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Hotel Viana Sol abre em fevereiro de 2023 como Dona Aninhas

Num investimento de 10 milhões de euros, o hotel Viana Sol dará lugar a ao Dona Aninhas, em Viana do Castelo.

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Num investimento de 10 milhões de euros, o hotel Viana Sol dará lugar a ao Dona Aninhas, em Viana do Castelo.

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O hotel Viana Sol, em Viana do Castelo, fechado há 16 anos, reabre em fevereiro de 2023, após uma remodelação no valor de 10 milhões de euros como hotel temático e criará 35 postos de trabalho diretos.

Luís Nobre, presidente da autarquia de Viana do Castelo, adiantou que a remodelação do interior do edifício e dos seus 64 quatros “será inspirada na cultura vianense, nomeadamente na pesca, na filigrana, nos bordados de Viana e nos Caminhos de Santiago de Compostela, na Galiza”.

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O hotel, que se chamará Dona Aninhas, fruto de um investimento do grupo Madre Turismo, está a iniciar um processo de requalificação para reabrir o hotel temático, fica situado no Largo Vasco da Gama, junto à antiga doca comercial da cidade, onde se encontra atracado o navio-museu Gil Eannes.

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“É importante recebermos investimento, não só dos empresários vianenses, mas também de empresários externos ou até internacionais. Isso demonstra o ambiente de confiança relativamente à dinâmica do concelho e da cidade, num setor muito particular que é o setor da hotelaria”, concluiu o autarca.

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Escolas do Turismo de Portugal atentas às necessidades de mercado

Em entrevista ao Publituris, Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, faz o ponto da situação dos projetos que estão a ser desenvolvidos nas 12 Escolas de Hotelaria e Turismo, iniciativas que, conforme afirmou, “refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor”, para avançar que “estamos permanentemente atentos às necessidades de mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam”.

O Publituris falou com Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, que admite que “a formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado”. A responsável pela formação no Turismo de Portugal salienta ainda que a competências técnicas continuam a ser “fundamentais” e que cada vez mais se exige que os colaboradores “desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional”. Também o “digital e a sustentabilidade” imperam na nova agenda das EHT como resposta “às dinâmicas de mercado”.

O que mudou na formação turística nos últimos anos? Que desafios enfrenta hoje?
As transformações no ensino e no mundo do trabalho registadas nos últimos anos de um conjunto vasto de mudanças que a sociedade atravessa, impactando diretamente as organizações e o comportamento dos consumidores, especialmente no que diz respeito à formação e ao trabalho. O facto de as empresas e as organizações terem de operar em ambientes cada vez mais voláteis, incertos e complexos traz novos desafios em termos de competências exigidas aos profissionais, bem como uma abordagem de gestão renovada por parte das empresas.

O setor do turismo é uma das principais alavancas económicas do país e tem demonstrado crescimento consistente em diversos indicadores, onde estes desafios tornam-se ainda mais relevantes. O crescimento, porém, deve ser sustentável e consolidado, gerando valor para a economia, bem como para a experiência dos turistas, comunidades locais e para os colaboradores das empresas.

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto as empresas. As empresas precisam de estruturas ágeis e adaptáveis à nova realidade. Consequentemente, as entidades formadoras devem ser igualmente capazes de oferecer metodologias de ensino, conteúdos e formatos que respondam a estas exigências, mantendo-se relevantes e à altura das expectativas de um setor em constante evolução.

Mediante estes desafios, as Escolas do Turismo de Portugal (EHT) preparam-se diariamente para capacitar gerações que sejam proativas e de resposta rápida a qualquer situação.

 

A formação em turismo enfrenta hoje o desafio crucial de antecipar e acompanhar a dinâmica do mercado, alinhando a sua proposta de valor com as necessidades tanto dos profissionais quanto das empresas


Posicionar o país como referência de excelência na área da formação
Os jovens em Portugal sentem-se atraídos para a formação na área do turismo? Que áreas são mais procuradas? E os níveis? Assiste-se a um processo de desmobilização dos alunos da área do Turismo? Sente que há necessidade de motivar os jovens para estudar em Turismo, mesmo sabendo que esta é a área profissional que absorve a maior têm sido intensas, resultado quantidade de mão-de-obra?
O Turismo em Portugal alcançou, justamente, uma notoriedade e reputação inigualáveis, resultado de um trabalho consistente ao longo dos últimos anos. Este esforço permitiu superar desafios, estabelecer novos recordes, conquistar inúmeros prémios e afirmar uma visão de liderança para o turismo do futuro.

Hoje, Portugal é reconhecido como um destino de excelência a nível mundial. A atratividade para trabalhar no setor está naturalmente ligada à atratividade para estudar turismo. Neste contexto, o Turismo de Portugal pretende também posicionar o país como uma referência de excelência na área da formação para aqueles que pretendem estudar e trabalhar em turismo. Com o objetivo de captar o interesse dos mais jovens, o Turismo de Portugal desenvolve vários projetos e iniciativas, como o Open Day, onde durante uma semana, as 12 Escolas do Turismo de Portugal recebem potenciais alunos, pais, orientadores vocacionais e a comunidade local. Este evento inclui visitas guiadas, aulas abertas, workshops gratuitos, exposições, demonstrações, degustações e atividades ao ar livre nas áreas de Turismo de Natureza, Turismo Cultural e Património. O objetivo é destacar a qualidade da formação em turismo e hotelaria e apresentar as várias oportunidades de carreira no setor.

Outro exemplo é o Programa GERAt – Território, Turismo e Talento, o maior projeto interescolar de sensibilização para o turismo. Desenvolvido em parceria com a Direção-Geral da Educação, o GERAt visa sensibilizar as gerações mais jovens para o potencial do turismo a nível local, nacional e internacional.

Em 2024, o programa ganhou uma nova dimensão, envolvendo 39 agrupamentos de escolas, 46 turmas, 925 alunos e o desenvolvimento de 40 projetos interdisciplinares ao longo do ano letivo. É através destas iniciativas que o Turismo de Portugal reconhece a importância de reforçar a atratividade do setor, pois é essencial para atrair talento e concretizar a estratégia de um turismo de maior valor.

