Formentera quer cativar mais o mercado portugueses
A ilha de Formentera, nas Baleares, que recebe anualmente 500 mil visitantes, não revelou o número de turistas portugueses que chegam ao destino todos os anos, mas avança que teve, em 2022, um aumento de 17% face a 2019, e o objetivo é que em 2023, a subida seja de 25% comparativamente ao ano passado.
Carolina Morgado
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Esta é a convicção de Fernando Valmaseda, diretor de estratégia e comunicação de Formentara que, num almoço esta terça-feira com jornalistas em Lisboa, apresentou as potencialidades e os atrativos da pequena ilha das Baleares, que aposta em cativar ainda mais os turistas portugueses, que já são o quarto mercado emissor em paralelo com vários outros após a pandemia, depois dos espanhóis, italianos e alemães.
O objetivo é que o número de entradas de turistas portugueses em Formentera consolide a sua quarta posição, adiantando-se aos restantes mercados emissores que se seguem. Daí esta apresentação em Lisboa antes da BTL, a primeira este ano fora de Espanha.
“Ilha de amanheceres e entardeceres”, onde a luz é uma atração e o sol lhe dá uma tonalidade diferente a cada hora do dia, foi como Valmaseda caracterizou o destino turístico, “ilha pequena, mas com alma” ou mesmo “de muitos segredos que cada visitante pode guardar ou partilhar”, e até “para parar no tempo”. Existe até uma lenda que diz que os piratas guardavam os seus tesouros em Formentera e, ao fim de anos de busca dessas relíquias, chegou-se à conclusão de que, “o verdadeiro tesouro era a própria ilha”.
Para se chegar a Formentera só é possível de barco pois a ilha não possui aeroporto “e nunca o terá”, afiançou o responsável, que deu conta que, numa lógica de sustentabilidade, entre 15 de junho a 15 de setembro, existe um controlo do número de entradas de veículos. Ali não entram autocaravanas porque não existem parques de campismo, nem instalações apropriadas para tal. “Muito boa para ser descoberta em bicicleta”, disse o diretor de estratégia e comunicação.
A natureza, as suas águas de um lado bravias e do outro calmas são outros atrativos da ilha que tem uma oferta hoteleira apenas composta por dois grandes hotéis, sendo um em tudo incluído, mas que dispõe de várias camas em imóveis recuperados e que deram origem a boutiques hotéis com todos os tipos de serviços.
Formentera, de acordo com o responsável, composta por sete pequenas aldeias, está a recuperar o seu património histórico seja com as torres defensivas, seja com os castros ancestrais, a apostar na gastronomia com a recuperação das tradições antigas dos pescadores e das famílias, “tornando-se hoje uma ilha de referência gastronómica”, e começou a produzir vinhos já premiados a nível internacional. Ainda ao nível da recuperação do património, de destacar a reabilitação de moinhos para museus.
Para Fernando Valmaseda, a melhor maneira de terminar o dia em Formentera é observar as estrelas, num céu praticamente limpo o ano inteiro, numa ilha que também pode ser visitada em qualquer altura do ano, cujos produtos principais são as suas praias, as águas límpidas, com temperaturas que chegam aos 29 graus no verão, e os desportos aquáticos.
Infelizmente, Formentera recebe mais visitantes do que aqueles que pernoitam. “Chegam de barco de Ibiza, visitam a ilha e regressam ao final do dia”, disse o responsável, realçando que, “o que procuramos é que pernoitem e possam desfrutar todas as atrações que oferecemos”, para antes de concluir, revelar que, por tudo isso “somos cenário de vários filmes”.