Web Summit 2023: Hoteleiros dão conta de taxas de ocupação inferiores face a 2022
Um inquérito realizado pela AHP – Associação da Hotelaria de Portugal a 295 estabelecimentos na Área Metropolitana de Lisboa (AML) mostrou que as taxas de ocupação apontadas pelos hoteleiros para o período de 13 a 16 de novembro de 2023, no qual decorreu a Web Summit, foram inferiores face às percentagens indicadas o ano passado.
Carla Nunes
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No caso da cidade de Lisboa, o ano passado 82% dos hoteleiros inquiridos pela AHP davam conta de taxas de ocupação entre os 91% e os 100%. Este ano, apenas 57% dos hoteleiros inquiridos deram conta deste volume de taxa de ocupação.
Na Área Metropolitana de Lisboa, que neste estudo também inclui a cidade de Lisboa, a tendência replica-se, sendo que o ano passado 77% dos hoteleiros dava conta de taxas de ocupação entre os 91% e os 100% para o período da Web Summit e este ano só 52% dos hoteleiros reportaram estas percentagens.
Por outro lado, ainda na Área Metropolitana de Lisboa, 19% dos hoteleiros deram conta de uma taxa de ocupação entre os 81% a 90% para este período, enquanto o ano passado apenas 16% indicava estas percentagens de ocupação.
Já na cidade de Lisboa, este ano 21% dos hoteleiros dava conta de uma taxa de ocupação entre os 81% a 90%, enquanto o ano passado apenas 15% dos hoteleiros referiam estas taxas para o período do evento.
O preço médio por quarto para o período da Web Summit deste ano situou-se nos 237 euros para a cidade de Lisboa e nos 221 euros para a Área Metropolitana de Lisboa.
Desta forma, no caso da cidade de Lisboa, de 2022 a 2023 houve um aumento de 13% no preço médio, enquanto de 2019 a 2023 um aumento de 53%. Na Área Metropolitana de Lisboa, o aumento do preço médio de 2022 a 2023 foi de 15%, sendo que de 2019 a 2023 o preço médio aumento 56%.
Posto isto, Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, refere que “quer na taxa de ocupação, quer na taxa diária média (ADR), a Web Summit 2023 não teve um impacto considerável destes dois indicadores”, tendo estado “em linha com o crescimento verificado de janeiro a setembro de 2023 em Portugal”.
O estudo dá ainda conta que 77% dos hoteleiros inquiridos da AML não notaram qualquer impacto nas suas reservas após as declarações de Paddy Cosgrave, antigo CEO da Web Summit, sobre Israel. Por outro lado, 22% dos inquiridos apontam que estas declarações tiveram um impacto negativo nas reservas.
EUA mantiveram-se como principal mercado
À semelhança do ano passado, os Estados Unidos da América (EUA) lideraram a tabela dos principais três mercados indicados pelos hoteleiros para o período da Web Summit, tendo sido apontados por 59% dos inquiridos este ano e por 52% em 2022.
Seguiu-se o mercado português, indicado por 41% dos inquiridos, e o do Reino Unido, referido por 39% dos hoteleiros como um dos principais três mercados – embora este último mercado tenha sido indicado por 51% dos inquiridos em 2022.
Para o período da Web Summit, 78% dos hoteleiros inquiridos, quer da cidade de Lisboa, quer da Área Metropolitana de Lisboa, apontam que a estadia média foi de duas a três noites. Na cidade de Lisboa, 73% dos hoteleiros inquiridos referiu ter tido reservas de participantes da Web Summit, enquanto 66% dos hoteleiros da AML apontou ter tido hóspedes derivados deste evento.
O principal canal de reservas indicado pelos hoteleiros quer da cidade de Lisboa, quer da AML, foi o Booking, numa percentagem de 48% e 50%, respetivamente. Seguiu-se o website próprio, indicado por 29% dos inquiridos da cidade de Lisboa e 38% dos inquiridos da Área Metropolitana de Lisboa.
O inquérito foi realizado entre 20 de novembro e 10 de dezembro pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas junto dos empreendimentos turísticos associados da AHP, contando com uma amostra de 295 estabelecimentos, 77,4% da cidade de Lisboa e 22,6% da Área Metropolitana de Lisboa.