Quais os principais desafios que o setor enfrenta atualmente em termos de captação e retenção de talentos?
O desafio de captar e fidelizar talento é transversal a vários setores de atividade e tem-se intensificado nos últimos anos. Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais. No setor do turismo, esse desafio é ainda mais premente, devido à natureza intrínseca da atividade: uma indústria centrada nas pessoas, onde o serviço e a experiência são determinantes, e onde se verifica uma elevada rotatividade. Sendo um setor “de Pessoas para Pessoas”, a gestão de talento torna-se um elemento crucial para o seu sucesso. Enfrentar esta questão requer uma abordagem integrada e concertada, que alinhe diferentes dimensões como as políticas públicas que promovam a atração e retenção de talento; um setor privado, que coloque os recursos humanos no centro da sua estratégia, oferecendo condições de trabalho e remuneração competitivas, bem como uma cultura organizacional centrada nas pessoas; um setor que seja social e ambientalmente responsável, inclusivo e integrador, gerador de valor para as empresas, colaboradores e territórios; e instituições de ensino e formação que preparem os profissionais de forma eficaz para os desafios de qualificação.

Hoje, as empresas precisam de desenhar estratégias de “Employee Experience”, tal como fazem com as estratégias para captar clientes, assegurando assim a retenção dos seus talentos. É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas.

 

Assistimos a uma mudança de paradigma, em que as empresas passaram a adotar estratégias de employer branding para fidelizar os melhores profissionais

 

O digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT
Quais são as competências mais importantes que os profissionais do turismo precisam desenvolver para se adaptarem às novas exigências do setor?
O setor do turismo almeja crescer atraindo mercados de maior valor, o que implica o contacto com turistas mais exigentes, mais informados, o que expõe o setor a novos desafios em termos de recrutamento e de novas competências que são exigidas aos colaboradores, independente da função que ocupam na empresa. As competências técnicas continuam a ser fundamentais, mas cada vez mais se exige que os colaboradores desenvolvam competências de soft skills, de orientação para o cliente e de liderança e de gestão de equipas, de comunicação, de empatia, de resiliência emocional. Também o digital e a sustentabilidade imperam na nova agenda das EHT como resposta às dinâmicas de mercado e impelem as entidades que desenvolvem formação em turismo a terem um papel mais conectado e alinhado com o mercado para participarem como atores principais na configuração do setor do turismo.

As conclusões do estudo recente “O perfil do Profissional de Turismo e Hospitalidade – Competências e formação” apontam para a necessidade de criação de ofertas formativas atualizadas e adaptadas às necessidades reais do setor, através da adoção de abordagens diferenciadas na gestão de carreiras e expectativas, levando em consideração as necessidades específicas de cada estudante e de cada profissional. Isto já está a acontecer?
Um dos pilares fundamentais e que consta de uma das medidas do Programa Acelerar a Economia – Roadmap diz respeito ao Reposicionamento na oferta e prevê que devemos assegurar o desenvolvimento curricular (design de produto) de cursos, programas, conteúdos e metodologias alinhados com as tendências do setor e que promovam a contínua inovação do portfólio e um posicionamento de referência.

Paralelamente a isto o mercado tem-se encaminhando para uma hiperpersonalização da educação, em que o modelo de aprendizagem deve adaptar-se à experiência de aprendizagem para atender as necessidades de cada aluno, com base no seu perfil e motivações. Embora a Rede de Escolas do Turismo de Portugal tenha recebido a certificação TedQual da Organização Mundial de Turismo (OMT), vários dos seus cursos, como Pastry Management and Production e Hospitality Operations Management, Culinary Arts, Food and Beverage Management e Tourism Management, o que atesta um reconhecimento nacional e internacional e reconhece a qualidade da formação proporcionada pelas Escolas do Turismo de Portugal.

Estamos permanentemente atentos às necessidades e mercado para poder dar respostas alinhadas com o que os profissionais e empresas precisam. A auditoria realizada pela OMT analisou com especial detalhe cinco áreas: a coerência do plano de estudos, as condições pedagógicas (incluindo metodologias e infraestruturas), a gestão da Rede e das Escolas que a compõem, o corpo docente e a adequabilidade do programa de estudos às necessidades e perspetivas futuras do sector.

Catarina Paiva, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal

Ligação das Escolas ao mercado de trabalho
Como é que as Escolas do Turismo de Portugal fazem a ligação com o mercado de trabalho?
A relação das nossas Escolas com o mercado de trabalho faz parte do nosso ADN e é trabalhada em três principais dimensões. Primeiro, realizamos um diagnóstico contínuo de necessidades através de instrumentos de interação regular com as empresas, como inquéritos, focus groups e reuniões temáticas. Em segundo lugar, criamos programas específicos de capacitação direcionados para áreas estratégicas, como a transição digital, a sustentabilidade e a responsabilidade social. Por fim, organizamos eventos regionais e nacionais, como o Fórum Estágios e Carreiras, workshops e seminários, que promovem uma interação direta entre empresas e alunos.

Além disso, realizamos atividades de investigação e análise de tendências, produzindo documentos orientadores sobre competências futuras no setor. Exemplos disso incluem o Estudo de empregabilidade já mencionado e o projeto internacional PANTOUR – Next Tourism Generation, que está a desenvolver uma matriz de competências para orientar as estratégias futuras de capacitação. As EHT também têm iniciativas direcionadas para uma maior flexibilidade na formação, como o desenvolvimento de ações em e-learning, adaptadas aos horários dos profissionais, com temas focados no digital, na sustentabilidade e em línguas, incluindo português para estrangeiros. Outra área de atuação é o reforço das metodologias de formação on the job. Neste contexto, estamos a trabalhar em estreita colaboração com as empresas para criar percursos de formação dentro do local de trabalho. Esta abordagem permite que novos profissionais no setor aprendam não apenas técnicas específicas, mas também a nossa matriz cultural de serviço, a língua e a gastronomia, promovendo uma integração profissional mais rica e completa.

