Parlamento Europeu quer excluir regiões ultraperiféricas da taxa de carbono
Informação foi avançada por Marian-Jean Marinescu, presidente da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu, que se encontra em visita à Madeira.

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A Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu (PE) vai propor que a taxa de carbono não seja aplicada nas ligações aéreas entre as regiões ultraperiféricas e os Estados da União Europeia, o que deverá ter reflexos nos preços dos bilhetes, segundo Marian-Jean Marinescu, presidente da comissão.
“Espero que se reflita no bilhete, porque as companhias não terão razões para subir os preços”, disse o responsável, numa conferência de imprensa, no Funchal, em que também participou o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque.
Marian-Jean Marinescu (PPE/Roménia) integra uma delegação da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu, composta por seis eurodeputados, que se encontra de visita à região autónoma até quarta-feira, da qual fazem parte as portuguesas Cláudia Monteiro de Aguiar (eleita pelo PSD/Madeira) e Sara Cerdas (PS/Madeira).
De acordo com a Lusa, o presidente da Comissão dos Transportes e Turismo do Parlamento Europeu considera que a eliminação da taxa do carbono nas viagens aéreas, prevista ao abrigo do Regime de Comércio de Licenças de Emissão da União Europeia (RCLE-UE em português ou ETS em inglês), vai potenciar a mobilidade e estimular a atividade turística nas regiões ultraperiféricas e admite um acordo sobre esta questão.
“É possível ter um acordo no Parlamento Europeu sobre a taxa do carbono”, defendeu o responsável que, tal como Miguel Albuquerque, considera que esta é uma questão importante, ainda por cima numa altura em que os preços estão a subir de forma generalizada, com reflexo também nos preços dos transportes.
“Entendemos que o desafio que se coloca hoje, para além da mobilidade digital, é garantir que todos os europeus, incluindo os das regiões ultraperiféricas, consigam se deslocar dentro do espaço europeu com preços acessíveis e de forma frequente”, disse o presidente do Governo Regional da Madeira.
Miguel Albuquerque salientou, por outro lado, a importância geopolítica destas regiões, onde residem 4,8 milhões de cidadãos, afirmando que garantem uma “perspetiva de presença” da União Europeia no Atlântico, nas Caraíbas, na América do Sul e no Índico.
Por isso, o governante insular disse ser “incompreensível” que uma região como a Madeira não disponha de ligações regulares de transporte marítimo com continente europeu e que não esteja integrada na rede transeuropeia de transportes.
“Continuaremos a lutar para que a acessibilidade e o transporte em regiões que não têm escala sejam decisivos para integrar as nossas economias e assegurar a coesão dos nossos cidadãos ao nível europeu”, declarou.