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Nova edição abril: Estrelas que contam para o sucesso dos hotéis

Na Publituris Hotelaria de abril damos conta das Estrelas Michelin que contam para o sucesso dos hotéis, num especial onde os profissionais do setor referem a contribuição destes galardões para a operação hoteleira.

Carla Nunes
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Nova edição abril: Estrelas que contam para o sucesso dos hotéis

Na Publituris Hotelaria de abril damos conta das Estrelas Michelin que contam para o sucesso dos hotéis, num especial onde os profissionais do setor referem a contribuição destes galardões para a operação hoteleira.

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Na Publituris Hotelaria de abril damos conta das Estrelas Michelin que contam para o sucesso dos hotéis, num especial onde os profissionais do setor referem a contribuição destes galardões para a operação hoteleira.

De acordo com os entrevistados, os restaurantes com Estrelas Michelin trazem não só posicionamento e prestígio aos hotéis onde se inserem, como também novos públicos, que viajam pelo mundo à procura de novas experiências. Do lado dos chefs à frente destes espaços de restauração, as opiniões dividem-se sobre o facto de as estrelas influenciarem, ou não, o seu trabalho, sendo que todos são unânimes de que é apenas uma questão de tempo até a restauração portuguesa ser premiada com a tão almejada terceira estrela.

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No dossier deste mês, o destaque vai para a oferta de F&B. Apesar do aumento dos custos nas matérias-primas, os fornecedores para o canal Horeca continuam a apostar em novas soluções para dar resposta ao setor: seja através de produtos para segmentos específicos deste canal – como opções italianas, asiáticas ou bebidas vegetais para baristas – seja no desenvolvimento de linhas de soluções alimentares prontas a servir.

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No capítulo “Fala-se”, a edição deste mês dá conta da remodelação do Tivoli Marina Vilamoura, que após encerrar para obras durante dois meses abre portas empenhado na captação de novos públicos. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o diretor da unidade, Hugo Gonçalves, antecipa a contratação de 40 a 45 novos trabalhadores após esta renovação, com o objetivo de “posicionar o hotel” num segmento mais elevado.

Segue-se o XIX Congresso da ADHP, que este ano decorreu a 30 de março no Palácio de Congressos do NAU Salgados Palace, em Albufeira. O evento, sob o mote “Gerir na Incerteza. Rethink the Future”, focou-se na dignificação do setor, onde foram debatidos, entre outros temas, o mercado de trabalho para o setor do turismo, a cibersegurança e a relevância da análise de dados para a hotelaria.

Destaque também para o ME Lisboa, a estreia da marca de luxo da Meliá na capital, com abertura prevista para 2024, e ainda para o Arts Hotel Porto Tapestry Collection by Hilton, que foi inaugurado no Porto após um investimento de 15,4 milhões de euros.

Na secção de “Management” é apresentado o Crowne Plaza Caparica Lisbon, “o maior investimento da DHM num único ativo”, que exigiu um investimento de 9,7 milhões de euros – onde não está incluída a aquisição do edifício.

Nos “Fornecedores” deste mês celebramos os 50 anos da Sogenave, que este ano espera uma faturação de mais de 200 milhões de euros.

Já na rubrica “Palavra de Chef” o destaque vai para Vittorio Colleoni, o mais recente chef-executivo do grupo hoteleiro PBH. Após passar por restaurantes como “Martín Berasategui” e “El Celler de Can Roca”, Vittorio Colleoni recebeu uma Estrela Michelin pelo trabalho desenvolvido no restaurante da família no Norte de Itália, o “San Martino”. Assume agora a chefia-executiva dos conceitos de restauração da PBH, a começar pelo menu da Tasca da Memória, o restaurante do hotel Wine & Books, onde pretende aliar o seu estilo de alta cozinha às tradições portuguesas. Em entrevista à Publituris Hotelaria, o profissional dá conta do seu percurso, da conquista da Estrela Michelin e do trabalho que já se encontra a desenvolver para o próximo projeto da PBH, o Wine & Books Porto.

A fechar, brindamos com as sugestões de Pedro Prado Lacerda, Quality & Marketing Manager na Salmon Distribution.

As opiniões desta edição pertencem a Sérgio Guerreiro (Nova SBE Westmont); Manuel Carvalho e Sousa (ISAG); Guilherme Costa; Marta Sotto-Mayor e Ana Jacinto (AHRESP).

*Para ler a versão completa desta edição da Hotelaria – em papel ou digital – subscreva ou encomende aqui.

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AHP aponta para aumento de preço médio nos hotéis em 2025

Com a generalidade dos hoteleiros inquiridos pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) a concordar com o aumento do preço médio por quarto em 2025, a associação refere que, mesmo assim, as perspectivas dos profissionais para este ano “revelam um otimismo moderado”. Antecipa-se que o mercado nacional continue a manter-se como um dos três principais mercados emissores para o setor, seguido por Espanha e pelo Reino Unido.

A generalidade dos hoteleiros inquiridos pela AHP para o estudo “Balanço 2024 / Perspetivas 2025” concorda que o preço médio por quarto (ARR, na sua sigla em inglês) será “melhor” este ano quando comparado com o de 2024, antecipando, por isso, crescer em receitas.

Tendo em conta a totalidade do ano de 2025, tanto os hoteleiros do Alentejo (87% dos inquiridos), como da Madeira (81%), Península de Setúbal (78%), da região Norte e Grande Lisboa (70%), Algarve e Açores (64%), Oeste e Vale do Tejo (57%) e da região Centro (55%) antecipam que o preço médio seja “melhor” este ano do que em 2024.

Por outro lado, quanto à taxa de ocupação, as opiniões dividem-se.

Os hoteleiros do Algarve (48%), Península de Setúbal (47%), Alentejo (45%) e Grande Lisboa (43%) antecipam uma taxa de ocupação “melhor” para a generalidade de 2025, face ao ano passado.

Já os inquiridos da Madeira e do Oeste e Vale do Tejo (50%), da região Centro (48%), dos Açores (44%) e do Norte (42%) antecipam uma taxa de ocupação “igual” a 2024.

Ainda quanto a este indicador, 48% dos hoteleiros apontam que a taxa de ocupação hoteleira será melhor no quarto trimestre de 2025, levando Cristina Siza Vieira, vice-presidente executiva da AHP, a afirmar que o terceiro e quarto trimestre de 2025 estão “em ascensão, sobretudo o quarto trimestre” por “força da organização de eventos e das alterações climáticas”, estas últimas com “impacto nas regiões de sol e mar”.

Eventos como o MotoGP e o European Le Mans Series, ambos a decorrer no Autódromo do Algarve entre outubro e novembro, são apontados como os que terão maior impacto na região, com a previsão de 200.000 e 10.000 participantes, respectivamente, de acordo com as entidades promotoras.

A vice-presidente da AHP refere ainda que haverá um aumento da procura senior no quarto trimestre de 2025, “com um crescimento interessante noutras regiões do país, e não apenas nos destinos de sol e mar”.

