Governo apresenta projeto de alta velocidade que traz “revolução” à ferrovia
Nova linha ferroviária de alta velocidade vai permitir ligar Lisboa e Porto em apenas uma hora e 15 minutos, num serviço direto e sem paragens, que será construído em três fases.

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O Governo apresentou esta quarta-feira, 28 de setembro, o projeto de alta velocidade que vai ligar Lisboa, Porto e Vigo, uma nova linha ferroviária que vai ser construída em três fases e que, segundo o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, representa uma “revolução” para a ferrovia.
“Depois de décadas de desinvestimento na ferrovia, de encerramento de linhas e de prioridade na rodovia e transporte individual, não consigo usar outra palavra para descrever o que estamos a fazer: revolução”, afirmou o governante, citado pela Lusa, durante a apresentação do projeto, no terminal ferroviário de Campanhã, no Porto.
De acordo com o governante, o país não pode “adiar mais, nem hesitar mais” na questão da alta velocidade, que vai permitir ligar Lisboa e Porto em apenas uma hora e 15 minutos, num serviço direto e sem paragens.
Presente na apresentação esteve também o primeiro-ministro, António Costa, que garantiu que Portugal “tem hoje condições financeiras para poder assumir este projeto”, sem “sobressaltos que o ponham em causa”.
O líder do executivo nacional destacou a importância do projeto e admitiu que a ligação entre o Porto e Vigo é o “primeiro passo” para a integração da ferrovia portuguesa na rede ibérica de alta velocidade.
A construção desta linha de alta velocidade vai ser dividida em três fases, estando a primeira, o troço entre Porto e Soure, prevista concluir até 2028 e cujo percurso deverá ser feito em uma hora e 59 minutos.
Já o segundo troço, entre Soure e o Carregado, que deve estar concluído até 2030, deverá diminuir o tempo de percurso para uma hora e 19 minutos, enquanto a terceira fase, entre o Carregado e Lisboa, será construída mais tarde e permitirá atingir a duração final de uma hora e 15 minutos de toda a ligação.
A nova linha Lisboa-Porto vai permitir “triplicar” a oferta, disponibilizando 60 serviços diários, com a Infraestruturas de Portugal (IP) a estimar que também a procura dispare e que o número de passageiros passe de seis para 16 milhões.
Dos 60 serviços diários previstos, 17 devem ser diretos, nove vão ter paragens em estações intermédias e 34 serão serviços mistos, usando, em parte, a linha de alta velocidade e noutra a linha convencional.
“Esperamos no futuro manter na linha do Norte quase seis milhões de passageiros e crescer no conjunto com alta velocidade para 16 milhões de passageiros com a inauguração da segunda fase”, afirmou Carlos Fernandes, do Conselho de Administração da Infraestruturas de Portugal (IP).
Quanto ao plano de concretização dos projetos de alta velocidade, Carlos Fernandes adiantou que os objetivos passam por “finalizar os estudos prévios e de impacto ambiental” e “fechar” os documentos para lançar os concursos públicos.
Os estudos prévios e o Estudo de Impacto Ambiental relativos ao primeiro troço serão submetidos à Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “até ao final de outubro” e os documentos relacionados com o segundo troço “até ao final de novembro”.
“Com estas entregas nestes prazos, esperamos ter as declarações de Impacte Ambiental até ao final do primeiro semestre do próximo ano”, disse, lembrando que estes instrumentos são fundamentais para o lançamento dos concursos públicos.