 

É igualmente fundamental que as organizações se adaptem aos novos modelos de trabalho e que as lideranças se reinventem, desenvolvendo competências de gestão mais colaborativas, empáticas e menos hierarquizadas

 

Papel da Academia Digital na capacitação dos profissionais do setor
Qual tem sido o vosso papel na formação contínua dos profissionais de turismo, de forma a responder aos desafios da retenção de talento, inovação tecnológica e sustentabilidade?
A capacitação dos profissionais do setor tem sido, desde sempre, uma prioridade para as Escolas do Turismo de Portugal, assumindo especial relevância no período pós-pandemia. O lançamento da Academia Digital foi um marco nesse esforço, permitindo acelerar a transição digital e expandir a oferta formativa a todo o território nacional.

Com as crescentes exigências de sustentabilidade, a adoção de práticas de gestão baseadas em indicadores ESG e a escassez de mão-de-obra no setor, a formação tornou-se ainda mais essencial. Para responder a estes desafios, desenvolvemos uma série de programas específicos, como o Upgrade Digital, o Upgrade Sustentabilidade, o Programa Formação + Próxima, o Programa BEST e o Programa de Formação Empresas 360º. Além disso, em parceria com a Universidade Aberta, criámos um conjunto de microcredenciais nas áreas do Digital e da Sustentabilidade, permitindo uma aprendizagem autónoma e personalizada. Entre estas destacam-se: Ferramentas Digitais (Nível 1 e Nível 2), Estratégia Digital e Marketing Performance, O Digital e as Redes Sociais, Circularizar a Economia e o Turismo e Responsabilidade Social nas Empresas do Turismo (atualmente na sua 3.ª edição).

Estas iniciativas refletem o compromisso das Escolas do Turismo de Portugal em preparar os profissionais para os desafios atuais e futuros, contribuindo para a competitividade e sustentabilidade do setor.

Os planos de estudo já começam a incluir formação sobre o uso de tecnologias como inteligência Artificial (IA)? Se sim, que tecnologias são abordadas e de que forma são colocadas em prática?
O Turismo de Portugal está a trabalhar em três níveis distintos: primeiro, na capacitação das equipas, oferecendo formação aos Diretores, Coordenadores de Formação e Formadores sobre os diversos suportes de Inteligência Artificial disponíveis e a sua aplicação em contexto didático. Segundo, na introdução de ferramentas de IA e Tecnologias Emergentes, com a criação de regras para o desenho e conceção de conteúdos de aprendizagem suportados por estas tecnologias e a implementação de novas metodologias de integração. Entre os exemplos destacam-se aplicações de tutoria virtual e aprendizagem adaptativa, ferramentas de correção automática de exercícios e testes, que proporcionam feedback imediato aos alunos e economizam tempo aos professores, e o uso de software de gamificação na área da gestão hoteleira, que incrementa o compromisso e a motivação dos alunos ao incorporar elementos de jogo.

Por fim, estamos a preparar as infraestruturas da Rede de Escolas, criando novos espaços tecnológicos de suporte à aprendizagem no âmbito do projeto de modernização financiado pelo PRR. Este projeto inclui a criação de laboratórios técnicos e tecnológicos equipados com diversos suportes multimédia, que favorecerão a utilização de ferramentas inovadoras, como realidade virtual e aumentada, consolidando estas dimensões no futuro.

Estratégia de internacionalização
Que papel têm tido as Escolas do Turismo de Portugal de apoio a nível internacional, designadamente, junto dos PALOP e a CPLP? E na formação de estrangeiros em Portugal?
As Escolas do Turismo de Portugal baseiam a sua estratégia de internacionalização em programas de mobilidade de estudantes e formadores, cooperação bilateral e multilateral com entidades internacionais e uma participação ativa em projetos e estudos globais. Recentemente, essa ambição foi reforçada com a expansão acelerada da rede de Escolas, inicialmente direcionada para países da CPLP, destacando-se, pelo trabalho já desenvolvido, os casos de Angola e Cabo Verde.

Este modelo global prevê parcerias estratégicas, nas quais o know-how e a experiência da rede nacional são transferidos para criar Escolas Locais de Hotelaria e Turismo, em formato co-branded, com gestão e instalações asseguradas pelos países parceiros. Exemplos deste reforço incluem colaborações recentes com a Índia, o Uruguai e países com grandes comunidades portuguesas, como o Luxemburgo, onde será em breve assinado um acordo de cooperação.

Ao nível dos alunos internacionais, verifica-se uma procura crescente de candidatos de países como Bangladesh, Nepal, Índia, Ucrânia e Paquistão, e, mais recentemente, da Venezuela e dos Estados Unidos. Na Europa, destacam-se nacionalidades como italianos, franceses, espanhóis e alemães. Paralelamente, foi lançado este novo Programa de Formação e Integração de Migrantes para o Setor do Turismo, em parceria com a AIMA e a CTP.

Estas iniciativas sublinham o compromisso das Escolas em reforçar o posicionamento internacional, promovendo a excelência da formação portuguesa no setor do turismo e criando um impacto global positivo.

Sobre o autorCarolina Morgado

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Wine Tours Madeira tem novos tours ecológicos focados em turismo regenerativo

A Wine Tours Madeira lançou um novo produto: os “Echoo Tours”. Desenhados para que os visitantes possam explorar a ilha da Madeira de forma sustentável, os turistas têm a possibilidade de escolher opções mais equilibradas quer ao nível de horários e locais a visitar evitando concentração excessiva.

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Há um novo conceito de tours na Madeira, com base na experiência em explorar novos nichos e temas ao nível da animação turística na ilha: “Echoo Tours”. A Wine Tours Madeira lança este novo conceito que pretende reforçar a necessidade de pensar e agir de forma sustentável, também quando se explora um destino.

Assim, os novos tours foram desenhados por forma a que os visitantes possam explorar a ilha da Madeira de forma sustentável, escolhendo as opções mais equilibradas quer ao nível de horários e locais a visitar evitando concentração excessiva, com inclusão de atividades de sensibilização e propagação de mensagens importantes para a conservação da natureza, sempre a par da componente lúdica.

“Estamos perante uma inovadora série de experiências de turismo regenerativo, que estão programadas para serem lançadas antes do verão e combinam a exploração vinícola e cultural da Madeira com atividades sustentáveis que promovem a conservação do ambiente insular”; refere Duarte Afonso, partner da Wine Tours Madeira.