Mercados e principais desafios

Dos principais mercados para 2025, 83% dos hoteleiros esperam que Portugal se mantenha no seu Top 3 de mercados emissores. Segue-se Espanha, referido por 54% dos inquiridos como um dos seus principais três mercados, Reino Unido (39%), Estados Unidos da América (34%) e Brasil (32%).

A concorrência de outros destinos internacionais é vista como um dos principais desafios em 2025 para 68% dos hoteleiros, a par do aumento generalizado dos custos e da instabilidade política, ambos referidos por 52% dos inquiridos.

A escassez de mão-de-obra constitui um constrangimento em 2025 para 49% dos profissionais, seguida pela regulamentação europeia e obrigações de reporte (23%) e a capacidade do aeroporto de Lisboa (14%).

O inquérito “Balanço 2024 / Perspetivas 2025” foi realizado entre 2 e 31 de janeiro pelo Gabinete de Estudos e Estatísticas da AHP junto dos empreendimentos turísticos associados.

O estudo contou com uma amostra de 328 empreendimentos situados em Lisboa (21% dos inquiridos), Algarve (18%), região Norte (14%), Região Autónoma da Madeira (11%), Alentejo (10%), região Centro (9%), Oeste e Vale do Tejo (8%), Região Autónoma dos Açores (6%) e Península de Setúbal (3%).

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Aeroporto de Munique entra na temporada de verão com mais de 214.000 voos para 216 destinos em 68 países, incluindo Portugal

Entre as novidades para o verão de 2025, o Aeroporto de Munique destaca a nova rota que a Discover Airlines vai abrir para o Funchal, na ilha da Madeira, em Portugal.

O Aeroporto de Munique está a preparar-se para a temporada de verão IATA, que arranca no próximo domingo, 30 de março, e que decorre até 26 de outubro, ao longo da qual a infraestrutura vai contar com a operação de 73 companhias aéreas, que vão disponibilizar mais de 214.000 voos para 216 destinos em 68 países, incluindo uma nova operação para a Madeira, em Portugal.

“As companhias aéreas do Aeroporto de Munique estão a aumentar os seus serviços para incluir vários novos destinos”, lê-se num comunicado divulgado pela infraestrutura esta quarta-feira, 26 de março.

Entre as novidades, o Aeroporto de Munique destaca que a Cathay Pacific conta com quatro voos por semana entre Munique e Hong Kong, ligações que vão ser realizadas em aparelhos Airbus A350, enquanto a Discover Airlines abriu uma nova base de longo curso na infraestrutura, passando a realizar voos para Orlando, Windhoek e Calgary três vezes por semana com aeronaves Airbus A330 durante o período de verão.

Já a Lufthansa vai ter baseados em Munique os seus oito A380, passando a realizar nestes aparelhos os voos diários para Boston, Nova York/JFK, Los Angeles, Washington e Déli, enquanto Denver passa a contar com ligações neste avião a partir de 30 de abril.

“A maior companhia aérea da Alemanha também vai aumentar a frequência para Bangalore de três para cinco voos por semana e para San Diego de cinco vezes por semana para uma conexão diária. Tromsø, no norte da Noruega, que é servida todos os sábados, à hora do almoço, também será oferecida na programação de voos de verão pela primeira vez”, acrescenta o Aeroporto de Munique, na informação divulgada.

Na Europa, também a easyJet passa a voar duas vezes por dia desde Munique para  Roma-Fiumicino, a mesma frequência que, a partir de 30 de março de 2025, também a ITA passa a voar para Milão-Linate a partir do Terminal 2.

No final de maio, o Aeroportos de Munique vai ainda assistir à abertura dos voos da companhias aéreas charter Lumiwings e Universal Air para Foggia e Rimini, enquanto a italiana SkyAlps passa a ligar Munique a Mostar, na Bósnia-Herzegovina, duas vezes por semana.

Já a Transavia France vai abrir voos para Paris-Orly três vezes por semana a partir do início de abril e a escandinava SAS aumenta os seus voos para Copenhaga de um para dois voos diários.

No caso da Turquia, a Pegasus Airlines vai aumentar as suas frequências para Istambul-Sabiha Gökçen de 14 para até 25 voos semanais, enquanto a Discover Airlines passa a oferecer conexões para Bodø, na Noruega; Keflavik, na Islândia; Marraquexe, em Marrocos; e para o Funchal,  na ilha da Madeira, Portugal.

A partir de 30 de maio, Condor passa também a oferecer mais flexibilidade para viajantes corporativos, uma vez que vai disponibilizar voos diários de manhã e à noite entre Munique e Frankfurt, num total de até 120 partidas por semana, especialmente para destinos populares de férias de praia, como as ilhas gregas e as Ilhas Canárias.

Além da Europa e EUA, o Aeroporto de Munique vai também aumentar o número de ligações aéreas para o Extremo Oriente, uma vez que a Vietnam Airlines vai aumentar as frequências para Hanói de dois para três voos por semana a partir de julho, continuando a oferecer duas conexões por semana para Ho Chi Minh.

Já a EVA Air, que está a modernizar a frota de aviões Boeing 787, vai passar a voar sem escalas entre Munique e Taipei, em Taiwan, a partir de 17 de maio, disponibilizando três classe de bordo, concretamente Executiva, Económica e Económica Premium, inaugurando os voos de longa distância com esta configuração.

Já a Etihad Airways passa a voar duas vezes por dia para Abu Dhabi com a aeronave mais moderna da família Boeing na nova programação a partir de maio, enquanto a SCAT Airlines passa a voar três vezes por semana para Shymkent, no sul do Cazaquistão, tornando-se na “terceira companhia aérea a conectar o Aeroporto de Munique com a Ásia Central”.

Sobre o autorInês de Matos

Inês de Matos

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Atlântida WTA mostra aos seus clientes as funcionalidades da Atriis – Self Booking Tool

A Atlântida WTA Viagens fez, esta terça-feira, em Lisboa, uma detalhada demonstração a um grupo de empresas com quem trabalha, da Atriis – Self Booking Tool, plataforma de reserva e gestão de viagens corporativas, que visa promover maior eficiência, rentabilidade e satisfação dos clientes.

A Atlântida WTA Viagens assume que é das poucas agências a fazer a demonstração e integração desta ferramenta nas empresas acabando por ser uma ação inovadora e pioneira. Se muitas agências de viagens em Portugal ainda estão na fase do processo de aquisição da Atriis, “nós já estamos a implementá-la nas empresas e por isso muito avançados nesta matéria”, sublinharam.

Após a detalhada demonstração da Atriis – Self Booking Tool feita por Carla Gonçalves, do departamento de Innovation & Travel Experience da Atlântida WTA Viagens, Ricardo Caixinha, CEO da empresa, explicou ao Publituris que “convidámos empresas nossas clientes que estão disponíveis para uma digitalização e uma transformação do fluxo, bem como potenciais clientes que para verem a solução porque querem algo diferente daquilo que têm hoje em dia”.

