Ryanair descarta aeroporto em Santarém: “Não apoio a construção de um aeroporto no meio do nada”
O CEO do grupo Ryanair defende que “a solução para Lisboa é o Montijo” e diz mesmo que não apoia a construção de um aeroporto em Santarém, que ficaria “no meio do nada”. Apesar de pedir rapidez para o novo aeroporto, Michael O’Leary considera que a Portela pode receber muitos mais passageiros com a reorganização do terminal.

Inês de Matos
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A Ryanair não tem dúvidas de que o novo aeroporto de Lisboa deve ser construído no Montijo e Michael O’Leary, CEO do grupo Ryanair, critica mesmo a opção de Santarém que, segundo o responsável, seria um aeroporto construído “no meio do nada”.
“A solução para Lisboa é o Montijo. Não apoio a construção de um aeroporto no meio do nada”, afirmou Michael O’Leary esta terça-feira, 21 de novembro, durante uma conferência de imprensa em Lisboa.
Ao ser questionado sobre qual seria a melhor localização para o novo aeroporto, o responsável da Ryanair, que é conhecido por ser frontal e abordar os temas de forma direta, considerou que, com o Montijo, “Lisboa está na incrível posição de ser uma capital servida por dois aeroportos dentro da cidade”.
Michael O’Leary defende que Lisboa sairia a ganhar com a possibilidade de ter dois aeroportos, a Portela e o Montijo, a exemplo de Roma e Bruxelas, capitais europeias que também contam com dois aeroportos, assim como de Barcelona, onde existem três destas infraestruturas.
Para o responsável, não há dúvidas de que a construção do novo aeroporto deverá acontecer no Montijo, até porque o aeroporto já existe e, segundo Michael O’Leary, falta apenas construir o terminal.
“A aeroporto já existe, precisa apenas de um edifício para terminal e isso pode ser feito por menos 20 milhões de euros”, afirmou, acrescentando que a Ryanair estaria disposta a pagar esse valor para abrir o aeroporto rapidamente, uma vez que já lá vão 12 anos perdidos “em estudos e estudos ambientais, outros estudos e mais estudos”.
Michael O’Leary considera também que a Portela pode receber um número mais elevado de passageiros do que os mais de 25 milhões que recebeu no ano passado, a exemplo do que acontece noutros aeroportos europeus que, tal como Lisboa, também são infraestruturas de pista única.
“A Portela é capaz de receber, facilmente, 30 ou 40 milhões de passageiros. Há má gestão, como vemos pelo exemplo de Gatwick, que opera 60 milhões de passageiros e é também um aeroporto de pista única. No caso de Dublin acontece o mesmo e recebe 34 milhões de passageiros por ano”, considerou o CEO do grupo Ryanair.
Na opinião do responsável, a questão da capacidade da Portela poderia ser resolvida de forma fácil, através de uma reorganização do terminal, uma vez que, defendeu, já não são necessários tantos balcões de check-in, devido à massificação do check-in online.
“Há várias medidas que se podem tomar e uma delas é simplesmente aumentar o número de slots, se o terminal não fosse um obstáculo. Isso também deve mudar porque a forma como as pessoas utilizam um terminal também mudou dramaticamente”, explicou, realçando que “a maioria dos passageiros faz check-in online” e que “as filas grandes para o check-in são algo do passado”.