Compromisso com Turismo Sustentável
Estes tours pretendem homenagear as relíquias naturais pela forma responsável como foram desenhados os programas, onde a criatividade afastará os visitantes das grandes concentrações e onde o lazer e o desfrutar de todos os espaços naturais visitados serão acompanhados da informação correta, não deixando de sensibilizar para o valor das nossas reservas naturais, espécies e projetos de conservação, bem como boas práticas que os visitantes também devem adotar.

Cada Echoo Tour incluirá uma componente de sensibilização ambiental, mas também irá incluir ações de turismo regenerativo proporcionando aos participantes a oportunidade de contribuir ativamente para a conservação da biodiversidade da ilha. As atividades poderão variar desde a plantação de plantas endêmicas até à remoção de espécies invasoras, ajudando a manter o equilíbrio ecológico da Madeira.

“Consideramos que os tours irão atrair os públicos mais atentos às questões ambientais, mas não só. Tratam-se de programas não massificados e naturalmente pensados para proporcionar momentos de lazer e exploração da ilha que também se direcionam a um público que aprecia programas equilibrados, relaxados, prazerosos e com muito conteúdo”, explica Duarte Afonso, concluindo que os Echoo Toursrefletem o nosso compromisso em integrar práticas sustentáveis no turismo”, sendo que “estas novas experiências são projetadas para permitir que os nossos clientes não apenas desfrutem da beleza da Madeira, mas também participem na sua preservação.”

A Wine Tours Madeira informa que estes tours estão em fase de teste e brevemente estarão disponíveis tanto para grupos como para individuais.

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Dakhla: Onde o mar vai beijar o deserto

Situada no sul de Marrocos, Dakhla é onde o mar beija o deserto, numa dança mágica, revelando-se como um destino de sonho para os amantes da natureza, da aventura e do bem-estar. Fomos visitar a região a convite do Turismo de Marrocos. Vimos pouco, mas há sempre algo para contar.

Num encontro feliz entre o Oceano Atlântico e o Deserto do Saara, Dakhla é feita de história e natureza que desfilam entre o azul turquesa das praias cristalinas e as mil e uma cores das dunas que, do nascer ao pôr do-sol, nos iluminam com uma luz quente e singular, inundando as paisagens a perder de vista, convidando-nos à desconexão, ao relax, autenticidade, mas com bastante adrenalina não só pelos desportos aquáticos que oferecem, onde o surf, o windsurf e o kitesurf são reis, e podem ser praticados durante todo o ano nas águas banhadas pelo Oceano Atlântico graças ao vento que frequentemente acompanha as suas costas, mas pelas diversas aventuras que o deserto proporciona, sejam a cavalo, de camelo, moto quatro ou veículos todo o terreno.  O destino, em pleno desenvolvimento turístico, posiciona-se a nível internacional, como ideal para aqueles que procuram natureza e património ecológico, ou seja, de ecoturismo exótico.

A convite da Oficina de Turismo de Marrocos, fomos espreitar esta singular região que pretende posicionar-se, a nível internacional, como uma alternativa ao turismo de massas, ou a destinos turísticos superlotados. Duas palavras definem Dakhla: Autenticidade e Sustentabilidade.

Só o Parque Nacional de Dakhla ocupa uma extensão de 18 mil hectares, uma reserva natural protegida que mantém toda a sua magia intacta com horizontes infinitos, mar azul, colinas de dunas que terminam na água e pores-do-sol espetaculares.

Inaugurado em 2014, o Parque Nacional Dakhla está inscrito na Lista do Património Mundial da UNESCO. Esta região selvagem e preservada é o lar de inúmeras espécies animais, incluindo a gazela de Mhorr, flamingos cor-de-rosa, caranguejos, golfinhos, focas-monge e diversas espécies de aves migratórias, um refúgio de vida selvagem que surpreende a cada visitante.

Dois dias de alguma aventura
Veículos de todo-o-terreno aguardava-nos à chegada para dois dias de alguma aventura. A primeira paragem foi à Duna Branca.

Mais de 20 jeeps (agentes e operadores turísticos portugueses e espanhóis, bem como jornalistas dos dois países), seguiram, em caravana para a 30 km de Dakhla, encontramos uma grande duna de areia branca que ilumina a água de uma lagoa, um local simplesmente magnífico com um cenário de cortar a respiração. É bem conhecida pelos entusiastas do kitesurf pelas suas condições de vento.

Depois, era preciso visitar a Ilha do Dragão, pequena ilha inexplorada situada ao lado da península do Rio de Ouro. A sua forma de dragão torna-a atraente aos olhos de qualquer visitante.

Cada excursão por essas vastas extensões de areia e argila branca oferece a sensação de estar sozinho no mundo, diante de uma natureza grandiosa.

Navegando pelas águas azul-turquesa da magnífica lagoa de Dakhla e observando aves migratórias, flamingos cor-de-rosa e até golfinhos que ali fixaram residência, chega-se à Ilha do Dragão, de nome verdadeiro Ilha Herné, que subindo ao topo do penhasco oferece uma deslumbrante vista 360º da lagoa, praias, bancos de areia branca e dunas de deserto ao longe.

A lagoa Dakhla tornou-se um local icónico para os entusiastas dos desportos aquáticos, especialmente o kitesurf e o windsurf, atraindo fãs de todo o mundo. As suas praias, como a famosa praia de Porto Rico, oferecem panoramas impressionantes, ideais para um piquenique ou uma sessão fotográfica estilo “Robinson Crusoé”.

A lagoa de Dakhla é um ótimo local para kiters de todos os níveis. O vento sopra do nascer ao pôr do sol, então é só escolher quando quer fazer kite. Ali também há muito espaço para os kiters iniciantes fazerem aulas e praticarem enquanto ficam longe dos especialistas.

Dakhla também é conhecida pelos seus estabelecimentos hoteleiros dedicados aos desportos aquáticos, concebidos num estilo único e amigo do ambiente. Além dos bangalôs ecológicos, muitos hotéis contam com instalações de bem-estar como Spas, piscinas e salas de ioga, além de centros equestres e náuticos. A maioria deles oferece pacotes com tudo incluído, seja para kitesurf ou retiros de ioga.

