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Turismo da Guiné-Bissau aposta na promoção da marca Bijagós

O Governo da Guiné-Bissau tem como um dos seus principais objetivos desenvolver o setor do turismo no país, através da promoção dos Bijagós, arquipélago com 88 ilhas, classificadas, desde 1996, pela Unesco, como reserva da bioesfera.

Carolina Morgado
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Turismo da Guiné-Bissau aposta na promoção da marca Bijagós

O Governo da Guiné-Bissau tem como um dos seus principais objetivos desenvolver o setor do turismo no país, através da promoção dos Bijagós, arquipélago com 88 ilhas, classificadas, desde 1996, pela Unesco, como reserva da bioesfera.

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O Governo da Guiné-Bissau tem como um dos seus principais objetivos desenvolver o setor do turismo no país, através da promoção dos Bijagós, arquipélago com 88 ilhas, classificadas, desde 1996, pela Unesco, como reserva da bioesfera.

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O ministro do Turismo da Guiné-Bissau, Fernando Vaz, que esteve em Portugal para participar na BTL, falou ao Publituris sobre a estratégia de desenvolvimento turístico do país, que passa pela promoção do arquipélago dos Bijagós como a marca “urbrella” do turismo do país. E como a hotelaria é uma área vital para o desenvolvimento do turismo, o governante promoveu, no âmbito da Bolsa de Turismo de Lisboa, uma conferência sobre o investimento turístico na Guiné-Bissau.

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Qual é a estratégia adotada pelo governo da Guiné-Bissau com vista ao desenvolvimento de um setor tão importante para a economia do país, como é o turismo?

Ainda estamos a construir os alicerces. Nesta perspetiva, no setor do turismo é fundamental dar a conhecer o potencial turístico que a Guiné-Bissau tem e que a maior parte das pessoas não conhece, especificamente os investidores. Queremos que os investidores olhem para a Guiné-Bissau, apesar de um handicap muito grande que é a questão da instabilidade política que tem manchado a imagem do país, mas quem conhece a Guiné-Bissau sabe que os Bijagós se constituem como um paraíso fora do continente. Mesmo durante o período da guerra colonial nunca se ouviu um tiro no arquipélago, o que se mantém até hoje. Tudo o que acontece no continente, como tentativas de golpe de estado, passam ao lado dos Bijagós. Portanto, os investidores estrangeiros são bem-vindos, como os que lá estão, pois há todas as garantias de estarem num paraíso e onde não serão afetados por essas instabilidades constitucionais que julgo terem acabado definitivamente, depois dos acontecimentos do passado 1 de fevereiro em Bissau [tentativa de golpe de estado]. Nessa perspetiva e tendo em conta o nosso enorme potencial turístico, particularmente nas ilhas dos Bijagós, levamos a cabo um fórum durante a BTL, com o objetivo de sensibilizar os investidores a escolherem a Guiné-Bissau como local para materializarem os seus investimentos. Este é o objetivo principal, ou seja, promover a nossa principal marca turística, que são os Bijagós.

O que se pretende concretamente ao nível do investimento? Querem grandes projetos hoteleiros como existem por exemplo nas Caraíbas?

Não, não pretendemos isso, até porque os Bijagós situam-se num ecossistema que precisa de ser preservado e tem uma sustentabilidade própria. Caso contrário, aquilo que temos para oferecer de diferente, desaparece. Queremos apresentar ao mundo como um destino turístico diferente, um destino onde os turistas possam ver os hipopótamos únicos do mundo [vivem em água doce e água salgada], e não queremos que eles abandonem os seus habitats naturais no Orango e nas ilhas circundantes. Para isso vamos dimensionar as unidades hoteleiras consoante a natureza das ilhas, sendo que umas são grandes, outras médias e outras muito pequenas. A nossa maior ilha tem quase 40kms de comprimento, portanto já é bem grande. Aí, eventualmente, e como está na parte mais exterior do arquipélago, em pleno Atlântico, pretendemos unidades de maior dimensão. Nas ilhas que se situam na parte mais interior do arquipélago, nas zonas de nidificação das aves, da desova das tartarugas, onde se encontram os hipopótamos, e se avistam golfinhos, bem como outras espécies que queremos que convivam connosco todos os dias, vamos apostar no ecoturismo com unidades de pequena dimensão. Estamos a pensar em unidades hoteleiras entre os 50 e 150 quartos no máximo.

Querem privilegiar o investimento português?

A nível do investimento estamos abertos a qualquer nacionalidade, mas se vier de Portugal, tendo em conta a comunhão de língua e de cultura, penso que há vantagens.

Os Bijagós têm problemas nas ligações com o continente. O que é que o Governo está a fazer para colmatar isso?

Temos um projeto de melhoramento do aeródromo de Bubaque. Nas ilhas já dispomos um bom porto que consegue receber qualquer tipo de embarcação turística. Vamos melhorar o aeródromo e as vias urbanas de Bubaque. Queria, no entanto, referir que, neste momento, estamos a recuperar quase todas as vias urbanas de Bissau. A capital do país tornou-se uma cidade feia e pouco atrativa. Fazer turismo numa cidade toda esburacada, com ruas sem passeios, e sem esgotos, torna-se caótica. Penso que será um dos maiores projetos no país desde a independência, ao nível da intervenção estrutural. De igualmente modo se pensa para as capitais das regiões com pequenas intervenções, incluindo as ilhas, naturalmente.

