IAG compra 37 A320 Neo à Airbus e antevê regresso aos lucros já em 2022
Apesar de os resultados do 1.º semestre ainda fiquem em campo negativo, a IAG já conseguiu inverter os resultados no 2.º trimestre para números positivos.
Victor Jorge
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A International Airlines Group (IAG), que congrega as companhias aéreas British Airways, Iberia, Aer Lingus, Level e Vueling, anunciou a compra de 37 A320 Neo à Airbus. Esta decisão faz com que o grupo converta as opções de compra de 12 aeronaves da família A320 Neo em compras definitivas, tendo encomendado mais 25 aeronaves da mesma família, somando-lhe mais 50 opções de compra adicionais.
No comunicado que anuncia os resultados do grupo IAG, lê-se que estas encomendas novas irão substituir os atuais A320 Ceo e que serão entregues entre 2025 e 2028, revelando que a “divisão” entre A320 Neo e A321 será determinada mais perto da data de entrega.
O custo desta operação ronda os 4.370 milhões de euros, referindo-se no comunicado que “a IAG negociou um desconto substancial relativamente ao preço de catálogo”.
Outra das decisões do grupo diz respeito ao compromisso de compra de SAF (Sustainable Aviation Fuel), salientando a IAG que irá adquirir 865 milhões de dólares (perto de 850 milhões de euros) deste tipo de combustível nos próximos 20 anos. Recorde-se que o compromisso anterior para a compra de SAF era de 400 milhões de dólares. A IAG indicou, igualmente, que o objetivo é, em 2030, atingir 10% do total das necessidades de combustível com SAF.
No que diz respeito aos resultados semestrais, terminados em 30 de junho de 2022, a IAG anuncia receitas totais de 9.351 milhões de euros, dos quais 7.604 milhões dizem respeito à operação comercial de passageiros. Isto contrasta com os 2.212milhões de euros e 1.141 milhões de euros, respetivamente, no período homólogo de 2021.
Já no 2.º trimestre de 2022, as receitas globais atingiram os 5.916 milhões de euros, enquanto a operação comercial chegou aos 4.949 milhões de euros.
Os lucros, depois de impostos, ficaram em terreno negativo, ascendendo a 654 milhões de euros, contra os 2.048 milhões de igual período de 2021. Contudo, relativamente ao 2.º trimestre de 2022, os resultados líquidos já entraram no positivo, com 133 milhões de euros, comparados com 981 milhões negativos de período homólogo do ano passado.
Luís Gallego, CEO da IAG, destacou, precisamente, os resultados deste 2.º trimestre, salientando que “voltámos à rentabilidade, pela primeira vez desde o começo da pandemia”, frisando a “forte recuperação da procura”, admitindo que os resultados estão “em linha com as previsões para o ano de 2022”, antevendo que o grupo atinja resultados positivos no final do ano.