Durante a viagem houve tempo de apreciar alguns apontamentos de cultura local, como música e dança, culminando com uma festa que retratava as “Mil e uma noites”, nas dunas de Dakhla, enquanto a natureza nos brindava com um incomparável por do sol. O escritor e aviador Antoine de SaintExupéry teria escrito aqui alguns trechos de sua obra-prima, “O Pequeno Príncipe”.

Hoje, Dakhla continua a ser um ponto de convergência internacional graças ao seu aeroporto, que a liga às principais metrópoles marroquinas e internacionais. Resumindo, diria que Dakhla é muito mais do que um destino de férias. É uma verdadeira viagem sensorial onde dunas desérticas, sabores locais e encontros com a fauna marinha se combinam para oferecer uma aventura inesquecível. Quer seja um apaixonado por desporto, história ou simplesmente procure momentos de relaxamento junto à água, Dakhla, ou a região de Dakhla-Oued Ed Dahab, é uma joia a descobrir.

*O Publituris viajou a convite do Turismo de Marrocos

 

Sobre o autorCarolina Morgado

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Francisco Calheiros: “Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país”

Preocupado que a atual instabilidade política possa bloquear dossiês e investimentos em curso ligados à atividade turística, o presidente da Confederação do Turismo de Portugal “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

Carla Nunes

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, mostrou-se preocupado “com a governabilidade do país” no seu discurso de abertura do XXI Congresso da Associação de Directores de Hotéis de Portugal (ADHP), que decorre entre esta quinta e sexta-feira no INATEL Caparica, no município de Almada.

Receoso de que possam ser bloqueados dossiês e investimentos em curso com relação direta e indireta à atividade turística, o presidente da CTP afirma que o país precisa de estabilidade política, prevendo que esta possa não ser alcançada com as próximas eleições.

“O país necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável, para que não sejam bloqueados dossiês e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística. Não nego que estou preocupado com a governabilidade do país. Não me parece que esta intranquilidade seja apenas por dois meses, porque não vejo que as soluções que possam resultar após um cenário eleitoral sejam mais tranquilizadoras e mais purificadoras que agora – ou seja, uma necessária maioria governativa, ao que tudo indica, não vai acontecer”, afirma Francisco Calheiros.

Sobre os principais fatores “que se deverão continuar a ter em conta”, o presidente da CTP aponta, em termos de acessibilidades, para “a existência de um novo aeroporto e de uma linha férrea mais moderna e com ligações em TGV”; uma “solução para a TAP”; a “redução da carga fiscal” e uma “efetiva reforma do Estado”.

Lamentando que muitas destas questões sejam adiadas “devido ao atual momento político do país”, o presidente afinca que a CTP “espera que a situação política governamental em Portugal seja clarificada de forma célere”.

“O turismo será um fator de sustento da economia”
Apesar dos “vários desafios internos”, como aponta ser o caso do “novo aeroporto, da privatização da TAP e da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, a par da instabilidade internacional, com cenários de guerra, e da instabilidade económica, Francisco Calheiros indica que “Portugal não perde turistas”, uma vez que o turismo “cresce em todas as regiões”.

Apontando para os valores de 2024 em Portugal, ano em que se registaram “mais de 31 milhões de hóspedes, ultrapassaram os 80 milhões de dormidas e os 27 mil milhões de euros em receitas”, o presidente da CTP acredita que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos este ano.

“Penso que Portugal continuará a ter bons indicadores turísticos, já que continua a ser um país atrativo pela sua diversidade, pela qualidade dos seus produtos e serviços turísticos. É um país onde quem nos visita se sente seguro”, defende, acrescentando que “é o turismo que será, mais uma vez, um fator de sustento da economia. O pensamento positivo deve continuar a ser aquele que nos move”.

Sobre o autorCarla Nunes

Carla Nunes

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Número de visitantes em Macau teve o segundo melhor arranque de ano de sempre

A região semiautónoma chinesa de Macau recebeu nos primeiros dois meses deste ano 6,79 milhões de visitantes, o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

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De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou por Macau só foi superado em janeiro e fevereiro de 2019 — antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou mais de 6,97 milhões de visitantes.

No entanto, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), mais de 59% dos visitantes (4,04 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.

Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China.

Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com “vistos individuais” para visitar Hong Kong e Macau.

Além disso, desde 1 de janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias.

Em resultado, a esmagadora maioria (91,3%) dos turistas que chegaram a Macau nos dois primeiros meses do ano vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto menos de 449 mil foram visitantes internacionais.

Ainda assim, o mês de fevereiro registou uma queda de 4,4% no número de visitantes, em comparação com igual período de 2024, para 3,15 milhões, uma descida que a DSEC justificou com a variação do Ano Novo Lunar.

A chamada ‘semana dourada’ do Ano Novo Lunar, um período de feriados na China continental, que muda consoante o calendário lunar, decorreu este ano entre 28 de janeiro e 04 de fevereiro.

Em 2024, esta época alta para o turismo em Macau aconteceu totalmente em fevereiro.

Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde de 39,4 milhões fixado em 2019, antes da pandemia.

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Espanha chega aos 6,7 milhões de passageiros internacionais em fevereiro

Em fevereiro, o número de passageiros internacionais nos aeroportos espanhóis cresceu 6,4% face a igual mês de 2024, atingindo os 6,7 milhões. A Turespaña aponta o bom desempenho dos países ibero-americanos, da China e das nações do Golfo Pérsico.

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O número de viajantes provenientes de aeroportos internacionais atingiu os 6,7 milhões no passado mês de fevereiro, representando um aumento de 6,4% face ao ano anterior, de acordo com os dados publicados pela Turespaña.

Entre janeiro e fevereiro, Espanha recebeu mais de 13 milhões de passageiros internacionais, registando um crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período de 2024.

Tal como aconteceu no primeiro mês do ano, fevereiro manteve o bom desempenho dos países ibero-americanos, da China e das nações do Golfo Pérsico, contribuindo para reforçar a aposta do Governo na diversificação dos mercados.

Entre os principais mercados europeus, Itália foi novamente o país que registou o maior aumento no número de passageiros aéreos internacionais, com um crescimento de 15,2% em fevereiro, tal como já tinha ocorrido em janeiro.

Os passageiros provenientes de Itália representaram 10,7% do total recebido em fevereiro (718.797 viajantes), beneficiando todas as comunidades autónomas, exceto a Galiza e a Cantábria, que registaram um ligeiro decréscimo.