Para além dos Bijagós

A Guiné-Bissau não tem só os Bijagós. Hoje, como sabemos, o turismo de natureza é muito importante e o país conta com diversos parques naturais.

Para o turismo de natureza, além do arquipélago dos Bijagós, eleito pela Unesco como património mundial da biosfera, 26% do território nacional é constituído por reservas e parques naturais, ou seja, um terço dos nossos 36 mil quilómetros quadrados, que temos de preservar, particularmente no sul do país. De destacar o Parque Nacional de Cantanhez e a Lagoa de Cufada, zonas onde se pode fazer turismo de observação, de natureza, e onde estão a surgir pequenas unidades turísticas, e fazem parte de um dos nossos cinco itinerários definidos para um tipo de turismo diferente. Temos em Cantanhez os célebres chimpanzés, elefantes que atravessam a fronteira vindos da Guiné- -Conakry, búfalos, leões e outras espécies de fauna muito rica. Na Lagoa de Cufada existe uma zona de nidificação de aves que fogem do frio da Europa no inverno. Temos 300 a 400 espécies diferentes de aves. Enfim, temos tudo para fazer o melhor turismo de observação e de natureza no sul da Guiné-Bissau. Ainda na parte continental temos praias fabulosas, as quedas de água do rio Saltinho, ou seja, temos um pacote em que podemos oferecer muito, para além da caça e da pesca desportiva.

Esta busca de investimento estrangeiro significa que o setor privado guineense não tem massa crítica, nem poder económico para investir no turismo?

Começa a haver alguma classe nacional que investe no setor turístico. Temos, por exemplo, o antigo Grande Hotel, o primeiro hotel de Bissau, que foi comprado por um grupo de empresários guineenses, para o converter numa unidade de quatro ou cinco estrelas. Temos em Gabú, no leste do país, um outro investimento similar de um empresário nacional, em Canchungo (no norte) também. Portanto, os nacionais começam a apostar no turismo. Mas, naturalmente, para atrairmos turistas têm que ser cadeias de renome, de marca já feita, a exemplo do que acontece em Cabo Verde. A aposta da marca RIU Hotels na ilha do Sal fez com que muitas outras de renome internacional fossem atrás. O que queremos fazer nos Bijagós e no continente, é precisamente isso, conseguir levar uma marca sólida capaz de provocar efeitos a montante e a jusante. Tendo essa marca na Guiné-Bissau, o próprio Estado vai olhar para o turismo de outra maneira, vai investir mais e considerar este setor como prioritário na prática, ou seja, vai investir em infraestruturas para o setor.

Então o turismo não é considerado setor prioritário para o desenvolvimento económico do país?

Politicamente considera. Na orgânica governamental fomos elevados de Secretaria de Estado para Ministério, dando importância ao setor do turismo, isto pela sensibilidade que o Presidente da República tem do setor, mas no Orçamento Geral de Estado não foi refletida essa prioridade. Temos uma dotação orçamental que não prevê investimentos em infraestruturas para o setor. Por isso é que digo que só politicamente. Mas penso que, com o trabalho que estamos a fazer, acreditamos que o próprio governo irá mudar o seu conceito nos próximos orçamentos.

Mais oferta de Portugal

De onde chegam os turistas que hoje em dia visitam a Guiné-Bissau?

O principal país emissor de turistas para a Guiné-Bissau é Portugal, contrariamente aquilo que acontecia há uns anos que era a França. Fizemos em Portugal uma campanha de promoção muito forte. Pela primeira vez colocámos outdoors nas autoestradas portuguesas a oferecer o nosso destino, que teve um impacto muito grande. Tivemos também alguns programas, bem como visitas de jornalistas portugueses, numa estratégia que está em curso, e que fez com que muitos portugueses procurassem os Bijagós como destino de férias.

Até porque há vários operadores portugueses que programam a Guiné-Bissau, nomeadamente os Bijagós.

A Sonhando, que pertence ao grupo euroAtlantic, é um bom exemplo.

Também hoje em dia é muito mais fácil chegar à Guiné-Bissau pelo número de voos semanais diretos de Lisboa.

Temos três voos semanais da TAP e um da euroAtlantic airways, que vai passar para dois por semana a partir de junho. Portanto, vamos ter brevemente cinco voos diretos por semana à partida de Portugal. A própria TAP já solicitou uma quarta frequência. Se isso acontecer, teremos um voo quase todos os dias, o que permitirá fazer diversos pacotes turísticos, além do que o fator concorrência depois irá fazer com que os custos sejam menos elevados. O preço do avião para a Guiné-Bissau é elevado, o que faz com que a oferta dos pacotes turísticos seja alto. Isso irá pressionar os preços no sentido de serem mais baixos, com pacotes muito mais acessíveis.

Outro fator importante é a proximidade entre os dois países?

