Solférias superou em dois dígitos as vendas na BTL face a 2019
Para Solférias, a BTL foi “muito positiva. A feira foi um sucesso em termos de reencontros, participação e de vendas, e neste aspeto, a Solférias não tem que se queixar porque superámos os números de 2019 em dois dígitos, o que para nós foi uma surpresa bastante agradável, tendo-se destacado destinos como Cabo Verde, a Disney, o Senegal, o Egito, Saidia, Porto Santo e Madeira, revelou Sónia Regateiro, COO do operador turístico.

Carolina Morgado
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Em declarações aos jornalistas, em Lisboa, durante o roadshow de apresentação da programação para este ano, Sónia Regateiro mostrou-se otimista com o decorrer das vendas.
“O período da Páscoa já está muito bem vendido há muito tempo. Estamos mesmo só a vender o resto dos lugares que temos em bloqueio com a Emirates para o Dubai e as Maldivas. De fato a Páscoa este ano foi um sucesso, principalmente para Cabo Verde que, para além dos voos regulares da TAP, conseguimos encher três voos charter, partilhados com a Soltrópico e Abreu”, revelou a Chief Operating Officer do operador turístico.
O evento em Lisboa, que decorreu esta segunda-feira, contou com a presença de cerca de 150 agentes de viagens. Esta terça-feira o operador fará a apresentação da sua programação no Porto, seguindo quarta-feira para Coimbra, onde estão inscritos 250 e 100 agentes de viagens, respetivamente.
No que diz respeito à operação charter para o verão, conforme o Publituris já tinha noticiado, Cabo Verde continua a ser a rainha, designadamente, em relação à ilha do Sal. “Temos um voo charter de Lisboa e outro do Porto que vai de 02 de abril até final de outubro, de forma contínua, e reforço, a partir de junho, de mais dois aviões de Lisboa e dois do Porto. Portanto, durante o verão estes três operadores turísticos vão contar com três voos de Lisboa (dois à sexta-feira e um ao sábado), e do Porto (um ao sábado e dois ao domingo. Para a Boavista estamos a apostar numa oferta com os voos regulares da TAP ao sábado, à saída de Lisboa”, apontou a responsável.
Em termos de dimensão de lugares, depois de Cabo Verde, “vamos ter o Senegal que é uma operação exclusiva da Solférias, com 180 lugares de Lisboa e do Porto, que começa em junho e acaba em final de setembro, depois temos o Egito que é uma grande aposta nossa para este ano. É uma retoma com voos de Lisboa e do Porto para Hurghada, numa operação exclusiva nossa, que começa em junho e tem como última partida o dia 19 de setembro. A restante operação é de menor dimensão uma vez que é partilhada com outros operadores turísticos. Estamos a falar da Tunísia, Saidia, Cayo Coco e Porto Santo”, acrescentou Sónia Regateiro.
Igualmente, segundo a COO, a Disneyland Paris, que este ano comemora o seu 30º aniversário “foi e é mais um sucesso de vendas”, principalmente após terem caído todas as restrições e começado a haver menos controlo das vacinações e passes sanitários.
O Brasil, conforme deu conta “começou a retomar no início de dezembro do ano passado quando começou a haver algum alívio em termos de restrições e a transmitir alguma confiança aos portugueses, as operações do réveillon foram um sucesso, e a partir desse momento, todos os meses está-se a vender o Brasil e está a ter uma retoma muito interessante. Além disso estamos a ter uma reaproximação grande das secretarias de turismo dos estados brasileiros, principalmente do nordeste, como o Rio Grande do Norte e Alagoas, portanto, estamos a trabalhar para colocar o Brasil no top of mind dos portugueses”.
Para além das operações charter, a Solférias oferece uma vasta programação em voos regulares, essencialmente para destinos mais longínquos como é o caso das Maldivas, Dubai, Seychelles, Maurícias, que “estão com um nível de vendas bastante interessante. Posso dizer que todos estes destinos que mencionei estão com vendas projetadas ao nível e até acima do 2019, portanto são destinos que estão a retomar muito bem”, realçou Sóna Regateiro.
