WTM: “Luxo acessível” cada vez mais popular, apesar de orçamentos mais reduzidos para férias
O “luxo acessível” está a tornar-se cada vez mais popular para quem deseja viajar e gozar umas férias, apesar do aperto nos orçamentos de muitos turistas, refere o World Travel Market London 2023.

Victor Jorge
Descobrir o Algarve através de 18 experiências de Turismo Industrial
easyJet assinala 10.º aniversário de base no Porto com oferta de descontos
ISCE reúne 34 parceiros na “Global Tourism TechEDU Conference 2025”
AVK adquire Pixel Light e consolida liderança no setor audiovisual
Air France opera até 900 voos por dia para quase 190 destinos no verão 2025
ARPTA com nova liderança
Iberia reforça ligações a Roma, Paris e Viena
Os 3 dias do RoadShow das Viagens do Publituris
SATA lança campanha para famílias com tarifa gratuita para crianças
Indústria do turismo dos EUA preocupada com queda nas viagens domésticas e internacionais
Apesar do apertar de cinto de muitas famílias e de orçamentos para férias impactados pela crise e inflação, os consumidores continuam determinados a sair de férias e muitos ainda estão a dar prioridade a opções de luxo, conclui o WTM Global Travel Report, apresentado em parceria com a Oxford Economics, durante o WTM London 2023.
O relatório explica que esta área de crescimento nas viagens se alinha com uma tendência mais ampla de os consumidores procurarem experiências novas e únicas nas férias.
“Depois da pandemia e das restrições às viagens, muitos querem melhorar a sua experiência, à medida que os consumidores recuperam proativamente as experiências turísticas perdidas”, refere o relatório.
Parte desta procura pode ser o resultado da continuação da procura reprimida e das poupanças acumuladas durante os confinamentos, bem como de taxas de desemprego relativamente baixas na maioria dos países.
“Os consumidores não afetados pelas crises económicas, provavelmente, continuarão a optar por destinos de luxo”, observa o estudo.
Contudo, o estudo admite, igualmente, que “aqueles que pertencem a grupos de rendimentos mais baixos poderão sentir cada vez mais o impacto dos rendimentos pessoais reduzidos e procurar opções de viagem mais económicas ou reduzir as suas viagens em geral”.
O relatório alerta também para alguns dos impulsionadores da procura de viagens pós-pandemia que podem ter “revertido nos últimos meses”, representando um risco para a expansão contínua.
Aponta para “custos persistentemente elevados” e para a recuperação da libra esterlina e do euro, o que está a “enfraquecer o poder de compra do dólar americano na Europa”.
Por outro lado, o preço do combustível de aviação está significativamente mais elevado do que no início do ano, pressionando as tarifas aéreas.
Entretanto, a indústria das viagens continua a enfrentar problemas do lado da oferta, no meio de acontecimentos geopolíticos como a invasão da Ucrânia pela Rússia, o conflito no Médio Oriente, bem como a escassez de pessoal que ainda afeta muitos mercados, frisando que “um grande número de trabalhadores mudou para outros setores de atividade durante a pandemia”.
O rendimento pessoal disponível dos consumidores também está sob pressão à medida que o seu próprio transporte e outros custos de vida aumentam.
Apesar destes ventos contrários, o relatório observa que “os custos mais elevados ainda não foram um impedimento significativo ao crescimento e os viajantes parecem dispostos a pagar preços mais elevados”.
Dave Goodger, diretor-geral EMEA da Tourism Economics, referiu na apresentação do relatório, que “a análise mostra como os consumidores têm uma procura aparentemente insaciável por viagens, apesar de um cenário económico complexo”.