SETCS pede “reflexão conjunta” sobre descida do mercado interno no Algarve
Nuno Fazenda, que falava aos jornalistas à margem do FT Weekend Londres, admitiu que existem sinais de quebra no que diz respeito às dormidas dos turistas nacionais na principal região turística do país.
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Considerando que “o turismo doméstico é muito importante”, o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, apelou no sábado, 2 de setembro, a uma “reflexão conjunta” sobre a quebra do turismo nacional no Algarve este verão.
Nuno Fazenda, que falava aos jornalistas à margem do FT Weekend Londres, admitiu que existem sinais de quebra no que diz respeito às dormidas dos turistas nacionais na principal região turística do país, o que não quer, no entanto, dizer que os portugueses estejam a viajar menos.
“No que diz respeito ao turismo nacional, de facto temos alguns sinais de quebra das dormidas de residentes no Algarve, o que não significa que os portugueses estejam a viajar menos. Podem estar a viajar para outras regiões do país e até para o estrangeiro”, afirmou o governante, citado pela Lusa.
Apesar da descida do número de portugueses no Algarve, Nuno Fazenda também reconheceu que a região registou um aumento de 40% da receita média por quarto, o que indica que os preços do alojamento turístico estão a subir.
“Ora, isso convida a uma reflexão conjunta de instituições, de empresários, de todos, porque o turismo doméstico é muito importante“, vincou, defendendo que “Portugal tem que continuar a cuidar e a valorizar o seu turismo interno”.
Nuno Fazenda falou aos jornalistas num evento que decorreu na capital britânica e que deu a conhecer a oferta de gastronomia e vinhos, assim como de turismo literário nacional, motivo pelo qual o responsável abordou também a importância deste mercado emissor de turistas para Portugal.
No caso dos turistas britânicos, o Algarve continua a ser um dos destinos preferidos, já que cerca de 50% dos turistas deste mercado que visitam Portugal têm como destino a região mais a sul do país, ainda que o fluxo de turistas britânicos também esteja a crescer noutras regiões portuguesas.
“Aquilo que nós queremos do ponto de vista estratégico é continuar a crescer, mas crescer bem, com sustentabilidade e autenticidade e ao longo do território, puxar pelas regiões menos desenvolvidas, mas sem deixar de consolidar os destinos principais Algarve, Lisboa, Porto e Madeira”, explicou, revelando que este mercado “está a crescer de forma muito expressiva noutras regiões, nomeadamente no Alentejo e no Norte, e está também a crescer em outras alturas do ano”.