No entanto, acrescentou que há destinos que o operador turístico ainda não abriu, como a Tailândia, Cuba, em voos regulares para Havana e Varadero, que vendem basicamente com a Air Europa, e que só abrirá para vendas a partir de abril. Refira-se que, ainda para Cuba, a Solférias entra na operação charter de Cayo Coco com a Sonhando, a partir de julho.
Além disso, a Solférias está a trabalhar com a Qatar Airways a forma de poder lançar um programa específico para o Qatar (Doha) por causa do Mundial de Futebol, a decorrer de 21 de novembro a 18 de dezembro deste ano.
Solférias quer fazer do Senegal seu novo destino-bandeira
A COO do operador turístico destacou que a Solférias quer fazer do Senegal o seu novo destino de bandeira, lançando este ano, pela primeira vez, uma operação charter exclusiva, com saídas de Lisboa e do Porto, de 06 de junho a final de setembro.
O fato de ser um destino ainda pouco conhecido no mercado português não amedrontou a Solférias. “Estamos a trabalhar para oferecer este novo destino aos portugueses. A Solférias fez uma grande aposta este ano no Senegal, em parceria com a cadeia RIU que vai abrir o primeiro hotel de cinco estrelas all inclusive em Pointe Sarène, a sul de Sali, e já com o RIU Palace projetado para construção em 2023”, disse.
Sónia Regateiro acrescentou que “queremos fazer do Senegal o novo destino-bandeira da Solférias. Estamos a apostar com publicidade, a desenvolver vários projetos de viagens de influenciadores de opinião e bloggers, e vamos promover press e fantrips para dar a conhecer este destino, de proximidade, a quatro horas de voo de Portugal, e que para além de praia junta cultura, história, natureza, e um potencial enorme”.
Impacto do aumento dos combustíveis nas viagens
O impacto do aumento dos combustíveis nas viagens e o fato de algumas companhias aéreas, designadamente, A TP terem anunciado um suplemento, foi uma das questões que a responsável da Solférias abordou no encontro com os jornalistas.
Sublinhou que “o aumento do combustível acaba sempre por ter impacto a partir do momento que mexe com a carteira de quem viaja. A realidade é que tivemos um aumento de combustíveis na semana passada, e como o preço do barril desceu esta semana, estamos à espera que, as companhias aéreas, tal como o aumentaram, também o venham a ajustar e a descer, para que não haja um reflexo direto no preço”.
“Quando os preços do fuel aumentam, logicamente que vai aumentar o valor da viagem, porque a pessoa tem mais um suplemento para suportar. E quando estamos a falar de um aumento por exemplo, de 20 euros numa família de quatro pessoas, são 80 euros a mais”, referiu ainda, para indicar que “sempre que há variação de fuel há reflexo nos pacotes, isto em relação a viagens a mais de 21 dias da partida, isto porque não podemos mexer nos preços, de acordo com a lei comunitária, a 21 ou menos dias da partida”.
Esses ajustes não se fizeram esperar, sublinhou a COO da Solférias. “Já aconteceu e os preços já estão atualizados. Tivemos o caso do Cabo Verde nos voos do Porto que aumentaram 20 euros por pessoa, e os voos de Lisboa 42 euros por pessoa, isto para o mês de abril, porque as atualizações de fuel nas operações charter são feitas mensalmente, ou seja, não conseguimos perspetivar o aumento até ao final da operação. Para já atualizámos os preços de acordo com informação, quer da Privilege, no Porto, quer da SATA em Lisboa, mas acreditamos que durante este mês ainda consigamos baixar este suplemento para as viagens de abril. Estamos em conversação, quer com a Privilege como com a SATA para ver se conseguimos alguma flexibilização nos preços. Para o mês de maio só vamos ter o panorama no início de abril”, concluiu.