A quatro horas de voo. Não é preciso ir às Caraíbas para encontrar praias de areia branca e água límpida e quente. “Venha aos Bijagós”, é o convite que fazemos e o turista terá as Caraíbas a quatro horas de voo. Outra vantagem: os Bijagós são um paraíso na aceção da palavra. Mesmo com a Covid-19, não são praticamente conhecidos casos, além de ser uma região que não tem paludismo (malária). É um paraíso à parte e com todas as condições para receber turistas europeus.

É esta marca que querem incutir não só em Portugal como em outros países emissores europeus?

É isso precisamente. Se reparar todos os países vendem a sua marca. O Brasil, por exemplo, venda a Bahia como uma marca, o Ceará como uma marca, vende o Rio de Janeiro como uma marca. Nós hoje começamos pelos Bijagós, depois quem sabe, o Sul como uma marca, Varela como outra marca. Portanto, a estratégia é essa. Não estamos a inventar nada, mas a fazer aquilo que outros países, que chegaram onde chegaram, fizeram.

*A entrevista foi publicada originalmente na edição 1461 do Publituris.

 

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Marrocos pretende ser destino preferencial tanto para turistas como para investidores

Marrocos está prestes a tornar-se um destino de eleição tanto para investidores como para turistas, graças ao seu rápido desenvolvimento e à sua posição estratégica, afirmou, em Casablanca, o diretor geral da Sociedade Marroquina de Engenharia Turística (SMIT), Imad Barrakad.

A trajetória de crescimento de Marrocos é impressionante e o potencial de expansão contínua nos próximos meses e anos é considerável, sublinhou Imad Barrakad na abertura da cimeira de sobre Turismo, Hospitalidade, Investimento.

Neste contexto, e citado pela imprensa local, sublinhou a importância da cidade de Casablanca, principal centro económico de Marrocos, especificando que encarna um equilíbrio perfeito entre a vida contemporânea e um rico património, tornando-se um destino essencial para quem procura experiências culturais ou oportunidades de investimento.

Além disso, o diretor geral da SMIT indicou que Marrocos, graças às suas ambiciosas reformas económicas e à sua abertura aos investimentos estrangeiros, posiciona-se como um ator-chave na região, observando que a implementação de projetos de infraestruturas modernas contribui significativamente para melhorar a sua atratividade.

Igualmente, o diretor geral da API Events, Murray Anderson, citado também pela imprensa marroquina, destacou o progresso do país, que está a tornar-se rapidamente um líder mundial em turismo, com potencial cada vez maior.

Com a sua rica cultura, localização estratégica e mercados prósperos, o país está bem posicionado para um crescimento sustentado no setor do turismo, observou, acrescentando que os ativos fundamentais de Marrocos fazem dele um destino preferido para investimentos internacionais.

Anderson reafirmou o compromisso da API Events em apoiar esse crescimento, reunindo investidores, operadores, desenvolvedores, banqueiros e parceiros financeiros de todo o mundo, destacando a importância deste evento, que constitui uma plataforma para explorar oportunidades de investimento, fortalecer o engajamento com os mercados dinâmicos de Marrocos e contribuir para o desenvolvimento global do setor.

Co-organizada pela SMIT e API Events, em Casablanca, esta cimeira reuniu mais de 300 investidores, hoteleiros e líderes turísticos de 15 países, e ofereceu aos participantes a oportunidade de descobrir o potencial deste mercado.

Para além de conferências e painéis, este evento facilitou reuniões de negócios que visaram fortalecer os laços entre os principais intervenientes da indústria hoteleira e turística e promover o investimento no setor em Marrocos.

As discussões centraram-se em temas estratégicos como o desenvolvimento da infraestrutura hoteleira, a diversificação da oferta turística e a integração de tecnologias na gestão do setor turístico.

 

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Receitas turísticas sobem 8,9% em setembro e têm aumento superior a mil milhões de euros face à pré-pandemia

No acumulado do ano, a tendência também é positiva e o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28 milhões de euros, superior ao registado em todo o ano de 2022, de acordo com os dados revelados pelo Banco de Portugal (BdP).

As receitas turísticas somaram, em setembro, 3.077,43 milhões de euros, valor que ficou 8,9% acima de igual mês do ano passado e que traduz um aumento superior a mil milhões de euros face a setembro de 2019, antes da pandemia, de acordo com os dados revelados esta terça-feira, 19 de novembro, pelo Banco de Portugal (BdP).

Os dados do BdP mostram que, face a setembro de 2023, as receitas turísticas subiram 252,42 milhões de euros face aos 2.825,01 milhões de euros que tinham sido apurados no nono mês do ano passado.

Numa comparação com o mesmo mês do período pré-pandemia, a subida é ainda mais expressiva e chega aos 51,6%, já que as receitas turísticas, que se encontram pelos gastos dos turistas estrangeiros em Portugal, registaram um aumento de 1.047,06 milhões de euros face a setembro de 2019.

Tal como as receitas turísticas, também as importações do turismo, que se encontram pelos gastos dos turistas portugueses no estrangeiro, registaram um aumento de 6,9%, totalizando 732,99 milhões de euros, o que significa um crescimento de 47,63 milhões de euros face aos 685,36 milhões de euros contabilizados em setembro do ano passado.

Comparativamente a 2019, a subida volta a ser também mais expressiva, já que este indicador aumentou 44,3% ou 224,91 milhões de euros face ao mesmo mês do último ano antes da pandemia da COVID-19.