Este aumento coloca os viajantes italianos como o terceiro maior mercado emissor, atrás do Reino Unido e da Alemanha.

No que diz respeito aos mercados tradicionais, o Reino Unido, com cerca de 1,3 milhões de passageiros internacionais, representou 19,3% do total das chegadas a Espanha em fevereiro, registando um crescimento homólogo de 2,9%.

As regiões das Canárias e Valência foram as mais beneficiadas, em termos absolutos, com cerca de 14.000 passageiros adicionais provenientes do mercado britânico.

Por sua vez, o número de passageiros provenientes da Alemanha situou-se nos 847.421 (12,6% do total), aumentando 5,1% em relação a fevereiro de 2024. Estes viajantes dirigiram-se maioritariamente para as Canárias (36,1% do total), onde se registou um aumento de 1,6%.

No entanto, foram as Baleares, a Andaluzia e a Comunidade Valenciana que mais beneficiaram, com aumentos superiores a 10.000 chegadas adicionais do mercado alemão.

Ainda na Europa, França representou 7,6% do total de passageiros em fevereiro (513.769 viajantes), registando um crescimento de 8,5%. As comunidades mais beneficiadas por este mercado foram a Catalunha e a Comunidade de Madrid, que receberam cerca de 31% e 28% das chegadas, respetivamente.

Por fim, os Países Baixos contribuíram com 4,9% do total de viajantes (328.694 passageiros) em fevereiro. O número de passageiros provenientes deste mercado aumentou 1,4% em termos anuais, com destino principal à Comunidade Valenciana, à Andaluzia e à Catalunha, todas com mais de 60.000 chegadas.

Em relação aos aeroportos, o Adolfo Suárez Madrid-Barajas foi o que recebeu mais chegadas em fevereiro, com 1,7 milhões (um aumento de 4,2%), seguido pelo aeroporto de Barcelona, com 1,3 milhões (um crescimento de 3,5%), e pelo aeroporto de Málaga, com 635.651 chegadas (um aumento de 8,8%).

O maior crescimento anual foi registado no aeroporto de Valência, com um aumento de 20,3% em relação a 2024, segundo dados do Ministério da Indústria e Turismo.

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FOTO: VASCO CÉLIO/STILLS
Destinos

Turismo do Algarve promove ligações aos EUA em Boston e Nova Iorque

O Turismo do Algarve vai promover as ligações com os EUA, em parceria com a SATA Azores Airlines e a United Airlines, de modo a captar mais visitantes e fortalecer relações comerciais, refletindo a confiança no potencial de crescimento do mercado norte-americano na região.

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O Turismo do Algarve vai intensificar a promoção do destino no mercado norte-americano com a organização de dois eventos estratégicos, em Boston e Nova Iorque.

Realizadas em parceria com as companhias aéreas SATA Azores Airlines e United Airlines, estas iniciativas visam promover as ligações aéreas entre os EUA e o Algarve e impulsionar o crescimento do fluxo turístico deste mercado para a região.

Esta aposta acompanha o aumento da procura dos viajantes norte-americanos pelo destino que tem sido registado nos últimos anos.

Apesar da atual conjuntura internacional e das incertezas em torno das políticas económicas dos EUA, o Turismo do Algarve mantém-se “confiante no potencial de crescimento deste mercado”.

A corroborar esta posição está um estudo divulgado em dezembro pela United States Tour Operators Association, que aponta Portugal como o segundo país no mundo que os turistas norte-americanos mais querem visitar em 2025, reforçando a importância de continuar a investir na captação deste público.

A primeira ação acontece a 25 de março, em Boston, com um workshop organizado em parceria com a SATA Azores Airlines. A iniciativa é dedicada à promoção das rotas que ligam os aeroportos Logan (Boston) e JFK (Nova Iorque) a Faro, via Ponta Delgada, uma conexão vista como “estratégica para aproximar o Algarve do mercado norte-americano”.

A 27 de março, em Nova Iorque, realiza-se a segunda ação promocional, desta vez em colaboração com a United Airlines e o Turismo da Madeira, para destacar as recentes ligações diretas desta companhia aérea para Faro e Funchal.

Ambos os eventos contarão com a participação de 16 empresas associadas do Turismo do Algarve, que terão a oportunidade de estabelecer contactos com agentes de viagens, operadores turísticos e meios de comunicação social dos EUA.

EUA 7.º mercado externo no Algarve
A aposta do Turismo do Algarve nos EUA é sustentada pelo contínuo interesse demonstrado por este mercado. Em 2024, embora ainda sem ligações diretas, os turistas norte-americanos ultrapassaram as 500 mil dormidas na região, representando um crescimento de 13% face a 2023, com o número de hóspedes também a registar uma evolução positiva, alcançando quase os 200 mil visitantes, correspondente a um aumento de 10,38% comparativamente ao ano anterior.

André Gomes, presidente do Turismo do Algarve, confirma que “os EUA já são o sétimo mercado externo mais relevante para o Algarve”, reconhecendo que “os visitantes deste país valorizam experiências autênticas e exclusivas e procuram na região algumas das melhores praias e campos de golfe da Europa, além de uma oferta diferenciada em gastronomia, vinhos, cultura e turismo de natureza”.

Quanto à expansão das ligações aéreas, diretas e indiretas, que ligam os EUA ao Algarve, o presidente do Turismo da região afirma que “representa uma oportunidade estratégica para consolidarmos este interesse e atrairmos ainda mais visitantes”.

Relativamente aos dois eventos a realizar nos EUA, André Gomes salienta que “serão importantes contributos para reforçarmos o posicionamento do Algarve junto deste mercado como um destino completo, destacando as suas valências mais apreciadas”. Ao mesmo tempo, o presidente do Turismo do Algarve afirma que “serão momentos-chave para criar negócios e fortalecer relações comerciais que favoreçam um fluxo turístico sustentável e crescente ao longo dos próximos anos”.

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Transportes

Passageiros da TAP podem ligar-se com cartões eSIM da Vodafone

Os cartões eSIM da Vodafone passam a estar à venda, em exclusividade, nas plataformas digitais da TAP e nos voos da companhia.

