“Bolsa Luís Patrão” com dotação global de 500 mil euros por ano
Promovida pelo Turismo de Portugal, em homenagem póstuma ao primeiro presidente do Conselho Diretivo do Instituto Público, a “Bolsa Luís Patrão” tem por objetivo apoiar a formação académica, técnica e executiva de nível superior, vocacionado de jovens em início de carreira profissional. Para isso, 10 bolsas terão uma dotação de 500 mil euros anuais.

Victor Jorge
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Luís Patrão, primeiro presidente do Turismo de Portugal, foi homenageado esta segunda-feira, 11 de dezembro, com o lançamento da “Bolsa Luís Patrão”, com uma dotação anual de 500 mil euros, distribuída por 10 bolsas, para apoiar jovens estudantes e líderes para o turismo.
A sessão de apresentação desta iniciativa promovida pelo Turismo de Portugal contou com diversas personalidades ligadas ao setor, com o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços (SETCS), Nuno Fazenda, começado por destacar algumas das marcas deixadas por Luís Patrão durante o seu percurso à frente do Turismo de Portugal, como no setor do turismo global. “Luís Patrão não foi somente o primeiro presidente do Turismo de Portugal, como foi o impulsionador do que é hoje o turismo em Portugal” começou por frisar Nuno Fazenda ao salientar que foi Luís Patrão que juntou várias entidades numa só em prol de um único objetivo: “desenvolver o turismo”.
“Hoje o Turismo de Portugal é um exemplo reconhecido em todo o mundo e isso deve-se ao pensador, estratega e construtor de pontes que foi Luís Patrão”. Nuno Fazenda assinalou ainda a visão do primeiro presidente do Turismo de Portugal que resultou, por exemplo, na criação das Entidades Regionais de Turismo que ainda hoje se mantêm, bem como “a definição de grandes prioridades e planeamento que serviu de guião para o primeiro Plano Estratégico Nacional do Turismo”. Além disso, Nuno Fazenda destacou o papel que Luís Patrão teve “na promoção turística de Portugal, na abertura ao setor privado, ao financiamento e, principalmente, na formação, tendo inaugurado diversas Escolas de Turismo por esse país”.
No que diz respeito à bolsa agora lançada, o SETCS considerou que, “tal como o fez no instituto liderou, transformando-o, agora o nome de Luís Patrão surge associado a uma bolsa que poderá mudar a vida de pessoas para liderarem o turismo do futuro”.
Antes de elencar o que é a bolsa e quem terá direito a esta, Carlos Abade, atual presidente do Turismo de Portugal, começou por frisar que “o Turismo de Portugal e o Turismo em Portugal foram moldados por Luís Patrão”.
Quanto à “Bolsa Luís Patrão”, Carlos Abade revelou que esta terá início no ano letivo 2024/2025, com a atribuição de 10 bolsas, com uma dotação global de 500 mil euros em áreas consideradas “criticas para a valorização pessoal e profissional e a competitividade das empresas, com destaque para as competências de gestão, inovação e sustentabilidade”. Na explicação, as tipologias distintas, consideram cinco bolsas de formação profissional especializada, e cinco bolsas de pós-graduação, mestrado ou MBA.
Se no primeiro caso as bolsas para a realização de cursos de formação profissional especializada, na área do turismo serão facultadas para Escolas de Ensino Profissional de reconhecido mérito internacional, no segundo caso as bolsas para pós-graduações, mestrados ou MBA deverão incidir nas áreas da gestão, administração, finanças e marketing em Escolas de Negócios classificadas no ranking Executive Education Financial Times 2023.
Em ambos os casos, os alunos deverão ter menos de 30 anos e serem residentes em Portugal. Além disso, no que diz respeito às Bolsas de Formação Profissional Especializadas, dotada com 40 mil euros/bolsa, os alunos deverão ter qualificação de nível 4 ou 5 das Escolas Profissionais ou de nível 6 do Ensino Superior, concluída, com classificação igual ou superior a 16 valores. Para bolsas para pós-graduações, mestrados ou MBA, dotada de 60 mil uros/bolsa, os alunos deverão ter uma licenciatura concluída num dos ramos da ciência, com classificação igual ou superior a 16 valores.
Na cerimónia de lançamento da “Bolsa Luís Patrão” intervieram, também, José Luís Arnaut, presidente da ANA – Aeroportos de Portugal, que destacou “o bom senso acima da média, bem como o sentido de responsabilidade e capacidade de trabalho” de Luís Patrão, frisando Chitra Stern, empresária e CEO do Grupo Martinhal, que o primeiro presidente do Turismo de Portugal “deu-nos a confiança para investir e continuar a investir em Portugal”, assinalando ainda que Luís Patrão “viu nas empresas catalisadores para o desenvolvimento da economia e do turismo”.
Já Carlos Neves, administrador do Grupo Azinor – Sana Hotéis, aceitou o desafio lançado há tempos por Luís Patrão e revelou o investimento do grupo num hotel Sana num investimento de 30 milhões de euros.
Finalmente, o ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva, destacou a “capacidade de mobilização” de Luís Patrão, bem como a “visão assente no futuro e no papel que o turismo, de facto, poderia e deveria ter no nosso país”, concluindo que “esta bolsa é uma aposta no futuro, na capacitação dos jovens e na importância do turismo para a economia portuguesa”.