No comunicado que acompanha os números, o BdP explica que as Viagens e Turismo foram fundamentais para o aumento registado na balança de serviços, cujas exportações e importações aumentaram 7,8% e 7,0% em relação a setembro de 2023, o que “reflete, sobretudo, o contributo das viagens e turismo (+252 milhões de euros e +48 milhões de euros, respetivamente)”.

A tendência positiva foi ainda comum ao saldo da rubrica Viagens e Turismo, que chegou aos 2.344, 44 milhões de euros em setembro, o que traduz um crescimento de 9,6% ou 204,79 milhões de euros face ao mesmo mês do ano passado, e de 54% ou mais 822,15 milhões de euros em comparação com setembro de 2019.

Acumulado já ultrapassa valor total de 2022

No acumulado desde janeiro, o valor das receitas turísticas chega já aos 22.196,28, valor que é superior ao registado em todo o ano de 2022 e que representa um aumento de 9,4% ou mais 1.915,88 milhões de euros face aos 20.280,4 milhões de euros que tinham sido apurados em setembro do ano passado.

Tal como as receitas turísticas, também o acumulado das importações do turismo apresenta uma tendência positiva, chegando aos 5.284,48 milhões de euros, o que fica 7,6% ou 372,92 milhões de euros acima dos 4.911,56 milhões de euros apurados até ao mesmo mês do ano passado.

No que diz respeito ao saldo acumulado, a situação volta a ser positiva, uma vez que este indicador chegou aos 16.911,8 milhões de euros, o que traduz um aumento de 9,4% ou mais 1.450,88 milhões de euros face aos 15.460,92 milhões de euros apurados em igual período do ano passado.

 

 

 

 

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Atout France e Business France vão ser uma só a partir do próximo ano

A fusão destas duas estruturas responsáveis pela atratividade de França, uma para investidores estrangeiros e outra para turistas, terá início a partir de 2025, nomeadamente com vista a uma reorganização da sua rede de países estrangeiros e à congregação dos seus recursos.

De acordo com o projeto de lei financeira de 2025, apresentado pelo Primeiro-Ministro francês, Michel Barnier, pretende-se aproximar a Atout France e a Business France, para obter poupanças orçamentais.

Nas restrições orçamentais, o novo Primeiro-Ministro fez esta declaração: “Vamos reunir e agrupar agências, operadores e fundos que têm objetivos comuns, tais como como Business France e Atout France”, acrescentando que “Vamos desenvolver uma cultura de avaliação em todos os lugares. Não poderemos gastar mais. Vamos gastar melhor.”

A imprensa francesa avança que a reforma da Atout France, uma estrutura que emprega 350 pessoas (150 em Paris, 200 no estrangeiro), está em cima da mesa há algum tempo. Em maio, durante uma comissão interministerial de turismo, o executivo anunciou a intenção de modernizar esta agência, que “perdeu o seu dinamismo original”, como reconheceu Dominique Marcel, presidente da Alliance France Tourisme, que reúne pesos pesados ​​do setor. A sua estratégia internacional foi regularmente criticada, assim como o seu distanciamento do tecido económico francês.

Refira-se, também que há pouco mais de 15 anos, a Atout France foi construída a partir da fusão de duas estruturas: Maison de la France e Odit France. Embora não seja do Estado, a agência está colocada sob a tutela do ministro responsável pelo Turismo, e como objetivo promover o turismo em França, realizando operações de engenharia turística e implementando uma política de competitividade e qualidade das empresas do setor, ou seja, define a estratégia nacional de promoção do destino França de acordo com as diretrizes definidas pelo Estado.

A Atout France define, igualmente, a classificação dos alojamentos turísticos coletivos, as famosas estrelas dos hotéis, parques de campismo, parques residenciais de lazer, residências turísticas e aldeamentos de férias. Também está presente em feiras e organiza inúmeros eventos em todo o mundo.

Já a Business France serve a internacionalização da economia francesa. É responsável pelo desenvolvimento internacional das empresas e as suas exportações, bem como pela prospeção e acolhimento de investimentos internacionais em França. Promove a atratividade e a imagem económica do país, das suas empresas e dos seus territórios. Criada a 1 de janeiro de 2015, a Business France resultou da fusão da UBIFRANCE e da AFII (Agência Francesa de Investimentos Internacionais).

 

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Todos os olhos estão na Ásia, com destaque para a Índia

Uma recente análise da Google aponta para um forte crescimento das viagens internacionais até 2040. E se no WTM Global Travel Report, apresentado durante o WTM 2024, se aponta para 2 biliões de turistas internacionais, a análise da Google amplia esse número para 2,4 biliões.

Victor Jorge

Com a indústria das viagens a enfrentar grandes desafios nos últimos anos, com a história a demonstrar tratar-se de um setor altamente resiliente, uma recente análise da Google mostra que, mesmo defrontando acontecimentos imprevistos, as pessoas não perderam o interesse em viajar e explorar novas experiências.

No “Travel Vision 2040”, a google, juntamente com a Deloitte e players do setor das viagens, apontam para um crescimento das viagens internacionais em 60% até 2040, fixando o número de turistas internacionais nessa altura nos 2,4 biliões.