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A TAP Air Portugal tem à venda, em exclusividade, os cartões eSIM da Vodafone que permitem aos clientes manter-se conectados no seu destino final.

Os cartões digitais e desmaterializados, que permitem o acesso à rede móvel no país de destino, estão à venda nas plataformas digitais da TAP, em www.flytap.com e na app, e nos voos da companhia, possibilitando assim a aquisição em todo o ciclo da viagem, ou seja, antes, durante e após o voo.

No site da TAP pode ler-se que, “se a compra for feita a bordo dos aviões Airbus 330 ou A321LR, através da plataforma de entretenimento da TAP, os passageiros recebem ainda uma hora gratuita de acesso à internet durante o voo”.

Esta oferta está já disponível para Portugal, Europa, Brasil, Canadá e EUA, e tem o objetivo de cobrir, gradualmente, o máximo de destinos operados pela TAP, tirando assim partido da abrangência internacional da rede móvel do grupo Vodafone.

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Destinos

Alentejo e Ribatejo “consolida-se como destinos de excelência” na BTL 2025, reconhece ERT

Terminada a BTL 2025, os responsáveis pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo admitem que o evento, no qual foi “Destino Nacional Convidado, “consolidou a excelência da região”.

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Para a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo, a participação na BTL 2025 enquanto “Destino nacional convidado” representou a “consolidação do Alentejo e do Ribatejo como destinos de excelência”.

Numa edição que registou um total de 82 mil visitantes, o stand do Alentejo e Ribatejo “recebeu uma forte afluência durante os cinco dias da feira, para a qual contribuíram as diversas atividades e a dinamização do espaço através de showcookings, apresentações, degustações e representações culturais”, garante o presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, José Santos.

“Atingimos os objetivos traçados, quer nos dias dos profissionais como do público em geral. Centrámo-nos no reforço da promoção e projeção da imagem dos dois destinos de forma autónoma e fortalecemos a promoção da oferta turística, das empresas e da qualidade dos recursos. A Bolsa de Negócios também foi um sucesso, com várias entidades e empresas a terem oportunidade de apresentar os seus produtos e serviços. O retorno dos municípios e empresários tem sido muito positivo”, salienta o responsável.

A BTL 2025 foi também “fundamental” para o Alentejo fortalecer as relações com o mercado externo, através das reuniões estratégicas com operadores internacionais, trabalho assumido pela agência regional de promoção turística.

Nesse sentido, José Santos considera que “o trabalho desenvolvido junto dos compradores internacionais foi de extrema relevância”, destacando a apresentação do destino “a mais de 200 operadores estrangeiros junto dos quais promovemos a Candidatura do Baixo Alentejo a Cidade Europeia do Vinho 2026 e os Vinhos do Tejo”.

A presença enquanto ‘Destino Nacional Convidado’ permitiu ao Alentejo e Ribatejo, de resto, marcar presença em diferentes formatos, momentos e espaços.

Recorde-se que, antes mesmo do arranque da BTL 2025, foi desenvolvida uma campanha promocional através da qual o Alentejo se afirmou como ‘Destino com muitos destinos’ e o Ribatejo como ‘Destino com muito para contar’. Durante a BTL, os dois destinos marcaram presença não só no stand como também em várias outras iniciativas, como o jantar com os compradores internacionais e a inauguração.

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“O maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”, admite Mário Cruz

No encerramento da conferência que marcou a comemoração do 55.º aniversário do Turismo do Algarve, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da TAP, considerou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa”. Já Pedro Costa Ferreira, presidente da APAVT, admitiu que “em vez de uma ligação ferroviária Faro-Madrid, a região beneficiaria muito mais com uma ligação que ligasse Faro à Andaluzia”.

Victor Jorge

No painel “Gerar Redes e Conectividade, inserido na conferência “Turismo do Algarve: Superar Desafios, Construindo o Amanhã”, que comemorou os 55 anos da região de Turismo do Algarve, o presidente da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, considerou que o “maior e melhor ativo que o Algarve possui é, de facto, o Aeroporto Internacional. Tem uma estratégia de crescimento e pela dependência dos nossos mercados emissores tem uma valência muito importante”.

Contudo, Pedro Costa Ferreira apontou “alguns constrangimentos no controlo fronteiriço que terão de ser melhorados” e que ao nível dos “transportes públicos, que ligam o aeroporto aos equipamentos turísticos, há muito a fazer”.

Ainda assim, o presidente da APAVT reconheceu que, do ponto de vista rodoviário, “é onde o Algarve está mais bem servido”, já que tem uma “boa rede que o liga ao resto do país, tem belíssima rede de ligação com Lisboa que, do ponto de visto do programa de ‘stop-overs’ da TAP, liga muito bem o Algarve ao programa”.

Pedro Costa Ferreira fez questão de “não apontar o aeroporto como a principal ‘doença’, mas sim a mobilidade interna como a principal fragilidade. O Algarve não tem capacidade de se movimentar internamente e isso tem efeitos graves, diretos e indiretos, na própria procura”, salientando ainda que “uma das ameaças é a eventual perceção ou rutura da qualidade de serviços”.

E se “um dos dilemas está na mobilidade interna” quando abordados os hoteleiros, o problema reside no alojamento dos recursos humanos que, segundo avançou o presidente da APAVT, “têm de estar próximos dos hotéis, mas não podem por uma questão de ordenamento do território. E se estão longe dos hotéis, essa distância cria, de facto, algumas dificuldades por inexistência de transportes públicos”.

E na questão dos recursos humanos, Pedro Costa Ferreira considerou que “com a dificuldade de gerir os recursos humanos é difícil fixá-los”, repercutindo-se isso na “preservação da qualidade de serviço ou, em alguns casos, embora não gostemos de dizê-lo em público, recuperar a qualidades de serviço que já tivemos”.

Relativamente à experiência do viajante à chegada ao aeroporto, Karen Strougo, Chief Commercial Officar (CCO) da Ana – Aeroportos de Portugal, destacou a pontuação de 4,5 pontos (de 0 a 5), dada pelo Airport Council International ao Aeroporto de Faro, considerando que “temos uma nota muito alta e a perceção de qualidade de serviço é muito boa”, reconhecendo, ainda, que “o ponto que tem a ver com as chegadas tem de ser melhorado”, com o Brexit a trazer uma “pressão acrescida sobre as fronteiras”.

