capacidade, poderemos assistir a uma pressão descendente sobre a procura a tornar-se uma realidade.”

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V Convenção do Grupo DIT marcada para 30 de outubro a 2 de novembro em Huelva

A V Convenção do Grupo DITGestión vai acontecer em Huelva, de 30 de outubro a 2 de novembro de 2025, cujo objetivo é reforçar a região da Andaluzia como um ponto estratégico para este encontro profissional de caráter bienal.

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A escolha de Huelva não é aleatória, refere o grupo de gestão de agências de viagens, uma vez que já foi palco da edição de 2021. Também, o hotel Barceló Punta Umbría Beach Resort volta a acolher este encontro profissional. O complexo apresenta-se como o local ideal para receber os mais de mil participantes esperados este ano, oferecendo infraestruturas adequadas tanto para sessões de trabalho como para atividades lúdicas e de networking.

É de destacar a crescente presença das agências de viagens da DIT Portugal neste evento. Embora a delegação portuguesa do grupo organize a sua própria convenção, também de carater bienal, a participação das agências de viagens de Portugal tem vindo a aumentar a cada edição.

Refira-se que esta convenção irá abordar o crescimento do turismo português na Andaluzia, além, naturalmente, do turismo espanhol. Por este motivo, a organização reservou um espaço específico e de grande relevância para estas agências de viagens dentro do programa.

Tal como em 2023, quando a Convenção teve lugar em Cádis, o evento terá a duração de quatro dias, de quinta-feira a domingo. Esta extensão, implementada para permitir um programa mais completo e adaptado às necessidades dos participantes, revelou-se um sucesso e, por isso, o formato será repetido nesta nova edição.

Desde a sua primeira edição em Benalmádena (2017), seguida por Peñíscola (2019), Punta Umbría (2021) e Cádis (2023), a convenção da DITGestión tornou-se um evento de referência para as agências de viagens associadas ao grupo. Para além de oferecer um espaço de formação e atualização profissional, o evento representa uma oportunidade para reforçar a rede de contactos entre agentes de viagens, fornecedores e representantes do setor.

 

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