Algarve no Top 3 de destinos tendência para 2023 da Mabrian
Depois de analisados mais de 700 destinos em todo o mundo, a Mabrian Techologies coloca o Algarve no Top 3 dos destinos que serão tendência para este ano de 2023 no que diz respeito à oferta turística, conectividade aérea e preços de alojamento.
Victor Jorge
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A região do Algarve aparece no Top 3 dos destinos tendência para este ano de 2023, de acordo com um relatório da Mabrian Technologies que analisa os destinos que serão tendência nos segmentos turismo ativo, natureza e bem estar devido ao seu posicionamento, oferta, conectividade e alojamento.
A consultora refere que 2022 será relembrado como “o ano da recuperação de muitos dos destinos tradicionais na Europa, Caraíbas e Médio Oriente”, salientando que “foi confirmada que a procura por viagens permaneceu intacta depois do levantamento das restrições de mobilidade”.
A Mabrian salienta, contudo, que “as motivações e interesses demonstrados pelos viajantes neste renascimento do turismo sofreram mudanças estruturais que afetaram as tendências e provavelmente continuarão no futuro”.
A análise da Mabrian teve por base a evolução global dos interesses de milhões de turistas e das interações espontâneas registadas na plataforma TripAdvisor, demonstrando como “o interesse pelas atividades turísticas relacionadas com a natureza, turismo ativo e de bem-estar aumentou claramente de importância desde 2019, numa tendência que parece continuar a crescer”.
Assim, embora os produtos turísticos tão populares como sol & praia ou experiências culturais, apesar de serem os principais interesses, estão a dar lugar a “novas atividades”.
Analisados que foram mais de 700 destinos em todo o mundo, a Mabrian identificou os 10 destinos que oferecem o melhor equilíbrio entre vários fatores: a importância do turismo ativo, a oferta de produtos de natureza e bem-estar, o crescimento de novas rotas aéreas e o recetivo de lugares para o este ano, bem como o preço médio de alojamento em hotel para os próximos meses.
No topo de lista aparece Bali, na Indonésia, destino que aumentou em 45% as novas rotas e em 115% o incoming de lugares disponíveis, além de oferecer um preço médio de alojamento em hotel competitivo.
O Segundo lugar pertence a Creta, na Grécia, país que, segundo a Mabrian, bateu recordes em 2022, apesar da ausência de turistas russos, mercado tido como um dos principais em anos anteriores. Apesar de ser um destino maioritariamente de verão com elevada relevância do produto sol e praia, Creta regista 57% dos comentários dos turistas sobre atividades de turismo ativo, natureza ou de bem-estar. Além disso, o destino apresenta um aumento de 17% na capacidade em relação ao ano passado, tanto nas rotas domésticas como nas internacionais. Quanto à oferta de alojamento, é o destino com a segunda média hoteleira mais competitiva para os próximos meses.
O Algarve, como já referido fecho o pódio no 3.º lugar, “com um interessante mix de produto turístico, preços de alojamento muito competitivos e um aumento significativo da conectividade aérea”, refere a Mabrian.
No que diz respeito ao Algarve, os indicadores da Mabrian dão ao destino nacional uma taxa de turismo ativo, natureza e bem-estar de 60% (contra os 54% e 57% de Bali e Creta, respetivamente), enquanto no crescimento de novas rotas aéreas é referida uma estagnação (0%), embora na capacidade por quarto, comparando 2022 com 2023, se registe uma subida de 21,62%. Já nos preços médios no que diz respeito aos hotéis, a Mabrian indica um valor de 86,39 euros.
A Mabrian destaca ainda que “é fundamental que os destinos detetem com agilidade as novas tendências globais entre os viajantes, de modo a trabalhar para oferecer um produto turístico o mais diversificado possível e alinhado às novas tendências”.
De resto, a consultora refere ainda que a “alta dependência de produtos turísticos específicos causa ineficiências relacionadas à alta dependência de certos mercados de origem e altos padrões de sazonalidade”, considerando que esses fatores são de “grande importância quando se trata de promover a sustentabilidade do destino”.