Segundo Ricardo Caixinha, “tentamos perceber qual é a necessidade do cliente para que possa tirar o maior partido, disponibilizamos a plataforma completamente customizada de acordo com as suas políticas de viagens, os seus contratos com determinados fornecedores, e entregamos um produto chave na mão, e depois vamos fazendo a manutenção da solução juntamente com o cliente”.

A plataforma está neste momento completamente disponível para o mercado, assegurou o CEO da Atlântida WTA Viagens, reforçando que “é sempre customizada de acordo com as necessidades do cliente, em termos de conteúdos, mas está perfeitamente preparada para entregar aos clientes que a queiram utilizar”.

O que diferencia esta solução de outras já conhecidas no mercado, “é a componente gráfica, a forma fácil como se navega é uma das grandes mais-valias, mas acima de tudo, porque é muito rica ao nível de conteúdos, fazendo a comparação de diversas fontes, apresenta e garante ao cliente o melhor preço de mercado, quer em termos de voo, hotel, transferes ou aluguer de veículo, e depois é a capacidade de customização de uma política de viagens ao detalhe”, destacou Ricardo Caixinha.

A ferramenta está também associação à redução de custos e rapidez. O responsável considerou que “consegue unificar esses dois eixos. O cliente tem o produto disponível na sua mão, consegue fazer a sua pesquisa com a garantia do melhor preço de mercado, porque com as agregações de fornecedores que temos para cada produto garantimos que o cliente tem o melhor preço, não tendo a necessidade de desperdiçar o seu tempo em pesquisas em diversas fontes, congregando toda essa oferta numa plataforma única”, sem ser necessário instalação e podendo ser personalizável com o logo da empresa.

Para a Atlântida WTA Viagens foi um investimento grande, “e acima de tudo, de tempo, porque para chegarmos a um resultado destes já estamos a trabalhar na solução há seis meses, para a customizar e garantir os testes de carga para garantir uma resposta ao cliente dentro daquilo que foram os parâmetros de pesquisa” apontou, para avançar que “vai exigir também investimento a médio e longo prazos de forma a continuarmos a enriquecer em termos de produto e garantir que o ciente continua satisfeito com a sua utilização”.

Os clientes da agência de viagens têm também associado um investimento inicial, mas na verdade, “pode não ser uma obrigação desde que garanta um mínimo de transações na plataforma”. No entanto, no geral, “será sempre um investimento relativamente baixo face ao que conseguir extrair, aos desperdícios de tempo e dos custos que tinham ao comprar de forma desagregada”, já que esta “solução permite um ecossistema completamente controlado, e tudo isso são ganhos, ou seja, um investimento que vale muito a pena”, concluiu.

Refira-se que Atriis – Self Booking Tool que a Atlântida WTA Viagens apresentou esta terça-feira está agregado, na parte aérea, aos sistemas de reservas da Travelport, Amadeus e Sabre, e ao NDC das companhias aéreas que já fizeram a sua integração, e na parte hoteleira, aos conteúdos dos bed banks, da Booking.com, Expedia, e dos próprios hotéis.

A Atriis capacita as TMCs e empresas a otimizar viagens, cortar custos, melhorar experiências e alcançar uma gestão global de viagens sustentável e eficiente. Por outro lado, combina conteúdo rico multicanal, um Marketplace global partilhado e uma interface intuitiva numa plataforma construída para atender às necessidades completas dos agentes e viajantes corporativos de hoje, ao mesmo tempo que corta as complexidades operacionais e lacunas de conteúdo que aumentam os custos.

Assim, a Atriis fornece a tecnologia que permite que empresas que gerem viagens (TMCs) e clientes corporativos controlem todas as suas necessidades de viagem de forma rápida, intuitiva e económica, oferecendo uma panóplia de companhias aéreas inclusive as low cost, uma grande variedade de inventário de hotéis, de empresas de rent-a-car e de transferes, bem como reservas de viagens de comboio.

 

Sobre o autorCarolina Morgado

Carolina Morgado

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DUO Hotel Lisbon, Curio Collection by Hilton
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Portugal é o terceiro destino mais atrativo para investimento hoteleiro na Europa

O European Hotels Investor Intentions Survey 2025, desenvolvido pela CBRE, aponta Portugal como o terceiro destino mais atrativo para investimento hoteleiro na Europa, a par do Reino Unido. Lisboa entra pela primeira vez neste ranking, sendo considerada como a quarta cidade mais atrativas para investimento no setor, precedida por Londres, Madrid e Roma.

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Portugal chegou ao Top 3 de destinos mais atrativos para investimento hoteleiro na Europa, ocupando o terceiro lugar no ranking, a par de países como Espanha, em primeiro lugar, e Itália, em segundo lugar no pódio.

A cidade de Lisboa entra pela primeira vez neste ranking, ocupando o quarto lugar de cidades mais atrativas para investimento na indústria hoteleira.

Os dados são explanados no European Hotels Investor Intentions Survey 2025, desenvolvido pela CBRE, no qual é referido que os investidores demonstram “um otimismo crescente face ao desempenho do setor hoteleiro europeu”, com mais de 90% a planear manter ou aumentar a alocação dos investimentos.

“Embora os inquiridos prevejam que a situação geopolítica será o principal desafio para o investimento em 2025, a confiança no mercado hoteleiro europeu continua a crescer. Mais de 90% dos investidores estão dispostos a manter ou a aumentar a alocação de capital ao setor. O setor oferece retornos competitivos e o sentimento otimista dos investidores permanece, com boas perspectivas de rentabilidade e um desempenho superior relativo em relação a outras classes de ativos como principais razões para aumentar a sua alocação a hotéis”, refere a CBRE em nota de imprensa.

Espanha continua a ser o principal destino de investimento pelo segundo ano consecutivo, seguido por Itália, que este ano ultrapassou o Reino Unido pelo segundo lugar do ranking.

Se em Espanha o investimento é “apoiado pelos fundamentos do mercado a longo prazo e pela procura turística sustentada”, o crescente interesse no setor hoteleiro italiano “é generalizado, impulsionado pela oferta diversificada de hospitalidade do país e pelo surgimento de um novo grupo de hotéis de classe internacional”.

Com Portugal e o Reino Unido a partilharem o terceiro lugar, França e Grécia mantiveram o quarto e quinto lugar, respetivamente.

Ao nível de cidade, Londres continua a ser a principal escolha para investimento. Madrid solidificou o estatuto de segunda cidade mais atrativa para o investimento hoteleiro, com Roma a completar o Top 3 de cidades, subindo da quarta posição alcançada em 2024. Lisboa e Barcelona completam o Top 4 e 5, respetivamente.

De acordo com o estudo da CBRE, os investidores continuam a procurar o produto urbano, com 65% dos inquiridos a considerarem as cidades de entrada como os locais mais atrativos, dado “o seu estatuto como centros de procura a longo prazo, apoiados por viagens de negócios e de lazer resilientes”.

