Operação charter conjunta Solférias-Sonhando de Zanzibar já tem ocupação média de 85%
A Solférias e a Sonhando que lançaram este verão, pela primeira vez de Portugal, uma operação charter para Zanzibar, que decorrerá até 12 de setembro, revelaram que no total das seis saídas de Lisboa, a ocupação média é de 85%. Uma surpresa segundo os dois operadores turísticos. Por isso, os olhos já estão postos no próximo verão, até num possível reforço.
Carolina Morgado
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Os operadores turísticos Sonhando e Solférias apresentaram, esta sexta-feira, em Lisboa, a sua programação charter para Zanzibar, numa conferência de imprensa que contou também com a presença do ministro do Turismo da Tanzânia, Simai Mohammad Said, e do presidente da Comissão de Turismo de Zanzibar, Rahim Bhaloo, de visita a Portugal.
Com saídas ao domingo e com o último regresso a 12 de setembro, tanto Nuno Mateus, como José Manuel Antunes, diretores gerais da Solférias e da Sonhando, respetivamente, demonstraram satisfação pela forma como estão a decorrer as vendas para um destino que, em Portugal, apenas era vendido em operações regulares via Istambul ou Dubai. Agora, um voo direto de 9h15 de duração, substitui os cerca de 17/18 horas até chegar ao destino localizado na parte africana do Oceano Índico.
Nesta operação direta o voo é efetuado em avião da HiFly com classe económica e executiva nas duas primeiras partidas, às quais nas partidas seguintes acrescentam a classe “first” para aquele cliente que quer viajar com outro tipo de comodidade ou com outro poder de compra. São 1.632 lugares disponíveis nesta operação.
Nuno Mateus enfatizou que “este é um momento histórico para a Solférias, é o primeiro charter e o primeiro voo direto que é lançado de Portugal para Zanzibar e estamos a falar da operação mais longínqua que alguma vez lançámos”.
Surpresos com as vendas desta primeira operação de verão, os dois operadores já estão a pensar em retomar na próxima época, apesar de lembrarem que existem fatores externos, nomeadamente, no aeroporto de Lisboa, que têm condicionado as operações dos operadores turísticos.
Mesmo assim, segundo Nuno Mateus “o nosso objetivo, claramente é retomar. Claro que, infelizmente, hoje em dia as operações têm um fator externo que nos limita em muito toda a nossa operação. O nosso objetivo é continuar, não sabemos se de Lisboa ou do Porto, mas Zanzibar é um objetivo do próximo ano”. Já José Manuel Antunes deu como exemplo: “Não tivemos a sétima partida porque não tivemos slot em Lisboa”.
Por isso é que, devido aos constrangimentos no aeroporto de Lisboa, segundo o diretor geral da Sonhando, “das operações charter que temos em conjunto, 70% têm partida do Porto e só 30% saem de Lisboa, uma contranatura, sabendo que as nossas empresas estão sediadas em Lisboa e que a grande maioria dos nossos clientes são da capital portuguesa”.
Ainda numa visão do próximo verão, os dois operadores turísticos acreditam que a melhor promoção é o ‘boca-a-boca’. O diretor geral da Solférias defendeu que “estamos a trabalhar o presente, mas ainda mais o futuro. As operações são trabalhadas no mínimo com um ano de antecedência e pelas nossas experiências recentes, o segundo ano é muito mais forte do que o primeiro, até pelo marketing boca-a-boca das pessoas que foram no primeiro ano” para indicar que “há aspetos que vamos melhorar”.
Referindo-se à deslocação a Portugal do ministro do Turismo da Tanzânia a Portugal, disse que “estamos a conhecer-nos e está a ser gratificante a partilha”. O Publituris sabe que Zanzibar pretende estar presente nas ações de promoção dos principais destinos dos dois operadores turísticos em Portugal no próximo ano, até com uma presença na BTL de 2024.
Quanto ao voo, o diretor de produto da Solférias, Dário Brilha salientou que são 1.632 lugares nestas seis partidas, cujo voo tem a vantagem de ser noturno nos dois sentidos, e que a maioria das reservas tem sido para unidades da cadeia RIU, na modalidade do tudo incluído.
Em relação a preços, existem vários patamares a iniciar nos 1.800 euros por pessoa, mas “num dos hotéis como o RUI Jambo que mais temos vendido – quatro estrelas em tudo incluído – anda à volta dos 2.300 euros num pacote de sete noites”, lembrando que à medida que o cliente vá escolhendo hotéis de categorias superiores o preço vai aumentando. Existem all inclusives um pouco mais baratos, mas o preço médio dos pacotes mais vendidos pelos dois operadores anda à volta dos 2.300 euros, incluindo os voos, estadia, seguro, os transferes”, explicou.
O ministro do Turismo da Tanzânia, durante a sua intervenção, na conferência de imprensa, fez questão de referir a influência portuguesa na cultura do seu país, incluído na língua swahili, bem como a figura de Vasco da Gama, tendo destacado as praias da ilha de Zanzibar como primeira motivação turística do destino, mas apelando os portugueses a conhecerem a rica cultura “única” daquele povo feito de uma mistura de povos e culturas.
Simaid Mohammed Said expressou o desejo de fortalecer os laços turísticos entre os dois destinos, acreditando que Portugal se tornará um importante ponto de referência para o turismo no futuro.
Por sua vez, o presidente da Comissão de Turismo de Zanzibar disse que a ilha está pronta para receber os turistas portugueses. O responsável deu conta que, em relação aos mercados emissores os principais são de Itália, França, Polónia e de países de língua alemã. Acredita que, com este charter agora de Portugal o número de turistas portugueses anualmente na ilha possa chegar aos três mil/quatro mil, e chegar ao top 10 do número de entradas de turistas internacionais.
Rahim Bhaloo assumiu a disponibilidade da comissão para oferecer todo o suporte e garantir uma experiência gratificante aos visitantes portugueses em Zanzibar.
Com a entrada de Zanzibar no seu portefólio, a Solférias consolida a sua operação charter para o continente africano, após o sucesso que tem sido a sua programação para o Senegal que começou o ano passado. Respondendo a uma pergunta feita pelo Publituris, Nuno Mateus sublinhou que “o ADN da Solférias começa com a África, basta recordar que a primeira operação charter que foi lançada na Solférias foi a Boavista e depois o Sal, e neste momento temos 19 charters por semana nos quais dois não são no continente africano que são Porto Santo”.