Atlantic Consortium apresenta preço mais elevado para a privatização da Azores Airlines
O Atlantic Consortium (formado pelas empresas Vesuvius Wings, White Airways, Old North Ventures, Consolidador e EuroAtlantic Airways) apresentou uma proposta com um preço mais elevado do que o do consórcio Newtour/MS Aviation, para aquisição da maioria do capital social da SATA Internacional Azores Airlines.
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Os interessados na privatização da Azores Airlines, o Atlantic Consortium e o consórcio Newtour/MS Aviation, melhoraram as suas ofertas iniciais para 7,026 euros e 6,60 euros, respetivamente, por ação a adquirir da companhia área, foi revelado esta segunda-feira, segundo informa a Agência Lusa.
Na semana passada, as quantias eram exatamente iguais (6,50 euros) por cada ação da companhia aérea responsável pelas ligações com o exterior dos Açores, o que levou à realização de novo ato público, que permitiu uma reformulação das propostas.
O anúncio foi realizado durante o ato público de abertura das propostas referentes ao concurso público internacional para a privatização da transportadora, que decorreu na sede do Grupo SATA, em Ponta Delgada, onde está baseada a companhia aérea.
A notícia da Lusa indica ainda que, apesar das diferenças no preço por ação, os interessados não alteraram as percentagens do capital social a que se propõem adquirir. A proposta do consórcio NewTour/MSAviation pretende adquirir 76% da empresa, com uma proposta global de 5.016.000 euros, enquanto a oferta da Atlantic Consortium é sobre 75% e com uma proposta global de 5.269.500 euros.
Em comunicado, a companhia aérea indica que, no âmbito do concurso público internacional relativo à alienação de participação social no capital social da SATA Internacional- Azores Airlines S.A, a SATA Holding, na qualidade de gestora dos ativos e participações da companhia aérea, por intermédio do júri do procedimento, deu por concluído o ato público de abertura de propostas concorrentes.
O presidente do júri, Augusto Mateus reforçou que o preço por ação é um dos critérios de seleção, mas recordou que a privatização está “sujeita a um conjunto de objetivos” e “não à melhor oferta financeira”.
Augusto Mateus disse esperar que a divulgação das propostas aconteça o “mais rapidamente possível”, lembrando que a apresentação do relatório do júri está prevista para o final de setembro ou início de outubro.
Tendo em conta o previsto no caderno de encargos, o preço por ação e o preço global proposto para a participação social da SATA Internacional-Azores Airlines (condições de pagamento e demais termos adequados para salvaguarda dos interesses patrimoniais da SATA Holding) assumem um peso de ponderação de 15%, num conjunto de oito critérios de seleção. Uma delas tem a ver com a “a apresentação e garantia de execução de um adequado e coerente projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da SATA Internacional, com respeito pelos objetivos delineados pela SATA Holding para o processo de privatização. Este conjunto de critérios tem um valor de ponderação de 25%”.
Mas também estará em conta “a contribuição para o reforço da capacidade económico-financeira da SATA Internacional e da sua estrutura de capital, designadamente a qualidade do plano de capitalização e a sua execução através de novos ativos e recursos, assim como as condições associadas à disponibilização dos mesmos, de modo a contribuir para a sustentabilidade e valorização da SATA Internacional: 25%”.
O preço por ação e o preço global propostos para a participação social da SATA Internacional que o concorrente se propõe adquirir, as condições de pagamento e demais termos adequados para a salvaguarda dos interesses patrimoniais da SATA Holding, valerão 15%;
A assunção de compromissos em matéria de estabilidade laboral, para além das obrigações mínimas estabelecidas no caderno de encargos, têm um peso de 15% na avaliação.
A idoneidade e experiência técnica e de gestão no setor da aviação, tendo em conta a experiência curricular do concorrente e ou da equipa de gestão proposta, bem como o modelo e capacidade organizacionais dos concorrentes (nomeadamente, valências especializadas e sistemas de controlo de qualidade), diz o comunicado, que terão um peso de 10% na decisão.
A contribuição para o reforço da estrutura e da estabilidade acionista da SATA Internacional, nomeadamente, através da implementação de um modelo de governo societário que tenha em conta a específica natureza e a atividade desenvolvida pela SATA Internacional e os objetivos delineados pela SATA Holding para o processo de privatização: 5%, enquanto a assunção de compromissos em matéria de sustentabilidade, designadamente o investimento em projetos inseridos nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Organização das Nações Unidas, terão o valor da análise em 2,5%.
Finalmente, a SATA destaca que 2,5% serão vistos através da ausência de condicionantes jurídicas e/ou económico-financeiras do concorrente para a concretização da aquisição da participação no capital social da SATA Internacional, bem como a mitigação de riscos para os interesses patrimoniais da SATA Holding.
O caderno de encargos da privatização da Azores Airlines prevê uma alienação no “mínimo” de 51% e no “máximo” de 85% do capital social da companhia aérea.
Em junho, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda estatal portuguesa para apoio à reestruturação da companhia aérea de 453,25 milhões de euros em empréstimos e garantias estatais, prevendo medidas como uma reorganização da estrutura e o desinvestimento de uma participação de controlo (51%).