No mesmo estudo, 12% dos inquiridos afirmaram que as cidades secundárias são as oportunidades de investimento mais atrativas, “impulsionadas pela crescente confiança nos mercados turísticos emergentes, que são apoiados por infraestruturas melhoradas e mudanças nos padrões de viagem”.

“O atual desequilíbrio entre a oferta e a procura em toda a Europa continua a ser um fator-chave para o
setor”, refere Kenneth Hatton, diretor de hotéis europeus da CBRE. “Estamos a ver propostas fortes
de potenciais compradores que procuram adquirir os melhores ativos, refletidos nos volumes de
investimento hoteleiro do ano passado, que aumentaram 34% em relação a 2023, o maior aumento anual
para qualquer setor na região”.

Já Duarte Morais Santos, diretor de hotéis da CBRE Portugal, afirma que “o setor hoteleiro português tem vindo a consolidar a sua posição como um dos mais dinâmicos da Europa, impulsionado por um turismo resiliente e por um mercado cada vez mais sofisticado. O facto de Portugal ter subido quatro posições neste ranking reflete o reconhecimento da sua robustez e do potencial de crescimento sustentável”.

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Rotas para Fortaleza e Recife são novidade na operação da Iberia para o inverno

Os voos da Iberia para Recife arrancam a 13 de dezembro, com três frequências semanais, que aumentam para cinco a partir de fevereiro de 2026, enquanto a rota para Fortaleza tem início a 19 de janeiro de 2026, igualmente com três frequências semanais que aumentam para quatro a partir de fevereiro.

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A Iberia anunciou que, no próximo inverno, vai abrir três novas rotas de longo cursos, duas das quais com destino ao Brasil, concretamente Fortaleza e Recife, anunciou a companhia aérea, em comunicado.

Os voos da Iberia para Recife arrancam a 13 de dezembro, contando com três frequências semanais, que aumentam para cinco a partir de fevereiro de 2026, enquanto a rota para Fortaleza tem início a 19 de janeiro de 2026, igualmente com três frequências semanais numa fase inicial, aumentando para quatro a partir de fevereiro.

Ambas as rotas para o  Brasil vão ser realizadas nos novos aviões A321XLR da companhia aérea, que têm capacidade para transportar 182 passageiros em classe executiva e económica.

“Acreditamos que o Brasil tem um grande potencial, além das grandes cidades que já atendemos. Com a adição dos novos A321XLRs, podemos explorar novas rotas através do Atlântico, avaliar a sua aceitação e gradualmente adaptar a oferta à procura”, afirma María Jesús López Solás, diretora Comercial, de Desenvolvimento de Rede, Alianças e Clientes da Iberia.

Recorde-se que a Iberia já conta com duas rotas com destino ao Brasil, concretamente São Paulo e Rio de Janeiro, nas quais a companhia aérea disponibiliza 14 e cinco frequências semanais, respetivamente.
As novas rotas, considera Marcelo Freixo, presidente da Embratur, vão ajudar o Brasil a receber um maior número de turistas espanhóis, mercado que, segundo o responsável, cresceu 13% no ano passado.
No total, a Iberia vai voar, ao longo do próximo inverno, para quatro destinos no Brasil, disponibilizando um total de 284.000 lugares entre Espanha e o país sul-americano.
Além de Fortaleza e Recife, a Iberia vai também abrir uma nova rota de longo curso para os EUA no próximo inverno, passando a ligar Madrid e Orlando quatro vezes por semana, a partir de 26 de outubro de 2026, num avião A330, com capacidade para transportar 254 passageiros.
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Operação da Transavia em Portugal conta com 2,5 milhões para o verão

A Transavia sublinha que, com a abertura das novas rotas Bordéus – Faro e Marselha – Funchal, Portugal volta a ser “um dos mercados top3 em desempenho da low-cost do Grupo Air France-KLM”.

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A Transavia vai disponibilizar, este verão, 2,5 milhões de lugares no mercado português, num total de 21 rotas entre território nacional e França, Países Baixos e Bélgica, informou a companhia aérea low cost do Grupo Air France/KLM.

Num comunicado enviado à imprensa, a Transavia sublinha que, com a abertura das novas rotas Bordéus – Faro e Marselha – Funchal, Portugal volta a ser “um dos mercados top3 em desempenho da low-cost do Grupo Air France-KLM”, que conta com uma quota de mercado de 35% nas ligações entre Portugal e França.

“Portugal mantém-se um continuado caso de sucesso para a Transavia e, antes do verão, as nossas expetativas não podiam ser mais elevadas para um mercado que continua a ser o 1º para França, o 2º para as nossas operações globais e onde a nossa transportadora é uma das 5 principais companhias a operar localmente. As vendas estão a correr bem, com um ligeiro progresso na taxa de ocupação face a período homólogo de 2024, e a nossa oferta está a corresponder a estas ambições”, congratula-se Nicolas Hénin, Vice-presidente Executivo de Vendas e Marketing da Transavia France.

Na informação divulgada, a Transavia lembra que o último inverno foi “forte” e “sólido”, e contou com um reforço de oferta de 8% da transportadora, o que ditou que Portugal tenha sido um dos “mercados com melhor desempenho, com uma taxa de ocupação de 92%”.

Os resultados do último inverno em Portugal deixam a Transavia confiante quanto ao desempenho do verão de 2025, com a companhia aérea a indicar que espera que este período “seja bastante robusto” em termos de tráfego e taxa de ocupação entre Portugal e os mercados de origem da Transavia, França e Países Baixos, mas também de/para a Bélgica (Bruxelas).

A Transavia lembra ainda que as novas rotas Bordéus – Faro a partir de 18 de abril (2 voos/semana; segundas e sextas-feiras) e Marselha – Funchal a partir de 13 de Julho (1 voo/semana; domingos), ou o aumento da ligação Porto – Paris para até sete voos diários, são a prova de que a Transavia é uma “companhia aérea que aposta verdadeiramente em Portugal”.

 

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“Turismo da ONU tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”

Ministro do Turismo da Grécia, entre 2019 e 2021, Harry Theoharis apresenta-se como candidato a secretário-geral do Turismo da ONU (UN Tourism), juntamente com outras cinco personalidades. Em entrevista ao Publituris, Harry Theoharis admite que a experiência que viveu durante os anos da pandemia funcionará como um “espelho” do que poderá e deverá fazer à frente da organização que, segundo o próprio, “tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante”.

Victor Jorge

Candidato a substituir o atual secretário-geral do Turismo da ONU, Zurab Pololikashvili, o grego Harry Theoharis, quer que “os Estados-Membros compreendam e reconheçam o valor e queiram envolver-se para reforçar a relevância do Turismo da ONU [UN Tourism]”. Para tal, referiu ao Publituris, “é preciso que a organização crie mais valor para os seus Estados-Membros”. No que diz respeito à problemática dos recursos humanos, o candidato admite que “não podemos fazer uma coisa de cada vez, mas encontrar uma solução para que todas estas questões possam ser abordadas de forma conjunta”. Já quanto à tecnologia e, mais concretamente, à Inteligência Artificial, o engenheiro de software de formação salienta que, “utilizando-a, pode remover a incerteza”. Relativamente ao excesso de turismo, admite que a “Europa turística até tem medo de mencionar a palavra overtourism”.