A ascensão da Índia
O panorama das viagens, em 2040, assistirá, segundo a análise publicada pela Google, à ascensão ou reforço de novos mercados de origem, indicando a Índia, China e os EUA como os mercados de crescimento mais rápidos.

O destaque vai, de resto, para os viajantes indianos, que aumentam em cinco vezes até 2040, impulsionados pelo aumento da posse de passaportes e por políticas de vistos menos rígidas. “São pessoas com conhecimentos digitais e que tomam decisões rápidas, reservando voos internacionais com um prazo médio inferior a 50 dias (por comparação, com o prazo médio global de quase 70 dias)”.

O relatório salienta, no entanto, que a diversidade linguística e cultural da Índia exige uma abordagem localizada por parte das marcas. “O país tem muitas línguas diferentes, sendo que 10 delas têm mais de 30 milhões de falantes nativos cada. E a maioria dos indianos prefere utilizar a sua língua local para pesquisar e efetuar tarefas online”, referem os autores.

Por outro lado, do globo, os EUA continuam a ser um poderoso mercado de origem nas viagens. Os viajantes norte-americanos já representam 10% da procura de todas as viagens europeias e constituem 40% de todos os viajantes não europeus na região. “Estes viajantes são extremamente conscientes da marca, com 78% dos consumidores norte-americanos dispostos a pagar mais por uma marca que conhecem”, refere a Google.

As empresas de viagens devem, por isso, concentrar-se em estabelecer – ou aumentar o conhecimento – da sua marca nestes mercados de origem emergentes e em crescimento. “Em 2040, as pessoas já devem conhecer a marca quando estão a planear as próximas férias, em vez de a descobrirem pela primeira vez”, frisa a análise.

Os novos “hotspots”
O panorama das viagens em 2040 não é apenas moldado pelo local de onde os viajantes saem, mas também pelo local para onde viajam, destaca a Google. Prevê-se, assim, que Espanha ultrapasse França como o país mais visitado do mundo – embora seja uma corrida renhida entre ambos os mercados – e que o recém-chegado México entre no top 5 dos destinos mais populares.

Contudo, os países europeus continuarão a ser um dos principais atrativos para quem vai de férias, a par da Ásia e da América do Norte.

Espera-se, também, que o Médio Oriente assista a um afluxo de viajantes, registando a taxa de crescimento anual mais elevada prevista para as chegadas entre o presente ano (2024) e 2040.

E aqui, dois mercados estão a fazer “trabalho extra” neste domínio: a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos (EAU). “O aumento do interesse da Arábia Saudita é alimentado por infraestruturas atualizadas e reformas dos vistos de entrada, impulsionadas por projetos turísticos ambiciosos”, enquanto a popularidade dos Emirados Árabes Unidos basear-se-á “na oferta de experiências de alta qualidade e de ofertas de luxo”.

Raúl González, coautor do relatório e CEO do Barceló Hotel Group para a Europa, Médio Oriente e África, explica no relatório que “as marcas, em destinos em crescimento, terão de se adaptar a diferentes tipos de viajantes”. E acrescenta: “quando as pessoas reservavam um hotel há 30 anos, queriam apenas uma cama. Atualmente, querem uma experiência personalizada e local”. Por isso, admite ainda, “é importante analisar os dados para compreender as novas expectativas dos clientes”.

A analise sobre o panorama das viagens em 2040 também mostra que a diversificação de destinos em locais já populares continuará a aumentar. “Ao elaborar a sua estratégia para o futuro, analise a forma como pode satisfazer os visitantes de diferentes países”, salienta a Google.

Informado, exploratório e envelhecido: eis o viajante do futuro
Com o surgimento de novos mercados de origem, a análise da Google divide o viajante do futuro em duas categorias distintas: “emergentes e maduros”. Os viajantes emergentes gravitam mais em torno de destinos maduros, enquanto os viajantes maduros são cada vez mais atraídos por locais fora dos circuitos habituais.

“Os viajantes emergentes – como os da Índia – procuram inicialmente mercados que sejam simultaneamente destinos de viagem estabelecidos e próximos de casa”, explica Patricia Ruiz Ramos, Senior Manager Strategy Consulting Practice da Monitor Deloitte. “É por isso que os países vizinhos verão primeiro o impacto dos viajantes emergentes. Os locais mais distantes, como os da Europa, irão sentir os efeitos à medida que o poder de compra destes viajantes aumentar.”

A análise revela, também, que ambos os tipos de viajantes são altamente informados e realizam pesquisas extensas antes das suas viagens. Não se limitam a fazer reservas, procuram confiança e segurança nas suas decisões.

“À medida que a população mundial envelhece e os indivíduos entram na reforma com melhor saúde, está a surgir um novo segmento de viajantes com necessidades e preferências distintas”, afirma Ruiz Ramos. “Isto, juntamente com o interesse crescente em experiências culturais e históricas entre os viajantes de países como o Japão e a China, representa uma oportunidade significativa para as empresas de viagens explorarem este mercado em crescimento, adaptando as suas ofertas para satisfazer as exigências específicas destes viajantes.”

E a Google deixa um recado final: “lembre-se, 2,4 mil milhões de viajantes estão à espera. O futuro das viagens pertence às marcas e destinos que estão preparados”.

