Transporte aéreo vive “forte início de ano” com aumento de 16,6% na procura de janeiro
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) apurou que, em janeiro, a procura global por viagens aéreas aumentou 16,6%, enquanto a capacidade subiu 14,1% e o load factor se fixou nos 79,9%, depois de um aumento de 1,7 pontos percentuais.

Inês de Matos
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O transporte aéreo está a viver um “forte início de ano”, avança a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA), que apurou que, em janeiro, a procura global por viagens aéreas aumentou 16,6%, enquanto a capacidade subiu 14,1% e o load factor se fixou nos 79,9%, depois de um aumento de 1,7 pontos percentuais.
“2024 teve um início forte, apesar das incertezas económicas e geopolíticas. À medida que os governos procuram construir prosperidade nas suas economias no ano eleitoral mais movimentado de sempre, é fundamental que vejam a aviação como um catalisador para o crescimento”, congratula-se Willie Walsh, diretor-geral da IATA.
Os dados divulgados esta quarta-feira, 6 de março, pela IATA mostram que, em janeiro, o destaque foi para a procura internacional por viagens aéreas, que registou um aumento de 20,8%, numa subida que foi acompanhada pela capacidade disponibilizada, que cresceu 20,9%, enquanto o load factor se manteve nos 79,7%.
Já a procura doméstica registou um aumento mais modesto e, em janeiro, subiu 10,4%, tendo a capacidade apresentado também uma subida mais tímida de 4,6%, o que resultou num load factor de 80,2%, depois de um aumento de 4,2 pontos percentuais.
Por regiões, foi na Ásia-Pacífico que o tráfego aéreo mais cresceu em janeiro, com as companhias aéreas desta região a registarem uma subida de 45,4%, com a IATA a sublinhar que esta região continua a rápida recuperação depois do levantamento das medidas restritivas adotadas na sequência da pandemia. Na Ásia-Pacífico, a capacidade apresentou ainda um aumento de 48,1%, enquanto o load factor desceu 1,5 pontos percentuais, situando-se nos 82.6%.
Na Ásia-Pacífico, a IATA diz que a “taxa de crescimento excepcionalmente forte é em grande parte atribuível à China”, uma vez que, em janeiro de 2023, o país ainda tinha várias medidas restritivas em vigor e também porque, no resto desta região, a recuperação de rotas internacionais “ainda está atrasada”.
Em África, o tráfego aéreo registou um aumento, em janeiro, de 18,5%, enquanto a capacidade cresceu 19,2% e o load factor desceu 0,4 pontos percentuais, fixando-se nos 73,3%, o mais baixo entre todas as regiões.
Na América Latina, o crescimento do tráfego aéreo foi de 17,9% em janeiro, enquanto a capacidade subiu 13,2%, empurrando para cima o load factor, que aumentou 3,4 pontos percentuais, fixando-se nos 86%, o mais elevado entre todas as regiões do mundo.
No Médio Oriente, o tráfego aéreo cresceu 16,2% e a capacidade aumentou 15,7%, o que ditou um aumento de 0,4 pontos percentuais no load factor, que passou para 79,9%.
Na América do Norte, o aumento do tráfego aéreo foi de 12,3% em janeiro, enquanto a capacidade cresceu 13,7%, ainda que o load factor tenha descido 1,0 pontos percentuais, para 79,4%.
Já a Europa foi a região onde o tráfego aéreo menos cresceu em janeiro, numa subida que foi de 10,8%, enquanto na capacidade houve um incremento de 10,7% e no load factor de 0,1 pontos percentuais, com este indicador a fixar-se nos 77,3%.
No caso europeu, a IATA destaca o bom desempenho das rotas entre a Europa e a América do Norte, que “recuperaram de forma particularmente forte da pandemia” e estão já 6,5% acima de janeiro de 2020.
Willie Walsh espera que o bom momento da aviação seja apoiado pelos governos de todo o mundo e que estes não adotem mais taxas e impostos com impacto na aviação, uma vez que, defende o responsável, “o aumento dos impostos e a regulamentação onerosa são um contrapeso à prosperidade”.
“Contaremos com os governos para políticas que ajudem a aviação a reduzir custos, melhorar a eficiência e progredir rumo a zero emissões líquidas de CO2 até 2050”, conclui o responsável da IATA.