É candidato a secretário-geral do Turismo da ONU (UN Tourism). Qual é a sua visão global para o turismo no mundo, especialmente depois de sairmos de uma pandemia e com o turismo e as viagens a registarem uma recuperação?

O que vemos, se olharmos para o panorama global, é uma comunidade que tem de lidar com várias forças externas. Forças como a instabilidade geopolítica, guerras que interrompem, claro, o turismo.

Temos, após a COVID, um problema agudo de pessoal, de recursos humanos. Existem ainda problemas relacionados com garantias de que os benefícios do turismo chegam aos níveis mais baixos da sociedade e que todos recebam uma parte justa no setor turístico e para que, ao viajar, o dinheiro gasto pelos turistas chegue também à comunidade local, e não fique apenas fora do país ou limitado às grandes empresas.

Assim, enfrentamos desafios que vêm do passado, bem como novos desafios que parecem ser moldados por eventos inesperados. Além disso, há que contar, igualmente, com as mudanças de longo prazo, relacionadas com o digital, o ambiente, os imperativos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas, que moldam o nosso pensamento e que, cada vez mais, devem moldar as nossas ações nos anos vindouros.

Mas há que relembrar, também os desafios da resiliência que ainda nos assombram. Talvez porque avançámos muito lentamente na transição que precisávamos de fazer. Agora, vemos um risco crescente de colapso das comunidades, cheias, incêndios, entre outros desastres.

E, como resultado, precisamos de mobilizar financiamento e redes de apoio para reativar as comunidades e os negócios.

Mas aprendemos alguma coisa com a pandemia?
Sim, que não conseguimos fazer isto sozinhos, que temos de nos unir. A menos que nos unamos, não conseguiremos crescer.

Mas quem tem de se unir? O setor público e o privado? Dentro do país, dentro de continentes, entre continentes?
Bem, tudo o que mencionou. São apenas diferentes dimensões de unidade. No que diz respeito ao Turismo da ONU (UN Tourism), temos de unir os Estados-Membros, perceber as economias de escala e os benefícios da cooperação em oposição aos benefícios da concorrência, e temos de enfatizar isso. Precisamos de unir o setor privado e o público.

Durante muito tempo houve um desfasamento entre ambos. Precisamos de unir as indústrias. As indústrias da saúde e do turismo, por exemplo, tiveram de unir forças e encontrar soluções para problemas que nunca imaginaram enfrentar.

Porque estão interligados.
Sim, podem estar e deveriam estar. Ou seja, se não estão, porque não é necessário, tudo bem. Mas quando surge o risco e se concretiza, quando o inimigo está à porta, temos de nos unir e enfrentá-lo. Estou certo de que enfrentaremos problemas semelhantes no futuro. Por isso, precisamos, pelo menos, de encontrar modos de discutir, concordar e cooperar e tê-los prontos para quando for necessário.

Mas trata-se de uma questão de dinheiro ou apoio financeiro?
O apoio financeiro é um dos aspetos, claro. Durante a COVID, a Grécia, por exemplo, apoiou as Pequenas e Médias Empresas (PME), pagou os salários dos trabalhadores e, ao mesmo tempo, não permitiu que as empresas despedissem.

Agora, isso pode ser criticado por alguns, mas quando reabrimos, essas empresas – desde os aeroportos até às PME – não estavam à procura de funcionários como outros países. Assim, quando viajava para Atenas, tínhamos pessoas a trabalhar no turismo, nos hotéis, nos aeroportos. Estavam de prevenção e não podiam ser despedidos, por isso foram retomados imediatamente, ao contrário do que aconteceu, por exemplo em Schiphol [aeroporto de Amsterdão] ou Heathrow [aeroporto de Londres]. E esta foi uma das razões pelas quais a Grécia recuperou muito mais rapidamente do que outros países.

Portanto, uma das coisas que precisamos de fazer é perceber que tivemos uma grande “experiência natural” com a COVID e que muitos países usaram modelos diferentes. Vamos avaliar o que funciona melhor e o que funciona pior para formar o nosso pensamento e visão. Além disso, precisamos de cooperar com a academia que nos poderá ajudar enormemente.

 

Precisamos de unir o setor privado e o público. Durante muito tempo houve um desfasamento entre ambos. Precisamos de unir as indústrias. As indústrias da saúde e do turismo, por exemplo, tiveram de unir forças e encontrar soluções para problemas que nunca imaginaram enfrentar

 

Antes de abordar pontos sobre comunidades locais e tecnologia, a sustentabilidade também é uma grande preocupação para o turismo. Que políticas específicas propõe para promover mais sustentabilidade ou práticas sustentáveis no setor do turismo?
Temos de cooperar com a academia, os praticantes, os consultores, os implementadores no terreno, e com os Estados-Membros para encontrar as melhores práticas. Precisamos de criar centros de conhecimento específicos e hubs de excelência e, em torno desses hubs, desenvolver um ecossistema de pessoas que copiem e adaptem os modelos bem-sucedidos, os transformem em produtos, porque precisam de os vender.

Precisamos de convencer um hoteleiro de que, se implementar práticas sustentáveis em todos os aspetos, terá algo a ganhar.

Mas é preciso agir. Ou seja, menos teoria e mais prática?
Exatamente. E, para isso, precisamos de disponibilizar às empresas os meios para beneficiarem financeiramente desta transição e deixar de fazer o que temos vindo a fazer que é dar prémios, dizer que este é melhor, aquele é pior. Chegámos ao momento de ganhar escala, de copiar e transferir conhecimento e know-how. No fundo agir e como disse deixar a teoria e passar à prática.

Falando de ESG (Environmental, Social and Governance – Ambiental, Social e Governança), um grande fator na sustentabilidade é o transporte.
Sim, claro. É fundamental.

Então concordará que, por exemplo, no que diz ao transporte aéreo, existe um problema. Todos querem ser sustentáveis, ou pelo menos, mostrar que cumprem as regras da sustentabilidade, mas depois as companhias aéreas são confrontadas com a realidade de não conseguirem porque não há SAF?
Pois viajar sem transportes é impossível. De facto, precisamos de cooperar com instituições multilaterais. Estamos numa fase em que o SAF (combustível sustentável para aviação) pode ser viável se as políticas públicas o permitirem. Se criarmos um mercado, ele encontrará formas de ser eficiente e, eventualmente, tornar-se-á mais eficiente do que o atual regime. Isso exige políticas públicas que incentivem investimentos em infraestrutura para atingir essas metas a médio e longo prazo.

Então, como é que se cria o mercado?
Bem, estabelece-se uma obrigação e determina-se que 1%, 5%, 10% do combustível tem de ser SAF. A partir do momento que se define que dentro de 10 anos, uma certa percentagem do combustível tem de ser SAF, posso investir numa refinaria para que, dentro de 10 anos, consiga fornecer o necessário.