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Madeira reforça o espírito de pertença e autenticidade da marca em nova campanha

Depois da iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”, a Associação de Promoção da Madeira lança agora uma nova campanha de Natal.

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A Madeira acaba de lançar uma Campanha de Natal, reforçando “o espírito de pertença e autenticidade da marca com um novo apelo à vivência plena do destino”.

Em 2023, o destino apresentou a iniciativa “Vive a Madeira por inteiro” para o mercado nacional, complementada pela versão internacional “Experience Madeira for yourself”. Esta campanha, ainda ativa, tem como conceito central a ideia de que o arquipélago oferece tudo o que se pode desejar num destino: montanha, mar, cultura e autenticidade, fazendo da Região um lugar para todos e durante todo o ano.

Reconhecendo que não é possível capturar toda essa experiência num simples anúncio, a Associação de Promoção da Madeira (AP-M) optou por uma abordagem “disruptiva”, admitindo que estar fisicamente na Região “é a única forma de experienciar verdadeiramente tudo o que o destino tem a oferecer”.

Para a época de Natal, o destino segue esta mesma linha de autenticidade e proximidade. “A nova campanha do próximo mês de dezembro convida a viver as festividades na ilha com intensidade, capturando o espírito do povo madeirense e o modo como o destino se transforma para as celebrações de fim de ano. Na Região, não há um copo ‘meio cheio’ ou ‘meio vazio’: a proposta é aproveitar ao máximo, vivendo cada momento por inteiro”, pode ler-se no comunicado de imprensa.

A campanha também reforça o compromisso da marca com o sentimento de pertença e comunhão – traduzido nas assinaturas “Madeira. Tão tua” e “Madeira. Belongs to all” – e destaca o posicionamento do destino como um lugar “vibrante e autêntico”, onde cada visitante encontra experiências que tocam profundamente o seu coração e o fazem sentir-se parte de algo único.

Esta nova fase da campanha de Natal reafirma o compromisso do destino em “atrair públicos diversos, fortalecendo a ligação entre a Madeira e os viajantes, especialmente em épocas de celebração”.

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Feira de Emprego e Carreiras Azuis regressa a 27 de fevereiro de 2025

A próxima edição da Feira de Emprego e Carreiras Azuis vai decorrer a 27 de fevereiro de 2025, em Lisboa, e as inscrições já se encontram a decorrer.

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A Feira de Emprego e Carreiras Azuis já tem data para a próxima edição, que vai acontecer a 27 de fevereiro de 2025, em Lisboa, informou a organização do certame, em comunicado.

AlgarExperience, Viking e Mystic Invest Holding (DouroAzul, Mystic Cruises, Nicko Cruises, Atlas Ocean Voyages) são algumas das empresas que já confirmaram a presença na próxima edição da Feira de Emprego e Carreiras Azuis.

“A Feira de Emprego e Carreiras Azuis é um evento fundamental para quem trabalha ou pretende trabalhar em cruzeiros, iates, turismo náutico, navios de carga, instalações portuárias e logística, construção e reparação naval, energias renováveis no oceano, pesca, aquicultura, segurança, serviços marítimos, ambiente e sustentabilidade, entre outros setores de atividade da economia azul”, refere a organização, na informação divulgada.

A entrada na feira é gratuita, mas está sujeita a inscrição prévia, que já pode ser realizada aqui.

 

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Brasil lidera crescimento do mercado de viagens latino-americano

O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento e deverá apresentar uma “expansão continua” até 2027, com destaque para o Brasil, que lidera a subida, avança um relatório da Phocuswright.

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O mercado de viagens latino-americano registou, pelo terceiro ano consecutivo, um crescimento, com a subida das reservas brutas a chegar aos 29% e a somar 70,1 mil milhões de dólares, com destaque para o Brasil, que lidera o crescimento, avança um relatório da Phocuswright, divulgado esta segunda-feira, 18 de novembro.

“A indústria de viagens do Brasil registou um salto notável de 37%, para 21,8 mil milhões de dólares, impulsionado pela estabilidade crescente, pela diminuição dos níveis de pobreza e pela melhoria das condições económicas sob o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, lê-se no relatório.

Os dados da Phocuswright mostram que as companhias aéreas brasileiras, que são o maior segmento fornecedor de viagens do país, transportaram 21 milhões de passageiros internacionais, num aumento de 38% em relação ao ano anterior.

“O Brasil é um mercado de viagens dinâmico com uma presença digital crescente”, afirma Carolina Sass de Haro, diretora para América Latina e Caraíbas da Phocuswright e coautora do relatório, sublinhando que a indústria de viagens do Brasil, que é “alimentada por um aumento nas viagens internas e domésticas”, está preparada para “um crescimento contínuo”.

O relatório da Phocuswright estima também que, até 2027, o mercado de viagens da América Latina deverá experimentar uma “expansão continua”, uma vez que se projeta que as reservas brutas venham a atingir os 95,8 mil milhões de dólares dentro de dois anos, com destaque para as reservas de viagens online, cuja penetração deverá atingir os 54% até 2027.