Com 90% do tráfego a vir fora, Karen Strougo adiantou que “há planos em andamento para se trabalhar em conjunto para encontrar soluções e melhorias para essas fragilidades”.

Com a chegada do voo da United, ligação entre Faro e Newark com quatro frequências semanais, a CCO da ANA revelou que “estão a ser feitos todos os planos de preparação”, salientando que “estamos a investir muito, não só no aeroporto de Faro, mas em toda a rede da ANA, na experiência do passageiro, em termos de serviços, restauração, lojas, sempre muito preocupados em gerar no aeroporto a perspectiva do ‘sense of place”, ou seja, “queremos que o passageiro saiba que está a chegar a Portugal, que está a chegar ao Algarve com a rede de restauração, de lojistas, de produtos, de souvenirs associados à comunidade local”.

Já quanto à TAP, Mário Cruz, vogal da Comissão Executiva da companhia aérea, justificou a reduzida quota da TAP no aeroporto de Faro (menos de 3%, com Ryanair a ter 36%, a easyJet 19%, a Jet2 10%, Transavia 6% e a Aer Lingus 3%) com a reestruturação iniciada em 2021, com final previsto para 2025, com a limitação do número de aeronaves, mas também com o facto de a “TAP ser uma companhia com um ‘hub’ em Lisboa”.

Nesse sentido, Mário Cruz explicou que “o maior ativo da TAP não está nos aviões, mas sim nos ‘slots’ que possui no Aeroporto de Lisboa” e que a estratégia passa por “defender essa presença na capital”, frisando, no entanto, que “a TAP opera três voos diários para o Algarve durante todo o ano, não se trata de uma operação sazonal. Através destas três frequências semanais, conectamos o Algarve a mais de 80 destinos”. De resto, Mário Cruz enfatizou que a United, que começará, em breve, os voos para Faro, “não faz muito diferente da TAP, já que utiliza o seu ‘hub’ em Newark para conectar o tráfego do interior dos EUA ao mundo e, no caso específico, a Faro”.

“A administração da TAP está comprometida em fazer da TAP uma companhia aérea rentável e sustentável e estamos comprometidos com todas as regiões de Portugal”, frisou Mário Cruz, salientando ainda que “temos um programa de ‘stop-over’ através do qual disponibilizamos uma experiência mais completa e damos descontos aos passageiros que queiram visitar qualquer região de Portugal”.

Pedro Costa Ferreira aproveitou a intervenção de Mário Cruz para enfatizar o ’case study’ que existe relativamente à TAP. “O aeroporto está bem, tem uma estratégia de crescimento, além de um papel fantástico na região, o turismo está bem, está a crescer e tudo isto sem a TAP. Portanto, porquê falar da TAP? No Algarve, a TAP tem um papel através do ‘hub’ em Lisboa e do ‘long-haul’”. Por isso, considerou, “se a TAP viesse para o Algarve não traria nenhum benefício para a região, porque como não tem o ‘hub’ no Algarve, não conseguiria concorrer com as low-cost e não traria ninguém por causa do preço e depois teríamos todos a queixar-se que a TAP era muito cara”, recordando ainda que “as companhias de ‘long-haul’ que fazem ligação ao Algarve, fazem-no porque têm condições para concorrer com as low-costs”.

Ligação ferroviária, sim mas para a Andaluzia
Com uma das apostas em termos de mobilidade a residir na ferrovia, o presidente da APAVT reconheceu que “uma das ameaças que o Algarve enfrenta é a crescente consciência ambiental do consumidor que o pode afastar dos voos de curto curso”, referindo, inclusivamente, que “existem muitas viagens na Europa e no mundo que são multimodais por causa disso, fazendo com que o último percurso de um voo seja efetuado já de comboio”.

E neste ponto, Pedro Costa Ferreira admite que “esta tendência seria uma oportunidade para a TAP ter uma maior capacidade de intervenção na região, se houvesse uma boa ferrovia”.

Reconhecendo que a Linha do Sul “tem de ser qualificada, com a eletrificação a ter um papel importante”, o presidente da APAVT colocou o tónico na “procura”. “Se continuarmos a ‘gaguejar’ na ferrovia, podemos, mais à frente, ter um sério problema e não será por falta de atração da região, mas por causa de uma maior consciência ambiental que pode afastar alguns voos curtos”.

Questionado sobre uma eventual mais-valia de uma ligação Faro-Madrid, Pedro Costa Ferreira referiu que, “se houvesse capacidade para fazer algo para além de Lisboa-Madrid, preferia uma linha que ligasse o Algarve à Andaluzia, de forma a fortalecer a agenda comum das duas regiões, permitindo densificar a relação entre ambas quer do ponto de vista da promoção, quer do ponto de vista do ‘cross-selling’ e das experiências de uma região mais alargada que me parece fundamental se quisermos vencer uma vez mais o desafio do ‘long-haul’”.

Neste mesmo ponto, Mário Cruz considerou que, quando se fala de “qualidade” numa ligação ferroviária entre Lisboa e Faro e a possibilidade de esta poder eliminar a ligação aérea, “estamos a falar de um comboio de alta velocidade que conecta diretamente ao aeroporto sem ser necessário o passageiro efetuar mais uma deslocação, algo que não acontece atualmente. Nesse caso, a ligação aérea deixaria de fazer sentido”, reconheceu o responsável da TAP.

Também Karen Strougo considerou a integração multimodal para o aeroporto “essencial”, admitindo ainda que “sem essa integração ao aeroporto, não há crescimento, não há procura”. Contudo, reconheceu que “a conexão tem de ser direta” e que as rotas de curta duração “não sobrevivem com a existência de uma ferrovia rápida”, dando como exemplo alguns casos em França onde o comboio “tomou 98% dos passageiros de algumas rotas curtas”. “Trata-se de uma solução sustentável muito eficiente e de conforto para o passageiro”, concluindo ainda que “tal realidade aumenta a nossa ‘catchment area’, ou seja, zonas de influência”.

No final, ficou a certeza de que, na maioria das vezes, quando se fala em temas como aeroporto ou ferrovia, “o problema não está na construção, está na decisão”, reconheceu o presidente da APAVT.

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