Cria-se a infraestrutura para isso. Assim que essa infraestrutura está pronta, tenho clientes garantidos pela política pública.

Portanto, nesse sentido, este é um campo que não se pode enfrentar sozinho. Terá de haver, obrigatoriamente, uma colaboração e cooperação entre a IATA, a ICAO, a UE e outras instituições, para que se possa discutir as implicações e perceber como introduzir essas iniciativas.

E quanto ao papel da tecnologia, da digitalização e da Inteligência Artificial (IA), que agora estão a transformar todos os setores, incluindo o turismo?
Bem, sou engenheiro de software de formação e trabalhei como tal durante 20 anos no setor privado antes de “acidentes” me levarem para a política. Por isso, gosto muito dessa área e tento ser um pensador positivo.

Na verdade, implementámos uma das melhores utilizações de IA durante a COVID na Grécia. Usámos a IA para direcionar os nossos testes. O que fizemos foi o seguinte: os viajantes tinham de preencher um formulário digital no dia anterior à sua viagem, indicando o meio de transporte – avião, carro, barco, etc. Com base nas respostas do formulário e nos dados públicos do país de origem, como as taxas de positividade, decidíamos se seriam testados ou não. Recebiam um código QR que indicava se estavam “verdes” [não precisavam de teste] ou “vermelhos” [precisavam de teste] e conseguimos ultrapassar esse desafio enorme. Entender as tendências dos países dois dias antes de as vermos refletidas nos dados públicos foi fulcral para não sermos confrontados com realidades difíceis vividos por outros países.

Ou seja, usámos a IA de uma forma muito positiva para permitir que o turismo existisse. Começámos em 2020 e conseguimos abrir o turismo nesse ano porque tínhamos confiança suficiente para convencer o nosso Primeiro-Ministro de que seria seguro fazê-lo.

Mas isso foi em 2020. Agora estamos em 2025 e temos de olhar para o futuro.
Olhando para o futuro, vejo muitas coisas a acontecer. A IA pode remover a incerteza, os problemas, as filas, todas as partes difíceis de viajar, permitindo que o foco esteja na essência da experiência, que é a interação humana.

Mas pode também reduzir postos de trabalho?
É verdade, esse é o lado negativo da questão. Mas deixe-me ser mais específico. A IA não vai reduzir o número de pessoas que trabalham, por exemplo, num spa, mas pode reduzir o número de agentes de viagens, porque basta dizer o que se pretende, e a IA cria um itinerário, reserva os bilhetes e apresenta opções personalizadas ao máximo – seja para crianças, seja para outra necessidade específica.

No entanto, existe um risco. Atualmente, o turismo beneficia tanto os países de origem como os de destino. Os países de origem têm agentes de viagens que trabalham para levar turistas da Dinamarca para a Grécia, Itália, França, Espanha ou Portugal. Por outro lado, países como a Grécia, França ou Espanha têm trabalhadores na indústria do turismo para receber esses viajantes.

O que acontece se a maioria das pessoas que perde o emprego for dos países de origem? Esses países podem, além de perder divisas, deixar de beneficiar económica ou fiscalmente com o turismo. Nesse caso, corremos o risco de que esses países fiquem hostis à ideia de promover o turismo, pois já não veem vantagens.

 

A IA pode remover a incerteza, os problemas, as filas, todas as partes difíceis de viajar, permitindo que o foco esteja na essência da experiência, que é a interação humana

 

E nos destinos?
Os destinos são muito mais imunes, porque a natureza do produto tem um toque pessoal.

A IA ou a robótica, que até pode ser utilizada, como a Internet of Things, poderá até substituir um empregado de mesa para nos trazer o prato à mesa, mas a IA não substituirá o chef, o sommelier, os profissionais de um spa. Ou seja, tudo o que são funções onde o toque humano, a personalização, são relevantes, estarão mais imunes.

A inclusão e a diversidade são também grandes questões no setor do turismo?
Bem, depende de onde estamos. Europa e EUA têm agora um grande diferencial nesse ponto.

Mas sim, são questões que estão a tornar-se cada vez mais importantes para o turismo.

Então quais as estratégias que propõe para estes aspetos?
Mais uma vez, penso que o Turismo da ONU (UN Tourism) precisa de ser um repositório de ideias. O que precisamos de fazer é observar os modelos dos diferentes países e analisar o quão bem-sucedidos são em garantir que a riqueza criada pela indústria do turismo – o valor do produto turístico – chegue aos níveis mais baixos das comunidades.

Com isso em mente, precisamos de avaliar o que funciona e o que não funciona, em todas as suas dimensões, os lucros, os salários, tudo.

Prefiro falar das coisas positivas e não das negativas em relação aos países. Por exemplo, na Grécia, temos uma oferta turística que vem de algumas grandes empresas, mas na sua grande maioria vem de PME. Como resultado, os habitantes das ilhas, por exemplo, onde estão essas PME, sentem os benefícios do turismo. Se fosse apenas um setor controlado por grandes empresas, seria necessário encontrar outra forma de abordar as preocupações.

E quanto ao overtourism? Como é que os diversos destinos podem e devem lidar com esta questão? Ou antes de mais, é mesmo uma questão?
É uma questão simples que merece uma resposta simples: sim.

Contudo, existem dois aspetos nessa questão. Um é o das filas intermináveis, demasiadas pessoas, esperas para visitar um museu, um local cultural, simplesmente passear numa cidade ou vila. Isto é algo que já existia no passado, não é novo. Pode ser gerido melhor ou pior, e às vezes fazemos isso bem, outras vezes nem tanto. Mas não penso que isto tenha mudado significativamente.

Existem ferramentas para minimizar esses efeitos, mas é preciso utilizá-las e utilizá-las bem. Podemos usar proibições administrativas diretas, podemos aplicar taxas, podemos investir em infraestruturas. Mas uma coisa é certa, hoje temos várias ferramentas para gerir melhor os fluxos e os destinos.

O que acho que mudou realmente nos últimos meses e anos, especialmente após a COVID, é que, com o advento do Alojamento Local, o mercado imobiliário estreitou a sua ligação ao mercado turístico. Antes, eram mercados desconectados. Tinha-se um terreno e decidia-se: construo um hotel ou casas? Se fossem casas, eram casas. Se fosse um hotel, era um hotel. Agora, pode-se ter um apartamento no centro de Atenas e escolher: alugo-o a longo prazo (para habitação) ou alugo-o a curto prazo para Alojamento Local? Neste último caso, pode mudar-se essa escolha várias vezes ao longo do ano. O mercado da habitação é social e politicamente sensível, e afeta questões que muitos países regulam.

Penso que esta mudança recente fez com que as pessoas começassem a ver o produto turístico e os turistas como rivais da população local. E precisamos de encontrar formas de resolver isso.

Neste momento, a Europa turística até tem medo de mencionar a palavra overtourism (excesso de turismo). Precisamos de olhar para as questões, resolvê-las e geri-las.