Este relatório diz também que o “setor hoteleiro é o maior mercado fornecedor de viagens da região, respondendo por 47% de todas as reservas brutas de viagens em 2023” e que o México continua a ser o maior mercado de viagens da América Latina, representando 45% das reservas brutas de viagens em 2023.

 

 

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“Brasil é o campeão dos Stopovers” da TAP e corresponde a quase 50% dos passageiros

Segundo Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, “o Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover”, o que torna este programa numa “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

Inês de Matos

O mercado brasileiro é o que mais adere ao Stopover da TAP e representa cerca de 50% dos passageiros que usufruem deste programa, revelou Carlos Antunes, diretor da TAP para as Américas, considerando que esta é uma “ferramenta de vendas importantíssima” para a companhia aérea.

“As pessoas podem ficar até 10 dias, são duas viagens numa só e entre todos esses passageiros que transportamos, o Brasil é o campeão dos Stopovers. O Brasil tem cerca de 49% ou 50% dos passageiros em Stopover, para nós é uma ferramenta de vendas importantíssima”, afirmou o responsável, em declarações aos jornalistas, à margem da 36.ª edição do Festuris – Feira Internacional de Turismo de Gramado, que decorreu entre 7 e 10 de novembro.

Carlos Antunes explicou que, em 2022 e no início de 2023, “Portugal foi o principal destino dos brasileiros”, algo que tem vindo a mudar com o regresso à operação  de outras companhias aéreas no pós-pandemia, pelo que a TAP tem vindo a promover ainda mais este programa que permite ficar uns dias em Portugal, em viagens cujo destino final não é o território nacional.

“Portugal ainda é o nosso principal foco, mas temos vindo a diversificar a venda para outros destinos. Hoje, há uma componente muito significativa de venda para outros destinos, diria que até superior a 50% do total dos nossos passageiros porque acompanhamos o mercado. E o Portugal Stopover é uma ferramenta espetacular para dizer: vai para Roma, então vá connosco e fique uns dias em Portugal”, explicou o responsável.

Por isso, o diretor da TAP para as Américas defende que o programa deve ser reforçado “com mais parceiros e benefícios, com mais comunicação”, motivo pelo qual a parceria entre a TAP e o Turismo de Portugal “é fundamental”.

Programa “é naturalmente um aspeto muito positivo”, reconhece Turismo de Portugal

Tal como Carlos Antunes, também Lídia Monteiro, vogal do Conselho Diretivo do Turismo de Portugal, considerou durante o Festuris que o Portugal Stopover “é naturalmente um aspeto muito positivo”, uma vez que ajuda a trazer mais turistas para Portugal.

“É sempre bom porque a capacidade aérea que a TAP tem instalada em todo o território do Brasil é imensa, é a companhia que mais tem presença no Brasil para a Europa e para Portugal em particular. Aproveitar toda essa capacidade para que as pessoas que se dirigem a outros destinos fiquem em Portugal o máximo de tempo possível, é naturalmente um aspeto muito positivo”, defendeu a responsável.

Lídia Monteiro explicou que, por isso, o Turismo de Portugal tem vindo a apoiar este programa da TAP, ajudando também à sua promoção, uma vez que existe uma relação próxima entre as duas entidades, principalmente no que diz respeito ao mercado brasileiro.

“Sempre apoiámos muito essa iniciativa da TAP do Stopover e temos estado empenhados com eles na promoção. Aliás, a TAP é uma parceira por excelência de Portugal no Brasil. Fazemos muitas ações de promoção de Portugal juntamente com a TAP e em todas as ações de capacitação e roadshows que fazemos no Brasil, a TAP está sempre presente”, acrescentou.

*A jornalista viajou a convite da TAP e do Festuris.

 

 

 

 

 

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Futuro inclusivo de género para o turismo africano defendido em congresso

O Ministério do Turismo e Assuntos Culturais da Serra Leoa, em colaboração com a ONU Turismo, sediou um Congresso Regional de Mulheres no Turismo com o tema “Além do empoderamento, para educação, inovação e acesso financeiro”.

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O congresso reuniu mais de 500 participantes dos setores público e privado, alojamento e indústrias culturais e criativas em Serra Leoa. Com foco em políticas sensíveis ao género e expansão do acesso à educação, mentoria, inovação tecnológica e finanças, delegados de 12 países africanos enriqueceram as discussões: Serra Leoa, Burkina Faso, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Gâmbia, Quênia, Libéria, Namíbia, Nigéria, África do Sul, Zâmbia e Zimbábue.

Elcia Grandcourt, diretora para a África na ONU Turismo, foi acompanhada por representantes de várias organizações internacionais, incluindo ONU Mulheres e AUDA-NEPAD, bem como pelo Coordenador Residente da ONU para Serra Leoa.

Num forte compromisso com a inclusão, o congresso facilitou a participação de mulheres com limitações físicas, fornecendo interpretação em linguagem gestual e encorajando as mulheres com deficiência a envolverem-se plenamente em todas as atividades que digam respeito ao turismo.

