KM Malta Airlines substituirá Air Malta
A atividade da nova companhia aérea terá início a 31 de março de 2024 e contará com oito Airbus A320neo.
Victor Jorge
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O Governo de Malta anunciou a criação de uma nova companhia aérea nacional para o país, denominada KM Malta Airlines, que substituirá a Air Malta e iniciará operações a 31 de março de 2024, operando inicialmente com um total de 17 rotas e uma frota de oito Airbus A320neo, três dos quais propriedade própria.
Na apresentação da nova companhia aérea, o ministro das Finanças e Emprego de Malta, Clyde Caruana, explicou que “o Governo de Malta e a Comissão Europeia estiveram envolvidos em discussões e negociações complexas” para o futuro da Air Malta ou de uma possível nova companhia aérea.
Além disso, Caruana considera que a companhia aérea nacional é uma” parte crítica” da infraestrutura das ilhas e a conectividade aérea que “fornece está inextricavelmente ligada ao crescimento económico e ao sucesso do país”.
De acordo com o comunicado, “como não teria sido possível à Air Malta ser viável sem a continuação dos subsídios estatais, em acordo com a Comissão Europeia, o Governo maltês decidiu estabelecer uma nova companhia aérea baseada num modelo de negócio realista apoiado por uma estratégia sustentável de longo prazo”.
Já o primeiro-ministro de Malta, Robert Abela, sublinhou que a futura companhia aérea nacional implementará “diligentemente um plano de negócios de cinco anos, baseado em dois pilares: uma rede eficiente e uma frota bem planeada”.
Salientou também a importância da conectividade para Malta, localizada no coração do Mediterrâneo, e destacou como a nova companhia aérea nacional continuará a ser um “interveniente fundamental” na indústria do turismo de Malta.
Um (re)começo com 17 rotas
As rotas da KM Malta Airlines foram projetadas pela Sabre com o objetivo de alcançar a eficiência comercial ideal, conectando Malta às capitais e aos principais aeroportos da Europa continental e além.
Assim, a nova companhia aérea irá operar inicialmente um total de 17 rotas, com frequências adicionais em algumas rotas maduras existentes para maximizar a utilização das aeronaves e otimizar o desempenho comercial.
Esta rede será apoiada por acordos de colaboração existentes e novos com as principais companhias aéreas que operam a partir dos principais hubs europeus, e será constantemente revista para identificar novas oportunidades de crescimento empresarial.
Por outro lado, a KM Malta Airlines operará uma frota de aeronaves de tipo único composta por oito A320neos, com configuração de duas classes com cabine flexível de classe premium, média de 168 assentos e até 36 assentos em classe premium.
Último voo a 30 de março
A Air Malta encerrará as operações a 30 de março de 2024, mas continuará a operar todos os seus voos conforme planeado até essa data, informando a companhia que os clientes podem continuar a reservar e comprar bilhetes normalmente.
Os voos com data de viagem a ou após 31 de março de 2024 serão operados pela nova companhia aérea e a Air Malta reembolsará os clientes o valor total dos bilhetes já emitidos com datas de viagem iguais ou posteriores a 31 de março de 2024. Os reembolsos são garantidos pelo Governo de Malta como principal acionista da Air Malta.
O Governo investirá 350 milhões de euros na nova companhia aérea. Destes, 300 milhões de euros serão utilizados para comprar três aeronaves, resgatar as faixas horárias dos aeroportos de Heathrow e Gatwick a uma empresa governamental e o hangar e terrenos em redor do aeroporto de Gudja.
“Estes fundos serão usados para comprar ativos que a nova empresa irá possuir, ao contrário da Air Malta que hoje só possui um hangar”, salientou o ministro das Finanças e Emprego de Malta. Os restantes 50 milhões de euros serão utilizados para custos operacionais.
O governo irá reservar 90 milhões de euros para comprar cláusulas de reforma antecipada nos acordos coletivos de pilotos (75 milhões de euros) e tripulantes de cabine (15 milhões de euros), frisou ainda Caruana, acrescentando que “seria mais caro provocar um conflito com os sindicatos por causa destes acordos”.
A nova companhia irá reempregar as 390 pessoas atualmente registadas na Air Malta e o processo de recrutamento terá início em dezembro deste ano.
Os trabalhadores receberão novos contratos de trabalho proporcionais às condições de mercado.
Os atuais pilotos e tripulantes de cabine da Air Malta empregados na nova companhia aérea terão de decidir se pretendem aderir aos regimes de reforma antecipada nos primeiros quatro anos. Se adotarem ou aceitaram os regimes, os pilotos não poderão empregar-se no setor público, enquanto a tripulação de cabine ficará impedida de trabalhar no setor público durante seis anos.