Se não se falar do problema, não se pode resolver?
Não, e o problema é que será resolvido por outros que não pertencentes ao setor do turismo. Isto porque qualquer Governo não vai esperar pela ONU Turismo para fazer alguma coisa ou esperar por qualquer sugestão ou conselho. E isto acontecerá na Grécia, em França, Portugal, onde também já existe este problema, ou outro qualquer destino confrontado com esta realidade.

Há que agir para que o turismo seja algo presente e relevante ou um problema, mas a solução irá surgir. Por isso, é melhor que os decisores do turismo se tornem relevantes nesta solução e que evitem passar muito tempo com manobras de “tentativa e erro” até que encontrem uma solução.

 

Neste momento, a Europa turística até tem medo de mencionar a palavra overtourism (excesso de turismo). Precisamos de olhar para as questões, resolvê-las e geri-las

 

Há pouco abordou outra questão problemática que está relacionada com o emprego e os recursos humanos. Todos sabemos que a pandemia retirou pessoas ao turismo que, em muitos casos, não regressarão. Como atrair essas pessoas que saíram e novas pessoas para o turismo? Melhores salários, melhores condições de trabalho?
Bem, em parte está a dar a resposta, mas há muito mais a considerar. Uma das coisas fundamentais a fazer é olhar um pouco para trás e perceber que não demos as melhores condições às pessoas que trabalhavam no turismo. É um facto, temos de reconhecê-lo e não escondê-lo.

Não tenho dados para me pronunciar sobre Portugal, mas de certeza aconteceu o mesmo que no meu país [Grécia], em Espanha, Itália ou França.

Em segundo lugar, é preciso encontrar formas de resolver esta questão e rapidamente. Até porque sabemos que esta questão está intimamente ligada ao problema da imigração.

É difícil encontrar pessoas nos próprios países para trabalhar no setor e isso estrangula os negócios que, no fim, se viram para outros países para colmatar essas lacunas de pessoal.

Depois temos o problema grave de todas estas questões se misturarem ao nível da discussão política, na maioria das vezes, de forma incorreta. Por isso, precisamos de encontrar soluções inovadoras. Tenho algumas ideias que, neste momento, ainda não estou em condições de partilhar, uma vez que precisamos de desenvolvê-las e necessitam de uma abordagem cuidada, mas efetiva, com os Estados-Membros.

O que posso dizer é que precisamos de delinear planos de carreira para os mais jovens em muitas regiões do mundo para que possam ter sucesso no turismo no seu próprio país em vez de se verem obrigados a emigrar para outros países. Além disso, é preciso controlar e gerir a migração das pessoas para encontrar melhores condições em destinos desenvolvidos.

Uma coisa é fazê-lo em destinos emergentes, outra é fazê-lo em destinos consolidados e maduros. Assim, penso que não podemos fazer uma coisa de cada vez, mas encontrar uma solução para que todas estas questões possam ser abordadas de forma conjunta.

E como é que a sua experiência como ministro do Turismo da Grécia moldou a sua abordagem para liderar a ONU Turismo? Quais lições de carreira aplicaria na nova função?
Fui um ministro muito ativo, por isso, compreendo como é que as coisas funcionam. Fui ministro do Turismo entre 2019 e 2021 e a experiência que tive durante esses anos, principalmente, durante as dificuldades e desafios da pandemia funcionam como um “espelho” do que poderei fazer no Turismo da ONU.

Além disso, liderei a Comissão da ONU Turismo para a Europa e renovei a posição do meu país no Conselho Executivo. As discussões sobre a Carta dos Direitos dos Turistas estavam bloqueadas até que pedi para liderar as discussões. E foram desbloqueadas e finalmente chegámos a uma solução comum e a um acordo entre todos os países.

Como presidente dessa Comissão, fiz parte do comité de crise da COVID, pedi a criação de um comité técnico de crise para a COVID e tracei um plano para encontrar soluções. O certificado digital e todas as iniciativas que tivemos na Europa também foram apoiadas pelo trabalho do LabCom.

Portanto, vi como as funcionam e penso que tenho uma boa ideia do como devem funcionar. Em segundo lugar, tenho uma grande experiência em reformas no meu país, fui chefe da administração fiscal e consegui levar a cabo um processo de reformas, tornando-a independente do Ministério das Finanças durante os anos mais difíceis da Troika, de modo a transformá-la, digitalizá-la e torná-la mais eficiente de modo a combater a evasão fiscal.

O que quero dizer com isto é que tenho uma grande experiência na gestão de crises.

Finalmente, trabalhei com diversas instituições do setor público, trabalhei com o universo privado durante 20 anos, em pequenas start-ups, grandes empresas, em Londres. Por isso, toda esta experiência acumulada servirá e será posta em prática para reformar a organização [UN Tourism].

 

O principal indicador de sucesso (KPI) é que os Estados-Membros compreendam e reconheçam o valor e queiram envolver-se para reforçar a relevância da organização [Turismo da ONU]

 

É essa a grande questão: reformar o Turismo da ONU?
Sim, sem dúvida. O Turismo da ONU tem de trabalhar de forma mais transparente, eficiente e relevante.

Nestes três aspetos, é preciso desenvolver muito trabalho. Fundamentalmente, é preciso que a organização crie mais valor para os seus Estados-Membros.

A organização não deve existir apenas para sua própria existência, mas pelo valor que cria para os membros.

Se for eleito, que indicadores-chave de sucesso gostaria de ver avaliados, por exemplo, no final do primeiro mandato?
A esperança é que, no final do primeiro mandato, vejamos todos os 160 Estados-Membros mais envolvidos, que todos eles se candidatem a integrar o Conselho Executivo, que todos queiram fazer parte desta organização. Penso que esse será o principal indicador de sucesso (KPI): que os Estados-Membros compreendam e reconheçam o valor e queiram envolver-se para reforçar a relevância da organização [Turismo da ONU].

Para isso, o primeiro passo é a transparência. É necessário que haja capacidade de voto. Sou político, tenho de responder às críticas dos meus eleitores. Eles votaram e uma das coisas que querem saber é se o dinheiro – o dinheiro deles – que damos à ONU Turismo está a ser bem gasto e a produzir resultados. Caso contrário, não vale a pena o investimento, mais vale sair da organização. Não acredito que seja esse o caso [o de existirem Estados-Membros que queiram sair], mas tenho de ser capaz de explicar isto tudo com números aos meus eleitores e aos países-membros que apoiam a próxima liderança do Turismo da ONU.

A mensagem que quero deixar é que acredito que, em pouco tempo, podemos reconstruir uma organização da qual nos orgulhamos e estou comprometido em concretizar isso. Acredito que não haverá um único país, entre os Estados-Membros, que não concorde que é isto que querem: fazer parte de uma organização de que se orgulham. E estou disposto a dedicar a minha resistência, a minha energia, a minha capacidade intelectual e todas as minhas competências para concretizar esse sonho, porque acredito nele.