Em sua mensagem de vídeo, Natalia Bayona, Diretora Executiva de Turismo da ONU, anunciou a alocação de 100 bolsas de estudo da organização “Tourism Online Academy” para o governo de Serra Leoa: 50 “Introdução à Gestão da Indústria do Turismo” e 50 “Introdução ao Direito Internacional de Turismo e Viagens”. Esta iniciativa aborda a necessidade urgente de educação abrangente e desenvolvimento de habilidades no setor de turismo, estendendo-se além da hospitalidade tradicional para incluir marketing digital e comércio eletrónico, com apoio governamental para a educação acessível.

Os especialistas também destacaram a importância de impor políticas de igualdade de género para garantir a representação das mulheres em funções de liderança e tomada de decisão, e para promover um ambiente de apoio à colaboração e networking. Estratégias inovadoras alavancando as redes sociais e o comércio eletrónico foram discutidas como ferramentas cruciais para a construção de marca e engajamento de mercado, enquanto abordar a exclusão digital para mulheres vulneráveis ​​e geograficamente isoladas surgiu como uma prioridade.

No âmbito do congresso, foi realizado um workshop técnico sobre acesso financeiro, equipando 80 mulheres empreendedoras de 30 organizações e associações com insights para navegar em ecossistemas financeiros.

À margem do congresso, o Women in Tourism Africa Leadership Committee (WITLAC), um comité pan-africano apoiado por vários Estados-membros africanos e facilitado pelo Secretariado de Turismo da ONU, convocou duas reuniões fechadas para avaliar o progresso e desenvolver ainda mais iniciativas que apoiam o empoderamento das mulheres no turismo, tendo focado em educação, inovação e acesso a financiamento, com resultados tangíveis.

 

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“Espanha Verde”: uma marca turística 4 em 1

Criada há 35 anos para representar as regiões da Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco na promoção e posicionamento do destino, “Espanha Verde” veio a Portugal para dar a conhecer o património, arquitetura, paisagem natural, gastronomia e vinhos. Pode ler a entrevista a Xosé Manuel Merelles, diretor da Agência de Turismo da Galiza, na próxima edição do Publituris.

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Galiza, Astúrias, Cantábria e País Basco uniram-se numa única marca turística para promover o destino e explorar o seu património, arquitetura, paisagem natural, gastronomia e vinhos. Criada há 35 anos, Espanha Verde veio dar-se a conhecer na cidade do Porto “pela relação transfronteiriça que temos com toda a região Norte de Portugal”, explica Xosé Manuel Merelles, diretor da Agência de Turismo da Galiza, região que assume a coordenação das ações promocionais da Espanha Verde em 2024.

“O mercado português é muito importante para nós, não apenas pela proximidade geográfica, mas também pela afinidade cultural que temos em comum”, realça Xosé Manuel Merelles, salientando que “temos números muito diferentes em cada região”, com o mercado português a ser “o principal mercado na Galiza, representando mais de 44% do turismo internacional”. Já nas Astúrias, Portugal “ocupa o terceiro lugar” e na Cantábria e no País Basco, os portugueses “representam cerca de 3,5% dos turistas estrangeiros”, acrescenta o responsável.

A par de Portugal, as quatro regiões que compõem a Espanha Verde têm como mercados prioritários França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Ao Publituris, entrevista que poderá ler na íntegra na próxima edição do jornal, Xosé Manuel Merelles afirmou que “apresentar pela primeira vez esta marca em Portugal permite-nos aumentar a notoriedade da ‘Espanha Verde’ no mercado português, tornando-a cada vez mais acessível e democrática, despertando a curiosidade e o interesse para a sua vivência”.

Numa abordagem coletiva que estimula o espírito de aventura e o respeito pela natureza, a marca desenvolve projetos conjuntos para divulgar produtos turísticos transversais às quatro regiões, graças a propostas imersivas e sensoriais. “A Grande Rota da Espanha Verde”, um dos projetos centrais da marca, que consiste num roteiro que permite conhecer as quatro regiões em 16 etapas, desfrutando da riqueza da paisagem natural protegida, da imponência do património e da arquitetura, da sofisticação da oferta vínica e gastronómica ou da diversidade da cultura e das tradições, aspetos que unem as quatro comunidades e definem a sua identidade.

O “Corredor Ecoturístico Espanha Verde” é outro dos grandes projetos desenvolvidos pela marca, em parceria com o Turismo de Espanha. Financiado por fundos europeus, este será em breve o maior corredor ecoturístico da Europa, integrando 30 espaços protegidos e cerca de 350 empresas turísticas das quatro comunidades, numa aposta clara por novos serviços no turismo sustentável, social e ambiental.

Com 56 restaurantes galardoados com Estrelas Michelin, grutas com arte pré-histórica declarada Património da Humanidade pela UNESCO, 42 espaços naturais protegidos, entre parques e reservas, 2.500 quilómetros de costa marítima e mais de 30 vias verdes exclusivas a peões e a ciclistas, o território “Espanha Verde” incentiva a atividades como uma degustação enogastronómica de excelência, a prática de desporto, especialmente o surf, a realização do Caminho de Santiago Norte, marcado por vias medievais, ou o slow sleep, segmento que valoriza os alojamentos de charme situados no meio da natureza.

“Acreditamos que as quatro regiões têm aspetos em comum, mas também muitas coisas que as diferenciam, contribuindo para experiências únicas e completas”, disse ainda Xosé Manuel Merelles ao Publituris.

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