Governo destaca potencial do Turismo Inclusivo que “pode trazer muito retorno e crescimento económico ao país”.
Para a secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, Portugal está a desperdiçar um mercado com grande potencial, até porque, na Europa, há 127 milhões de pessoas com incapacidades mas que viajam anualmente.

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A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência, Ana Sofia Antunes, considerou esta quinta-feira, 23 de junho, que o turismo inclusivo “pode trazer muito retorno e crescimento económico ao país”, pelo que o grande desafio está em fazer com que os empresários percebam o potencial deste segmento.
De acordo com a Lusa, que cita as palavras da governante no encerramento da conferência “Região de Coimbra: Destino Acessível”, na Lousã, Ana Sofia Antunes salientou que Portugal não pode “desperdiçar” este mercado.
“Estas pessoas não viajam sozinhas, só para se ter ideia do mercado que estamos a desperdiçar”, disse Ana Sofia Antunes, realçando que este segmento é aquele “que viaja mais, por mais tempo, tem mais condições económicas para gastar dinheiro e que volta e é mais fiel quando é bem tratado”.
A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência lembrou ainda vários estudos que mostram que, na Europa, existem 127 milhões de pessoas com deficiências e incapacidades mas que anualmente viajam.
Ana Sofia Antunes lembrou também que o turismo inclusivo não se destina apenas a “pessoas em cadeira de rodas”, uma vez que este é um mercado que não se limita apenas às pessoas com deficiência, mas também aos que têm “incapacidades resultantes da idade, que vão querer viver mais com qualidade de vida”.
“O turismo é um setor que gera receitas e precisa de perceber que parte desse resultado deve ser investido na criação de condições de inclusão, porque isso é valor e vai trazer um retorno muito maior”, acrescentou a governante, lamentando, no entanto, que as acessibilidades físicas sejam “as mais difíceis de ver plenamente cumpridas e implementadas, porque são as mais caras”, ainda que já tenha sido possível “mobilizar muito dinheiro para isto”.
Ana Sofia Antunes recordou que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) mobilizou para cessibilidades físicas 50 milhões de euros e anunciou que estão abertas candidaturas para intervenções em habitações de pessoas com deficiência, sejam casa própria ou arrendadas, que permitam eliminar barreiras e permitam criar condições de fruição.
Na conferência que contou com a presença da governante, foram dados a conhecer os investimentos já realizados na região de Coimbra com vista à melhoria das acessibilidade e a tornar o destino mais inclusivo, com destaque para as ações do AccessTUR – Centro de Portugal, um projeto de promoção do turismo acessível e inclusão social, promovido pela Accessible Portugal, com o apoio da Turismo do Centro e das sete comunidades intermunicipais da região Centro.
A Lusa lembra, contudo, que, na área da CIM Região de Coimbra e a nível nacional, o município da Lousã é dos mais avançados no turismo acessível, com um caminho nesta área percorrido desde 2011, ao longo do qual foi criada uma provedoria municipal para as pessoas com incapacidade, um selo de turismo acessível e apostado em projetos turísticos acessíveis.