Nota: Os candidatos oficialmente proclamados são Muhammad Adam, do Gana; Shaikha Al Nowais, dos Emirados Árabes Unidos; Habib Ammar, da Tunísia; Gloria Guevara, do México; Harry Theoharis, da Grécia; e o atual secretário-geral, Zurab Pololikashvili, da Geórgia.

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A entrega dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL” em vídeo

Recorde a entrega dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025” em menos de 3 minutos.

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Dos 89 nomeados para a 13.ª edição dos “Portugal Trade Awards by Publituris @BTL 2025”, o jornal Publituris entregou, no primeiro dia da BTL – Better Tourism Lisbon Travel Market 2025, prémios aos 15 vencedores.

Assim, os vencedores desta 13.ª edição foram:

Melhor Operador Turístico – Solférias
Melhor Agência Corporativa – Cosmos
Melhor Consolidador – Consolidador.com
Melhor DMC – Abreu Events
Melhor Distribuidor B2B – Abreu Online
Melhor GSA Aviação – AT
Melhor Sistema Global de Distribuição – Travelport
Melhor Empresa de Gestão Hoteleira – Unlock Boutique Hotels
Melhor Empresa de Software de Gestão Hoteleira – Newhotel
Melhor Startup – Try Portugal
Melhor Consultoria e Assessoria em Turismo – Neoturis
Melhor Formação Turismo – Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril
Melhor Parceiro Segurador – SGS
Melhor Empresa de Organização de Eventos – GR8 events
Melhor Venue para Eventos e Congressos – MEO Arena

O prémio de “Personalidade do Ano”, atribuído diretamente pela redação do Publituris, foi entregue a Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo Vila Galé.

 

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Turistas estão lentamente a afastar-se dos Estados Unidos

Devido às políticas internas e externas de Donald Trump, o número de turistas que visitarão os Estados Unidos em 2025 será significativamente menor do que o esperado, de acordo com indicadores que preveem o pior. Só em Nova York, os cancelamentos de turistas canadianos, em fevereiro, registaram uma quebra de 23% face ao mesmo mês do ano anterior.

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Após decisões do presidente Donald Trump, cujo conteúdo irritou alguns visitantes estrangeiros e os fez temer um aumento nos preços e um dólar mais forte, espera-se que as chegadas de turistas estrangeiros aos Estados Unidos diminuam 5,1% em 2025 em comparação ao ano anterior, face à previsão de um aumento de 8,8%, de acordo com um relatório publicado no final de fevereiro pela Tourism Economics. Espera-se que seus gastos sejam 10,9% menores.

Desde esta publicação, “a situação piorou, e o resultado provavelmente será pior”, observou Adam Sacks, presidente da Tourism Economics, que vê esta situação como “consequências da antipatia em relação aos Estados Unidos”. Nas últimas semanas, o governo Trump impôs tarifas contra o Canadá, o México e a China e ameaçou impô-las contra a União Europeia. Ao mesmo tempo, agências governamentais foram fechadas ou tiveram os seus financiamentos cortados (Parques Nacionais, USAID), e milhares de funcionários públicos foram demitidos.

“A polarização causada pelas políticas e retórica do governo Trump desencorajará viagens aos Estados Unidos”, estima a Tourism Economics, citando também “pressão” para não organizar eventos como conferências e desportos. O Instituto do Fórum Mundial de Turismo (WTFI) prevê um “impacto significativo” nas chegadas internacionais, esperando uma “reformulação” do setor. Refira-se que cerca 35% dos moradores de 16 países europeus e asiáticos pesquisados ​​pela YouGov em dezembro estavam menos propensos a visitar os Estados Unidos sob o governo Trump.

Sem números ainda consolidados de 77,7 milhões de turistas estrangeiros eram esperados em 2024 (+17% face ao ano anterior), de acordo com o National Travel and Tourism Office (NTTO).

A Associação de Viagens dos EUA alertou no início de fevereiro que as tarifas alfandegárias afastariam os canadianos, o maior contingente de turistas estrangeiros no país (20,4 milhões em 2024).

Em Nova York, que recebeu 12,9 milhões de viajantes estrangeiros em 2024, o efeito já é percetível com cancelamentos de canadianos de operadoras de turismo e buscas online, explicou à AFP Julie Coker, presidente do NYC Tourism, que reviu as previsões.

“Ainda não conhecemos as reações da Europa ou do Reino Unido, porque é muito cedo”, observou ela, destacando que “estamos o monitorizar a situação de perto”. Mas as autoridades britânicas e alemãs acabaram de alertar os seus cidadãos para que sejam extremamente vigilantes em relação aos seus documentos de viagem, citando o risco de prisão.

Por outro lado, os profissionais do setor nos EUA temem os efeitos em grandes eventos como a Ryder Cup (2025), o Mundial de Futebol (2026) e as Olimpíadas de Verão em Los Angeles (2026).

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Companhias aéreas preveem 246 milhões de assentos para o verão em Espanha

As companhias aéreas estimam um aumento de 6% nos assentos para este verão de 2025, em Espanha. Isto fará com que o número suba para 246 milhões de assentos.

Victor Jorge

A Associação das Linhas Aéreas (ALA) espanhola prevê um verão de recordes, com uma oferta prevista de assentos entre abril e outubro de 246 milhões, um aumento de 6% face ao operado no verão de 2024, que já tinha sido um recorde.

A evolução positiva do tráfego aéreo ao longo do ano até agora, com 39,8 milhões de passageiros acumulados nos meses de janeiro e fevereiro de 2025, representando um aumento de 5% face ao mesmo período do ano anterior, antecipa um ano “muito favorável”, admite a ALA.

No entanto, o presidente da ALA, Javier Gándara, mostrou-se cauteloso face aos fatores externos que poderiam influenciar o bom desempenho do tráfego aéreo, como a evolução da atual situação económica e geopolítica instável, marcada por conflitos bélicos.

“Levamos dois anos consecutivos de crescimento, batendo sucessivos recordes. Este ano começámos com números superiores aos de 2024 e esperamos um verão com mais tráfego do que no ano passado”, refere Javier Gándara no site da ALA.

Assim, reconhece o presidente da associação espanhola, “se nenhum fator externo alterar esta tendência, poderemos terminar o ano com um novo recorde. Esta tendência ascendente do tráfego demonstra a vontade das pessoas de viajar e de recuperar os anos perdidos devido à crise sanitária”, salientou Gándara.

Entre as regiões espanholas, destacam-se as Canárias, com um aumento de 11% na capacidade, quase o dobro da média.

Relativamente às operações previstas para a época de verão, estima-se um total de 1,4 milhões de voos, um acréscimo de 0,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Um dos riscos apontados por Gándara para não se alcançar os números previstos é a “possível congestão na gestão do tráfego aéreo a nível europeu”, com as consequentes demoras nos voos. Nesse sentido, o presidente da ALA explica que se prevê um verão “complicado” devido à recuperação dos níveis de tráfego pré-pandemia nos países vizinhos.

“No verão passado, os atrasos em rota devido à congestão do tráfego aéreo na Europa aumentaram mais de 50%. É imperativo que esta situação não se repita este verão”, concluiu Gándara.

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